Poemas, frases e mensagens de Nanda_Vamp

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Nanda_Vamp

"Most people think time is like a river that flows swift and sure in one direction. But I have seen the face of time and I can tell you they are wrong. Time is an ocean in a storm."

Qualquer um...

 
Qualquer um...
 
Não quero falar de amores
Não me interesso em narrar falsas dores
Palavras sem qualquer razão
Palavras que chegam de supetão

O título? Pode ser qualquer um...
Meus versos não contam nada
Estrofes sem métrica ou sentido
Uma conversa abandonada

Tantos estão a perder o tempo
Preferi assim, escrever
Meu tempo que jogado fora seria
Virou um poema para tão logo se esquecer

Não culpem o que aqui está esparramado
Ou a mente que se limitou a essa loucura
E depois de tantos versos
Meus dedos precisam de sutura

O que tirar desse final, não sei...
Apenas letras sem contenção
Dessa fonte de palavras que não se acaba
Dessa caneta que sofre em minha mão...

Vale lembrar que o eu lírico não é o autor, e sim uma criação dele
 
Qualquer um...

Espelho

 
Espelho
 
Ah, chega!
Não vou catar os cacos de vidro
Que estilhaçaram-se logo à minha
frente
Cacos de minha
mente

Está me queimando por dentro
Veneno cruel
Não vou suportar essa cruz
Não vou correr atrás de sua
luz
Já não quero chorar oceanos
Preencher um vazio de anos!

As vozes que me condenam
Não podem ao menos entender
Sofri
Cresci
Hoje digo que vivi
Mas não posso continuar
Com um ódio que não me pertence
Com a falta de sentido que me vence

A imagem que vejo
Me é estranha, assustadora...
Não posso me ver assim
Não posso continuar com o errado
Preciso juntar as peças
De meu espelho quebrado

"Os sonhos estão em cima, a realidade está embaixo. A poesia, no meio dos dois"
 
Espelho

O cemitério

 
O cemitério
 
And the raven, never flitting, still is sitting, still is sitting
On the pallid bust of Pallas just above my chamber door;
And his eyes have all the seeming of a demon's that is dreaming,
And the lamp-light o'er him streaming throws his shadow on the floor;
And my soul from out that shadow that lies floating on the floor
Shall be lifted—nevermore!

Allan Poe, The Raven - 1845

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Acordando afobado, na noite, deslocado
Nem soube de minhas paragens
Das paredes, são miragens
Onde estou, caído em sombras?
Tão vazio que me assombra
Labirinto em minha mente
Essa ilusão tão convincente

Andando apressado, na noite, apavorado
Não dou conta de meus passos
Caminhos de chão escasso
Sigo em frente, mais e mais
Na trilha que estou criando
No lugar que estou procurando
Do qual não sairei jamais

Chego possuído, na noite, destruído
Ao cemitério tão vazio
Procuro um túmulo assim, escuro
Que irá saciar minha sede
Ardente sede de trevas!
Que loucamente procuro
O meu lado-ser obscuro

Danço extasiado, na noite, apaixonado
Pela caveira de uma donzela
De solidão, coitada, morreu ela!
Mas caio em situação
Vejo a loucura em meu coração
Desejei voltar a viver em paz!
E o corvo, repetindo, disse: "Nunca mais".

Vale lembrar que o eu lírico não é o autor, e sim uma criação dele
 
O cemitério

Coração de mim

 
Coração de mim
 
Quando olho para meu coração
O que vejo são estrelas brilhantes
Peças de meu céu particular
Pedacinhos de diamantes

Não me deixe caída no chão
Por motivos bobos, simplórios
Não permita que me vista a cegueira
Que me leve por caminhos inglórios

Me diga se ainda vê
Sentimentos em minh'alma
Me diga se ainda crê
Nessa louca tempestade de calma

Desenhe um futuro p'ra nós
Fecho os olhos, me deixo guiar
Por horizontes de azul e laranja
Em você posso confiar...

anjo, anjo meu
ainda estou a te amar
 
Coração de mim

O enredo épico que sonhei para mim

 
O enredo épico que sonhei para mim
 
Do enredo épico que sonhei
Da história épica que quis para mim
Não foi tão pouco que sobrou
Não foi tão pouco que ficou
Mas entre desfiladeiros
Entre florestas nas quais sozinha fiquei
Em meus dias épicos que criei
O que mais ficou em mim
Foi aquela grandiosa imagem
De um cavaleiro a me salvar
De um príncipe a me puxar
Dos sonhos, para a realidade
Das trevas, para a felicidade
Do medo, para a coragem
De meu profundo abismo
Para meu singular paraíso
(nosso paraíso)

Do enredo épico que sonhei
Da história épica que quis para mim
Não restou fama
Não sujou-se de sangue
Mas ficou o alaranjado
Daquele pôr-do-sol
Que juntos assistimos
Ficou o eco das risadas
Que juntas entoadas
Jamais serão silenciadas
Ficou o sentir do sentimento
Que pulsava tão frenético
(Com o meu consentimento)
Em minhas veias que tanto queriam
Um enredo épico para mim

"Os sonhos estão em cima, a realidade está embaixo. A poesia, no meio dos dois"
 
O enredo épico que sonhei para mim

Fiz tudo por amor

 
Fiz tudo por amor
 
Quando olho para trás
E vejo tudo que fiz
Não sinto remorso ou desgosto
Sempre vivi pelo momento
Sempre fui levada pelo vento...

Encontrei desamores
Enfrentei tantas dores!
Ah, pobre coração,
Como confundiu flores
Com pesadas pedras na mão?

Mesmo com os ombros pesando
As lágrimas querendo rolar
Mesmo seguindo mancando
Jamais pensei em parar
Jamais deixei de lutar

Hoje me sento na sombra
Esperando algo dos céus
Quem sabe um sentimento verdadeiro?
Que me dará paradeiro
Que virá por si só e inteiro...

Quando olho para trás
E vejo tudo o que fiz
Percebo que foi naturalmente
Que no meio de alegria e dor
Eu fiz tudo por amor
 
Fiz tudo por amor

Outono (o coração por estações)

 
Outono (o coração por estações)
 
Do outono
só levo a saudade
do som da árvore a chacoalhar
no parque onde estive a passear

Do outono
só levo a lembrança
de meu coração sereno
e que sereno estava sozinho
esperando a estação a caminho

Do outono
só levo a certeza
do verde desaparecendo
das folhas ao sabor do vento
que voavam com meu sentimento

Meu coração é descanso
e que por onde passa
deixa um pouco de paixão
Oh! Caído coração!

Inverno (o coração por estações): http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=174364

Primavera (o coração por estações): http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=174554
 
Outono (o coração por estações)

Madrugada de vampiro

 
Madrugada de vampiro
 
Ele se esconde atrás da capa
O frio vento queima-lhe a tez
Até quando essa amarga solidão
Ficará e não irá embora de vez?

A noite é sua companheira
Não tem ele a mais ninguém
E nem faz questão de ter
Faria diferença ter alguém?

Se ele próprio se repudia
Como há de aceitar presenças?
Sua alma é escura, fria
Congelada por indiferença

E olhando o vazio ao redor
Fecha os olhos e lamenta
Se ainda tivesse coração
Talvez a existência não lhe fosse violenta!

Não tendo mais escolhas
É dito, é sua sina
Sai a buscar por sangue
Do corpo quente que lhe fascina!

Sai a espalhar o medo
A escutar o último suspiro
Sai pela madrugada
A se valer como vampiro
 
Madrugada de vampiro

Inverno (o coração por estações)

 
Inverno (o coração por estações)
 
Do inverno
só levo a saudade
do som daquele crepitar
do fogo na lenha a me esquentar

Do inverno só levo a lembrança
de meu coração com frio
em frente à lareira empoleirado
pensando no distante amado

Do inverno
só levo a certeza
do branco... cinza... branco
do congelar ardentemente
da neve a cair eternamente

Meu coração é agasalho
e que por onde passa
deixa um pouco de paixão
Oh! Solitário coração!

Outono (o coração por estações): http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=174299

Primavera (o coração por estações): http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=174554
 
Inverno (o coração por estações)

Encontrei-me em você

 
 
Quem és senão meu
raio de sol
meu céu estrelado?
meu jovem amado...

Escalaria
altas montanhas
Velejaria
por mares revoltos
Atravessaria
os mais secos desertos

Para quê?
- só para estar com você

Sabe que acredito
nessa força que me move
que nos envolve
que guia meu coração
que dissolve qualquer distância
que da louca paixão
sacia-me essa ânsia

Nada jamais se iguala
à pureza do que sinto
à natureza do sentimento
que me esquenta em noite fria
que faz o tempo passar lento
em tua doce companhia
em nossa eterna sintonia

Somos um só
Isso não vai ter fim
Faço parte de você
Você faz parte de mim

Dedico singelos versos a alguém especial, onde quer que você esteja.

Música: "Through Her Eyes" (Dream Theater/Scenes from a Memory)
 
Encontrei-me em você

Estou voltando para casa!

 
Estou voltando para casa!
 
Estou voltando!
Estou voltando, amor...
Voltando para casa!
Voltando estou...

Sei, estive longe
Sei, abandonei
Sem ao menos dar respostas
Para você, virei as costas
Mas posso te contar:
Estive a me procurar...

Perdi-me tempos atrás
Estava difícil assim...
Como podia continuar
Se havia me perdido de mim?
Agora encontrei-me
Encontrei o amor que perdi!
Encontrei, junto de mim,
O amor que guardei para ti!

Volto para casa...
Volto feliz...
 
Estou voltando para casa!

Lítio

 
Lítio
 
Oh!, dores que não vão embora
Que de mim tiraram a aurora
Não castiguem-me assim, sem razão
Não maltratem um tímido coração!

Oh!, ondas cruéis que me machucam
Que batem forte como açoite
Nem fiz tão mal para merecer
Todo o peso da noite

Leve de mim incertezas
Vento, leve de mim solidão
Carregue-a, ingrata!
Para campos de desolação

Brisa, traga-me felicidade
Que costumava ter quando criança
Me oferte minha própria alma
E me dê de volta esperança!

Vale lembrar que o eu lírico não é o autor, e sim uma criação dele
 
Lítio

Criança-menino

 
Não saberia dizer as horas
Não saberia dizer qual o dia
Nem ao menos o lugar onde estava
Não saberia dizer onde eu ia

Só me lembro de ser inverno
Tarde fria, congelante
E eu andando sem rumo
Com meu pensamento errante

Já não sei o porquê disso
Mas lembro que levantei meu olhar
Foi algo talvez por destino
Só sei que me fez parar

Teu sorriso era feito de céu
Teus olhos de azul cristalino
Teu semblante de despreocupado
Teu jeito de criança-menino

Já não sei dizer como foi
Que prendi-me tão forte a você
Mas sei que foi algo mútuo
Que nenhum de nós dois irá esquecer

E hoje tão junta de ti
Ainda me lembro do primeiro olhar
E sei que por causa dele
Hoje estou a te amar
 
Criança-menino

Desilusão

 
Desilusão
 
Anos
distante
do que
fui

Hoje é
medo
disso no que
me transformei

sangrei
por um
futuro
que me deixou
esperando

Onde estão
os sonhos do amanhã?
nenhum me
preparou
para isso que
sou
 
Desilusão

às portas..

 
 
deste:
aviso por um signo de cruz
ora,
cabe..
ao palco-anel-luz destes sonhos
em,
partes..
da entrada rarefeita destes olhos frios
onde,
invade..
o prelúdio de caminho-único, e fim(a ser-te.)
- leve-me!!
a bandeira-afora das estórias esquecidas
e
carregue o meu corpo quando não puder mais me conflitar
eu,
declino destes instantes pra servir-me: dor..
eu,
desvio ao quesito doravante por refém, e: torpor..
nada quero pois não espero.
nada.
laço-esméro ao preço-lado e preferido
onde,
quimera-asa por um semblante meu, em carta, (a vaga na terra,)te perdi..
ora..

ainda, perde o tempo
ainda,

me perde, também..

não-corpo
(ora, este..

cai.)

Solidão
cante o Réquiem para o meu Sonho
eu,
alma
ao som de violinos desafinados,
quebrados
busco na noite meus olhos
busco em memórias quem fui
Negro embuço, lua nova
perdi-me em planos desfeitos
planos de vingança e rancor

(sangue...)

sou alma sem cor
valor
na pungência da dor
de ter a eternidade
p'ra viver só da saudade
de tempos de mocidade

voe,
Alma
voe além

Vento
que canta
dança
Encanta
esse hino de mudança
essa Promessa que me entoa
nessa asa-fogo que me soa
livre...

Tempo
passo-rastro, ou
previa-des.lembrança
ar e in.acção
Tempo
próximo por lado-alto
de pés(ao chão)
de pés(ao chão)
hora pra seguir
Tempo..
(este!)

Tempo-Vento!
em ares de renascer
em notas de (re)viver
leve alma contigo!
em áurea dourada
ressuscito
nas asas
do
infinito...

Azke & Nanda

.

Quero deixar meu grande agradecimento ao amigo Azke por acompanhar-me nesse poema. Foi um prazer e uma honra escrever contigo!
 
às portas..

Pesadelo

 
Pesadelo
que me consome
não me deixa acordar
e do pânico
livrar

o que vejo é
labirinto
confusão, perda
é o que
sinto

Injustiça
Covardia
(mas não escapa você,
Pesadelo,
da serena luz do
dia)

a noite não é
eterna
e tudo se encerra
quando o sol nasce
da terra
 
Pesadelo

A realidade dos sonhos

 
A realidade dos sonhos
 
Fiz da realidade
um sonho
Fiz dos sonhos
minha realidade
pois em sonhos
a vida eu criava
a realidade que eu queria,
eu imaginava

Pus minha vida em um barco
Joguei esse barco ao mar
Desejei o sono profundo
Para a vida viver no sonhar

Nesse oceano sem fim
Sei, não vou acordar
Pois a realidade que quero p'ra mim
É essa que estou a criar
 
A realidade dos sonhos

PALAVRAS

 
PALAVRAS
 
Se algum dia me perguntarem por que escrevo eu talvez não pensasse muito para responder. Porque as palavras jorram de dentro de mim assim, inexplicavelmente. Elas podem vir como um jato ou de uma gretinha, mas vem. E ficam rodeando uma mente que se põe a organizá-las em uma sequência lógica – ou não.
Existem aquelas palavras que ficam saltando o tempo todo, tão serelepes! Há aquelas que já são mais reservadas e as que odeiam se expor. Existem as palavras alegres, geralmente coloridas que são acompanhadas de uma explosão de palavras sorridentes. As tristes são escuras e estão sempre chorando. Isso sem falar nas palavras que sofrem de depressão...
Também são muitas as palavras tranquilas, que nos deixam calmos que até chega a dar sono. Veja bem esse pequeno conjunto de palavras tranquilas: praia deserta, rede e som do mar. Em oposição há palavras que nos agitam e nos deixam em alerta (particularmente, prefiro as palavras tranquilas).
Existem palavras de desejo, de repulsa, de ódio (geralmente estão rangendo os dentes) e de amor (geralmente estão cantando ou dizendo coisas sem sentido).
As palavras suicidas: pão com ovo, bomba de chocolate, refrigerante quente, montanha russa (leve a sequência em consideração). Palavras apaixonadas: amorzinho, docinho de coco, chuchuzinho. Palavras utópicas: justiça, compaixão, respeito. Palavras selvagens: sobrevivência. Palavras pequenas: “felicidade de pobre”. Palavras grandes: fé. Palavras antigas: dinossauro. Palavras inocentes: criança. Palavras poderosas: natureza. Palavras erradas: violênsia. Palavras bonitas: solidariedade. Palavras únicas: Deus. Palavras superiores: música. Palavras essenciais: família. Palavras gostosas: sorveteria. Palavras azedas: mau-humor. Palavras clássicas: sinfonia. Palavras de fim-de-semana: churrasco. Palavras amigas: compreensão. Palavras inúteis: rancor (Química também). Palavras incompreensíveis: vida. Palavras palavras: dicionário.
Meu Deus! Quantas palavras! E isso não é nada...
Agora viu? É por isso que escrevo. E para sintetizar isso tudo, uma palavra imortal: poeta.
 
PALAVRAS

Solstício

 
Solstício
 
Meu jovem
venha me salvar!
Todos meus heróis morreram
Todos meus deuses queimam no inferno
Já não aguento esse sofrimento
eterno...

A noite parece mais longa
Nas trevas, não sei por onde vou
Não sei nem ao menos quem sou
Sei, foi aquele fantasma
Que me trouxe para cá onde estou

Meu jovem
venha me salvar!
Não desejo o vazio do abismo
Onde minha tristeza parece ecoar
Açoitando um interior carente
doente...

Solidão
Dama sem companhia
Que de minha vida tirou
O suspiro de quem sempre sorria...
 
Solstício

Tempo, me atormentas...

 
Tempo, me atormentas...
 
Olho para o relógio
me desespero...
o que espero?
o Tempo não vai parar
só porque ando a me preocupar

(preocupar com o
sorriso contido
preocupar com o
beijo não dado
preocupar com o
abraço evitado
preocupar com tudo
que não hei de fazer)

Tempo,
me atormentas...
 
Tempo, me atormentas...

* Nanda