Poemas, frases e mensagens de manucodiata

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de manucodiata

Sopro-te palavra

 
Sopro-te, palavra fresca nesta manhã clara de retórica. É neste artifício de vivencia que imploro o poema, zangada com o sentimento que teima em ficar. Rastejas em frases libidinosas que em festas suaves tocam a minha pele deixando-a manchada de ti. Não te eleves só, não te eleves muda. Deixa que a tua voz me embale nos dias frios e cinzentos dos meus sonhos. A voz, que sai das tuas mãos, é o sol que procuro, como um girassol amarelo e ansioso. E a terra húmida dos pingos de amor que se soltam dos poemas, alimentam a alma e regeneram as memórias.

Sopro-te, palavra morna nesta tarde de desejo. É nesta vontade de viver que imploro o calor do teu corpo. Deixando as folhas em branco e ocupando-me na escrita da tua pele, cada traço, cada ruga, cada silêncio. Não te eleves só, leva-me contigo ao cume do prazer. Murmura-me os sonhos e faz-te nuvem no céu da minha boca. Humedece as minhas coxas e deixa o momento fazer memórias para podermos recordar.

Sopro-te, palavra quente nesta noite de prazer. É neste orgasmo da vida que imploro que não pares. Que escrevas até ao fim o romance de nós dois em cada pedaço de nós suado e quente. Traz-me à terra em teu abraço e deixa que a minha alma ferva para que sinta o teu calor, até à próxima vez.
 
Sopro-te palavra

Tempo divino

 
Divino é o tempo
Enquanto a Lua lambe o Tejo
Sorrindo embeiçado aos meus pés
Matando-me a saudade
Do peito

Divino és tu
Enquanto me acaricias o âmago
Beijando, embriagado, os meus seios
Revigorando o meu corpo
Ávido de ti

Divino é o tempo, em que tu,
Enquanto a Lua lambe o Tejo
Acaricias-me o âmago
Matando-me a saudade do peito
 
Tempo divino

Talvez rio

 
Gostava de correr fresca
Nos teus braços

Ser rio entre as margens
Do teu corpo

Carne quente
Amechada pelos teus lábios

Visão turva
Na loucura frenética das seivas

O ninho da tua alma
No silêncio da ansiedade

O porto da tua carne
No despir da vida por inteiro
 
Talvez rio

Como a primeira vez

 
São tantas e tantas vezes
Que renasço na última gota de fel

A carne transforma-se em pedra
Lentamente… com requinte.

São tantas e tantas vezes
Que morro no ultimo beijo de mel

A ferida nasce no peito
Rapidamente… sem aviso.

São tantas e tantas vezes
Que me perco dentro das palavras

E renasço e morro e renasço e morro
Como se fosse sempre a primeira vez.
 
Como a primeira vez