Poemas, frases e mensagens de Violeta_Mill

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Violeta_Mill

beijo

 
Por detráz dos lábios permanecem as palavras, como estrelas em noite escura, pequenos momentos, fragmentos desprendidos de uma realidade, onde habitamos, respiramos e nos amamos...
 
 beijo

SECRETOS[ eu escrevo-te Jota]

 
A noite escorre sangue e tempo, ardendo em amor ou simplesmente TU [alguém] me queima o corpo...
Um girassol , serve de lareira, à procura de luxúria. Isso eu sei, porque em ti me quero. Aparece a dança, foi à tua dança que eu me perdi, aberta no meio...
Campos silvestres, campos celestes, levantados e loucos na, noite que entretanto, se faz dia. Vociferante, traz a tua cabeça ao cimo dum monte. A tua mão cresce depressa. Posição. Nela cresce a minha, ansiosa pressa, a turbulência íntima que me chama. A unir. O acaso se desmata, onde se enrola a pedra redonda. Em, mim, submissa. Que procura o centro. Meu!...
O ar, se debruça na atmosfera terna, calma, secreta espelha à boca tempo e transforma-se.
Sangue ingénuo sobre as lajes o amor queima. Maldito, que desce para te dar a beber.
Relâmpago!
É preciso ser, Sexo, para entender as palavras em transe, e só aço deve transpirar através delas, infinitamente. Na obscura pele compacta.Exaltadas. Na espuma que pára para me inundar numa torrente inteligente( por aí dentro). Exigente. De, mais. Quente. Faminta. Sobre o cru, vale!...
O nu lugar desaparece. Sei que devo escrever aqui todos os aa do acto, as ferragens da roupa que bate contra o texto, numa escrita em vapores, suores, ecos e pancadas, de um, no outro, no lugar do outro. Nu tesão lacrado.
Em mente a tua zona. A minha boca escuta. As disturções das leituras, do teu rosto rosto limite além das minhas nebelinas, do meu gosto de ser. Expelida nas funduras do precepício ignío. Génio. Mastro!
Agora sei o que quero saber, sei o que os teus dedos violinos dizem, quando falam, quando me tocam nas loucas costas, no meu cabelo em fogo. Olhando-te. Sorvendo-te. Empurrando-te. Num poder difundido. Na obsorção irredutível.
O nosso amor é um caminho de fomes, embrionárias, e todo ele se enrola pelo lado, de, dentro. Todo ele se consome com o que em ti cresce pelo lado de fora. Dentro e fora. O nosso tempo é um relevo alto. Uma escrita louca, enquanto a minha voz abdicar do silêncio para aqui viver, escrever cada frase é um mundo, mudo aos olhos de quem me lê.
Para ti é sangue concentrado numa metáfora, a centelha. Paixão. Equilibrio. Rapto.
Os sonhos são estúdios severos, laços ateados, explelindo palavras, na minha e, na mente de quem em mim se fecha...
 
SECRETOS[ eu escrevo-te Jota]

Visão I

 
(...) Irei morrer imensamente sobre as visões do agora, que será, depois desta leitura passado...
Nos diálogos dos meus dias, as noites, és, paisagem, que me devora, o pensamento. Nus, meus delírios de Mulher.
Barbara a boca, que nos teus músculos fechada, beija-te, todo até ao pulsante coração (...)
 
 Visão I

orçando

 
Mastro Pai que te aprofundas inspirando em mim para dentro sempre o sangue corrente agarrado a: trespassas a camuflagem; pétala ardente que circulam louca por mim sussurrando; a noite tem vibrações na escarpada passagem oblícula; em torno a; vulva negra fechada na tua mão salgada que absorves nas minhas artérias pulsantes; enxames de ânus e tesão escoam-se em ti com um caudal que transborda a ventre forte que respira no buraco e come os enxameados lagos em ti; os sangues turbilhonam misturando-se entre o meu e o teu cais transparente na nua mão que se movimenta por inteiro em mim maciçamente; aprofundar du teu cume na forma lavrada raiando a membrana no espelho vivo e leonino que é Astro Mãe na boca pura onde o tesão começa; a pele treme; a mesma coisa onde impensadamente brilha a tua voz rouca dentro dos anais da minha carne nocturna perna a perna boca a boca língua a língua apontas a ponta do poro em poro no animal que é inocente metáfora e eu Astro Mãe tu Mastro Pai que nos aprofundamos ambos no sangue corrente em nós exalado a; percorrendo plumagens em viagens dementes e circulares misturadas na noite alargada do sexo penetrante que crepita sussurros em anestesias de descobertas no hálito divagante onde Deuz regressa à limpidez dos furos naturais completamente ardidos em torno dos raios e dos tesões por nós expelidos no único vulcão que se lavra a pulso nos genitais que se movimenta por inteiro em nós dentro de poro em poro boca na tua na minha boca um mamilo que se esvai na tua graganta; Mastro Pai onde a minha noite se torna Humana nas caverna transburdantes onde bate o sexo no branco que lambe o mundo em retorna da vida em fluidos que rosnam; bem estar abrasamo oculto na veia louca da minha escrita; no escuro rebentaram atmosferas orgulhosas gulosas em jubilição das multiplicações que prodigiosamente se fundiram no Mastro Astro Deuz!



in "Deuzes(com z)"
 
orçando

Mulher Violino

 
(...) Violinando à tua volta, a palavra absorve o reflexo difundido nos temperamentais impulsos.
O Violino. Um Astro que se abre, que se lavra na palpitação, o sentido!
Que transforma o silêncio. Que distorce e desiquilibra a ordem viva. Entre si. Entre a corda initerrupta em explosão. Revelação. Centrífuga. Onde as virgulas se... arqueiam na alegria total dos dedos que reproduzem eternidade (...)
 
Mulher Violino

Deus Nu AlenTejo

 
(...) O Astro intenso, Sol [hoje] nos invade nas janelas. Batendo asas no ar que aperto, no silêncio aplainado do Deus, cor, paixão, na minha mão cega, Libélula.

Veemente debruçada, a ilusão neste quartzo, a energia num tudo, absorvida nas ondas vermelhas, que cantam a minha alegria. Espantado. Espalhada.

Escrevo a solidão de um obsessivo Alentejo brutalmente delicado e apaixonante, onde o Astro Sol caça deitado a matéria bruta da Mãe natureza. Terra vida. Do silêncio alimenta-se.[Alimenta-me]

Do incêndio, nas noites que corta, às portas nebulosas da Alentejana lavrando poemas. A Poetisa que te escreve, numa veia adentro, uma nua Àrvore. Sombreira e plana, tão baixa como tu, que se afunda entre o sal agudo do ar imenso da planicie...

É aí que te [me] penso, com o meu olhar de Deusa, é aqui [ali] que pertenço, com peso do desordenado do meu hemisférico coração.Que despedaço nas frases. Nos lábios meus, anónimos que amam esta terra, voraz em jubilação.

Alentejo, u Mundo, no perfume que sorvo ao sangue. Transfusão das nuas miragens, límpido como um violino em que alguém desatou o som, a paixão, o fôlego, o vento. O fogo que tudo ilumina e trona translúcido. Que arranca aos sobreiro, límbos. Às porcelanans Oliveiras. Às Mãos Deusas que trabalham e choram o marmore. Esculpindo riquezas de uma memória silvestre. Paralela. Deusa. Deus. E Astro!...



Resplandecida, por tudo o que foi trazido em súbito pela alma, acordo para u abismo, entrando na razão initerrupta, nas imegens que se desnudam, no segredo externo das minhas palavras (...)
 
Deus Nu AlenTejo

Ser Poetisa

 
SER POETISA

(...) O fogo é um elemento incontrolavel. A loucura é a minha cura. Habito entre estas duas tensões, fusas nas muitas noites impressas na tinta das minhas palavras.
Ser poetisa é vestir as rodas excitadas do fogo. Comer poesia numa precipitação em brasa, no poder firme, silêncioso. Absorvente. Assoberbado. No ar erupt...ivo das imagens lívidas por mim recriadas. É ferver num vulcão dos mil sentidos, consumida pelos orgãos e uma esfera que pensa mais alto. Numa abertura interior. É possuir a fonte oculta. Desconhecida, onde tudo se ousa e o sangue se move frenético. Onde o ardor é batido nas veias inacabados que ropem portas. È morosa, a minha loucura. Obsessiva e incustrada. Sem direcção ou posição.
Na extenuante alucinação, os sentidos em germinação. Glória num ardor exemplar, elementar. Redentor. Alucinado. Onde poema se vem nas minhas formas, adentro e, se transforma, extilhaça-me num pulsar, aberto, onde ele bate, bate, bate e me rasga universalmente, numa mão imortal que arde. Desce. Arde. Dói. Arde. Num grito. Arde na fala imensa, na mulher que grita em mim, na matéria violenta que arde, incriada no meu inconstante ventre escarlate, onde as chamas movem as palavras delicadas. Quentes. À tona do poema. À tona Do brotar que o lê. À tona do olhar que o abraça. À tona de mim, Poetisa que o desata de um jorro leito rosa, num manar secreto e eterno que entontece as nuas distancias (...)
 
Ser Poetisa

O ROSTO

 
É princípio, em várias formas. Toca-me sempre numa largada sensível . Na minha, cabeça, é o delírio, nos teus lábios docemente um animal. O espaço obtuso dentre o ar e a multidão carne. Os átomos o invandem, a unir a turbulência íntima do espasmar, que , por si fertil, escreve as multiplicidades de uma razão, seja ela excessiva ou quiça não... E, é neste baixos raios que se desmatam nus teatros, consumados, do dia a dia, na hora, do segundo. No agora. Por todos. Us lados que À minha voltejam. Mandam!
Comer um arrepio no silêncio, uma ventania [me] fode u imaginar. O Rosto, é, sempre solitário e varre totalmente a geometria, com olhos em confronto.
Na língua a devassidão, e, é, sempre preciso entrar nela. Alimentar-me, ela. Macia, como nua pluma . Atravessar. Lamber, ainda molhada, para poder roubar a vocação. O texto. A elegancia bruta das palavras. Cruas. Na língua. No rosto que abrasa o que pensam de mim. Que...Queima... Aquando da boca se desbocam como àguias ardentes. Letras. Vivas. Serpenteiam com prazer o espaço, o campo centrífugo, a verdade supostamente virgem, compacta.
O Deus, Rosto, é o enlace no poder , um gabinete que obedece à Deusa òrbita. a Mente severa. Vibrante. Sexual. Em cima. No topo. Ao cimo, na clarida de um orgão extremo, o Cerebro!
Não existe sangue maior que o pensar. Não existe imagem maior que circula no imaginar, que alcança murmurando concepção à volta de um nu delirio. Não existe mundo maior que a força difundida, desta máquina movida a fogo pela dor e pela paixão. Que busca claridade no movimento intrínseco , nas constelações da carne. Que busca na sexualidade. Energia Dentro. Em Astros. Puros. No sangue Astro. que martela, brilha num vermelho que solta as labaredas do abismo, contínuo, dentro, à cabeça, nas veias do meu ... Imaginar!
 
O ROSTO

O Astro Nu Sonho

 
A poesia escapa-se, como um nervo pelas massas.
Sinto o ar, o espaço, nas falangestas, tenso.
Vazado num sol.
Que... Queima...
O Astro!
Nudez explodindo.
Nu mastro!...
As minhas noites são gritos, que não se ouvem.

Sentem-se nas margens da página onde o Astro se incendeia, entrando pelas fendas das minhas palavras, batendo, rebentando nos seus seios desordenados.
Nos seus buracos.
Nus matos, onde a escuridão é vida.
Água agreste.
Numa pancada salgada.
 
O Astro Nu Sonho

u ímane

 
Louca a dor superlativa e esconde a fluência dos movimentos teus; sexo; sexualidade; onde morro na terra abstracta na eternidade do peso da argamassa lambida; negra a ferruadela que cobres nas tuas bruxelas estreitas na dormência que sonhas e onde te sonho numa era violenta e fervorosa nas cruas ansias em fogo; ardêncio que decresce nas torres em torno do pêlo carvão onde se assomam os testiculos que me caçam as bocas entre um ou dois movimentos circulares nas palpebras da tesa pele mansa; meles; mel a incorporar-me em; incorporar o verbo que queima a língua e fode nua a memória da tua noite nossa superlativa agarrada à nuca a uma imagem onomatopeia que expira sexo respira sexo e cama na canela dos lábios fecundos a tocar as nuas imagens enrolhadas que abraso no olhar a cada letra que aqui escrevo ou transcrevo do teu lugar opaco onde recordas os ensinos na minha sombra faísca; almíscar ofuscante em brasa que nos enlaça e abrasa as respirações numa ardência alta onde o carvão é o nosso ambíguo fogo caçador aumentado pelas minhas nuas africas em ti; a minha selva em pólvora; ímane.
 
u ímane

Violeta Mill