Poemas, frases e mensagens de Del

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Del

Sem Tua Voz!

 
Sem Tua Voz!
 
Ler-te; sem que um pranto rasgue a face,
Ver-te; sem que a alma vá morrendo...
Na cruel angústia que eu vou sorvendo,
Sem a tua voz, por mais que a buscasse...


O desespero, faz, que eu te chamasse,
Com as lágrimas ao rosto escorrendo...
E, uma saudade imensa se fazendo...
Nesta dor; que rezando,...me matasse...


Não sei, por quanto tempo, inda resisto,
Juro que não sei, porque ainda insisto...
Que voltes, à alegrar os dias meus...


Eu sei que sabes, o que estou sentindo,
Tragas de volta aquele sonho lindo...
Estou pedindo, pelo amor de Deus!

Del 03/10/10
 
Sem Tua Voz!

Dentro d'alma!

 
Dentro d'alma!
 
Dentro d’alma!

Não dês ouvidos, à palavra torta!
Tentas, ouvir aquilo que não digo,
Pena não ver-me, como sendo abrigo...
E o meu coração, à ti, abrindo a porta!

Maldade humana! Vem e fere e corta,
E cedes. Aumentando o meu castigo...
E assim vais municiando o inimigo;
Nem vês que minha alma é quase morta...

Nem vês, amor, que sofro e não reclamo,
Nem ouves, quando digo que te amo!
Vem assim essa tristeza, fria e calma...

Que são punhais, cravados, me matando!
Quando outra vez, me ouvires soluçando...
Serão lágrimas, caindo dentro d’alma...

Del 26/09/10
 
Dentro d'alma!

Teimosia!

 
Teimosia!

Não és culpada, da mágoa, que carregas.
Embora eu chore, com um pesar profundo,
Ver-te, sucumbir, às dores deste mundo,
Sumir, perdida, nas brumas que navegas...

Não mais referirei, à falta de entregas...
Olvidei das palavras, o quê, iracundo,
Esqueci teu descaso ao amor fecundo...
Ante o desprezo cruel, este, que legas!

Pois, vejo-te ainda; ó! Doce anjo alado,
Ó! Linda flor mulher! Meu sonho adorado...
Sem querer ouvir! Já dizes que eu minto...

Quando lágrimas, turvar os olhos teus...
Seja-te breve! Assim; eu peço a Deus...
Que, tu não sintas jamais, isto que eu sinto...

Del 05/10/10
 
Teimosia!

Metáforas!

 
Metáforas!
 
O poeta mente? Ou fala simplesmente
Por metáfora, em múltiplas imagens
Caminha nos versos em loucas viagens
Perde-se no jogo do que diz a mente

Poetas são; seres humanos, tão somente
Que enxergam mais distante nas paisagens
Descreve como louco, as tais visagens
Mas, ninguém as vê, ninguém, infelizmente

Por mais que alguém tente entendê-lo
Perda de tempo, tentar enxugar gelo...
Tempo perdido! Como a vovó dizia...

Versos. Asas de perfeitas proporções!
Porém ao limitar do vôo as dimensões...
Perder-se-á, todo o encanto da poesia.

Del 30/08/10
 
Metáforas!

À Florbela Espanca...

 
À Florbela Espanca...
 
Perdoe amada minha, por estar tão triste,
Não sabia da vida tua; eu a ignorava,
Bateu-me hoje à porta, dedo em riste...
A dor! E nem viu, quanto eu chorava!

Revi em mim, teus pedaços dispersos,
Estavas tão frágil! Tentando reuni-los,
Juntei-me a ti, catando outros versos...
E, vi que os beijavas então; a uni-los.

Peço-te perdão, por toda humanidade!
Se te apraz, tomes por tua, a saudade
Que se fez ninho, refúgio das tristezas...

Morada definitiva de amores negados
Chávena balsâmica, aos desesperados...
Que na vida recolhem; só as asperezas.

Del 13/12/09
 
À Florbela Espanca...

A pena, apenas apena!

 
A pena, apenas apena!
 
Que fosse apenas versos! Gostaria,
Porém, se a pena apena, é porque dói,
Arrasta-nos da alma tudo que corrói...
E, deita num papel, fingindo poesia!

É certo que ainda dói! Nem poderia...
Ser diferente, porque se alguém constrói,
Mil sonhos, um castelo, e alguém destrói...
Fazendo-o ruir, da noite para o dia...

Há que se apegar àquilo que é preciso!
Fazer das lágrimas; tímido sorriso
Dizer do furacão: foi uma brisa amena...

Passou! Nem lembro mais o que aconteceu...
Mente! Se acaso diz que já se esqueceu...
Porquê? Não é bem isso o que a pena, apena!

Del 06/08/10
 
A pena, apenas apena!

Sou Teu

 
Sou Teu
 
Cativo do teu jeito de criança...
Refiz-me! A começar pelas raízes...
Dei-me! E, se fizeram em cicatrizes,
Minhas feridas da desesperança.

Como pode vir-te a desconfiança?
Como suspeitar de mim tais deslizes?
Se, em meus momentos, os mais infelizes...
Te fizeste porto, vida e esperança!

Eu nada tenho a dar-te em recompensa,
Ou uma palavra enfim que te convença,
Pois, alma e vida, tudo eu te ofertei...

Agora venho, e nos teus pés deponho...
Num fio de esperança como sonho...
Meu amor de sonho como te sonhei!

Del 16/09/10
 
Sou Teu

INSANO

 
INSANO
 
Faz meu desejo vivo, inda que seja,
Esse supremo bem, tanto sonhar-te,
Dá-me na vida, sonho, tanto amar-te...
Um devaneio insano de quem beija.

Estas alturas, que meu beijo almeja
Sejam todos meus, esses teus sorrisos
Que meus olhares, vagando indecisos
Encontre, no íntimo; que o teu deseja

Eternizada a vida, em um momento
Perpetue-se, só teu meu pensamento...
Seja o meu amor, em tons, em fantasias

Dê-se à ti, amor, por toda eternidade
Mas, não havendo a possibilidade
Realize-se, todos os nossos dias

Del 21/01/10
 
INSANO

Quem dera...

 
Quem dera...
 
Quem dera! Os meus versos, pudesse voar
Pudessem; quem dera; levar meus desejos
Levando-te a volúpia dos meus beijos
E, as minhas mãos, fremindo, te acariciar

Quem dera! Meus versos, ao ver-te passar
Volteassem teu lindo corpo, em mil arpejos
Murmurassem aos ouvidos, meus lampejos...
E mais! Todo esse amor que tenho pra te dar!

Ah...quem dera; visses, que te amo tanto
Quem dera viesses; ao secar-me o pranto
Em êxtase dizer! –Vem amor!...Sou...tua...

Amando-te! Nossos beijos refulgissem...
Dois corações, uníssono, explodissem...
Iluminados,...nus,...sob a luz da lua...

Del 01/10/10
 
Quem dera...

TELA

 
TELA
 
Triste, o amor de hoje em dia...
Amor que se completa pela tela
Das lágrimas saídas da janela
Quando seu nome não aparecia

Será verdade tudo que dizia...
Que era minha, e eu todo dela?
Por onde andará a moça bela...
O anjo feito luz, feito poesia?


Se és só minha, e eu, todo teu
Diz-me então, o que aconteceu...
Morreu o sonho, à revelia?


Sem ver teu nome na janela,
Dá uma tristeza, pois na tela...
Ali, a nossa mão está tão fria!...

Del 25/09/10
 
TELA

Aos Moços!

 
Aos Moços!
 
Aos moços, que agora, no vigor dos anos,
Desfolham-se alheios, em meio a tantas flores...
Guardai no peito, pétalas multicores.
A, ser-vos, um contraponto, aos desenganos!

Quando esmaecidos, os sonhos e os planos,
E, o riso encantado, der lugar às dores,
Se, a negra madrugada, perder seus alvores,
fordes, vítimas da alcatéia dos enganos...

Vereis! Que o tempo, em seu cavalo alado,
Levará pra si, teus sonhos de “Eldorado,”
Beleza, o riso, e, as coisas que nem sei...

Que não se aparte de ti, o amor infindo...
...Meu beijo pedido! Q’este sonho lindo...
Perfume as tuas mãos, com flores que sonhei...

Del 26/07/10
 
Aos Moços!