Amante Perito
Quantas mil vezes teve o poeta
Que sentir sua profunda dor
Para que os feridos no autor
Encontrassem a borboleta?
Quantas vezes o trovador
Teve que descobrir sem ver
Para que o amante do saber
Lesse o verso libertador?
O que música há de escrever
Quantas notas inauditas
Para ter suas belas escritas
Teve de ouvir dentro em seu ser?
É por isso que essa tal tinta
Com a qual ele sempre escreve
É eterna tanto quanto breve
É fulgor que o Universo pinta
O que a Natureza descreve
Teve ele que ver vezes muitas
Para ler-se as poesias fortuitas
Que tornam do pesado, leve
O amante é quem mais se apropriou
Do poeta que é só um amador
Mas para discorrer ao amor...
Amar uma só vez bastou
Veja mais em www.piatamuller.com.br
Ode à Musa
Sinto a tua presença,
Pois meu coração agora bate mais forte
Entra tranqüila como sempre o fazes,
Hoje estava à tua espera
O chão foi limpo,
Não deixarei que sujes teus sutis pés
Deixa teu presente,
Que em seguida o levarei
Mas agora, ó Musa,
Senta-te aqui ao meu lado
Tua generosidade impossível seria de retribuir
Porém, hoje o assento está coberto de linho
E os ventos virão pela janela para refrescar tua face
Descansa, minha dama,
Hoje dormirás sob minhas carícias
Porque tu és grandiosa em tua humildade
A estrela que brilha serena no céu escuro
Dando coragem aos cavaleiros para seguir viagem
Dorme no ritmo de teu coração puro
Porque tu trazes vida aos doentes
Tu és o melhor consolo aos tristes e deprimidos
Até mesmo aprisionas o tempo,
Eternizando momentos de glória
Musa, tua generosidade,
É do tamanho do oceano
Esquenta como os braços de Apolo
E embriaga de paixão até os mais duros
É uma honra ser mensageiro de tuas belezas,
Pois elas são sublimes em seu ideal
É um privilégio ver reluzir a quem tocas,
Pois não há espetáculo mais belo para a alma
É divino te sentir próxima,
Um presente vindo dos céus,
O melhor que poderia haver
Por isso, Musa,
Já que não posso te beijar,
Sopra-me ao ouvido teus segredos
Por isso, eterna dama,
Já que não posso te levar,
Leva-me em teu doce andar
Por isso, princesa,
Já que eu não posso te ter,
Tem-me em teu coração
Carregarei teu olhar no meu,
Farei das tuas palavras as minhas
E de tua verdade a de toda a humanidade
Mas nunca me esquecerei, ó Musa,
De quem doura nossas artes com toques de divindade
És tu, de sutil andar e generosidade grande
Conheçam www.piatamuller.com.br , poemas próprios e também de grandes poetas consagrados da história!
Melodia de um guerreiro
Tambores do lado esquerdo do peito anunciam
A batalha que está por vir
Os fracos correm aos montes
Sem saber aonde ir
Mas dos fortes eu faço parte
Do poder interno aprendo a arte
Enquanto marcho na trilha divina
Com um olhar intenso
Aprendo o doce do vermelho
Ah... se soubessem qual a sobremesa
Que lhes espera após o enterro
Mas não é por ela que nascemos
Nem por ela que iremos viver
É pelo ideal que o coração luta
E é por ele que irá morrer
Nossa maior dádiva é o chão que treme
Ao retumbar de nossos pés
Olhar para o lado e ver
Gloriosos irmãos de fé
E que venham os touros, bestas e dragões!
Pois fortes e unidos vamos nos manter
Não há honra maior do que saborear
Esta magnífica arte de viver
Irmão fiel...
Nosso é o céu!
Dos guerreiros, heróis... dos deuses
Veja mais em www.piatamuller.com.br ,
Comente, discuta e inspire-se!
Em Seu Nome
Erigiram palanques de elevada altura
Proferiram palavras sagradas, verdades
Deram-lhe um povo, cor, nome, rosto e estatura
E foi assim que guerrearam, mataram... por fraudes
Se bem alvo era, não entenderam a sua alvura
Não inferiram o símbolo: pureza e paz
Se nós seus semelhantes somos, que bravura!
Não em físico será e sim na virtude assaz
E quando dele não desejaram falar
Devido à inalcançável suma magnitude
Auferiram as crenças, optaram julgar
Deus! Quanta injustiça de invisível véu
Conhecer-te na terra é a nossa plenitude
É no coração do Homem que reside o céu
Vejam mais poemas em www.piatamuller.com.br !
Entre e deixe seu comentário, você será super bem-vindo!
Assim Respondeu
Venceste? Venci
Exército? A mim
Perdeste? Perdi
Marcado? Sem fim
Mataste? Matei
Desejo? Ele sim
Sangraste? Sangrei
Qual rastro? Carmim
Amaste? Adorei
Verdade? Uma vez
Logrado? Não sei
De novo? Talvez
Destino? Já sei
Importa? Com quem
Por onde? Verei
E a vista? Também!
Viveste? Na paz
A vida? Que tem?
Gostaste? Demais
Acaba? Vai além
Conheçam www.piatamuller.com.br ! Grande poemas de qualidade de autores consagrados e poemas próprios para elevar a alma!
Do círculo não se passa
Um senhor, humilde senhor
Esqueceu-se de suas conquistas
Deixou para trás honrarias
Pouco lhe importava que às vistas
Fosse reconhecido de grande valor
A rainha, humilde rainha
Sorrindo docemente
Disse-lhe que não havia fuga
Era parte da linha de frente
E a muitos inspirava e mantinha
O senhor, nobre senhor
Tácito e incólume
Guerreiro veterano
Vinho em alto para o gole
Respondeu com amor
“Senhora, minha senhora
Heroína desta terra
Ápice do Império
Dama de paz e de guerra
De pé e altiva em boa hora
Meus passos são curtos
Minha caminhada, longa
Minha vida esta aqui
A trilha que se prolonga
Não deixa lugar a furtos
Não tenho aonde fugir
Aqui meus filhos foram criados
Meu sangue e meu suor
Não em lugar outro derramados
Para onde mais poderia eu ir?
Meu passado foi ao lado
Minha senhora, do seu rei
Que o foi meu também
Honra maior não terei
Do que dividir o seu fado”
Não eram poucas lágrimas
As que contidas ou externadas
Traziam do fundo do ser a paz
De cem batalhas ganhadas
A alegria de almas amálgamas
Aquela era uma reunião sagrada
Um círculo, círculo mágico
União de virtudes infindáveis
Onde não entrava o trágico
Nem a escuridão disfarçada
Foi então que o príncipe
Ah... o príncipe, ah...
O príncipe, sem palavras
Ele que gostava de falar
O glorioso partícipe
Aos pés da rainha calou
E foi em sagrados movimentos
Que disse o mais importante
A verdade de anos centos
A fronte ao solo então selou
O auge do silenciado
Foi o brado sorridente
“Não há nada maior
Nem fogo mais ardente
Do que o discipulado!
Minha rainha, minha senhora
Sou teu guardião, filho fecundo
E tu, minha mãe protetora
Até o fim, até o fim do mundo
Por ti e por nosso rei de outrora!”
“Por isso!” Por isso brindaram
Esquentaram as gargantas
Desceu doce sabor refinado
Taças cheias e dentre tantas
Vazias não sobraram
Esse é o círculo, mágico e elevado!
No qual só entra a luz
De cavalheiros e damas
E daquele que conduz
Os seres carentes ao sagrado!
www.piatamuller.com.br
Lugar Devido
O tempo não confia, avança, não espera
Cavalgando no galope da história
Não se demora, vive na memória
Do futuro, querendo ser quem não era
Passa a vida, te cobra, sempre intriga
Te pergunta: “Que vais fazer, amigo?
És verdadeiro? Que flertas comigo?
Acaso me achas simples rapariga?”
O homem, coitado, quer mas não consegue
Deter o tempo o tempo todo, e a vida
Definitivamente conquistar
Homem! Teu coração ao presente entregue
Aí és eterno, acredita sem medida!
Estás no lugar que devias estar
Conheça mais em www.piatamuller.com.br