Poemas, frases e mensagens de lascivo

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de lascivo

beija-me

 
beija-me lu. aqui
alienemos o corpo do tempo
e do mundo, que nos rodeia.

sente lu
este desejo, que por ti elevo
já liberto desta teia
que, amarra o preconceito
à raiz cega do medo.

beija-me lu. agora
ignoremos os olhos e todos
pois, são apenas holofotes
direccionados, a este palco
onde figuramos o amor.

brilhemos então, por eles.
sente-me lu. beija-me
aqui, agora.

LC
 
beija-me

sede

 
vem.
as formas, deslizam
num véu
perfumado
pelos poros, quentes
no corpo.
gemem, sedentos
pelos teus lábios carnudos
nos meus seios, lascivos
vem.
deixa-me matar
a sede
com a tua boca.

LC
 
sede

mata-me

 
mata-me esta fome
de tocar-te e ter-te
pela última vez. resgata-me

deste afrodisíaco tormento
nas linhas fechadas, onde
se despista a candura
do meu pensamento.

mata-me. agora, esta fome.
depois, um hospício
e uma overdose de loucura.

ah! o doce suplicio
de viver com este meu…
sofrimento
e morrer sem o teu…

ah! mata-me lu
num único e último
afrodisíaco momento.
mata-me, esta fome
com o teu...corpo.

LC
 
mata-me

cela

 
de ti,
restam-me segredos
os reluzentes brilhos
em memórias

de mim,
sobram-te degredos
os sinuosos trilhos
das histórias

a ti,
verga-se o mundo
baixam os homens, a cabeça
à tua passagem

a mim,
passa-me num segundo
duas horas de estrelas
pela tua imagem

ainda queres
que te esqueça?

LC
 
cela

a melodia da ausência

 
o inverno chora
no pântano dor
afoga-me agora

chega-te onde o sal encontra a pedra
desce, como cascata abandonada
percorre o rasto da lágrima no rosto
encontra em silêncio a boca fechada

nesta melodia da ausência

caem pelo chão como um suspiro
notas soltas, encorpadas e tristes
sem o sabor do piano antigo
onde o teu corpo de teclas incertas
não mais sentiu o toque dos dedos

converte-me o sonho
inverte-lhe os pólos
que as armas deponho
e só para ti componho

a melodia da ausência

LC
 
a melodia da ausência

quando o piano toca à janela

 
o piano marca compassos suaves
na rudeza das mãos a harmonia das notas
quebrada no espaço por sons graves

lá fora a tempestade chora sobre as pedras do chão
raios trovões uma nocturna solidão
um vulto de mulher emerge da noite
pára sob a luz de um candeeiro
parece esperar alguém…

as mãos sobre o piano tocam agora para ela
a chuva encharca a angústia do momento
um breve momento de marcas profundas

os olhos não pestanejam só olham a janela
as mãos não acenam percorrem tristes as teclas do piano
choram uma melodia nostálgica às lágrimas daquela mulher
que se desfazem no chão

o piano
a janela
a noite
alguém que não vem
o cenário perfeito na brevidade de uma canção

quando o piano toca à janela um doce presságio
notas suaves despidas de ilusão
não há consolo não há salvação
é vida ao sabor da melodia de um naufrágio

depois deste momento
o que vai ser de ti?
o que vai ser de mim?
o que vai ser de nós?
sempre que o piano tocar à janela

L.C.
 
quando o piano toca à janela

troféus

 
despe a roupa, agora
antes que amanheça
pela madrugada, joga-me
no chão.
vem, toca-me fundo
entre dois gritos
ouve, os suspiros, sente
o meu tesão
o desejo
em explosão, os suores
orgasmo!!
no sexo
tu, apenas noite, serás
para sempre, hoje
deixa-me.
amanhã, os lençóis
vazios, sem nexo.
os teus odores
à minha loucura, que guardo
na boca, sabores
por todos os dias
em que não
te bebo.
antes de saíres, olha-me
lembra-te que
pode ser
qualquer um, na minha cama.
insaciável…eu sei
mas tu, foste meu.
aceita-me.
não te imaginava
assim
tão quente, morte.
sinto-te, em mais um troféu.
 
troféus

LasCivo. o corpo, em desejo