Poemas, frases e mensagens de neliaxp

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de neliaxp

IMAGEM [1]

 
IMAGEM [1]
 
IMAGEM [1]

Os passos eram abafados pelo silêncio, e a noite parecia não ter fim, enquanto o sono se diluía em promessas adiadas…
Toda a emoção era recalcada como uma defesa, para não ter de sentir essa ansiedade que oprime o peito…
As palavras perdiam-se no olhar cansado de quem já pouco espera…
Já se tinham esgotado quase todos os recursos possíveis, no entanto o sonho ainda permanecia, inabalável como uma rocha!
Talvez fosse necessário ultrapassar ainda algumas barreiras!
Dizem com toda a razão que \\"a esperança é a última a morrer,\\" e nessa manhã o dia amanheceu com um novo brilho e com o aroma de alfazema!
Queres casar comigo?

Manuela Matos
 
IMAGEM [1]

À ESPERA QUE AMANHEÇA

 
À ESPERA QUE AMANHEÇA
 
À ESPERA QUE AMANHEÇA

Cravo o olhar no horizonte
Querendo perscrutar o outro lado das palavras
Deixadas ao abandono…
Finco os pés neste chão onde pertenço
Voo nas asas sublimes da imaginação.

O vento adormece-me os sentidos
Cola o desejo às margens do meu corpo…
Como duas estacas
O presente e o futuro, estátuas de sal
Embalam-me o pensamento…

A chuva trancada nas nuvens, rola agora
Inundando os degraus que conduzem
Ao teu céu…
Que tudo continue assim, e as palavras
Permaneçam de pé!

Que o sorriso inunde os corpos
O sonho não tenha mais fim…
Que a música se misture com as vozes
O canto se ouça na imensidão do mar,
O eco se prolongue pelas avenidas…

Que a agonia rasgada em pranto no olhar
Termine ao fim do dia,
Alma renovada em círculos inebriantes de luz
À espera que amanheça, antes que seja tarde…

Manuela Matos
Do livro "As cores do... silêncio"
 
À ESPERA QUE AMANHEÇA

ESPERANÇA

 
ESPERANÇA
 
ESPERANÇA

Se, em pensamento, olhares o tempo que passou,
E quiseres viver aquilo que perdeste,
E numa ânsia louca te agarrares ao que ficou,
P´ra tentar mudar algo que fizeste;

E se, nessa luta e constante labutar,
Teus vãos esforços saírem defraudados,
Relaxa um pouco... Pára p´ra pensar...
Vem Àquele que carrega teus cuidados!

O tempo urge! A hora é de mudança...
Há nuvens negras pairando ao redor!
Mas há também a luz duma esperança
Naquele que confia no Senhor!

Brevemente, com Jesus em doce calma,
Numa simbiose perfeita de ternura,
Teus pesares serão p´ra sempre uma sombra
Tua a promessa da glória futura!

Manuela Matos
 
ESPERANÇA

SONHO

 
SONHO
 
Sonho

Deixa-me ficar
A contemplar o teu olhar
E inventar-te poemas…
Deixa-me entrelaçar
As minhas mãos nas tuas,
Construindo sonhos
Ao anoitecer…
Deixa-me aconchegar
No infinito dos teus olhos
E sonhar…
Deixa-me soltar a magia
Que há neste dia
Colorido em suaves matizes…
Deixa-me estar assim
Neste doce momento,
Dar asas ao pensamento…
Deixa-me tornar realidade o sonho
Que teima em ficar
E acreditar
Que seremos felizes! …

Manuela Matos
 
SONHO

SILÊNCIO DE CORES

 
SILÊNCIO DE CORES
 
SILÊNCIO DE CORES

As palavras escorrem-me pelas mãos
A poesia nasce!
Os meus passos flutuam cadenciados
Na areia molhada,
Percorro o horizonte, o céu em pedaços
Vida, sonho, magia, dança,
Reflexos do arco-íris emergem do mar
O desejo de o tocar com a ponta dos dedos
Voltar a ser criança…

Sou amante das palavras
Quando a canção embala o sonho
Na encruzilhada da vida,
A música e o mar, o céu e a lua,
O desejo de mergulhar
Neste labirinto de emoções
Que me veste a pele,
Olhar escancarado sem medo
Alma sedenta de segredos
No desejo assumido de ser tua…

Fim de tarde,
Debruçada ainda sobre o poema
Neste meu silêncio de cores
A escorrer para o mar,
Cada matiz na sua essência
Qual tela de pintor
Reflexos acetinados do meu sentir,
Tingem as águas num suave borbulhar
Neste sonho acordado
Com desejos de aqui ficar…

Manuela Matos
16-02-2015

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SILÊNCIO DE CORES

A VIDA

 
A VIDA

A vida
É a liberdade
Duma andorinha
Que voa no além
Sem se cansar...
É o paraíso ideal
Com que sonhamos
Ao acordar…
A vida
É uma nuvem cinzenta
Que em breve rebenta
A chorar…
A vida
É tudo o que passa
A uma velocidade louca
Sem parar…
A vida
É tudo o que sentimos
Numa noite
De luar…
A vida
É o vento à sorte e à toa
Sempre a voar…
A vida
É uma fita gigante
Que não pára
De rolar!..

Manuela Matos
 
A VIDA

CHORAM AS TECLAS DO PIANO

 
CHORAM AS TECLAS DO PIANO

Encapelou-se o vento
Pelas encostas ensolaradas
Que escorrem pelas vidraças...
As palavras tolhem os passos
Pela incerteza de um amanhã
Que não existe!
Os dias sucedem-se em cada virar de esquina
Numa apática acalmia...
Já não há sonhos cor de violeta
Afinando um sorriso de circunstância...
Entardeceu o tempo
Pelas ruas desertas...
Ofuscou-se o riso demente
De um mundo alucinante
Quase a perecer…
Choram as teclas do piano,
Adormecidas pela tristeza da melodia...

Manuela Matos
 
CHORAM AS TECLAS DO PIANO

DEIXEM-ME VER...

 
DEIXEM-ME VER...
 
Deixem-me ver o sol
Que a todos alumia...
Deixem-me ver o mar
Com seu cheiro a maresia...
Deixem-me ver a lua
Com seu brilho profundo...
Deixem-me ver
Nem que seja por um segundo,
O sol, o mar, a lua, o mundo!...
Deixem-me ver
As lindas flores
Que me enchem de alegria...
Deixem-me ver as estrelas
Tão belas
E espelhar-me nelas
Até ser dia!...

Manuela Matos
 
DEIXEM-ME VER...

FUGA

 
FUGA

Fujo e deslizo
Sorrateiramente
Para o espaço desenhado
Pelo silêncio...
Renovada,
Deixo a magia fluir
Como um rio
Suspenso
Ou submerso no vazio...
Por momentos
Alcanço o auge da fantasia
Que emerge
Nos meus olhos ausentes...
Deixo-me envolver
Pela ilusão
Que a mente alcança
Antes que a esperança
Adormeça
De cansaço!...

Manuela Matos
 
FUGA

TÉDIO

 
TÉDIO

Há dias em que acordo, lentamente,
Deixo o pensamento navegar
- Sinto uma paz reconfortante
Que me envolve suavemente, devagar...

Há dias em que a ira me sufoca
Pela injustiça que vejo ao meu redor;
Todo o meu ser se revela e fico louca
Por não poder a todos dar amor...

Há dias em que o tédio me amortalha,
Sufocando a lucidez de um sorriso,
E vejo o estrago que o vento espalha,
Num olhar frio, disperso e indeciso...

Há dias em que me interrogo e em que penso
Como é triste viver, desta maneira!
E vejo o céu cinzento, escuro, e denso,
Mesmo com flores a florir à minha beira...

Pudesse eu fugir para longe, uma ilhota,
Deixando as coisas vãs que o tempo esquece
-Um mundo novo, uma terra ignota
Onde o silêncio das vozes não enlouquece!...

Manuela Matos
 
TÉDIO

TUA IMAGEM - 1º Lugar - Luso de ouro!

 
TUA IMAGEM - 1º Lugar - Luso de ouro!
 
NELIAXP - 1º Lugar - Luso de ouro!

8 - TUA IMAGEM

Chegaste num dia sem data
Marcado pela urgência de me encontrares
Tua persistência, tua voz meiga e olhar poético
Tomaram conta de mim...

Emergimos em promessas num silêncio profundo
Soltando beijos em carícias de cetim
Onde os corpos bailando se entregavam...

No teu sorriso embrulhei o meu sonho
Sorvi o néctar inebriante de cada amanhecer
E colei a tua imagem serena e calma
Nos contornos da minha sombra...

Manuela Matos

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Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives
 
TUA IMAGEM - 1º Lugar - Luso de ouro!

RECOMEÇAR [1]

 
RECOMEÇAR [1]
 
RECOMEÇAR [1]

É no universo das palavras que tento reconstruir o teu nome...
Desnudo-me no silêncio envolvente do teu olhar
Onde se soltam pérolas cristalizadas pela demora do reencontro...
Ainda soa ao meu ouvido o riso incandescente das crianças...
O voo ondulante das aves aviva-me a memória e os meus lábios rubros
Desenham a mágoa que a despedida marcou...

Queria tanto que estivesses aqui!
Escrever na tua pele o rascunho das noites que sonhei contigo
Falar-te dos segredos, vazios e silêncios que em mim ficaram...
Trago em mim todas as palavras que não te disse
Palavras esculpidas na magia e trocadilhos de um poema...

Como tarda o dia da tua vinda!
Rasgo o último adeus na memória dos dias que nos aconteceram
Colo-me à última esperança deste meu desassossego,
Desta minha loucura de mãos vazias...
Quero acordar a esperança que dorme em mim
Recomeçar onde os nossos sonhos se estilhaçaram
Antes que o sol se esconda na brisa da noite…

Amor, casas de novo comigo?

Manuela Matos
 
RECOMEÇAR [1]

DO OUTRO LADO DA RUA

 
DO OUTRO LADO DA RUA
 
Do outro lado da rua
Há meninos com olhos rasgados
Há mães com olhos molhados
Há gente com sonhos frustrados...
Do outro lado da rua
Há tristeza e solidão
Há famílias sem pão
Há vozes que gritam
E há vozes que calam...
Tanta coisa acontece
Do outro lado da rua!
Há pessoas que cantam chorando
Há outros que choram cantando
Há multidões que adormecem sofrendo...
Do outro lado da rua
Podia ser a minha vida e a tua!
Ali do outro lado
Onde há braços cansados
Planos adiados
E seres humanos à espera
De serem amados...


Manuela Matos

(Poema incluído no livro "CAMAS DE PAPELÃO"
de Álvaro Bastos, de apoio aos sem-abrigo)
 
DO OUTRO LADO DA RUA

TODOS DIFERENTES, TODOS IGUAIS

 
TODOS DIFERENTES, TODOS IGUAIS
 
TODOS DIFERENTES, TODOS IGUAIS

Percorri os espaços abismais
Procurando a gente do meu país
Vi tudo o que gostei e o que não quis
Vi multidões em lamentos, em seus ais!
Pensei serem sombras ancestrais
A vaguear pelas ruas da cidade
Eram rostos sem esperança, sem idade
Amargurados na tristeza – vi demais!
Vi crianças despreocupadas e com graça
Sem noção de uma vida com espinhos
Vi jovens deambulando pelos caminhos
E idosos indiferentes a quem passa!
Palmilhei cada esquina, cada espaço
Andei caminhando por aí
Regressei infeliz pelo que vi
- Pessoas à procura de um sorriso,
- Seres humanos carentes de um abraço!...
E assim se vai passando a mocidade
Indiferente ao tempo que nos conduz
Lutando por uma réstia de luz
Somos iguais na diversidade...

Manuela Matos
Menção Honrosa II Concurso de Poesia Pablo Neruda 2010/11
 
TODOS DIFERENTES, TODOS IGUAIS

TUDO PASSA...

 
TUDO PASSA...
 
TUDO PASSA...

Por vezes os dias são anos
E os anos são segundos
E por vezes nós julgamos
Ter o domínio dos mundos...

Corre o tempo sem parar
Tudo passa nesta vida
E neste constante labutar
Quase ficamos sem saída...

Quantas vezes nós fingimos
E quantas vezes nós caímos
Num marasmo tão profundo...

E avançamos como lesmas
As batalhas sempre as mesmas
Que se escapam num segundo!...


Manuela Matos
 
TUDO PASSA...

APENAS SONHAR

 
APENAS SONHAR
 
APENAS SONHAR

Olho as nuvens,
Vejo o além…
Sinto-me leve e pequena
E voo, como se tivesse asas.
Vou já muito alto.
Avisto tudo tão pequeno,
Tão simples!
Olho para o sol
Que brilha à minha frente.
O seu clarão faz-me ver
Tudo tão escuro,
E sinto-me mais pequena ainda!
Corro atrás dele,
Mas não o alcanço…
Estou já cansada,
As minhas asas douradas
Prendem-se por um fio!
Fico suspensa… parada…
De repente, desço velozmente
Em direção à terra!
Tudo se torna grandioso,
Complicado…
Os meus pés estão já fixos
No solo.
Os meus olhos estão bem
Abertos.
Olho para tudo:
Tudo tão absurdo, tão estranho…
Existem as intrigas,
As complicações, os vícios…
Há ódio e guerra…
Há crianças que choram,
E sofrem…
Mas porquê, meu Deus?
Porquê tanta lágrima,
Tanta amargura,
Tanto sofrimento!?
Porquê o egoísmo,
A fome, a morte!
O mundo está cansado!
A humanidade está doente!
Porque preferem
A ambição e a ganância
Em vez da doce calma da paz!?


Manuela Matos
 
APENAS SONHAR

MAR EMBRAVECIDO

 
MAR EMBRAVECIDO
 
MAR EMBRAVECIDO

Ó mar imenso e faminto
Que tudo queres no teu leito escuro
E profundo!
És feito de gotas de espuma branca
Enraivecida…
És uma força única, reunida,
E tudo queres…
Pedras e areias movediças,
Peixes gigantes, navios e barquitos,
Algas, plantas verdes e calhaus,
Água dos rios e regatos,
Se te sujeitam…
Inocentes que na praia brincam
Alegremente,
Pescadores que ganham em ti o pão,
Que queres roubar,
Tudo subjugas…
Mais tarde tudo volta a ti
Ó mar negro e caprichoso,
Que tanto albergas
No teu leito doloroso!
Finges brincar com areia dourada
Para a levares contigo...
E os riachos que se formam
Na praia
E as minúsculas conchas
Que de ti fogem,
A ti voltam de novo,
Submissos ao teu poder…
E as crianças correm na areia,
Saltam e salpicam-se
De gotas salgadas…
Estes salpicos que as crianças
Divertiste,
Estes salpicos insensíveis à dor
São as lágrimas que de saudade
Choram
Os que engoliste!

Manuela Matos
 
MAR EMBRAVECIDO

VEM POESIA

 
VEM POESIA

Vem, poesia, são horas,,
Vamos rimar
Neste embalar
Doce e lento de maresia…
Quero embrenhar-me
Nas palavras que trago
No pensamento,
Dar-lhes vida,
Dar-lhes encanto,
Construindo magia
Ao entardecer…
Vem, poesia, minha amiga,
Minha alma gémea
Que me sustém
Neste meu sonho
De ser poeta…
Vem destilar
Todo o meu ser
Como suave brisa
Batendo no rosto
Em noites de luar…
Vem, poesia, são horas,
São horas de rimar!…

Manuela Matos
 
VEM POESIA

ETERNAMENTE MULHER

 
ETERNAMENTE MULHER

(“Esta homenagem é tua
Neste dia que é teu
Ministério de dons
Ministério da mulher”)

Um dia foste criança,
Hoje mulher,
Continuando vidas gerações!
És Eva das multidões
De vidas vividas!
És mulher,
Esposa,
Mãe...
Mulher criança,
Mulher... mulher...
Nesse posto sublime
De criar
E ser!...
Mulher... Energia... Vida...
De onde vem essa força
Que te inspira,
Que te segue,
Que te guia,
Que te anima,
A seres sempre tu,
Mulher?!
Ânimo,
Coragem,
Luta,
Na tua busca
E constante labuta,
Anseias a paz,
A harmonia,
O amor!
Em ti não há
Ironia,
Todo o sonho é teu,
Toda a esparança
Te pertence!
Não importa a idade,
A raça,
A cor dos olhos...
Em ti permanecerá sempre
Essa vontade
Imensa
De servir...
De criar seres
Em ti gerados,
Entre lágrimas e sorrisos,
Entre ralhos e abraços,
Vivendo...
Vivendo para dar!...
Não há favoritismos,
Nem feminismos,
Só uma realidade
Imensa
De que és e serás sempre
Mulher!

Manuela Matos
 
ETERNAMENTE MULHER

ANSIEDADE

 
ANSIEDADE

Como sou? Ninguém me responde!

A minha consciência nada me diz,

Acusa-me às vezes daquilo que esqueço

Mas porquê, meu Deus? Eu nada fiz!

Ajuda-me Senhor, a descobrir…

Perdoa-me se já fiz mal…

Pois eu não quero fingir

Nem quero pensar em tal!

Sinto desejos de acabar assim…

Sem saber se de bem se de mal

-É o que dizem de mim!

Pois só Tu, ó Omnipotente,

Me poderás julgar sem mentir,

Que a opinião dos outros me é indiferente!...

Manuela Matos
 
ANSIEDADE

Escrever é uma terapia...