Poemas, frases e mensagens de unicaamostra

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de unicaamostra

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Dois blogs, também meus, que espero que visite!

Estás quase a ir embora...

 
Estás quase a ir embora...
Nestas palavras antevejo mil e um finais...agora que vais embora consigo perceber que a marca que deixaste, ficou e perdura.
Estás quase a ir embora...
E gostava de te dizer tanto e tão pouco!
O beijo que ficou prometido? Eu senti-o, tu perdeste-o...
Já estás quase a ir embora...
E imagino-me apanhar um comboio, percorrer a distancia que nos separa em algumas horas e abraçar-te como se estivesses para te ir embora.
Porque na verdade, para mim, nunca irás.
Ficarás sempre como a rapariga que conheci e me disse "Foi o melhor comentário que recebi aquele texto...emocionei-me...gosto da forma como te expressas nos teus, quem sabe um dia nos conhecamos pessoalmente!" Para mim a esperança ficou, para ti parece partir contigo.

Só espero que entendas que criaste raizes aqui, criaste amigos. Não irás apagar tudo assim com uma borracha de metal e seguires em frente como só agora estivesses a viver.

Amei-te e amo-te, aceitando com satisfação o teu bater de asas... até um dia bela fénix!
 
Estás quase a ir embora...

Cascais

 
Descalço-me e suspiro por fim.
A sensação de sentir na pele o mundo exterior...
Um sorriso aparece-me na cara, felicidade.
Caminho enquanto tiro lentamente a camisola, ficando a descoberto do sol. Este que me atinge os ombros e deixa o doce sentimento de agradável surpresa.
Começo a correr e a energia flui em mim que nem o sangue que tenho nas veias.
Vida, Liberdade.
Respirar fundo e a maresia invade-me os sentidos de forma tão abrupta que fecho os olhos instantaneamente.
Toda a vontade de gritar que estou viva e tudo vale a pena!
Correria, o sangue a correr-me rapidamente, o coração a bater de acordo com o ritmo dos meus passos a percorrer o chão molhado de água salgada até chegar á arei escaldante.
Abro os olhos e miro tudo o que me rodeia.
Cascais... Ah viva Portugal !
 
Cascais

Escrita baralhada

 
Tento, sim bem que tento,
Encontrar-me em teus olhos azuis
Mas nunca tos vi, nem teu cabelo ao vento
Nas manhãs dos meus sonhos.

Ah se tento, loira de olhos sem cor,
Encontrar em ti tudo o que até agora
Me negou o cupido e o amor,
Mas já tenho de me ir embora!

Neste espelho onde me vejo,
Estou branca e sem sorrir sequer...
Em frente ao espelho pestanejo
E logo apareço sem me ver!

Bem que tento imaginar se algum dia
Onde estás, numa hora igual à minha,
Verás que sou palhaça de nariz vermelho
E que não sei se me acende desejo
Esse teu olhar, que tem cor de mar
E o qual nunca pus a vista em cima!
 
Escrita baralhada

Paixão sem mais nada para fazer

 
Quero-te nos meus braços
À distância de um toque
Quero os teus lábios nos meus
E que no fim, me digas adeus

Irei querer sempre mais
E quanto mais sobes
de mais alto cais
mesmo a todo o custo

Tenho tudo
Mas algo me falta encontrar
Silêncio mudo
Até ao momento em que te aproximas para me tocar

Tenho tudo
Mas algo a menos no coração
Quero, mesmo assim, o mundo
Quero a tua mão
Na minha
Não quero estar sozinha

Quero desfrutar do teu calor
De cada centimetro do teu corpo
Se isto se chama amor
já está a dar para o torto

Pois quero-te a meu lado
Quero-te bem longe
Algo em que nunca tinha reparado
Aconteceu no meu mundo
E não paro de escrever
Pois quando em ti reparei
Logo ai me apaixonei
E para mim nunca mais olhei

Quero gritar
Quero correr
Quero aguentar
Esta vontade de ser

Sei o que quero
Mas o que quero, não o sabe
Por isso, noutra alma me baseio
Para alcançar aquilo que mais anseio
Amor!
 
Paixão sem mais nada para fazer

Tempo

 
Tempo, mera teoria
se não lhe ligasse.....
o que aconteceria
se uma pessoa se atrasa-se?

tempo, mera rotina
damos-lhe tanta importância
já dizia a tia Albertina
que era pura ignorância

somos seus escravos
sabe-se lá porquê
armados em parvos
seguimos o que não se vê

Dizemos tanto "Estou sem tempo..."
mas que mentira
tanto contra-tempo
será que no passado tal coisa existira?
 
Tempo

Tranquilidade

 
Não tomo atenção. Nem quero tomar. A nada. Alheio-me do mundo, do que se passa á minha volta, de tudo. Olho para o céu, as estrelas, a lua e o meu pensamento. Apenas a eles dou atenção agora, porque o meu cérebro desliga-se daqui a pouco. Estou numa aula de matématica a escrever este texto. Não sou, definitivamente, normal. Digo coisas sem sentido. Apenas escrevo. Mas...qual a minha mensagem?
Uma vez disseram-me "Todos os textos, tudo o que escreves, tem uma mensagem." Mas qual a minha neste texto? Talvez..vivam, apreciem, amem, sofram e saibam morrer.
Não podem existir porquês, nem razões, muito menos explicações. Penso. Em ti, em mim, na minha vida, na minha liberdade, em tudo. Diz-me. Se me for embora, sem razão aparente, do nada. Simplesmente desaparecer, evaporar como se nunca tivesse existido, darias pela minha falta?
Se sim, quanto tempo depois? Um segundo, Um ano, Uma vida? O que deixo aqui de que me possa orgulhar de ter feito? Nada. Algo que devia ter tido coragem para fazer, mas não fiz? Tudo. Mas desperdiçamos tempo com meras palavras, meras desculpas, meras conversas, com meros remendos nas falhas da vida. Tentei deixar a minha marca, ser a vida de alguém, ser uma amiga com quem podes ser verdadeiro, uma pessoa com quem podes sempre contar...mas será que consegui? Acho que fiz tudo errado. Espero ser uma pessoa melhor quando nos encontrarmos. Espero encontrar o que quero: uma forma de morrer mas...não ser esquecida, nem relembrada como alguém que era indiferente.
Quero ficar reconhecida como aquela rapariga calada, que só escrevia, que se importava com todos, com quem podias falar de tudo e que...tentou.
 
Tranquilidade

Sem titulo

 
Diz-me o que sentes
O que queres sentir
Mesmo que tentes
Não me vais fugir

A tua forma de falar
Adoro os teus temas
Tento não me apaixonar
Pois sei que contigo não há esquemas

És tão diferente
És mais sincero
Será que no meio de tanta gente
És tu por quem espero

Um toque
Bastava para me render
Só que
Não me quero perder

Olhos castanhos escuros
Cabelo lindo de morrer
Sorrisos tão puros...
Mas o que me está a acontecer?!
 
Sem titulo

Não acordei

 
Ainda não acordei
Deste sonho que vivia por nós
Mas acho que perdi a voz
De tanto gritar...
Sufoquei.

Ergui-me e tento lutar
Por tudo aquilo que fui perdendo,
De todas as formas que me fui escondendo...
Vou-me erguendo sem me levantar

Olhar para trás e ver que
Nada daquilo foi o que quis...
Só desejei que ficasses,
Só te pedi que tentasses!
Mas não é por mim que sorris

Enquanto vivia essa vida
Sem qualquer tentativa de sair,
Estava preparada para tudo o que havia de vir
Mas não assim...

Perdi-me na cor dos teus olhos,
No sabor de outros lábios,
Fico nas minhas incertezas,
Choro as minhas tristezas...
Nada volta atrás

Se soubesses o quanto desejei!
O quanto inventei,
O quanto sonhei só
Para ter um pedaço desse teu mundo...
Que se desfez num segundo e
Fiquei neste vazio, neste impasse
De te querer, e quanto mais tempo passa
Mais o tempo me abate
Mais a vida se esbate no preto que me tornei

Neste príncipe que destronei...
Da magia que fui destruindo
Num mundo que ele tornava perfeito
Sem se aperceber.

Não voltarei, não.
Irei viajar pelos sete mundos
E descobrir todas as maravilhas
Se no final quiser voltar,
Será para o colo que mais segurança me deu...
Voltarei para o teu
 
Não acordei

"Write"

 
"Escreve". Era a palavra inscrita na parede. Como se fosse dificil! Dizem que as paredes têm ouvidos, mas não nos dizem que elas também falam conosco. E rapariga escrevia, sentada na sua cadeira de improviso, no seu livro pintado de branco como se quisesse reescrever uma história de novo, voltar ao inicio. "Impossivel!" pensava eu, enquanto assistia ao filme, olhando a rapariga de cabelos cor de sol a fixar o seu livro com os olhos da cor da liberdade. Tive pena, muita pena, pois existia tanta vida dentro daquela cor de olhos! Tanta vida nas palavras que eram passadas para o papel toscamente branco, de uma história contada pela rapariga inicialmente muda.
Ela corria, com um sorriso de neve, pelo seu globo. Corria, pois correr é a libertação da alma no seu conceito mais básico. Mas perante o perigo, a neve ficava liquida e provinha dos seus olhos, parecendo que o azul ia desaparecendo á medida que escorria pela face de fada da menina. "És a minha familia, Max!" afirmara ao seu amigo que partira obrigado. Isto é o que o ser-se correto nos proporciona pensam que não?
Seguir as regras, o bom senso. O que um declara, todos os outros seguem, sem pensar pelas próprias cabeças e se se atrevessem a faze-lo, perdiam-nas. Mas não iria dar ao mesmo? Se não as utilizassem não as perderiam na mesma, as cabeças?
É tudo uma questão de perspectivas, penso.
"Escreve". Como uma ordem, segui o que a parede me transmitia. Parede sábia essa, que conhecera tantas histórias, presenciara tantos momentos e sentira calores diferentes...
Porque não confiar nos conselhos de uma parede que parece ser mais humana que muitos seres?
Sua Majestade adormeceu, mas a sua luz não foi apagada.
Mesmo quando o seu globo se quebrou, mesmo quando o seu corpo desfaleceu perante o último suspiro de Rudy, mesmo que tudo o que amava havia sido quebrado, a pequena menina não perdeu a sua luz.
Parte da sua familia ainda lá estava pois, passados dois anos, Max surgira das cinzas de um pais detonado pelo sabor das próprias bombas.
E no final, quando já a luz se devia ter extinguido, alguém que estivera constantemente presente, em todos os lançamentos de bombas, em todos os últimos suspiros, admitiu "A única verdade que realmente sei, é que os humanos me assombram".
 
"Write"

Noite

 
Noite, minha irmã crianca
Que me acompanhas eternamente
Neste mar meu cheio de gente
Onde tento nao perder esperança
Na pessoa que ainda sente.

Noite, que puxas o pior
De mim, que me enlouqueces!
Serei menina, mulher, enfim
Consoante as da sanidade preces...

Mas noite tu, mulher
Que me prendes pensamento,
Me levas a crer que tanto sentimento
Sera nenhum, e eu volto a perder-me!

Fico eu aqui perdida,
Olhando a crianca que fui,
A crianca que sou ainda,
E encarando a pessoa que flui
De mim no início da partida
Vejo que sou a renascida.
 
Noite

Direi

 
Só sei que nada sei
E jamais vou saber...
A razão de te amar
Se foi para te perder...

Agarrando nessas asas
Que te levam para longe...
Nem todas as minhas palavras
Te prenderiam aqui, de onde

Te grito que te espero,
Que te adoro
Que te quero
E não demoro

A perdoar os erros cometidos
Se nos meus braços te tiver
Terei olhos baços, de lágrimas,
E seja o que Deus quiser!
 
Direi

Enquanto sonho

 
Enquanto oiço meus passos
A acompanhar os teus,
Sonho que estou nos teus braços
Sem nunca dizer adeus.

Enquanto sonho sem adormecer
Olho o horizonte, desenhando
Nesses teus lábios sorriso de morrer
E os teus olhos vão-me mirando...

Ah como é calmo teu olhar!
Transportas-me para junto de ti
Pedes-me para ficar aqui
E acabamos por nos embalar

A ouvir as ondas calmas do mar.
Perdendo os olhos no horizonte
Bate-me o sol na fronte
E acabo por acordar...

Mas sinto que estás ali
Mesmo não estando
E suavemente vou-te abraçando
Querendo que fiques tu aqui
E que não vás com o horizonte...

Foste apenas sonho,
Um desejar profundo
Que não vou mitigar
Enquanto a cada segundo
Não te tentar encontrar!
 
Enquanto sonho

Algo mais

 
Parei por uns segundos. Encostei-me na beira da janela sentindo o meu corpo a deslizar parede abaixo, até me sentar, exausta, no chão. Exausta de que? Não sei bem. De quem? Também não sei dizer. Fecho os olhos. Sinto-me a entrar numa hipnose feita por mim a mim. Desligo-me. Mas não de tudo, sinto ainda uma presença comigo. Talvez o meu outro eu, o carinhoso, o revoltado, o optimista. Abro os olhos. É de noite. Fixo o olhar na lua, na rua, nas pessoas. Tomo atenção ao que acontece dentro de mim. Revolta, paixão, desgosto, felicidade ou a mistura de todos num só: amor. Fecho os olhos outra vez. Desta vez, apenas como um simples acto de repouso. Desce uma lágrima do meu rosto, acabando na linha do meu lábio contorcido pela minha tentativa de sorrir. Sinto falta de algo. Sinto que tenho quase tudo. Tudo aquilo que necessito apenas. Mas que falta algo... não sei definir o que, ou quem, ou o como. Mas algo apenas.
Acabo este texto com uma frase de Fernando Pessoa, que penso exprimir o que sinto bem neste momento.
"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?"
Ah grande Fernando Pessoa, sabia as respostas para quase tudo!
 
Algo mais

ouvir

 
Ao ouvir o mar
muitos procuram soluções
alguns chegam a entregar
os seus pobres corações

Ao ouvir o vento
cuidado com a tempestade
é preciso estar atento
a ver se te contam a verdade

Ao ouvir a trovoada
eu tenho medo
de estar apaixonada
por ser demasiado cedo...

Ao ouvir a tua voz
relembro tudo o que aconteceu
tantos corações sós
será que um deles é o meu...
 
ouvir

E se tudo fosse...?

 
E se tudo fosse esperar-te?
Uma espera continua até
Te ver chegar, com um sorriso
Nos lábios, dizendo orgulhar-te
No que me tornei, em manter-me de pé.

"Foi por ti" direi ao ver-te
Aproximar sorrateiramente
Beijando-me suavemente
Ao elevares-me no Universo
Enquanto nos mantemos assim...

Presas a um abraço uno
Que parece o Infinito.
Sorrindo encostada ao teu pescoço
Sentido a maresia nos teus cabelos
Que seja assim o futuro!

Sinto-te...como se fosse aquele
o teu comboio. E sairás, acenando
A minha atenção capturando,
Perguntando-me onde fica a Vila...
 
E se tudo fosse...?

Anjo meu

 
És minha cara-metade
jurei nunca mais amar
mas é contra a minha vontade
que esse anjo me vai largar

já não me lembro
dos dias de pesadelos
quando um anjo caiu do céu
e disse que nunca mais os iria ter

Dia de sol, nuvens brancas
foi quando te conheci
as saudades são tantas
que quase já morri

não me peças para mudar
a minha maneira de ser
no dia em que deixar de amar
será o dia em que irei morrer

nunca mais te irei largar
és o anjo de que falei
és especial, impossível de não amar
nunca mais te esquecerei!
 
Anjo meu

Inesperado

 
Caminho. Sei saber para onde ir, nem com quem ir. Apenas caminho, sozinha, acompanhada, triste ou feliz não sei. Nem sei o que sentir, o que pensar, o que dizer, ou se hei de me calar. Sinto os meus pés a não aguentarem o meu corpo. Sinto a minha mente a não aguentar tanto pensamento. Vi o meu mundo desabar perante os meus olhos e não consegui fazer nada. Senti-me impotente, inútil, fútil. Mas, a meio da caminhada surgem vultos em meu redor. Senti nesse momento uma paz difícil de explicar. Pelo que contei, eram 6 vultos. Estavam ali. A meu lado. Tropecei. Uma mão apareceu e agarrou na minha. "Não caias! Aguenta-te. Estou aqui" Disse o vulto a quem a mão pertencia. A sua voz pareceu-me a de um anjo. Era a de um anjo. Olhei com atenção para estes vultos. Eram pessoas que conhecia, mas não esperava ter ali. Tinham asas e um branco em redor da sua silhueta. Não acreditava no que via, ou estava a ver. Era algo que me surpreendia. Mas senti-me feliz. Tinha quem precisava naquele momento. Não podia jamais viver sem aqueles 6 vultos. Eram indispensavéis. Olho para a frente, sentindo aquelas presenças tão serenas comigo. Foco o meu olhar no horizonte. Vejo um nevoeiro. Olho com mais atenção e visualizo mais 3 vultos. Agora eu sabia que estava a sonhar. Tinha agora a alma completa, a mente livre de tudo, tinha a minha vida. Sim, finalmente tinha a minha vida. Porque quem eu era, era apenas uma personagem. Era uma farsa, inventada pela minha cabeça. Pensar que conhecia as pessoas...Nunca tinha estado tão errada em toda a minha vida.
 
Inesperado

Folhas soltas

 
As folhas voam por toda a parte. Voam aqui e ali, indo de encontro ás paredes, encontrando sitios que nem eu conhecia no meu quarto, desaparecendo sem quererem ser encontradas.
Acontecia a todos, afinal. Querer encontrar sitios que não haviam sido descobertos, desaparecer mesmo que seja por momentos.
A vontade é enorme, a coragem é que pode faltar por momentos, mas era sentada no chão do quarto, de olhos fechados a sentir o cabelo escorregar pela minha cabeça inclinada, que me apercebia que me estava a esconder no meu mundo. Neste meu mundo pequeno para os outros, mas gigante para mim.
O sorriso que tinha no rosto ao ver todas as folhas voar comprovava que o meu mundo era aquele, o das letras; letras que preenchiam aqueles pedaços de papel de uma forma que ninguém conseguia entender. Ninguém interpretava os significados de toda a superficialidade falsa, ninguém tomava atenção ao mais profundo de todas aquelas palavras...
Coloquei a cabeça de lado e fechei os olhos, de pernas agora cruzadas, e comecei a inventar a banda sonora da minha vida. A banda sonora de todas as histórias dentro da minha história, de toda a imensidão do que ainda havia por viver, da pouca coisa que já tinha vivido e do que vivia no dia a dia. Cada pedaço de caminho com letras, estrada feita por palavras e sonhos feitos de vontade.
Abri os olhos e jurei ter visto notas musicais a dançar em volta de cada folha já caida, á muito, no chão castanho. Todas elas dançando de forma desorganizada, numa harmonia meio desconhecida aos meus olhos verdes quase pardacentos. O sorriso deu lugar ao brilho nos olhos que sentia ter perdido.
Voltastes Maggie!
 
Folhas soltas

Se te encontrar

 
Se alguma vez te encontrar
Deusa de olhos sem cor,
Diz-me, sem rodeios, por favor
A razão que te faz sonhar.

Serás tu apenas,
A razão das minhas palavras!
Darás sentido a muitos devaneios
Por isso diz-me tudo sem rodeios...

É tentar imaginar-te
Nas minhas histórias de encantar,
Ver-te sorrir, desenhar-te,
Mas a teu lado não me imaginar...

Cor de cabelos azuis claros
Olhos sem cor já disse eu..
Os teus lábios os mais raros
Com teu corpo divino, vindo do céu!

Passear por teu corpo
Como se fosse a floresta mais linda,
Ver e colocar um sorriso nesse teu rosto
Encarando-o como a coisa mais bem vinda...

E se algum dia te encontrar
Contar-te tudo menos isto que escrevo
Pois será apenas um relevo
Na história de amor que iremos inventar!
 
Se te encontrar

Diz-me tu

 
Diz-me tu, que agora estás longe, como era estar perto...

Diz-me tu nesse emaranhado de palavras tão próprio teu, se o teu amor por mim, mesmo que pouco, ainda vive ou se já se esqueceu...

Diz-me tuas últimas palavras que quero ouvir de mim e as primeiras que sempre desejei ouvir de ti.

Enquanto escrevo com os dedos meio sem saber como segurar o lápis já tanta vez segurado, enquanto lágrimas frias deslizavam pelo meu rosto, penso se pensarás em mim.

Penso se sentirás a minha falta ou se mesmo ai sentirás as minhas palavras...

Quero seguir em frente, quero refazer tudo o que tenho feito de errado até aqui,contigo ou sem ti, mas mesmo longe sinto o teu abraço prender-me encostando-me a ti, dando-me a sentir o cheiro suave dos teus cabelos.

Dando-me a sentir a tua pequenez de corpo, mas pequenez essa que não deixava de conter tudo o que eu amava, tudo aquilo que admirava ao longe.

Agora fico aqui, presa por ti, agarrada a mim, para não perder mais nenhum pedaço pois não poderei voltar atrás.

Se é para a frente o caminho, é para a frente que vou!
 
Diz-me tu

Rute Martins