Poemas, frases e mensagens de Anthichriste

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Anthichriste

Poeta favorito: Fernando Pessoa

Quem ama?

 
Quem ama não sei,
Quem amou, amou criminoso num país sem lei,
Se eu amar um dia, serei condenado pela vida vadia,
Serei preso e trancado apenas com uma alegria,
O amor que um dia amei.

Quem ama não sabe?
Ama o que ama sem saber a verdade,
Pensa o que pensa da realidade,
E sonhos são sonhos de amor de verdade.

Quererei amar?
Tenho medo de sentimentos que me podem matar,
Mas se o amor me matar, amarei morto,
Não desistirei, como um barco que não saiu do porto.

Quem ama não sei,
Quem ama não sabe?
Quererei amar?
 
Quem ama?

Nada que sou

 
Sinto que a chama que queima,
Queimava antes de arder,
Sinto que a dor que mata,
Matava antes de o ser.

Tudo queimava e matava sem eu saber,
E sentimentos que ainda não eram, agora passaram a ser,
Tudo que não era nada, quase me fez morrer,
Apenas eu, que não era nada, continuo sem ser.

Agora leio o que escrevo, sem sequer saber ler,
Faço o que faço, sem querer saber,
Sinto tudo, e o tudo é nada, como o nada que continuo a ser.
 
Nada que sou

Palavras

 
As palavras tem o peso do sentimento de quem as escreve. Tenho palavras que pesam imenso, e tenho ausência de peso em tantas palavras.
 
Palavras

Deus

 
Deus, todo-poderoso,
Senhor salvador da perdição,
Ponta da lança, afiado e corajoso,
Comida dos pobres, luz na escuridão.

Deus, todo ele bondade e sabedoria,
Senhor que torna claro o claro dia,
Chama que queima o mais quente pecado,
Sonho que alimenta multidões com seu legado.

Senhor, o nosso salvador,
Salvador do mais profano pecador,
Deus, que endireita aquilo que nasceu torto,
Só há um problema, deus está morto.
 
Deus

O amigo das seis semanas

 
«Algumas pessoas chamam-lhes fantasmas, outras almas penadas, espíritos ou ate demónios. Dizem as pessoas que eles estão no mundo alguns porque não sabem que morreram, outros porque deixaram algo por fazer e outros por vingança.
É difícil acreditar não é?
Pois…eu também pensava assim. Mas eu vou lhes contar a minha história.
Havia um rapaz que morava perto da minha casa, os seus pais eram muito severos e só o deixavam sair para estar com os amigos uma dia por semana, sábado. Esse rapaz só tinha um amigo, era eu, pois era discriminado por todos por a sua maneira de vestir etc. Todos se afastavam dele, para ser sincero, eu também já começava a ficar um pouco farto dele. Pois todos os dias que podia sair ele vinha para a minha casa para brincar comigo.
Certo dia a minha boa vontade e paciência esgotaram-se e mandei a minha mãe dizer que eu estava doente e não podia brincar com ele.
O rapaz triste vagueava pelas ruas.
Para minha triste noticia encontraram o rapaz no dia seguinte brutalmente assassinado num beco perto da sua casa.
Estava tudo a correr (dentro dos possíveis) normal, o assassino foi preso e cada um retomou a sua vida normal, até que um dia soube que o assassino morreu esfaqueado na prisão, dentro da sua própria cela.
Eu soube disto porque ouvi uma conversa de um polícia que veio falar com a minha mãe sobre o acontecido, falaram também de uma estranha mensagem na parede escrita com sangue pelo assassino (que a escreveu enquanto sangrava ate a morte) “Eu pedi ajuda, mas ninguém se acreditou em mim. Ele esta aqui e quer a sua vingança”.
Achei isso muito estranho e fui investigar e vim a descobrir que todos os sábados esse homem chamava a policia a sua cela e dizia que estava um rapazinho a fazer barulho nas grades da sua cela, isto aconteceu 5 vezes, durante 5 semanas… todos os sábados lá estava ele…o mais engraçado é que o assassino foi encontrado morto num domingo de manha. Dizem os guardas que fora morto no sábado a noite.
E perguntam vocês porque é que estou a escrever esta carta?
No sábado a seguir a morte do assassino foi a minha vez de receber a sua visita.
E escrevo isto hoje porque já não tenho esperança… hoje vai ser a minha sexta e ultima visita.
Bem tenho de me despachar a acabar porque ele já esta aqui ao meu lado a perguntar-me porque não fui brincar com ele.
Adeus.»

O cadáver do rapaz foi encontrado no dia seguinte brutalmente esfaqueado e com uma mensagem na parede “Eu só queria brincar”.
 
O amigo das seis semanas

A minha lua partiu

 
Parti a lua em mil pedaços,
Em mil pedaços a lua parti,
A lua é meu coração,
Falando dela, não paro de pensar em ti.

Tu partis-te e partiste o meu coração,
Eu era o sol, era luz e era vida,
Agora não passo de um vulto na escuridão,
Tentando achar a alma, que a muito foi perdida.

Queria voltar atrás,
Viver o que já vivi,
Mas sangrei tanto, uma dolorosa hemorragia,
Queria voltar atrás, e se pudesse voltaria.

Mas não posso,
Pensava que celestial amor era meu,
Mas não era, era vosso,
Amor ardente cuja chama já ardeu.

Mataste-me sabias?
Quando sais-te pela porta com nosso amor,
Transformas-te em anão o Golias,
Mas ao matares-me também morres-te,
Para mim já não passas de uma memória de uma vida que já vives-te.
 
A minha lua partiu

Falsas aparências de uma alma

 
Cada pessoa, cada alma
Cada “ser perfeito” tem a sua imperfeição
Tem os seus segredos e os seus defeitos
Demonstram fraqueza, mas não choram
Pois chorar é sinal de fraqueza

E quando uma alma chorar?

Demonstram alegria, mas não riem
Demonstram poder, mas não o fazem sentir
Pois eles vivem da aparência
Não vivem do que realmente importa

E quando uma alma chorar?

Quando uma alma chorar… estaremos perdidos
Mas um dia, num dia em que não aguentem mais, eles chorarão
E quando chorarem… todos lamentaremos… pois será o nosso fim

Pois todos nos temos fraquezas, mas não as podemos mostrar
O mundo não é justo com os fracos
Para nosso bem, nunca devemos chorar

E quando uma alma chorar?

Não importa quando uma alma chorar
Estaremos perdidos, mas não importa
Pois o homem, como sempre fez, arranjara uma solução
Mais uma vez irá esconder e disfarçar os verdadeiros sentimentos

E é assim a vida, vivida de ilusões
Vivida como não devemos
Todos somos fracos, e fiquem sabendo… uma alma também chora.
 
Falsas aparências de uma alma

Criança

 
Vejo uma criança na rua,
Com o coração na mão,
Tanto dorme na cama, como já dorme no chão,
Tanto sente a morte que é sua, como dor que é tua.

Vejo o coração e percebo que não é meu,
A criança aperta-o… magoa, mas não doeu,
Volto a olhar para a criança, mas que sentimento este que me deu,
Olho e apercebo-me que a criança sou eu.

Paro de olhar para o passado,
Mas lembro-me de quando tudo ardeu,
Cai-me uma lágrima do olho,
Quando penso que tudo aquilo era meu.

Tenho saudades daquela criança,
E que saudade que me deu,
Mas também tenho medo de o que a criança sofreu.
 
Criança

Algumas frases minhas

 
O mundo esta perdido e ninguém se importa, pois quando eu fecho os olhos o mundo quer-me morto e se ficar com os olhos abertos durante uma longa e eterna vida arrisco-me a ver o que não posso e ai… o mundo mata-me.

Agora olhem para o céu e esperem falsas esperanças, lembrando-se de falsas lembranças matando-se lentamente em tão grande matança.

na escuridão não vive o demónio, vive uma parte de ti com o medo da realidade.

Posso ser um milhão de coisas para ti mas apenas uma mostrará a verdade.

aquilo que eu fui ontem não o voltarei a ser …e aquilo que serei amanha pode ser pior que ontem.
 
Algumas frases minhas

Inabalável

 
Partam-me as pernas,
E eu continuarei a andar,
Tirem-me a voz,
E vão me ouvir gritar.
Nada que façam me ira parar,

Nem que me tirem a dor,
Eu continuarei a sangrar,
Nem que me digam as respostas,
Eu vou continuar a perguntar.

Faço o que faço,
Sem nunca mudar,
Podem tentar mil como tu,
Serão mil a falhar.

A mim ninguém me muda,
Bem podem tentar,
Tenho uma vontade de ferro,
Vontade ardente, que te vai queimar.
 
Inabalável

Caos sistemático

 
Olho para dentro de mim, e o que vejo
Um ser oprimido pelo sistema
Um animal ferido no seu próprio orgulho

Com espinhos cravados no coração
Uma ferida não fatal, mas dolorosa
Que desgasta todo o nosso ser
Suga todas as nossas energias e vontade de viver

A dor está a ficar cada vez mais agoniante
A impetuosidade do meu ser está incontrolável
Acorrentado a um mundo
Um mundo que não quero
Um mundo que não pedi

Tendo esquecer todo e todos
Fecho os olhos e a dor parece diminuir
Estou no paraíso
A dor passou, os que amo estão perto de mim
O mundo brilha de novo

De repente, abro os olhos
A dor volta
Todos o que me querem bem já cá não estão
O mundo esta negro e solitário
… Tudo não passava de um sonho…

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Um poema bastante antigo, e diferente do que costumo escrever agora. Espero que gostem ;)
 
Caos sistemático

Caneta Maldita

 
Nunca escrevo aquilo que sinto,
E sentir? ... Raramente sinto,
Raramente escrevo,
E quando escrevo … Minto.

Terei medo de sentir?
Medo da dor?
Prefiro esquecer e dormir,
Prefiro não saber a que sabe a palavra chamada amor.

Prefiro escrever a palavra que nunca foi dita,
Mas um dia encho-me, e parto esta caneta maldita.
 
Caneta Maldita

Vida

 
Em vida que é vida, ou se sofre, ou nao vale a pena ser vivida.
 
Vida

Sem forças para gritar

 
Gostava de poder escrever,
Mas não tenho vontade,
E se tivesse vontade, não tinha tempo,
E mesmo se tivesse tempo, não tinha palavras.

Estou em silêncio, morto e enterrado,
Estou no fim, desfeito e acabado,
E vou permanecer calado na terra dos culpados,
E assim vou vivendo o silêncio dos condenados.

Perdi toda a vontade de tudo,
Perdi a vontade de falar,
Perdi e estou perdido,
Até a morte me achar.

Admito, sou culpado,
Culpado de amar,
Construi tudo aquilo
Que tu foste derrubar.

Agora descanso,
Descanso para amanha poder gritar,
Vou voltar a escrever,
Com lágrimas, de saudades de te amar.
 
Sem forças para gritar

Amor distante

 
Quando me tocas levas um pouco da minha alma contigo, quando me olhas distante, congelas-la, quando me amas... Eu acordo do sonho.
 
Amor distante

Filho

 
Hoje enterrei um filho,
A terra cobria-lhe a cara,
Como as lágrimas cobriam a minha,
Sei que o perdi, filho querido, num mundo perdido.

Não o voltarei a ver,
Não lhe voltarei a tocar,
Resta-me o sonho do passado,
Passado a o amar.

Ele visita-me em sonhos,
Diz-me coisas bonitas,
Fala-me de futuros risonhos,
Mas com maldições malditas.

Não quero saber do futuro,
Nem do dia de amanha,
Quero sim saber do meu filho,
Filho esse que não está mais cá.
 
Filho

Amar

 
Quem nao ama nao vive, e quem vive nao ama, amar é viver a nossa vida na vida de outra alma
 
Amar

Futuro nulo

 
O que lhes vai na alma?
Será choro? Será calma?
Atirei-lhes o fogo ardente, mas não ardeu,
Pois não se pode matar o que já morreu.

Será que ainda vão amando?
Vão mentindo? Vão lutando?
Sim, vão lutando, mas por um ideal errado
No final do jogo acaba tudo morto e enterrado.

Pobres mortais, que se matam sem saber,
Pobres mortais, que querem ganhar sem nunca perder,
Pobres mortais, assim vão acabar todos por morrer.
 
Futuro nulo

Caneta da alma

 
Se a minha caneta fosse uma extensão da minha alma, escreveria com sangue.

Conseguem ver o vermelho?
 
Caneta da alma

Se sentisses o que eu sinto, sentias a dor da minha felicidade.

 
Se sentisses o que eu sinto, sentias a dor da minha felicidade.
 
Se sentisses o que eu sinto, sentias a dor da minha felicidade.