Poemas, frases e mensagens de Palavras Soltas

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Palavras Soltas

Para ti amiga!!!

 
Para ti amiga!!!
 
Nascemos independentes da nossa vontade. Mas a vida é um encanto. E nos encanta.Os primeiros risos, as primeiras flores, os primeiros amanheceres, os primeiros anos... as primeiras descobertas. Vamos desbravando a vida e enfrentando o desconhecido maravilhados...

Então vêm os primeiros nãos... As primeiras quedas, as primeiras decepções, as primeiras lágrimas que não nos impedem, nem por isso, de ir em frente!
Mas um dia o desconhecido, o inexplicável, pode tirar nossa vontade de viver.

As perdas, as grandes, aquelas sem volta que, por mais alto e forte que gritemos, fazem-se de surdas...

E a vida perde seu sentido...

Os amanheceres e entardeceres tornam-se uma e a mesma coisa: tristes! Recusamo-nos a ver a luz do dia, o sol que brilha, a vida que palpita, os pássaros que cantam e as flores que, teimosas, continuam se abrindo em total indiferença à nossa dor.

E é preciso, nesse momento onde queremos parar mas que a vida não pára... é preciso reaprender a viver.

Não aceitamos nossas perdas irreparáveis e absurdas, mas precisamos aprender a viver com elas e apesar delas. E ver a vida com outros olhos. Talvez, reconhecer de vez nossa pequenez diante do desconhecido. E reviver...

A pequenos passos, tímidos, lentos, tal qual criança que ainda não viu nada, mas com a sabedoria dos velhos que já sabem que a vida é um poço de mistérios.
E vamos assim, não importa nossa idade, desbravando novamente a vida. Vamos sorrir novamente. Ver a luz do dia, olhar nos olhos dos que ficaram e que estiveram do nosso lado mesmo quando estivemos temporariamente cegos a tudo o mais. Ver as flores, que nunca desistiram de viver e experimentar o dia-a-dia, novos gostos dessa nova vida que se oferece a nós.Tudo pode ter um fim. Mas todo fim pode ser o início de um recomeço. E a vida continua linda...

Força, amiga... estou sempre cá...

Até Deus deixar....
 
Para ti amiga!!!

A Lua!

 
A Lua!
 
Sentada na praia, fixo o horizonte...
E assisto uma vez mais ao triste ritual, de ver o Sol esconder-se, e a Lua a aparecer...
Os eternos amantes, nunca se encontram...
Sinto-me invadir por um sentimento que não sei explicar...
Fico triste, por ela, por mim...
Mas admiro a sua coragem em brilhar todas as noites, mesmo tendo-lhe sido retirado o direito de amar!
Invejo o seu brilho, a sua alegria, a sua magestade...
Queria tanto ser como ela...
E não estar aqui sentada, a esperar por ti...
Perdi a conta ao tempo que espero por ti em vão, parece que foi ontem que partiste...
Mas pode ter sido há 10 anos, 1 ano, 1 mês... Não sei!
Sei que a espera é inútil, que não vens, mas gosto de olhar a Lua, o mar, o movimento das ondas...
Hoje a inspiração não chega e deixo caír o bloco e a caneta!
Fecho os olhos e respiro fundo!
O ar meio salgado, invade os meus pulmões, e enebria-me a alma...
Imagino tuas mãos a tocarem minha pele, num jeito meio atrevido... só teu!
Deixo-me levar por esse sentir imaginário... e deixo-te explorar cada canto do meu corpo carente de ti...
Encosto-me na areia, mas o que sinto é o calor do teu corpo, consigo escutar o pulsar do teu coração...
E, ali, naquela praia deserta, tendo somente a Lua como testemunha, eu entrego-me a um amor feito de fantasia e sonhos!
Abro os olhos, e a Lua está mesmo por cima de mim...
Olha-me com tristeza...
Duas lágrimas quentes, escorrem pelo canto dos meus olhos cansados, e caem sem vida na areia fria...
Esta noite, o bloco volta volta em branco para casa...
Faltou inspiração...
Sobrou sentimento...
 
A Lua!

Eu queria!

 
Eu queria!
 
Eu queria! quero! quis!
Dito assim, até parecem palavras muito egoistas, egocêntricas... enfim!
Mas não são!
São simplemente desejos.
Eu queria ter alguém para passear comigo, lado a lado ao entardecer na praia...
Eu queria ser surpreendida, depois de um dia de trabalho, com um ramo de flores!
Eu queria que as minhas férias fossem marcadas pela surpresa de uma viagem mistério...
Só nós dois...
Eu queria não ter de te fazer lembrar os aniversários!!
Eu queria que olhasses para mim, com antigamente, sem dúvidas e ressentimentos!
Eu queria um jantar à beira mar, numa qualquer noite de verão...
Eu simplesmente queria uma saída nocturna, para comer um gelado...
Eu nunca quis que a rotina tomasse conta de nós, mas não tive forças para a afastar, e ela veio para ficar!
Eu quis tanta coisa...
Não!!!
Mentira!!!
Eu só quis ser amada...
Eu só quis amar...
Um dia... quem sabe...
Um dia...
 
Eu queria!

Chuva

 
Chuva
 
Lá fora a chuva cai lentamente...
Agrada-me esta chuva...
Suave, limpa, transparente!
Enquanto o meu coração,
escuta o meu interior...
Eu páro para ouvir o suave da chuva
na minha janela...
De caneta na mão,
Começo a escrever sobre o branco do papel...
Escrevo até onde o pensamento me leva...
Enquanto sinto uma leve brisa, nos meus cabelos,
como se fosse o hálito do vento...
No papel abraço um "amigo",
que está distante, e ofereço-lhe uma rosa...
Consigo imaginar o seu sorriso, tão lindo!
E, as nossas mãos tocam-se...
Sinto um arrepio...
Será frio???
Tenho a leve sensação de ouvir a harpa de um anjo...
Lá fora continua a chover lentamente, e eu deixo
a caneta, seguir o meu pensamento e o meu coração
que página a página,vai descobrindo meus sonhos...
Todos meus...
Só meus...
Porque o meu coração, respira amor!
O frio penetra na minha pele, mas o meu coração está aquecido!
Agrada-me esta chuva!...
 
Chuva

Colo!

 
Colo!
 
Quem foi que disse que para ajudar um amigo, dar aquele colo, que tantas vezes necessitamos, é preciso estar perto?...
Eu não acho!
Existem pessoas que nos dão todo o seu carinho, com palavras, escritas ou faladas, que nesse momento nos reconforta a alma, e fisicamente estão bem longe!...
É possível se dar a alguém, com um gesto tão banal, como carregar numa tecla.
E o carinho que chega do outro lado, ajuda a secar nossas lágrimas, a curar as feridas, a amenizar a dor...
Mas se dissermos que a distância não existe, isso não é verdade...
Ela existe!
Mas nós nem damos conta, que aquela pessoa que nos está a ajudar, está longe!
Claro que aquele abraço aconchegante e quente, só o recebemos de quem está perto, mas tantas vezes, as palavras que aparecem no ecran, umas atrás das outras... valem muito mais...
Quando quiseres abraçar alguém, dar colo, e os teus braços não alcançarem essa pessoa, dá um telefonema, escreve uma carta, envia um mail, o teu carinho vai chegar com o mesmo calor e intensidade!
Nunca duvides disso!
 
Colo!

Será??

 
Será??
 
Sentada no rochedo, olho o mar...

Esta rotina, repete-se dia, após dia, sempre ao entardecer!

Gosto de ver o Sol esconder-se, e a deixar reinar a Lua...

Adoro ver o momento em que os dois se encontram, e imagino que por breves segundos, juram amor eterno...

Desde menina, que eu imagino que o Sol tem um amor platónico, pela Lua. E até tinha arranjado, um motivo, por Deus os ter separado... Talvez, tivessem desafiado e Todo Poderoso, e Ele, tinha-os separado para sempre...

Mas isto claro, eram ilusões de menina...

Depois, os cientistas, destruiram a minha ilusão...

Mas não deixa de ser um espectáculo único... E, eu não me canso de olhar...

Com as pernas dobradas e os braços a rodeá-las, pouso o rosto, nos joelhos e fixo o horizonte.

O mar... a linha ténue, que o separa do céu.

O movimento sensual das ondas...

Tudo isto me fascina, me emociona e me deslumbra!

Ali, naquela praia deserta, embora esteja só, não sinto a solidão...

Desço do rochedo, e descalça, começo a andar pela praia.

Deixo o mar tocar-me! Suavemente... Como se me pedisse permissão, para me acarinhar!

E, eu deixo.

Conto-lhe os meus segredos... As minhas desilusões... Frustações... Sonhos!

Ele ouve-me!

Eu sei que ele me ouve...

E também sei, que ele vai lá estar sempre para me ouvir!

Para me acariciar os pés, com a sua água morna...

Para me limpar as lágrimas, com a sua água salgada...

Sento-me na areia molhada, e fixo o infinito...

Que se esconde por detrás daquela linha??

Países distantes, que nunca vou conhecer...

Será que tu vives em algum deles??

Deixo-me levar pelo som que as ondas fazem ao tocar na areia, e deito-me...

A água chega até mim... então, tenho a sensação que o mar, me diz sussurrando:

" Ele vai voltar!"

Será que foi ilusão??

Levanto-me, e corro para casa...

Mas, em vão...

Não estavas lá... não tinhas voltado!

Talvez amanhã...

Amanhã, vou voltar a sentar-me no rochedo...

Será que existe amanhã para nós?...

Será?...
 
Será??

Amizade

 
Amizade
 
Nesta selva, que teimosamente, chamamos civilização, vamos perdendo alguns valores básicos, antes tão importantes, agora perdidos, alguns para sempre!
Podia citar vários, mas hoje vou falar especificamente de um sentimento:
A AMIZADE!
Esta palavra que devia significar tanto... foi banalizada, e está agora no patamar do "conhecido"!.
Conheço alguém... e sem demora, chamo-lhe de "amigo"!
Mas amizade é um sentimento muito sério!
Mais importante até que o amor... ( esse acaba com o tempo, e a amizade verdadeira não!)
Hoje quero falar daquela amizade genuina, que nos levava a repartir o lanche, com um colega menos afortunado, sem nos importarmos, com a marca dos ténis, ou dos jeans...
Que nos levava, a ficarmos também de castigo, (em solidariedade para com ele)!
Aquela amizade, que nos levava a levantarmo-nos da cama, a altas horas da madrugada, para acudir a um amigo...
Falo daquela amizade desinteressada, em que damos tudo de nós, sem esperar nada em troca!
Falo daquele amigo, que nos olha nos olhos, e sem pronunciarmos qualquer palavra,sabe que necessitamos de um abraço...
Falo de sms enviados em jeito de "SOS", e que só os verdadeiros amigos entendem!
De volta recebemos uma palavra de carinho, que nos aquece o coração e alimenta a alma!
Muitas vezes nem precisamos mais que isto...
Só pedimos um pouco de atenção...
Eu, tenho poucos amigos, a qualidade é mais importante que a quantidade!!
porque para mim, ainda é importante, repartir o lanche e o castigo!!
Vamos reenaugurar a palavra AMIZADE!
Vamos dar-lhe o valor que ela merece!
E da próxima vez, que alguém lhe enviar um sms, mesmo que seja disparatado...
Responda!! Pode ser que essa pessoa, só precise de um pouco de calor, para aquecer o coração...
 
Amizade

Emoções

 
Emoções
 
É madrugada!

Sentada em frente ao computador, tento escrever, o que não consigo falar...

A cabeça dói-me... resultado de algumas noites sem dormir.

Os dedos tremem... Numa desobidiência total!

Estou a ser invadida por um turbilhão de emoções, e tenho a sensação que sou um barco, abandonado no mar, numa noite de tempestade.

Sou eu que estou ao leme, devia ser eu a controlá-lo, mas sinto-me impotente, cansada e resolvo deixá-lo entregue á sua sorte.

Inteiro, ou aos bocados, eu sei que ele vai ter a terra firme... Já aconteceram outras vezes!

E, eu, sempre tenho a disposição de o voltar a construir, e lançá-lo ao mar novamente.

Mas, hoje decidi que não!

Estou confusa, triste, mas com a absoluta certeza que desta vez, vou mesmo deixá-lo afundar.

Não vou apanhar os pedaços e voltar a construí-lo...

Não!

Estou cansada demais!

Sinto-me tão só!!!!

As lágrimas começam a cair, uma após a outra, e vão aquecendo o meu rosto, até desaparecerem no meu regaço.

Suplico ao meu cérebro, que me ajude a colocar ordem nas emoções, mas, até ele, que sempre foi tão competente, e que nunca me desiludiu, está com dificuldade em controlar o coração...

Estes dois orgãos nunca se deram muito bem... (opiniões divergentes).

O coração, sempre romântico e pouco responsável, sempre me levou a cometer erros, dos quais, alguns me arrependo... outros nem foram erros, apenas devaneios!

Durante anos deixei que fosse ele a comandar a minha vida...

Mostrou-se um péssimo lider!

Há uns anos, retirei-lhe o poder, e entreguei essa tarefa ao cérebro, que mostrou ser um excelente conselheiro, muito coerente um pouco frio ás vezes, mas nunca me deixou ficar mal.

Quanto ao coração, abandonei-o, entrou em hibernação!

Agora, deparo-me com ele a querer acordar, e a entrar em "guerra" com o cérebro, e tudo isto me deixa....

Paralisada!

Confusa!

Triste!

Fragilizada!

Sem saber, a quem entrego o poder de decidir a minha vida.

Interiormente estou em plena "guerra civil"!!!!

Nunca falo o que sinto!

Porque tenho medo, que seja o coração a falar por mim... Engulo as palavras, que queria gritar!

Tento escrevê-las, mas baralho tudo, ninguém as entende...

" O que vale, é que este blog, é quase como um diário, quase ninguém o lê!"

ps: Isto é um texto de ficção, qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência!

ou

ps: Isto é um texto real, qualquer semelhança com a ficção, não é coincidência!

..... eu bem disse que estava confusa!!!!!!!!!!!!!!
 
Emoções

Sonho

 
Sonho
 
!

Na incerteza do que sinto,
abraço-te...
E neste gesto, tento guardar-te só para mim!
Um rodopio de emoções, assalta-me a alma!
Rouba-me o amor, deixa-me o ódio!
E, tu que eu tanto desejo,
que eu tanto amo...
Lentamente, afastas-te do meu sonho!
Afastas-te do meu abraço...
E deixas-me só...
Neste sonho que é só meu!
 
Sonho

Solidão

 
Solidão
 
Saio de casa.
Vou por aí.
Sinto-me mais só que nunca.
Isolada.
Abandonada.
Centenas de pessoas à minha volta e eu sozinha.
Vou aqui… ali.
Ando às voltas como se andasse perdida mas conheço perfeitamente todos estes sítios pois já passei por eles vezes sem conta, sempre sozinha.
Eu e a solidão.
Fumo um cigarro.
Tomo café.
O café amargo confunde-se com a minha própria amargura.
Sinto-me uma pessoa triste.
Hoje a solidão não é um refúgio para mim mas sim um fardo que carrego.
Hoje não me quero refugiar na solidão mas sim nas pessoas.
Quero sentir-me aconchegada por risos, alegria... quero sentir que não estou sozinha.
Imagino... sonho....
Sento-me.
Acendo outro cigarro.
Vejo a solidão ao meu lado.
Olha para mim como se já me conhecesse desde que nasci.
Vejo que me tem acompanhado toda a minha vida.
Sorri para mim.
Abraça-me com a força do mundo, faz-me sentir que nunca me irá abandonar.
Entranha-se em mim. Sinto cá dentro o seu frio, o seu vazio.
Acomodo-me a este vazio.
Percorro as ruas... volto para casa.
Sozinha.
 
Solidão

Sedução...

 
Sedução...
 
"Buscas-me e completas-me!...
Faz de mim tua morada...
Podes vir de longe...
Ou de perto... não me interessa.
Desde que tragas amor a este corpo só...
Mas que venhas quente! que eu preciso de calor..
Traz contigo, muito amor...
Que venhas sedento, tragas paixão...
Vem correndo, que estou afoita...
Do teu desejo e sedução..."
 
Sedução...

Decepção

 
Decepção
 
Hoje, eu não dei pelo tempo a passar,
passei o dia, tentando disfarçar
a minha enorme vontade de chorar...
Será que existe alguém capaz, de me explicar,
o que tenho de fazer, para arrancar do meu peito,
esta louca vontade de morrer?!...
Sou mais um ser em constante,
confronto com o mundo!
Tenho marcas visiveis, que o tempo fez questão de colar no meu rosto.
Meu corpo, machucado pela vida... definha, a cada minuto,
sem que eu me importe com isso...
Choro sozinha na escuridão da noite,
tentando ocultar, esta dor, que me destrói...
Foram tantas decepções...
Ouvi tantos "nãos", da vida, que o medo tomou conta do meu coração!
Amor... eu já não consigo sentir!
Caí, em várias ilusões, e saí sempre magoada!
Agora enriqueci o meu peito do mais puro egoismo,
e de tudo o que me possa servir de escudo...
Hoje, sou pobre desses sentimentos
bonitos que todos tanto anseiam...
E, lamento pelas lágrimas que rolaram dos meus olhos...
Não quero saber do futuro,
ou do que se refere à vida, penso no "hoje",
sem questionar, os principios, os meios e os fins...!
 
Decepção

Pai

 
Pai
 
Fazes-me falta...
Como dói a tua ausência...
Sinto-me abandonada, sem rumo...
E agora, pai??
Quem me aconchega quando eu estiver triste!
Quem me abraça, nos momentos de desilusão!
Quem vai beijar meu rosto, e dizer que me ama, nos momentos mais carentes...
Quem me protege deste mundo de incertezas??
Quero o teu colo, pai!
Ouviste???
Quero voltar a sentir o aconchego do teu abraço, o calor do teu beijo, preciso do teu carinho...
Preciso de ti, pai!
Quero conversar contigo, ou simplesmente não falar, e ficarmos os dois, em silêncio, a olhar um para o outro!
Como os nossos silêncios, me ensinaram tanto pai...
Ensinaram-me a calar, mesmo quando tenho razão, e a guardar só para mim, o que a mais ninguém diz respeito!
Preciso sabar se estás bem...
Se és feliz...
Se sentes saudades da tua filha...
A vida privou-me cedo demais da tua presença...
A morte chegou numa manhã de primavera, e levou-te com ela!
Foi cruel e injusta!
Hoje não posso dar-te um beijo e dizer que te amo, mas posso fazê-lo através desta singela carta.
Hoje, todo o meu amor é para ti!
Obrigada pai!
Por teres existido...
Por teres sido um ser humano tão especial...
Jamais te vou esquecer!
Amar-te-ei para sempre!

(esta carta é apenas um depoimento de amor, desconsiderem qualquer tentativa de análise, no que diz respeito ao valor literário.)
 
Pai

O amanhã não existe!

 
O amanhã não existe!
 
Hoje lembrei-me de uma frase que um amigo me disse um dia...
" O amanhã não existe!"
Confesso, que no momento achei alguma graça...
Mas, como costumo pensar muito no que as pessoas me dizem...
Esta frase não me sai da cabeça, e, pensando bem, ele tem razão.
Nós não somos eternos, apenas temos um tempo limitado, para estar cá na terra!
Ninguém tem o poder de prolongar a estadia, nem por um segundo a mais.
Mas preferimos não pensar muito nisso, e vivemos, como se fossemos eternos, como se tivéssemos tempo de fazer isto ou aquilo, ou até mesmo ajudar a restabelecer a paz...
E, pensamos muito erradamente....
Amanhã logo falo...
Amanhã telefono...
Amanhã peço desculpa...
Amanhã...
Como se pudéssemos guardar o "amanhã" nas mãos, e utilizá-lo quando nos apetecesse...
Mas o amanhã de ontem... é hoje!
E, o amanhã de hoje??
Estaremos cá??
Todos temos nossos problemas, nossas desilusões, nossas tristezas, nossas angustias...
E, quando estamos magoados, temos tendência em construir muralhas, para nos proteger, nem nos apercebemos que nos aprisionamos sem darmos conta...
Ficamos presos a um sentimento de revolta, e nem nos apercebemos, quando alguém tenta estender a mão, para nos ajudar...
Ficamos cegos, e escondemos a tristeza, atrás das muralhas... E magoamo-nos inconscientemente.
Nesta egoísta agonia, deixamos para amanhã, a resolução do problema, o pedido de desculpas...
Mas o amanhã, não existe!
Só o iremos conhecer, se vermos o Sol nascer...
Muita gente não vai chegar lá...
Porque a vida é imprevisível, diria mesmo cruel...
Mas, se o hoje nos é oferecido, não construas muros, deixa entrar quem te quer ajudar, ou quem precisa de ajuda... E grita bem alto:
HOJE QUERO E VOU SER FELIZ!!!
Os muros impedem-nos de dar e receber carinho, liberta-te...
Abraça, beija, ama, escuta, ajuda, perdoa...
Porque se o amanhã, não chegar para essa pessoa, pelo menos não terás de viver, com a tristeza de não teres demonstrado, o quanto ela significava para ti, só porque pensaste em fazê-lo amanhã...
Nem ficarás com a sensação de teres perdido os melhores anos da tua vida!
Por isso, vive o hoje!
Porque amanhã...
"AMANHÃ NÃO EXISTE"!...
 
O amanhã não existe!

Carta

 
Carta
 
Lembro-me dos teus olhos cor de mar, (dizias que era por viveres perto do oceano) do teu sorriso aberto, mas lembro-me principalmente do teu olhar, aquele onde escondias todos os sonhos do teu mundo.
E o mundo era o teu grande sonho!
Falavas dele como se o conhecesses, mas nunca tinhas saído da vila onde morávamos, mas os jornais mostravam uma realidade que tu querias fosse a tua…
E de olhar perdido no horizonte, falavas-me que um dia serias um grande jornalista, um contador de estórias, um escritor de sonhos…
No fundo eu sabia que um dia te perderia para uma qualquer página de um daqueles jornais que tão avidamente sorvias com o olhar…
Aquele olhar de menino rebelde que eu tanto amava.
Ainda sinto o calor dos teus lábios a limpar-me as lágrimas depois de um qualquer desgosto adolescente, e prometias-me o mundo…
Mas a vida encarregou-se de matar todas as promessas.
E um dia… partiste!
Levaste a mochila cheia de sonhos e deixaste um coração vazio de promessas!
Penso sempre em ti, onde estarás agora… quantos olhares já cativaste com o teu sorriso!
A nossa árvore ainda existe, o velho carvalho que nos acolhia ao fim da tarde ainda guarda as nossas iniciais que tu esculpiste como símbolo do nosso amor, as letras estão desgastadas pelo tempo, tal como eu…
Ainda passo por lá de vez em quando na esperança de te encontrar um dia…
Imagino se ainda te lembrarás de mim… Se tal como eu sentes saudade de tudo o que o velho carvalho representava para nós…
Leio cada reportagem tua, na expectativa de me encontrar nas entrelinhas…
Procuro a tua saudade a cada palavra que escreves… Mas só falas em guerra, fome, catástrofes e morte…
Suponho que ainda terás os olhos cor do mar, embora vivas longe do oceano, e que o teu sorriso ainda fará palpitar corações…
Hoje olho-te à distância de um passado que o tempo teima em não deixar esquecer…
 
Carta

Noite

 
Noite
 
Cai a noite...
Sinto uma ansiedade, uma solidão!
Espero-te...
Mas estás longe, sei que a espera é em vão...
O luar desenha formas nas paredes
Ouço uma música suave...
Ai, a solidão...
De repente sinto uma brisa, que me trás
o cheiro do teu perfume...
O vento é meu cumplice, porque
trouxe-me o teu cheiro...
Mas tu estás tão longe!
Fecho os olhos e sonho...
E, o sonho trás-me as lembranças da nossa última noite!
Quando nos amámos com loucura...
De olhos fechados...
Sonho!!!
E, no sonho, revivo todos os nossos momentos,
tão intensos...
Beijos, caricias, cumplicidade!
Sussuros...
Gemidos...
Dois corpos nus, que rolam pelo chão...
Gestos ousados, lábios colados...
O vento está forte... a música...
Sinto-te...
Grito o teu nome...
Mas só o silêncio me responde!
Acabou a música... Parou o vento...
Agora somente o luar é meu cumplice...
Nesta noite de solidão...
E, tu...
Tu, estás tão longe...
 
Noite

Sentimento

 
Sentimento
 
Já não te vejo!

Fecho os olhos e tento imaginar o teu rosto, a cor do teu cabelo, o teu olhar, a maneira de andar...

Mas a imagem está desfocada, distante, ausente de mim...

Não te vejo...

Mas sinto-te...

Ainda tão perto, tão presente, tão amado...

Ah... Como eu queria que já não fizesses parte dos meus pensamentos... dos meus sonhos!

Como eu queria que os meus olhos, já não te procurassem por entre a multidão...

Como eu queria que o meu coração, já não acelerasse, cada vez que o telefone toca!

Já não te vejo...

Será que algum dia te vi...?

Mas sempre te olhei!

Sempre te desejei!

Sempre te amei!

Mas nunca te contei!

Nunca irás saber... a importância que tiveste na minha vida!

Não soubeste dar valor aos meus sentimentos...

Agora...

Já não te vejo...

Estás desfocado, longe, inantigivel...

Ou será que fui eu que me afastei?...

Pensar em ti, já não dói com a mesma intensidade de antes...

Já não te vejo...

Mas ainda te sinto...

Aqui!... Dentro de mim...
 
Sentimento

Página da vida!

 
Página da vida!
 
O dia amanheceu triste!
As nuvens negras escondem o azul do céu...
Proibindo assim o Sol de brilhar...
É como se todo o universo, sentisse a minha dor...
E chorasse comigo...
Estou de luto...
Morreu o meu coração!
Os céus choram a sua morte, e pouco a pouco, as primeiras lágrimas começam a caír...
Tão lentamente...
Parecem cristais liquidos, que se desfazem em contacto com a terra árida!
Pelo meu rosto, as lágrimas também escorrem...
Quentes...
Como se quisessem trazer de volta à vida um coração demasiado moribundo, já gelado...
Já morto!...
A chuva começa a cair com mais intensidade...
Com a cabeça encostada ao vidro da janela, as minhas lágrimas, confundem-se com as gotas da chuva...
Ontem, mataste a réstia de esperança que mantinha vivo, este coração doente de amor!
Hoje... Aqui... Neste momento, só a tua ausência permanece!
E, chego a sentir saudades de um amor que nunca foi meu...
O meu peito dói!
A respiração falha!
Da minha garganta vem um soluço abafado!
Um choro incerto... entre o lamento e o pranto!
Choro goles de palavras aos pedaços...
Engulo a minha tristeza...
E faço um pacto com a chuva...
Um pacto secreto... muito secreto!
E virei a página do livro da minha vida...
 
Página da vida!

Coração

 
Coração
 
Porque me tentas??
Quando penso que já te esqueci...
Quando já não apareces mais nos meus sonhos!
Quando passeio pelas ruas e já não vejo o teu sorriso, a cor dos teus olhos...
Reapareces, vindo do nada!
Contra a minha vontade,
voltas a ocupar o teu lugar no meu coração,
e descubro, que afinal, o lugar estava ainda vazio!...
Tristemente descubro, que afinal, ninguém o vai ocupar!
E, sabendo disso...
Vais e vens, sem te importares com a dor que deixas, cada vez que partes!...
 
Coração

Tempo

 
Tempo
 
O tempo não é nada.
O tempo não serve para nada.
A longevidade das memórias não atenua nada.
A poeira assenta.
De vez em quando, levanta-se com a força de multidões e espalha-se.
A poeira torna-se tudo o que existe.
Tudo o que vemos e sentimos.
Naquele fim de tarde tu eras a única coisa que existia.
Nada mais importava.
O mundo não importava.
Passei o dia todo com a ânsia e o desejo de te ver.
Tentava não pensar, mas só pensava em ver-te.
Inventava conversas, gestos.
O tempo recusava-se a passar.
Permanecia.
E eu, à espera. À espera do que o tempo trazia.
De repente, todas as memórias invadiram o presente.
Tu...
O teu olhar...
O mesmo olhar pelo qual me apaixonei.
O tempo tivera alterado algo em nós.
Algo... mas continuávamos de certa forma iguais.
Olhares...
Risos...
Toque...
Momentos... a efemeridade do tempo.
Queria que aquele momento durasse para sempre.
Mas o tempo. O tempo cruel recusou-se e devolveu-me a angústia, quando, uma vez mais, te vi partir, para longe de mim.
Para longe de nós.
Para longe de tudo o que poderíamos ser.
Tempo.
Tempo que faz de nós marionetas, contrariando a nossa vontade, roubando-nos os breves instantes de felicidade que nos são proporcionados.
Hoje, carrego o tempo insuportável da tua ausência.
 
Tempo

Ariane