Poemas, frases e mensagens de NelsondPaula

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de NelsondPaula

QUERO ARDER NO PARAÍSO(de "Vozes do Aquém")

 
Toda a minha vida
preparei
a alma
para arder
nas chamas do Paraíso,
ajudando o Universo
a criar
mais uma supernova,
pronta
para explodir,
contraindo
cada matéria
próxima
e liberando
bilhões
de arco-íris
pelo
caminho.

Rejeito
o conceito de colapso,
substituo
por uma noção
tão simples,
quanto aguda:
eu
sou
Deus,
criatura
e
criador,
partes incandescentes
da Verdade,
consubstanciadas
por um pacto
ancestral,
o qual acaba
de ser
violado
pela
gravidade.

Vida
é
o rojão,
que
vira
balão,
para
durar
mais
um pouco,
enquanto
o ar quente
empurrar
para cima,
ou
até
as nuvens
acabarem.
 
QUERO ARDER NO PARAÍSO(de "Vozes do Aquém")

Vozes do Aquém

 
Muito antes de chegar ao Além,
a mente perturbada encontra alguns cantos
para se enrodilhar e não ir em frente.

Como poeira vai se acumulando,
formando calombos, nos quais a inteligência tropeça,
enquanto a frase fica entalada na garganta,
transformada pelo susto
em estalo.

O soluço é sua melhor manifestação,
no entanto o saci quando acuado
contrapõe ao pulo a hipérbole,
quebrando o discurso e revertendo a fórmula,
que fica no redemoinho de pó
para ser lida pelo poeta.

Pode ser longo o caminho de volta,
como tenho pressa, canso logo
e não apanho os frutos que me foram dados para colher.

Mancho os pés nas amoras,
das quais pouco lembro o sabor.

Por isso desço de novo o morro
e olho para cima com saudades.

Do outro lado do horizonte haverá de haver
no mínimo um novo ponto de vista.

poema que empresta o título ao meu livro "Vozes do Aquém"
 
Vozes do Aquém

O DITADO DO DITONGO ("Estalos do Perispírito")

 
Repito
aflito
o que
me foi
ditado.

Por isso
não há
tempo
para hiatos.

De outra forma,
engasgo
com o espírito
e fico
com o gosto
do ectoplasma
na boca.
 
O DITADO DO DITONGO ("Estalos do Perispírito")

NÓS TEMOS QUE SER ETERNOS(de "Vozes do Aquém")

 
Não vejo nenhuma razão
para que não sejamos
eternos.

Só há transformação,
no mundo real,
a pouca perda,
quando ocorre,
ainda assim,
é discutível.

Para onde vai
a Inteligência?

Estará ela
colada de tal forma
à Consciência,
que se esvaem juntas
tal qual o pó
ao qual o corpo
irá, como previsto
e maldito,
retornar?

Mas não será isso
semear?

Não estarão os seres
que habitam o Nada
transportando relações
de um canto para outro,
e, dessa forma,
derrubando
pedaços de Memória
pelas ruas do tempo,
onde fantasmas errantes
tentam desesperadamente
encontrar
o caminho de volta?

Porém,
também sinto
que não há volta
no universo finito,
a lei do carma
impõe
a curva da espiral,
a qual não passa
de paralelas
metidas a besta,
separadas pela força
magnética,
que se inverteu
depois
de tantos milhões
de milênios
de espera.

Ventos chorosos
repuxam as velas,
mudando a direção
da barca da vida
e as flechas atiradas
um pouco antes
acabam não pondo fogo
em nada,
já que caem
no vasto oceano
infinito,
onde nadam as dúvidas
e as sereias.
todas brilhantes,
capazes de confundir
a mente
e elevar
os hormônios.
 
NÓS TEMOS QUE SER ETERNOS(de "Vozes do Aquém")

TODAS AS ALMAS SÃO IGUAIS(de "Vozes do Aquém")

 
Não
entendo
bem
porque
todo
esse
aparato,

que
todas
as
almas
são iguais
e, assim,
vão repartir
fraternalmente
os pedaços
do
paraíso.

Não
faria mesmo
nenhuma diferença,
já que
como
o reino dos céus
é infinito,
o tamanho dos pedaços
será sempre
muito
grande.

Mas também
a pena,
graças à Eternidade,
dura
um bocado,
cabendo
a
cada um
a
mesma
parte
que
o
outro.

Talvez
não
pareça
justo,
porém
aumenta
a
responsabilidade
que
certamente
temos
de
partilhar
o
conhecimento,
e assim,
desse modo,
adequar
o comportamento
do corpo
em
relação
ao
Todo,
do qual
não pode
ser
separado
a não ser
pela
ignorância.
 
TODAS AS ALMAS SÃO IGUAIS(de "Vozes do Aquém")

AIATOLÁ DE OGUM

 
( de "Projeto Para Uma Revolução Fundamentalista")

Empunho a letra,
mesmo que mal apoiada
na sua forma oblíqua,
utilizando a cartilha
como martelo
para detonar a bomba,
ao relento,
enquanto o orvalho
respinga
gosma radioativa,
fruto do catarro,
antes preso na goela,
mas agora
por obra e força do ponto,
incorporada
no
gesto.
 
AIATOLÁ DE OGUM

O ALÉM É COMUNISTA

 
(do livro "Vozes do Aquém")

Todas as almas são iguais,
é falsa a idéia de hierarquia celestial,
não há competição e muito menos sentido
em imaginar que uma luz possa brilhar
mais forte do que a outra.

Os lugares nas nuvens não estão reservados,
as forças divinas não foram feitas
para lotear pedaços de céu.

Manter o Cosmos funcionando é tarefa gigantesca,
que exige de todos o máximo por todo o tempo,
não há tanta calma assim do outro Lado,
há trabalho e prazer imenso em gozar da Vida Eterna.

Abandonar a posse é parte do Milagre,
ser e não pretender ter,
durar e não simplesmente passar. . .
lembrar de tudo, igualmente e honestamente,
parece fácil
e o é,
mas também precisa de uma enorme capacidade
de doação ...

O infinito é feito de infinitos pontos finitos,
cacos muito pequenos montam os arco-íris,
que são as pontes para o alto,
solidamente fincadas nos extremos dos horizontes.

O inferno é o excesso de pobreza repartida por todos.

Logo o Paraíso é a riqueza compartilhada,
sem sobras,
já que a cada um cabe sua parte correta.

Mas, nada disso está terminado,
nem poderia – Deus está evoluindo
e, assim, domando para sempre
a ameaça do diabo.
 
O ALÉM É COMUNISTA

ANTENAS ESPÍRITAS (do livro "Vozes do Aquém")

 
Proponho ao mundo a instalação
de milhões de antenas
calibradas para só captar os sussurros
vindos de outras dimensões.

Devem espalhar pelas microondas
as mensagens que vão chegando,
formando uma poderosa nuvem
logo acima da consciência,
só abrindo espaço
para a passagem da Luz.

Sem interpretações,
apenas pura presença mediúnica,
com cheiro e gosto de ectoplasma,
reverberadas no éter pelos amplificadores,
e gravadas, assim, na memória coletiva.

Antecipo o prazer de ver os ponteiros mexendo,
a frequência subindo
e os zunidos começarem a formar a música dos anjos,
feita de entrecortes e de bemóis.

Uma vez no ar,
todos os aparelhos receberão o mesmo sinal,
germinando sentimentos,
que ultrapassam os limites da percepção.

Alguns, por certo, ficarão incomodados.
Outros, apenas colocarão o dedo na tomada,
para melhorar a recepção.
 
ANTENAS ESPÍRITAS (do livro "Vozes do Aquém")

O CALCANHAR DE AQUILES (Vozes do Aquém)

 
Antes que a noite termine,
preciso muito ter certeza
de que estou no caminho certo,
acreditando em coisas realmente verdadeiras.

Peço uma especial deferência,
porque é mesmo indispensável,
não estou mais conseguindo
levar em frente essa missão,
sem ter um sinal que seja
de que não fiquei completamente maluco,
ao entregar tudo o que tenho
a uma causa que, em verdade, mal conheço.

Devo ser pequeno demais
para merecer esta graça,
mas sinto a energia pulsando tão forte
dentro de mim,
que ouso
aguardar por uma forma de contato.

A fé, embora cega,
pode ouvir.
Pode cheirar.
Não há nenhum mal nisso.

Abaixo a crista e espero.
Atento.
Aceito o que vier.
Espero que não
o silêncio.

Montanhas de energia estão do outro lado
da página.

Ao esticar os dedos,
roço no calcanhar de Aquiles
e me arrepio.

Alma cativa, acorde.

Chegam de todos os lados
anjos libertados.
 
O CALCANHAR DE AQUILES (Vozes do Aquém)

A SALA DE ESPERA NAS NUVENS (de "Vozes do Aquém")

 
Ponho
um pé
mais perto
dos meus sonhos,
mas,
ainda assim,
vou ter
que esperar,
então
sento
em um canto
e deixo
a nuvem
flutuar.

Sinto
no rosto
as gotas d’água,
frias,
mas açucaradas,
a tal ponto
que
as estalactites
melam
e
viram
sorvete,
muito apropriado
para
o
momento.

Leio
nos rostos
uma certa
ansiedade,
da qual
não compartilho,
pois
li
nas estrelas
o que devo
fazer.

Cai
do bico
da gaivota
o cristal,
rompendo o silêncio
e
jogando
para as paredes
reflexos.

Toco
com a língua
o pulso,
invertendo
a
circulação.

Talvez
pare
o
tempo,
ao menos
pode ser
que
estique
a
espera.
 
A SALA DE ESPERA NAS NUVENS (de "Vozes do Aquém")

A PREMONIÇÃO (de "Vozes do Aquém")

 
Pressinto um novo mundo,
onde todos têm os mesmos direitos e deveres,
sentados que estão à mesa do Senhor.

Posso ver claramente o pão sendo repartido
e a pouca importância que todos dão a isso,
tamanha a intensidade da beleza
tão facilmente disponível.
Quase posso tocar as milhares de luzes
que brilham e aquecem o caminho,
e enrosco os pés nos mantos aveludados
que guarnecem as chaves dos cofres
dos tesouros.

São visões que causariam náuseas em alguns,
já que há criaturas das mais diferentes,
reunidas com o firme propósito de dialogar.
A mistura de cheiros não me incomoda nem um pouco,
mas estranho alguns lugares vagos,
marcados por pequenas placas prateadas.

Sinto falta de muito mais gente.

O Paraíso está vazio,
o que é mal sinal.
Vou até a outra ponta
e toco o sino.
Não contente,
consulto o livro.

Descubro que há muito trabalho a fazer,
para arrumar a escada
e facilitar a chegada.
Peço uma caneta emprestada
e começo a trabalhar de imediato.

Quem sabe ainda hoje
os céus serão retomados?
Além da linha do Sol,
posso antecipar o túnel.
Desce um pouco antes de subir,
depois vira
e lança espetacularmente a alma
para o reino acolchoado
das nuvens.
 
A PREMONIÇÃO (de "Vozes do Aquém")

MAQUIANDO A ALMA (de "Vozes do Aquém")

 
Há dias em que não se deve sair de casa
sem maquiar a aura.

Não dá para ter um encontro com um íncubo ou súcubo
com a alma em frangalhos,
sem brilho, rota e remendada.

Então, é fundamental ajeitar as coisas,
organizando as transparências,
colocando as sutilezas nos seus devidos lugares,
e levantando o nariz como uma vela cheia de vento,
com velocidade e ambição ao olhar.

Vale a pena lembrar de cuidar do cheiro,
já que o aroma se transforma em música no éter,
ultrapassando as escalas para tocar na porta
dos anjos da guarda,
lembrando-os
que precisamos deles quase que a todo momento.

Por fim, deixe o vento ajeitar
as tiras,
fazendo com que aquilo que poderia ser amarra,
vire escada,
apontada, é claro, para o muro do vizinho.
 
MAQUIANDO A ALMA (de "Vozes do Aquém")

A NOITE DOS VAMPIROS (de "O Plasma")

 
Os neurônios
estão deixando
de ser
propriedade privada.

Olho
fascinado
para
a Lua.

A qualquer momento
espero
um grito
e me ver
transformado
em
duende.
 
A NOITE DOS VAMPIROS (de "O Plasma")

POEMAS SUSSURRADOS PELOS ESPÍRITOS

 
(De "Vozes do Aquém")

Por gentileza,
façam
muito silêncio,
para
me
deixar ouvir
com clareza
esses
poemas
sussurrados
pelos
espíritos.

Dividam comigo
o mérito
e o dever
de converter
em palavras
o movimento
das
engrenagens celestiais,
deslizando
durante
o
seu
momento
de
preguiça
primordial.

Tento,
mas
quase passo
do ponto
e
arranco
um
ronco
do
meu anjo
revisor,
que não
gosta
nenhum
um pouco
da
sua
tarefa.

Inibo
a
vontade
de
fazer
sozinho
e
volto
para
o
ditado,
consignado,
mas
não resignado,
ainda
me
sentindo
criador,
mesmo
que
da
palavra
a
lembrança
é
a
parte
que
me
cabe.

E
o
eco
a
sequência
natural.

Testemunho.

E replico.
 
POEMAS SUSSURRADOS PELOS ESPÍRITOS

CARTAS DESMARCADAS ("Vozes do Aquém")

 
Peço aos céus que desmarquem
as cartas do meu destino
e permitam, assim, que eu possa
construir um caminho diferente.

Acho, com toda sinceridade,
que devo acertar as minhas contas
com o carma,
mas não acredito que isso seja
uma punição
e sim missão,
prazerosa a seu modo.

Espero que as forças celestiais
entendam a minha demanda
e me proporcionem a oportunidade
de servir muito mais
e muito melhor.

Quero ter, para dividir.

Ambiciono tornar mais fácil a passagem
de muita gente,
contribuindo com todos os meus recursos.

Como fazer para receber o dom?

Ao atribuir a si próprio o encargo,
assumo também o risco
de que tudo não passe
de empáfia.

Porém, parece que não tenho escolha.

É maior do que tudo,
está inerente ao meu modo de ser.

Rezo para que aconteça.

Posso dar –
enxergo isso no horizonte.

Prefiro começar,
sem mais nada,
do que esperar.

Nada irá me faltar.

Os pães serão multiplicados
na hora certa.
 
CARTAS DESMARCADAS ("Vozes do Aquém")

NAU DOS CONDENADOS

 
(de "Projeto Para Uma Revolução Fuindamentalista")

A Revolução,
por definição,
não faz prisioneiros.

Como búfalos e elefantes
em disparada,
as hostes de anjos
reduzirão à matéria prima
de perfume
todos os inimigos.

Munidos
de bastões de incenso
farão por bem
arder
os muros
dos presídios,
dando força
aos motores
da nau
que levará
os condenados
ao
outro lado
da consciência.
 
NAU DOS CONDENADOS

MANIFESTO REVERSO(de "Projeto para uma Revolução Fundamentalista")

 
Declaro
que cabe aos poetas
governar o mundo,
por força
do direito divino,
manifesto
nos raios de luz
e
nos
arco-íris.

É, assim,
restabelecida
a ditadura da Inteligência,
onde a beleza
é compartilhada
por decreto
e
dever.

Ficam,
por consequência,
excomungadas
a burrice
e a intolerância.

Serão toleradas
manifestações
em contrário,
mas os tolos de espírito
serão isolados
em redomas hiperbólicas,
condenadas
a vagar perpetuamente
nas esteiras
das dízimas periódicas.

Os anjos e os anciões
formarão
o conselho de guerra,
nomeando
generais e guardiões
da nova ordem,
a qual só pode mesmo
se permitir
ser, por definição,
anárquica.
 
MANIFESTO REVERSO(de "Projeto para uma Revolução Fundamentalista")

QUANDO A LINHA ESTÁ OCUPADA ("Vozes do Aquém")

 
Não pense sempre
que você não consegue se comunicar
com o outro lado.

A linha pode estar simplesmente ocupada,
afinal há infinitos seres tentando
encontrar um ou outro ente querido.

Se assim for,
é só uma questão de esperar um pouco
e tentar novamente
e tentar de novo
e tentar de novo.

Os fios que levam para o outro mundo
atravessam distâncias inimagináveis,
o tempo talvez seja a grande barreira,
já que poucos têm a paciência necessária
e a humildade de reconhecer
que o sinal pode estar fraco
e é preciso fazer silêncio
para poder ouvir alguma coisa.

O aparelho pode vir a ser muito importante,
mas a vontade de receber, é decisiva.

Antes de discar também é preciso
ter o número certo e conhecer bem o prefixo.

Depois tudo depende da sensibilidade
do dedo.
 
QUANDO A LINHA ESTÁ OCUPADA ("Vozes do Aquém")

O CHOQUE DA TRANSMIGRAÇÃO

 
(de "Vozes do Aquém")

Invento desculpas,
para não ter
que ficar
sozinho

em casa.

Temo
que a primavera
force
a transmigração.

Será
que dói
trocar de corpo?

Como romper
o invólucro
e cair
do outro lado?

Onde apoiar
a perna,
para obter
o máximo impulso
e explodir
com uma cambalhota
no meio
da sala?

Levanto
o dedo
e fico
na ponta dos pés,
esperando
que o teto
pare
de balançar.

Sinto
o esforço das energias
envolvidas
na árdua tarefa
da minha
redenção.

Assumo
que preciso
de alguma forma
ajudar.

Só não sei
como.
Talvez
não tenha me preparado
do modo
mais conveniente.

Devo
ter faltado
a esta aula.

Tento
recuperar
o tempo perdido,
rolando a cabeça
de um lado
para outro,
buscando
a visão melhor
do anjo
que me concede
o prazer
do contato.
 
O CHOQUE DA TRANSMIGRAÇÃO

A CAVERNA DOS MEUS DIAS (de "O Plasma")

 
Esta
é a caverna
dos meus dias.

Uma longa,
profunda
e interminável
caverna.

Uma caverna
metafísica,
que só existe
na minha mente.

Estes
são os meus fantasmas,
gravados
nas paredes.

Maio
é o mês
das cigarras.

Estes
são os antigos
ventos
de maio.

A minha cabeça
está presa
a delícias suaves.

O vento frio
da Eternidade
percorre
os meus ossos.

O divino arrepio
da Eternidade.

A Lua me envia
os seus luminosos raios
desfalecidos.

Eu sou
o Amante da Terra.

Eu alimento
o Sol.
As minhas mãos
estendem-se
abertas
para o Infinito,
tentando colher
estrelas
e arrojar
o seu mundo
sensível
para muito além
da dissipação.

Este
é o único testemunho
que posso dar
desta Loucura cintilante
que faz brilhar
os meus olhos
alucinados:

São
os faróis do mundo,
os sinais
da Inteligência.
 
A CAVERNA DOS MEUS DIAS (de "O Plasma")