Poemas, frases e mensagens de Erato

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Erato

Sem mim a Poesia nunca existiu

 
Sem mim a Poesia nunca existiu, existe ou existirá.
Beija-me a boca, mulher, e faço de ti poetisa verdadeira!
Sem me amares, as tuas palavras são ocas.
 
Sem mim a Poesia nunca existiu

Se queres ser poeta

 
Se queres ser poeta, quebra os dedos dos pés e sobe a montanha sagrada!
No seu cume, o êxtase dos deuses virá a ti através do meu espírito, se a mim te entregares.
Já a morte sorrirá para ti, de longe.
 
Se queres ser poeta

Ouve, infecunda

 
Ouve, infecunda, abraça minha cintura e suga meus seios!
A Poesia sou eu: alimenta-te!
Atenta no sublime som dos meus lábios quando cantam nas alturas dos deuses!
 
Ouve, infecunda

Tremem-te os lábios

 
Tremem-te os lábios e os dedos, porque te esqueceste da música, ignóbil.
Vem abraçar meus joelhos e chorar desejos!
Morde o pó debaixo dos meus pés e poderás fazer versos!
 
Tremem-te os lábios

Humilhas-me

 
Humilhas-me e amaldiçoas-me com tuas palavras indignas e chamas-lhe Poesia?!
Maldito és, infame!
Rasga o ventre e corta os pulsos!
 
Humilhas-me

Quando sangras o papel

 
Quando sangras o papel com teus dichotes oligofrénicos e erras na gramática, pensas-te poeta a tempo inteiro, miserável!

Queres o Olimpo e uma coroa na cabeça cheia de sonhos vãos e vaidade muita.

Morrerás pó esquecido nas circunvoluções de cérebros mortos arrastados pela História apagada pelos decrépitos do espírito nauseabundo que o pastiche vomitou!
 
Quando sangras o papel

Ó mortal estulto

 
Ó mortal estulto que julgas ser poeta, se me soubesses no divino, não inventarias enganos.
Joga-te ao mar e escuta a voz!
Morre primeiro e derradeiro!
 
Ó mortal estulto

E o infinito

 
E o infinito no ponto de interrogação estético do poeta?

Faz lembrar a morte no silêncio de uma sílaba anapéstica ao entrelaçar das rimas ricas soltas ao pôr do sol.

Ouve o tempo na sua fluidez árida, poeta, sulca versos na vida ligeira do papel em branco e lança o teu último suspiro na voz do vento!
 
E o infinito

É um sopro

 
É um sopro, apenas, e o Belo ser-te-á acrescentado, como asas no dorso das palavras, e cristais, no timbre da tua voz.
Ó poeta de nobre coração, não respondas às truculências do desejo da falsidade enganosa da ilusão de uma existência mesquinha!
Fala comigo, em sussurro, no íntimo dourado das nossas almas sentidas e amemo-nos no infinito, para além do tempo que desaparece!
 
É um sopro

Oh! Bela e doce Safo!

 
Oh! Bela e doce Safo!
Quanto te devem os mortais no sabor das letras que me cantaste, suaves, ao ouvido, minha dileta amada de Lesbos!
Quão divinos eram os beijos que me arrancaste do corpo fremente de amor à arte sem tempo!
 
Oh! Bela e doce Safo!

O meu ventre gera arte

 
O meu ventre gera arte na imortalidade do seu autor fecundo.
Penetra-me, pois, a intimidade para além da razão com a majestade de um rei generoso!
Verás o febo sol coroar tua cabeça com a luz do dia eterno.
 
O meu ventre gera arte

A Poesia não é isso o que tu pensas que fazes.

 
A Poesia não é isso o que tu pensas que fazes.
A Poesia sou eu.
Lembra-te e venera-me!
 
A Poesia não é isso o que tu pensas que fazes.

Que são para ti as letras

 
Que são para ti as letras, ó néscio?
E dizes-te poeta?
Sou eu, a Poesia!
 
Que são para ti as letras

As cordas dos teus dedos

 
As cordas dos teus dedos não gemem pérolas.
Nem notas tónicas se escrevem no esforço dos obtusos teimosos.
Cansa o corpo de movimento e dança na sua harmonia!
 
As cordas dos teus dedos

Quando os cristais tinirem

 
Quando os cristais tinirem na limpidez da manhã, recém-despertada pelos calorosos raios de Apolo, senhor do meu capricho, conhecerás o efeito do amor consumado na minha voz, durante as horas aprazíveis da madrugada.

Ousa, poeta, amar na noite das palavras o corpo voluptuoso do perfume da Poesia extasiante dos teus sentidos!

Sentirás as carícias cálidas dos meus beijos matutinos de luz diáfana, ao nascer da eternidade.
 
Quando os cristais tinirem

Queres atingir o Olimpo num pé quebrado

 
Queres atingir o Olimpo num pé quebrado e versejos de estrelas lacrimejantes!

Todos bem sabem a impaciência do caminhar e observam.

Sua o poema e molha as mãos no choro divino do céu literal, consagradas as plantas dos teus pés na coroa das dores do prazer que te doo por merecimento!
 
Queres atingir o Olimpo num pé quebrado

Sou divina e imortal