Poemas, frases e mensagens de Lillith

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Lillith

A Dança

 
A Dança
 
A Dança

Naquela noite escura
Eu estava sonhando
E devagar veio até mim
Uma sombra caminhando.

O escuro ocultava
O vislumbre de um olhar.
E na sala escura
Ele pôs-se a dançar.

Rodando, rodando
Em volta de mim,
Eu conheço aquela sombra
Quem é que dançava assim?

Segurou as minhas mãos
E eu o vi pálido e frio.
Mas eu sei que não havia ninguém ,
Que estava tudo deserto e vazio.

Convidou-me para dançar
E eu aceitei o seu abraço
Aquele olhar só tinha um dono -
O susto feriu-me como aço.

Aquela expressão tão doce
No rosto branco como o mármore
Ele estava parado
Como no jardim as árvores.

Mas ele sorria para mim
E alegre ele estava
Eu novamente estava abraçando
Quem eu mais amava.

De onde ele veio,
Será isso possível?
Será apenas um sonho
Ou um pesadelo horrível?

Meu amado esta noite
Deixou seu túmulo silencioso
E veio ver-me de novo,
A saudade é um sentimento horroroso.

Talvez ele nem saiba
O que aconteceu
Talvez não tenha percebido
Que ele morreu.

Então vem ver-me de noite
O escuro é mágico e misterioso.
O frio da noite
É um conto amoroso.

Eu beijo seus lábios frios
E acaricio seu rosto pálido
Minha cabeça em seu peito –
É ainda o seu abraço tão cálido!

Então adeus amado
Eu sei que chegou a hora
De se despedir
Que você tem de ir agora.

Tão alegre é o encontro
E tão triste a despedida
Sem você é tão vazia
E cinzenta a minha vida.

Vá com a minha lembrança
O seu beijo me fez sorrir
E lembrando a nossa alegra dança
Nós vamos em paz dormir.

23 de Fevereiro de 2003.
 
A Dança

As Lágrimas do Vampiro

 
As Lágrimas do Vampiro


Á uma alma triste e errante


“... A última luz da tarde
Foi ao longe se apagando.
Era uma linda estrela
Ao céu retornando.

Deixou a terra para sempre
E tudo se tornou triste e frio.
Meu coração se partiu em pedaços
E restou em meu peito um enorme vazio.

Como eu pude um dia
Sonhar com seu amor?
Meu anjo do céu
Que só conheceu a dor?

Não estava ao meu alcance
E eu não te merecia
Minha alma era tão negra
Que na escuridão se desvanecia.

Mas ela se foi,
Anjo lindo que tanto sofreu.
E a minha vida também se acabou
Com o meu amor que morreu.

O que posso fazer agora
Além de chorar?
Conheci-te tão pouco em vida
Mas nunca deixarei de te amar.

Irei vê-la sempre
Em sua sepultura.
Sobre ela colocarei rosas
E beijarei a terra com doçura.

Como se fossem seus lábios
Que eu tanto amei.
E lágrimas de sangue
Para sempre eu chorarei.

A chuva fina cai
E o frio me envolve
No silencioso cemitério
Onde nada se move.
Eu estou ajoelhado
Diante o túmulo da minha amada.
Somos só eu e ela ,
E mais nada.

Não me resta muita coisa
A não ser dizer-lhe adeus.
Ou melhor, até breve
Mais lindo sonho meu.

Que venha logo o dia
Do nosso feliz reencontro
Minha amada tenha pena
Da alma deste monstro...”
 
As Lágrimas do Vampiro

Horas Mortas

 
Horas Mortas
(Allegra Lillith)

Não tenho mais forças para chorar,
Não tenho mais lágrimas para derramar.
Na casa abandonada, no corredor vazio
Só vivem o medo e o frio.

Meus olhos ardem, meu corpo dói
O descaso me maltrata, a fome rói
O que ainda resta de meu corpo
Que já sem forças jaz sobre panos rotos.

A tarde passa, os dias vão
E ninguém lembra-se de mim, se estou viva ou não.
Nem eu mesma sei
Se já estou morta, ou ainda viverei.
 
Horas Mortas

A Fria Muralha da Morte

 
A Fria Muralha da Morte

Tão lindo e silencioso
Em seu túmulo frio
Embaixo da pedra negra,
No escuro vazio.
Dorme solitário o Vampiro
Somente o escuro como companhia.
Tudo é silêncio,
Lá longe uma luz fugidia ...

Serão acesas quantas velas
Por sua alma?
De que adiantam, se elas não lhe trazem calma
E nenhum consolo?
Quanto tempo assim vagará
Preso em seu corpo impuro
Aquele espírito tristonho
Dentro destes frios muros?

2003
 
A Fria Muralha da Morte

Caixão Cor-de-Rosa

 
Caixão Cor-de-Rosa
(Allegra Lillith)

Papai mandou fazer um caixão cor-de-rosa
Para eu dormir.
Papai mandou fazer um caixão cor-de-rosa
Para ver-me sorrir.

Joguem flores cor-de-rosa
Para o meu caixão passar
Joguem flores cor-de-rosa
Para me enterrar.

Pois meu coração não vive mais,
Ele parou de bater
De tanto andar, de tanto vagar
Sem ter nenhum motivo para viver.

Meu coração foi enterrado
Junto com meus brinquedos
Em uma tumba lindinha e coberta de flores
E ela também guarda todo o meu segredo.
 
Caixão Cor-de-Rosa

O Castelo

 
O Castelo
 
O Castelo

Eu me sinto tão sozinha
Em meio às flores do jardim
Seu perfume é um consolo
Mas ainda falta um pedaço em mim.

Para onde foi,
Para onde foi o meu coração?
Em que terras agora estará
Ainda se lembrará de sua paixão?

Em terras além do mar
Além dos campos e montanhas
Aonde vive agora,
Em que aventuras estranhas?

Meu castelo esquecido...
Em meio à floresta, perdido
Está tão solitário agora
Á solidão do mar unido.

Eu vejo as nuvens ao longe
E os pássaros em seu vôo encantado.
Digam-me amigos queridos
Que notícias trazem do meu amado?

Sobre esta terra ainda caminha
Ou os anjos já o chamaram
Para o seu reino celeste,
E minhas preces de nada adiantaram?

Onde ele estará
Que ninguém quer dizer?
Será que não podem
Permitir-me ver?

Eu olho o Espelho
E a visão é turva e escura.
Nem a realidade me mostra
A realidade tão dura.

Mas meu coração
Diz que não é verdade
E que um dia ele estará comigo
Para sempre, até a eternidade.


27 de Janeiro de 2003.
 
O Castelo

A Morte

 
A Morte

E assim eu dormirei em paz
No túmulo do meu amado.
Dois corpos em uma só sepultura
Em um lugar tão gelado
Tão vazio e esquecido,
Mas cheio de lembranças
Do tempo ido
Da triste época da vida.
Mas já passou,
Meu coração dolorido descansa agora
Com quem ele mais amou.
O escuro nos recebe
E nele nós vamos dormir
Não existe mais dor
Pois nós vamos finalmente ir
Deste mundo triste.

19 de Março de 2003.

Estes versos estão em meu livro "Poesias", que já pode ser comprado pelo site:
http://www.biblioteca24x7.com.br
 
A Morte

Quando o Berço é o Túmulo

 
Quando o Berço é o Túmulo

Quando a sombria chuva cai sobre as lápides
O meu bebê dorme o seu sono profundo.
O doce som da chuva é canção de ninar
Para quem deixou tão cedo este mundo.

Lá na escuridão do seu templo
Esquecido lugar
Entre isolados soluços
Somente o céu sombrio para amar.

Tão triste é este túmulo
E triste a história que protege
A velada face deste anjo
Que a escuridão rege.

Enquanto a chuva cai
Como está meu bebezinho?
Será que dormindo, ou sorrindo,
No esquecido lugar aonde as sombras vão indo...

28 de Junho de 2005.
 
Quando o Berço é o Túmulo

Bela Floresta

 
Bela Floresta

Floresta antiga e mágica
Em meio às montanhas está dormindo
Escondida pela névoa, cada vez mais está indo
Do mundo real.

Logo ela só existirá
Em lendas de dias passados.
Floresta que dos Deuses
É o jardim encantado.

Floresta silenciosa
Em que país está perdida?
Deixou este mundo para sempre
E triste foi a despedida.

Tão majestosa
Em seus lagos encantados
No sagrado recanto.
É um sonho distante,
Agora tão longe da humanidade.
Bela Floresta
Maior que o medo é a saudade.
 
Bela Floresta

A Morte de Um Anjo

 
A Morte de Um Anjo

Nada pode ser tão terrível como a morte de uma criança. Ainda mais quando esta criança é acusada e condenada por um crime que não cometeu.
Todas as crianças da minha aldeia foram sacrificadas, acusadas de bruxaria. Eu não sei o que elas fizeram. Acho que não fizeram nada. Eu não acredito nisto, acho que é uma acusação injusta.
Muitos adultos também morreram. Perderam suas vidas em uma fogueira incandescente. Seres humanos sendo queimados vivos, como se fossem nada.
Meus dois bebês morreram, foram levados de casa para a prisão. Eu implorei para ir com eles. Mas não quiseram deixar.
Em sonho meu espírito foi até o lugar onde eles estavam. Acho que o meu desespero levou-me até eles. Vi meus filhos e outras muitas crianças acorrentadas em uma cela escura, um lugar que parecia uma caverna. O lugar era cheio de bichos, ratos, baratas, aranhas e outras coisas horríveis.
Eu vi Allegra Lillith se debater nas correntes tentando se libertar dos bichos, que subiam por seu corpo, andavam por seu cabelo. Em meu desespero eu tentei ajuda-la, mas não pude fazer nada, pois não tinha corpo.
Acho que ela também me viu. Só me lembro dela estendendo-me os bracinhos e gritando:
- Papai!Por favor, venha!
Acordei com seus gritos. Estava deitado em minha cama. Olhei para um
lado e para outro e não mais os vi.
Lembro-me de Constantino. Estava caído a um canto chorando baixinho. Seu corpinho frágil parecia sumir entre correntes enormes. Estava tão fraco, parecia estar morrendo. Ele abriu os olhinhos e sorriu para mim. Por um instante eu pude ouvir os seus pensamentos. Ele achou que eu houvesse ido buscá-lo. Depois deve ter pensado ter sido apenas um sonho.
Durante vários dias eu implorei para ficar preso no lugar de meus filhos. Se alguém deveria ser condenado, que fosse eu que sou adulto e tenho muitos pecados. Eles são apenas crianças.
Mas ninguém quis ouvir-me. Sequer me deram atenção.
Até que chegou o dia do julgamento.
Uma noite antes, novamente tive o mesmo sonho, acho que meu espírito foi até o lugar onde meus filhos estavam.
Nunca senti tanto ódio na vida. No lugar de meu coração parece que havia uma pedra. Sentia um peso enorme no peito, algo muito estranho.
Eu sabia que eles não seriam condenados, lógico que não. Seriam julgados inocentes de acusação tão absurda e no dia seguinte teria meus filhos novamente nos meus braços.
Fui andando na direção das crianças. Pareciam dormir, ninguém fazia um movimento sequer. Mas tive a impressão de ouvi-las chamando meu nome.
- Constantino, por favor...
Mas suas vozes eram abafadas, distantes, embora eles estivessem à minha frente. Ann Marie gesticulava e eu via sua boca se mexer. Ela tentava me contar algo, mas não sei por que, não pude ouvir o que ela dizia.
Avistei Lillith entre eles, is estender a mão para tocar sua cabecinha, eu tinha esperança que esta seria a última noite que ela passaria ali.
Neste momento ela se virou para mim. Na escuridão daquele lugar eu vi seus grandes olhos verdes olhando-me das trevas.
Mas ela tinha algo estranho no rosto. Como se um pedaço grande de pele tivesse sido arrancado do lado esquerdo de seu rosto, uma ferida enorme ia da boca até a orelha. Dava até para ver seus dentes. Por isto os animais estavam subindo nela. Um rato enorme estava comendo sua carne e a ferida aumentava cada vez mais. Ela agora não mais gritava. Só seus olhos me encaravam da escuridão.
- Lillith!

Acordei com meu próprio grito. Levantei-me para beber água. Sentia uma sede insuportável. Ela estava com sede, muita sede. Vi isso em seus olhos, embora ela não tenha falado nada. Nem precisava, pois minha alma sente.
Lá fora já apareciam os primeiros raios do dia. Sentia uma dormência estranha no corpo, por um momento, tive a impressão de sentir alguém me observando lá de fora. Alguém a me vigiar de um ponto da floresta, ao longe. Pensei ser só impressão e esqueci o caso.
E aquilo no rosto do meu bebê? Será que ela estava tão machucada assim? Não, isto deve ter sido só um sonho.
Mas fosse como fosse, tinha certeza que este seria o último dia de meus filhos naquela prisão. No máximo hoje à noite eles estariam comigo em minha casa.
Para sempre.

Eles morreram na noite seguinte. Catorze crianças foram enforcadas na praça da cidade. Incluindo meus dois bebês. Somente Ann Marie foi queimada, porque havia sido descoberto um baralho de cartas de tarô entre seus pertences. Tinha oito anos, e foi acusada de invocar espíritos das trevas usando aquele baralho.
Era isto que ela tentava me dizer, que era inocente...
 
A Morte de Um Anjo

Carta de Um Suicida

 
Carta de Um Suicida


Dedicado à memória de Custódio

“Ela se foi esta tarde
Pelas minha mãos
Ela se acabou.
Meus dedos em seu pescoço
Sua vida em minha mão
E o que eu fiz com ela?
Por uma mentira, por uma trapaça
Quem eu mais adoro sofreu tanto.
O ciúme me fez fazer isso, porque eu a amava.
Por uma mentira, por uma trapaça
Eu acreditei que ela me traiu.
Na escola vazia,
No lugar escuro ela está dormindo
Alguém a encontrará
Mais eu não estarei mais aqui.
Eu quero morrer,
Meu coração está cheio de tristeza.
Minha amada me perdoe
Agora eu irei para junto de você.
Meu corpo está arrebentado no chão
Pela queda de tão alto.
Meus pulsos estão sangrando.
Eu estarei com você em breve ...”
 
Carta de Um Suicida

O Jardim da Dor

 
O Jardim da Dor
(Allegra Lillith)

Meu amor é como rosa desfolhada
Que sofre e padece e chora de amargor.
Meu coração foi crucificado em espinhos
Rosa vermelha caíram suas pétalas, no jardim da dor.

As rosas murchas caem
No pálido entardecer
E no jardim desolado
Só o sol a nos aquecer.

http://allegralillith.net
 
O Jardim da Dor

Tristes Tardes de Inverno

 
Tristes Tardes de Inverno
(Allegra Lillith)

Minhas únicas amigas eram vivas,
Belas e vistosas
Com o calor amigo do Sol
Cresceram felizes e amorosas.

Flores vermelhas, amarelas e azuis
Que cresceram, e murcharam
À sombra daqueles
Que talvez nunca a amaram.

Eu estou neste jardim a esperar
Eternamente por alguém que não virá
Que ao meu lado
Nunca estará.

Eu morri com estas flores
E minha alma está murchando
Sozinha, ouvindo os ecos do mundo
Mas meus olhos ainda estão chorando.
 
Tristes Tardes de Inverno

As Flores

 
As Flores

Meu amado esta noite
Lembrou-se de mim
E me trouxe lindos presentes,
Belas rosas e jasmins.

De manhã em minha janela
Uma surpresa tão perfumada!
Ele novamente desejava ver
O sorriso da sua amada.

Estas flores
Em seu túmulo deixaram.
Uma prova da saudade
Daqueles que o amaram.

Mas saudade ainda maior
Ele sente por sua amada.
A saudade, a triste melodia
Quando ouvida fere tanto! Que desalmada!

“... Então beije estas flores como se fossem meus lábios,
O seu beijo ameniza a dor das minhas feridas.
Será que o amor de verdade
Está na morte, e não na vida? ...”

1999
 
As Flores

A Última Noite Triste

 
A Última Noite Triste

O sangue goteja de seus pulsos
Tão quente e vermelho,
As gotas de sangue escorrem
Tão vivas no espelho
Que nem parece que a dona dele
Está morrendo.
Sozinha em seu quarto,
Ninguém percebe que ela está sofrendo.
O único olhar de consolo
É o do seu gato fiel
Que em silêncio chora e reza
Para que ela vá para o Céu.
Na casa as pessoas andam
Conversam, riem e assistem televisão
E depois que ela morrer
Fácil a esquecerão.
A única lembrança querida
Serão daqueles olhinhos
Do seu querido amigo,
O seu gatinho.

O espelho chora lágrimas de sangue
E ela vai adormecendo
Está tudo tão longe,
Devagar escurecendo
E ficando tão silencioso ...
O mundo é agora um lugar distante.
Quando amanhã a encontrarem
Não adiantará mais, estará tudo perdido
E as lágrimas deles de nada mais valem.

2003

Estes versos fazem parte de meu livro "Poesias", http://www.biblioteca24x7.com.br
 
A Última Noite Triste

Distante Lembrança

 
Distante Lembrança

No escuro do meu quarto
Eu vejo um olhar distante
A penumbra não é o bastante
Para ocultar o seu rosto lindo.
O medo da morte foi embora
Com o conforto da sua voz.
Mas um vento forte passa
E eu estou completamente só.

No frio da noite agora
Eu estou sozinha.
Aquela era a voz do meu amado
Cantando uma musiquinha
Para me fazer companhia.
Era só uma leve brisa
Do que foi a sua beleza
Que agora dorme,
Oculta sob a pedra lisa.
Era só uma sombra
De alguém que foi embora
Para sempre.
 
Distante Lembrança