Humano Patético
Não sei se o mal abrange a ferida em meu coração.
Triste do seres que ilude-se que o mal é oportuno.
Mas sinto que estou morrendo, e fracassei por não alcançar á perfeição humana.
Fui apenas um protótipo falível, lutando para viver.
O mundo onde andam esses tais seres humanos.
Seres humanos que não cumprem com seu dever.
Humanos, que se envenenam dia a dia.
Humanos ocupados de mais, dizimando seu mundo.
Mais uma alma enferma chora por amor.
Outra alma sorrindo pela alheia e tormentada dor.
São seres religiosos, e adoçam um ser demoníaco.
Vem quem tem, quem não tem, não vem.
Comprem um pedaço do céu e leve lá suas riquezas.
Seres humanos patéticos, inuteis desordenados.
Mal interior, em chama, grita de terror.
Matei esse mal, deixei apenas o amor.
Agora, estou morto...
Quem manuseia meu corpo, piedade pouca tem .
Sou o ser patético, pois o que arranquei sem critério.
Agora ando em terra de cemitério, pois o que arranquei foi meu coração.
Sou mais um ser patético, o amor de braços abertos.
Se foi, e não há perdão.
Sou mais um degeto, igual aos outros humanos patéticos.
Sem amor e sem coração.
Errado
Errado
Naquela hora errada..
Naquele lugar errado...
E você lá estava...
Na mira mais falsa...
Nos olhos amargurados..
Das vilas mais acesas..
Das mortes alheias...
Dos pés na areia...
E você lá estava..
Na hora errada
E em segundos, aquele instante
em um passe de mágica..
Se passa horas, e consigo ver mais nada
Dos olhos alienados
Que perseguem na noite da vida
E na vida, se sabe viver
é saber matar, ou saber morrer...
Mas enquanto isto dura, á cada minuto estaremos a ceder,
E quanto mais tempo diligente,
O sol suavisa a brisa que vem cautelosamente,
E toca em teu rosto mais uma vez,
Brilhas teus olhos e derrama a tristeza que não mais cabe em teu corção..
E mais uma vez você lá estava..
Na hora errada.
Natal
Vou desabafar e não mim considerem um monstro.
Pois nessas linhas vou pondo, a lei do meu conceito.
Natal para todos é uma coisa maravilhosa.
Não para todos, não vejo isso agora.
Estamos no final do ano, isso não mim importa,
Pois quantas pessoa nesses pequenos dias foram mortas?
Não quero mim sentir sujo, por isso eu julgo.
Isso preciso colocar para fora.
Lembram de seus presentes, e da linda ceia,
Esquecemos dos meninos de rua, não lhes importa a tristeza alheia.
Somos todos hipócritas, e propagando um velho gordo vestido de vermelho,
Qual tal não existe, nem há um fio de cabelo.
Não esqueçam de quem no Natal nasceu, que nesse mundo chorou e sofreu, na Páscoa "morreu".
E assim termino essa breve história, lembrando desta data melancólica, simples fato nos livros de história.
Suicídio
Há belas lágrimas
serpenteando tua face.
Estás vestida em trajes
tristes e repugnantes.
Seus lábios colados,
e sem ruído algum,
sabes chorar.
Finca seus cabelos negros.
Na calada, fria tempestade.
Rasgando seus pulsos.
Com a navalha em punho,
Afoga ao fundo.
Sua visível sanidade.
Em choro de maldade.
A sombra rasteja a vontade.
E como nao terminasse, sua beldade
Não voltarás, pois não tens felicidade.
Circo Fúnebre
Latejando sob a lona.
Todas lembranças tristonhas.
Fazem pedidos de honra.
E a ti, desassombras.
Palhaço funeste.
Não há mais graça em ti?
Por tamanha maldade.
Por que se entregas assim?
As pessoas não vem o assitir?
Teus olhos tocam em mim.
Com uma melancolia sem fim.
Chegando mais proximo, sua mão senti.
Seu ar glacial, nada normal.
E tomado em espanto, escorre meu pranto.
E só agora, entendi.
O vi de meus olhos, sumir.
Em respeito ao palhaço que vi.
Corri ao picadeiro e senti.
O ar glacial mim atingir.
Em espanto fiquei ali.
Pois a figura tão nítida que a pouco tempo vi.
Em decomposição estava.
Agora me soava, que em um circo estava.
Circo fúnebre,um circo fantasma.
Fria Solidão
Abri a porta que dava para a rua, e naquele instante percebi que algo me faltava.
Lembrei que ia esquecendo suas cartas. Pode parecer desnecessário, mas ainda as guardo.
Foi a unica coisa que me restou de você...
Pois em você, que ainda existe, não posso tocar.
E me resta apenas a nostálgica presença do frio.
Antes havia algo que me aquecia...Agora, nem meu cobertor me aquece, só você sabia me aquecer.
Sei que não será mais correspondido isso que sinto.
E assim deixo-a voa ao seu destino. Mas uma parte em mim discorda disso, e teima em estar em suas asas quando for voar...
Estranho falar de amor, e idiotice sentir isso.
Fecho a porta, e permaneço ali, com medo desse mundo.
Talvez algum dia consiga finalmente sair por esta porta.
Bolhas
O coração é um órgão inútil, que ti mantém vivo, para ir lhe matando aos poucos.
A cada sentimento despertado.
É como uma bolha de sabão assoprada.
É cheia e linda, mas uma hora tem que explodir.
E quando um sentimento é explodido.
A dor é inevitável, algo tão excrucitante e infinda.
A guilhotina é ativada, e você perde a cabeça.
E você acha que terá volta.
Então lhe pergunto...
Já viu uma bolha estourada, retornar ao que era?
Sambinha
Sambou sem parar durante a noite toda,
Sobre um punhado de angústia de se fazer calos
Em meio á tantas flores havia sempre um caixão.
Deus meu de todas estas peripécias, sambou na minha cabeça.
Morte minha, senhora esquizofrenia,
Afagou-me o senhor de cabelos longos.
Sambinha, sambinha...
Sambam os vermes em cima de meu corpo já sem vida.