Poemas, frases e mensagens de basofadas.literárias

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de basofadas.literárias

Bute bater no stôr?

 
Aos meninos da Escola EB2,3 do Cerco do Porto:

Bute bater no stôr?
Bute!!!!!

O palhaço do stôr embirrou com a minha turma toda,
Mas agora a malta vai queimar-lhe o carro
E o gajo que foda!

Bute bater no stôr?
Bute!!!!!

O cota é parvo e eu amandei-lhe c'um escarro
Qu'é p'ra aprender a estar sossegado
Enquanto se desenham pilas a ejacular no quadro!

Bute bater no stôr?
Bute!!!!!

Hoje à tarde vamos ao estacionamento da escola
Redecorar o parque automóvel do corpo docente!

E tu, meu cabrão, alinhas com a gente!
Senão até o meu avô te viola!
 
Bute bater no stôr?

Sou perseguido por ser poeta!

 
Eu queria escrever um poema mas tenho medo,
O último que escrevi foi mal entendido...
E agora tenho medo de ficar sem um só amigo!
Que não tenho cá amigos não é segredo...
Mas mesmo assim, fico estarrecido,
Sofrer ordens de despejo por mero versejar.

Bem sei que sou diferente e invejado,
Porque o meu lirirsmo é singular!

Então sofro pressões e ameaças,
Acusações forjadas e maquinadas!
Porque não poetizo para as massas
Para deixar as almas contentadas!

Meu Fado é sacudir o capacho da entrada
Onde outros "limpam os pés" antes de entrar,
E com o lixo e a terra desentranhada
Novos versos imundos garatujar!

Estou a ser perseguido pela minha arte!

vejam aqui
 
Sou perseguido por ser poeta!

Idade Média

 
Ai que rica miséria
Havia na Idade Média!
Não havia iPods e telemóveis
Entretendo-se os ignóbeis
A acasalar pelos prados!

Pagavam-se tantos impostos
Que nem as maiores colheitas de vinho
Deixavam a plebe animada!

Morria-se escravo do campo
Ainda muito novinho
Jazendo na terra bem arada!

Mas agora já não me iludo!
Neste tempo absurdo com tanto
Povo com quase tudo,
Não há enforcamentos
E bruxas a arder nas fogueiras!

São os sinais dos tempos,
As horas derradeiras!
 
Idade Média

Ressaca

 
Fecha essa cloaca
Que hoje estou de ressaca.
Opá, tu não sejas vaca
Nem te armes em velhaca,
Que hoje estou de ressaca!

Vê lá se passeias de maca!

Não te armes em macaca,
Que hoje estou de ressaca.

Tu fecha-me essa matraca,
Que hoje estou de ressaca!

Ai que parvoema de caca!,
Deve ser da ressaca...
 
Ressaca

Testículo de Jeová

 
Meu fado é triste e amargurado:
Bater às portas das almas
A quem levo a palavra
Sem que alguma vez seja convidado
A penetrar naquelas calmas
Moradas de sagrada
Essência subsumível à conversão!

Levo dias tristes em que não
Há uma só pessoa que leia
As brochuras com gravuras
De pessoas tão felizes
Que parecem ter cefaleia
Ou não conhecer as agruras
De uma vida de deslizes.

Eu percorro toda a cidade,
Levo a palavra e amor terreno...
E nunca tive oportunidade
De entrar na casa de um sarraceno.
 
Testículo de Jeová

Lã vi-a

 
Lã vi-a fofinha
Numa rua da baixa
Dentro de uma caixa.

Lã vi-a
Lã vi-a

Na minha
Nova colecção
E também na meia estação.

Lã vi-a a toda a hora,
Lã vi-a mesmo agora...

Lã vi-a ti também.
 
Lã vi-a

Ao Rogério Beça, "Mãe Tecto"

 
Se não fosse daltónico
Tentava descrever-te 2º as tonalidades
Do mais belo arco-íris.

Mas os efeitos do gin tónico
Fazem-me sentir como o José Milhazes
Barbudo e de gelados quadris
A falar de muito longe para a terra-natal
Sobre um país de quem ninguém quer saber.

E como a Rússia é longe de casa
E um país frio onde para aquecer
É preciso recorrer ao convívio carnal
Ou consumir vodka até o fígado dar o baza...

Lembro-me ti, sua arreganhada!
Logo a meio
Do meu devaneio!
Pr'aí toda estatelada
Em cima do divã,
Só em cuecas e soutien...

É que nem o Milhazes esgalhado da pinha
Te punha algum peso por cima.

[Camarada Rogério, um cumprimento especial do Basofadas, pela partilha da atitude face a este espaço ]
 
Ao Rogério Beça, "Mãe Tecto"

B.E.N.F.I.C.A

 
B.em que paravam de fingir que
E.ntendem de futebol...
N.ão continuavam os parvos a pagar quotas.
F.oram demasiadas épocas de
I.menso vexame que deixou
C.abisbaixos e lúcidos, mesmo os
A.lcoólicos das claques ilegais.
 
B.E.N.F.I.C.A

Holmes Place

 
Flecte, flecte, flecte
Estica, estica, estica
A-l-o-n-g-a
Flecte, flecte, flecte
Estica, estica, estica
A-l-o-n-g-a
Flecte, flecte, flecte
Estica, estica, estica
A-l-o-n-g-a
Flecte, flecte, flecte
Estica, estica, estica
A-l-o-n-g-a
Flecte, flecte, flecte
Estica, estica, estica
A-l-o-n-g-a
Flecte, flecte, flecte
Estica, estica, estica
A-l-o-n-g-a
Flecte, flecte, flecte
Estica, estica, estica
A-l-o-n-g-a
Flecte, flecte, flecte
Estica, estica, estica
A-l-o-n-g-a
Flecte, flecte, flecte
Estica, estica, estica
A-l-o-n-g-a
Flecte, flecte, flecte
Estica, estica, estica
A-l-o-n-g-a
 
Holmes Place

Poema Mórmon

 
O sexo pré-marital
É bestial.

A sério!
Não é impropério!
É bestial porque só as bestas
O fazem!

Ímpios que não estas
Almas mórmons que somos!

O mórmon tem
Assomos
Epifânicos e celestiais
Porque não brinca com os genitais.
 
Poema Mórmon

Parvoemas e Psicose: a Perfeita Simbiose

 
Ah, deus meu! Este parvoema
Pode não ser o auge da depressão.
Pode mesmo ser a nova cena,
A novidade tomada na consideração
De críticos literários
E apreciadores em geral.

Vou considerar imaginários
Os comentários
Segundo os quais não passo de um animal,
De um bimbo, um parvo sem igual
A dar ares de não-mentecapto
Procurando caricatamente
A aprovação de toda a gente.

Os juízos que me dão por inapto
Para a vida em sociedade
Não podem ser verdade!

Porque eu escrevo sem medo,
Contando ao mundo o meu segredo:
Não sou palerma, sou poeta frenético!
E o meu lirismo não é emético!

Os meus parvoemas reprimidos
Em que descrevo os meus sentidos
Como pulsões psicóticas
Mal disfarçadas de eróticas
Não merecem crítica negativa,
E quem o fizer pagará com a sua vida,
Sem que poupe os críticos a missivas
E circenses queixas repetidas...
 
Parvoemas e Psicose: a Perfeita Simbiose

aLARGA A DROGAria

 
Se os detergentes
Chamam clientes
Como os Continentes
Do Belmiro,

Não corras a tiro
Quem te dá o dinheiro
A ganhar!
Faz o que o Belmiro faria!

É hora de chamar empreiteiro
E fazer obras para alargar
A tua drogaria!
 
aLARGA A DROGAria

LSD

 
LSD, só você
Vê do jeito que eu vejo.

LSD, só você
Merece meu beijo.

LSD, é você
Tudo quanto almejo.

LSD, só você
Me conforta quando me aleijo.

LSD, só você
Dá força ao meu pelejo.

LSD, só você
Vê o brilho do meu relampejo.

LSD, só você
Descentra a Terra de seu eixo.

LSD, só você
Me molda como a água ao seixo.

LSD, só você
Ri bonito quando eu gracejo.

LSD, só você
Dá a emoção por que lacrimejo.

LSD, só você
É fonte e foz do meu desejo.

LSD, só você
Perdoa meu poético brejo.

LSD, só você
Justifica todo ESSE versejo.
 
LSD

Baso Fadas

 
Quando aqui cheguei nem cri no que vi
Era um Tesourinho Deprimente
De uma dimensão tão contundente
Que delongados instantes carpi!

Porque com tal desgraça nenhuma alma sonha!,
Seguindo em leda crença na normalidade,
No são sentido da vergonha
Do resto da humanidade.

Mas os "poetas" aqui da freguesia,
Que seguem um especial código de reciprocidade
Tudo aceitam, apreciam e julgam de categoria,
Por maior que seja a mediocridade...

Ai quantos versos eméticos
Por estas paragens li!
Quantos trolls eu "conheci"!

Mas quando juntei coisa ruim,
Vieram com problemas éticos
Ameaçando-me com o "meu" fim!

O basofadas, graças aos céus, é criação
Da minha ânsia de umas risadas
Para olvidar a consternação
Que senti ao ler tais bacocadas!

Mas para meu eterno desalento,
Sois reais, e pseudo-poetas...
E o meu mundo é um morrer lento
Um imenso trauma pelas vossas tretas.
 
Baso Fadas

Bate-m-Uma e Casto

 
Porreiro e Casto era um menino
De rosto rude e corpo franzino,
Que apesar de acólito
Adorava Belzebu e sardinha assada.

E Bate-m-Uma, que tinha uma pinta danada,
Elabora um plano insólito
Para expor a vida clandestina
Que Porreiro e Casto levava.

Bate-m-Uma espalhou sardinha
Pela rua do Porreiro e Casto,
Que ao assistir a tão devasso
Esbanjar do marítimo alimento
Ficou num estado iroso,
Invocando as forças do Tinhoso.

E toda a comunidade local
Se revoltou contra o menino Porreiro,
Que até aí parecia angelical
Mas era do Demo um mensageiro!

Bate-m-Uma ficou muito contente
Pela sua audaz perspicácia,
Mas sem estar consciente
Da grande guerra de falácia
Que o astuto Porreiro-tinhoso
Havia contra si armado!

E Bate-m-Uma foi atacado
Pela cadela Lassie do filme
Quanto o satânico piroso
Se ria alto e firme
De mais um caso de incumprimento
Do Decreto-Lei 312/2003.

Bate-m-Uma teve um fim lento,
Podia ter sido um de vocês.
 
Bate-m-Uma e Casto

Jô Bera-árduo

 
Novo-riquismo à parte,
És um senhor do capital!
A tua colecção de arte
É a pérola monumental
Entre o amontoado de bens
Desse universo opulento do que tens!

Por mim, podes ser analfabeto,
Ou cagar no português e usar esse dialecto
Que nem na NASA sabem decifrar,
Desde que chegada a hora de pagar
Te calhe a vez e não a mim.

Fazes das OPAs um enorme festim,
E mandas o Rui Costa amar-se sozinho,
Não sei quanto aos outros, mas para mim
És um tipo fabuloso, um bacorinho
Atulhado de diamantes,
E de amantes,
Caso lhe pagues favores sexuais.

Oh Jô Bera-Árduo, se todos os animais
Deste país de tacanhos miserabilistas
Tivessem como tu largas vistas
E empreendorismo sagaz!
Poderia a nossa ilustre nação
Ombrear com o PIP do Brunei!

Mas ao invés de ti, esta gente não faz
Nada por comprar uma só acção...
E dizes "fakiü", que para ti não há lei.
 
Jô Bera-árduo

Excomungados por Satã

 
Desaperta-me o corpete
Com os dentes!
Enquanto abomino os não-crentes
Em Satã.

Essa gente de retrete
Que como o gado da Golegã
Não terá um amanhã
Isento da volúpia sanguinária
Que se quedará sobre essa pária
Que não usa eyeliner preto
Nem come porco no espeto!
 
Excomungados por Satã

Penso que sou Poeta

 
Escrevo no fórum e dou ares de lirismo
Quando na realidade a minha poesia fede de um modo
Que nem o maior autoclismo
Levaria para longe este lodo
De letras armadas em parvas
Que me corroem a dignidade como larvas
Javardas...
Na senil inconsciência e sem vexame
Com que apresento nojice escrita ao vosso exame.
 
Penso que sou Poeta

IPO

 
Tive um acidente
Vai para dois anos e meio,
E jamais me darei como culpado.

Discutindo ideias com um demente
E outro tipo muito feio
Num botequim abafado
De flatulências intelectuais
E fumegar de SG ventil,
Encetámos argumentos viscerais
Sobre temas existenciais
Caindo eu no ardil
De esbofetar aqueles cabrões!
Fazendo tábua rasa
Das minhas Introspecções
Periódicas
Obrigatórias...
 
IPO

Às Cambalhotas

 
O Noddy tinha a Ursa Teresa:
-Vou Dartacão,
até ficares farta!_
Informou com frieza
A macaca Marta.
 
Às Cambalhotas