Poemas, frases e mensagens de Joll

Por entre árvores,
Na sombra de sonhos
Dourados por jazidas folhas,
Caminho só contigo na mente.
Sinto da terra o teu frescor!
Lanço a vista no horizonte
Na esperança de sentir
A luz do teu olhar!
Ténue, fremente.
Por quanto tempo
Guiarás minha vereda?
Não interessa o tempo.
Não interessa o caminho.
Estou contigo!
Até a eternidade nos encruzilhar!
Até sentir os raios de luz
Despertar as cores
Das nossas primaveras!
Guardarei cada recanto atrás,
Onde crescem singelas flores,
De delicadas pétalas,
De suaves odores!
Nelas te vejo,
Em perfume te sinto!
Recordarei cada passada,
Cada pedra afastada.
Sinto cada passo,
Mais seguro, mais firme!
Por ti,
Por nós,
Meu coração
Continuará neste
Caminho!

Ali estava eu
Preso no casulo da minha alma
Sem o delicado fio
com o qual se tecem os sonhos!
Estado larvar o meu, outrora esquecido,
Sem força para amar
Sem vontade de sonhar!
E num instante de vida,
Na força de pensar palavras ecoadas
Fez-se crisálida!
Como que numa almofada de seda,
Pendurasse a minha vida
Num desabrochar de esperança
Na certeza que tudo podia ser diferente!
Para melhor!
Nostalgia dava lugar à Alegria.
Tristeza era cercada pela Certeza.
A Dor era invadida pelo Amor!
Na espera do tempo,
Ansiava libertar este novo EU
Esvoaçar e abraçar novos mundos,
Sentir a delicada brisa
Tocar as coloridas asas do desejo,
Espalhar este novo e suave perfume
Emanado do mais nobre e renovado sentimento!
O fio da vida tinha sido grato para mim!
Sentia estar perto o momento sublime.
Na força do tempo,
Restava apenas
A Metamorfose da Vida!
Porque ela acaba sempre por chegar!

Grãos de areia
Dizei ao mar
Que vos venha beijar,
Contai ao vento
Quantas histórias espalhar!

E se sentires
No espumar de cada onda
Histórias de amor
Contadas vezes sem conta,
E se sentires
No assobiar de cada rajada
O doce tocar dos lábios de tua amada

Então,
Que infinita felicidade
Podes mais desejar,
Se nestes grãos de areia
Poder tuas mãos acariciar!

Quem dera
Escrever em todas as paredes
A razão da minha esperança!
Quem dera
Desenhar em todas as paredes
Um sorriso igual ao de uma criança!
Quem dera
Soltar em todas as paredes
Vermelhos balões de confiança!
Quem dera!
E quando da esperança
Nada mais houver para escrever,
E quando dos desenhos de criança
Sorrisos não possa ter,
E quando da confiança
Coloridos sonhos comecem a desvanecer,
Então,
Quem dera,
Que todos as paredes
Que todos os sorrisos
Que todos os balões
Fizessem acreditar
Que um amor feito quimera
Meu coração pudesse acalorar!

Tamanha felicidade
carrego no peito!
Mesmo no jeito
Que dizes não ter,
Dás-me vida, dás-me querer!

Tamanha felicidade
carrego em meio seio!
Mesmo em teu receio
De um sonho não passar,
Dás-me asas, deixas-me voar!

Voa comigo!
Vive a liberdade
de tamanha felicidade!

Passeando pela praia, certo homem, pensava em como seria feliz se tivesse ...
um carro novo, uma casa grande,
um excelente trabalho,
uma parceira perfeita !

Então, enxergou a cálida areia
e pegou dela algumas pedrinhas,
atirando-as ao mar
Em cada gesto de memórias infantis,
repetia imaginárias felicidades nunca sentidas.

Quando lhe restava apenas uma pedrinha,
apertou-a bem entre os seus dedos,
guardando-a para si!
Não imaginava que tão brusco gesto,
lhe reservava, não uma pedra qualquer,
mas um pequeno diamante em bruto
- aparentemente sem brilho-
porém valioso!

Invadiu-lhe o pensamento a inquietude
da inocência de em tantos e iguais gestos,
quanta riqueza fora desperdiçada.
E no instante do bater agitado do seu coração, deu-se conta de quantos mares contariam
pequenos seixos como diamantes perdidos!
Quantos sonhos corridos numa ilusão vazia, trocados pelas verdadeiras jóias da vida!

Pensava em como o tempo fora apressado demais para parar e olhar ao redor,
deixando de sentir que só os afortunados
podem segurar entre os dedos
- os brilhantes seixos da amizade!

Tão perto estaria a felicidade!
Em cada pedrinha!
Em cada mão, que num firme aperto teria feito vibrar o coração de alegria.
Uma alegria, brilhante e valiosa
como não há igual!

Agora, segurava ainda com mais força
a sua última réstia de esperança,
Num lamento profundo de pensar
Quanta fortuna desperdiçou nos mares da sua vida!

Ali, sozinho, diante de tanta ventura perdida,
Contemplava no mar de azul infinito,
a perenidade da vida.
Ali mesmo, sentia que a morte
não era a maior perda da vida.
A maior perda da vida
é o que pode morrer
dentro de nós enquanto vivemos.