Poemas, frases e mensagens de Nadir.Caetano

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Nadir.Caetano

um sonho, sempre presente, um dia quem sabe escrever um livro.
por agora, o meu caminho, é aprender!

aqui nasce a vida literária

 
estou do lado dos que querem lutar por este espaço como um lugar de literatura, de conhecimento poético e de escrita natural.

defendo que a administração tem que mudar o curso deste caminho de polémicas novelas e egoísmos tortos.

é aqui que quero continuar, a escrever e a ler bons textos, sejam contos, poemas ou outros.

eu apoio esta administração e todos os lusos que estejam por bem da escrita.

precisamos de paz, de criar e do prazer de ler.
 
aqui nasce a vida literária

morena

 
se é a ponta de lápis que coordena o movimento desta sólida mão. se é o pensamento que se vê retratado no papel por que se move a minha noção? que busca? talvez e eternamente talvez, uma mulher trigueira que encanta o campo. sou uma criatura da terra que move os desejos e se deixa viver. por que a vida é a loucura dos desejos e os seus gracejos. que mais posso querer que a minha musa morena?
do pão sei que caminho lhe hei-de dar, a mesma boca que recebe os sinais cristalinos da água e se mistura com os bagos. sim, e por que não, se é o vinho que me faz acreditar que consigo. depois um cigarro amigo faz-me acreditar que o prazer é efémero e mentiroso. mas a mentira é a mesma manta com que escondo o calor deste corpo desnudado.só tu morena tens poder de compreender o meu sofrer.
se um dia este lápis escrever coisas que não gostes de ler, quero que saibas que o meu amor acabou de morrer.
 
morena

luso-amigos – amigos, piropos e snobes

 
cheguei, li e escrevi. esse mérito fica guardado para o site que tem uma dinâmica própria. entrei, avaliei e entendi. entendi que estava num site de muitos amigos, daqueles que não se conhecem pessoalmente, mas que se entendem como se juntos tivessem crescido. avaliei, dentro da mui diminuta capacidade de avaliação, que estaria no pomposo concurso de piropos e outras estratégias para ocupar um poleiro. entre galos e galinhas sempre se mete a palavrinha e entre tantas ousadias, entre tantas estórias, a tertúlia acabaria algum dia. mas não tem fim, como o poder não tem destino. mas vi tantas coisas em tão pouco tempo que pensei que seria útil para testar a minha vocação para a política. até snobes encontrei, daqueles que têm orgulhosos em sê-lo ou dos outros que nem dão conta do ridículo que são. vi de tudo.
comentar é que foi pouco, aqui e ali ainda tentei construir o comentário literário que pudesse passar a minha leitura sobre o que o «amigo» tivesse retirado da sua alma literária. mas depressa percebi que na maioria a busca, através das palavras publicadas, o que procurava era muito mais que isso: o piropo, asqueroso que fosse, mas piropo dos pés até ao cabelo.
- sopra-me o pipo [leia-se ego] para que possa inchar e terás um amigo até ao próximo momento...
por mero acaso ou sorte minha ainda tive alguns leitores que me brindaram com o seu comentário, justiça se faça, nunca saberei se a pedir-me para os ler e comentar. e como são poucos farei o meu agradecimento público aqui:

obrigado!

Monnalice, Vania Lopez, Iolanda Brasão, Rosafogo, José Silveira, Martisns, PedroGeraldo, Varenka, José Ilídio Torres, Proteus, Valdevinoxis, Ghost, Umav, Carlos_val, Jaber, RoqueSilveira, VónyFerreira, Gabrielas, Caíto, Migueljaco, JBMendes, ConceiçãoB, Cleo e Moreno.

e para que fique claro, nem todos os comentários foram abonatórios. uns foram amigos, outros simples piropos e alguns snobes. tal como um site que se quer de muitos e bons usuários e que tenha um bom nome de luso-amigos – amigos, piropos e snobes.
 
luso-amigos – amigos, piropos e snobes

amanheceu domingo

 
amanheceu domingo
sem que o dia tivesse
lágrimas, sem pudor

amanheceu domingo
sem que a luz fosse dor
 
amanheceu domingo

esta voz não se ouve

 
cerro os punhos e grito: love, que por amor
se faz um filho, mas esta voz não se ouve
e a minha força é defender o povo
é este o único caminho que trilho; defender
aqueles que com saber embalam a dor.
defendo a administração, e a sua vontade de crescer.

mas esta voz não se ouve, entre tantos sábios
saberão fazer melhor? cerro os lábios.
 
esta voz não se ouve

façam de conta que eu não estive cá

 
façam de conta que eu não estive cá

por favor. façam de conta que eu não estive cá. que nunca lerem o meu olhar, e por isso, nunca viram a minha lágrima da saudade. por favor. façam de conta que eu não estive cá, para mendigar o teu poema onde nas palavras nasciam sentimentos, que unimos ao luar. nada mais me interessa. nem a vida, nem a lágrima e muito menos a cor dos teus olhos de eterna apaixonada. nada. por favor. façam de conta que eu não estive cá.

morri nos teus braços e ouvi-te chorar, entre as palavras amo-te, amo-te, e a escuridão de uma noite sem luar. façam de conta que eu não estive cá. por favor. digam-lhe que não estive cá, mas sim o meu amor eterno. por favor. digam-lhe que a amarei sempre, mesmo nas ausências, nos dias frios de qualquer inverno ou se acharem por bem, digam-lhe, apenas que eu não estive cá.
 
façam de conta que eu não estive cá

duas

 
nasceu. o dia apresentou-se
entre braços esculpidos
do rosto. as horas dormentes
curvaram o tempo. sobre um
novo olhar, acariciado, fez-se
o caminho. caminhar é preciso.
 
duas

nunca amei

 
nunca amei ninguém com coragem.
a coragem gastei-a na imensidão do caminhar
de abraçar as pontes que juntavam as curvas da vida
num elo de ligação afectivo. amar é uma viagem
sem paragens, é um grito sem horas e desejos de sonhar
e tudo, talvez se resuma na partida,
da humana condição.
nunca amei. e hoje peço perdão.
 
nunca amei

texto de porcaria

 
coisa sem qualidade pode ser lida, entedida, mas nunca amada por quem ama de verdade. chamem-lhe banal, outra merda qualquer, que não faz mal, mas não andem com os olhos vendados para aferir a memória em nome da pessoa que o escreveu. que se lixem as amizades, as boas intenções ou as outras loucuras, o que queremos são as verdades, as razões e pequenas diabruras. E quando lhes falo de diabruras, não pensem em pessoas burras, pensem antes em artes, manhas e habilidades tão crueis como as mesmas realidades que queremos para aqui passear...
oh! porca miséria de miserável texto, ou de porcaria, que rodopia na íris e desaba pela lacuna do ego, há mais merda que os olhos vendados e a testa desenhada com o caminho da mente não pensantes? há meu lord : esses olhos que teimam em queimar os neurónios e destilar o sistema nervoso. texto este de porcaria que não tem pés nem cabeça, mas que o seu corpo quer ser importante, útil e pensante querendo ser gente de máxima elegância e exemplo para quem sente que o que lê é sempre interessante.
miséria, misericórdia e perdão, quer queiram ou não, não se confundem e das palavras são gente. porcaria de texto – digo eu – por que posso, quero e sou a mente!
 
texto de porcaria

oito

 
poupar. o dia. poupar a angústia e desepero
a mescla de sabores. nada adianta se a morte
espreita. só a morte compreende este caminhar
esta ousadia de desventrar parte da vida. amanhã
será um outro dia estendido e a poupança terá
ritmos alucinantes até que a noite sorria o dia.
 
oito

Luso-poemas

 
luso-poemas...

como o nome nos diz é um poema, que por vezes ganha vida e força!
e deixa-se levar pelo vento que cada utilizador quer soprar...
outras vezes nasce como uma crónica que dispara a arma escondida no atirador, mas nunca deixa de ser um poema...
vive no verso ritmado, um tal mal amado que quer ver o seu ego crescer
e pela noite entra na escuridão, com ou sem refrão, aqui está para cantar as boas-noites.
mas quando a noite vai longa nascem contos que moldam os olhos
e o luso continua poema, mesmo quando no fórum se discute o lema...
mas ao amanhecer servem-nos uma prosa poética para acordar e no texto marado, há um achado, que parece marmelada para o pão, mas não, em vez de pequeno-almoço é mais uma vez um poema que nos alimenta.
 
Luso-poemas

não é nada

 
tropeço na angústia
mastigada, que abandonada
rodopia pelo passeio

não é nada
não é nada que se desvia
 
não é nada

carta

 
onde posso encontrar a paz? talvez, alguém por aqui possa ajudar-me...
vivo prisioneiro no quarto da minha casa e, por vezes, tenho umas saídas para a rua através de um aparelho com um nome pomposo parecido com vaio. vaidoso. vadio. mas vai e não voltes era o que gostava de ouvir. melhor ainda era não voltar ao quarto e ter aprendido a escrever como um verdadeiro escritor... mas como escreve um verdadeiro? e um escritor?
devem escrever pouco para serem lidos...
 
carta

poema de vento

 
sou o poema
o vento e o pó

e nas palavras fico eterno.
 
poema de vento

ainda espero

 
as palavras bordadas a quente
num ouro de amor
o gesto de quem sente
esta nossa dor
ainda espero
o beijo que demos
as mãos que agarramos
os gestos que fizemos
e os olhares que trocamos
ainda espero
que voltes a sorrir
e digas o que quero.
 
ainda espero

uma

 
recebi as tuas palavras
traziam láminas e os negros
das noites longas. nunca a ferida
tinha tido as dores das horas
e no espanto das mãos, a morte
aconteceu no olhar.
 
uma

carta fechada (aos que quiserem ler)

 
neste papel branco, escurecido pela solidão, perdão, pela falta de luz, ando a matutar no que a minha vida se transformou. são poemas que saiem, prosas que chegam e um rol de curiosos que me lêem. perdidos, lá passam e se deixam cair, um ou outro comentário que mostra que a liberdade ainda existe. ainda e bem.
mas a romaria é todo o ano e o adro está por detrás da cortina, na espreita e na esperança de criar bolinhos de polémica que é um doce tradicional do nosso luso.
quem viaja nesta grande cidade do mundo tem que conhecer duas coisas:
os bolinhos de polémica – cuja receita está guardada numa pm perdida nos bastidores de um site.
e o narciso – um rosto característico e invulgar pela sua constante mutação. há vezes que assume a mulher, mas na verdade, quase sempre é homem com ou sem barbas.
e se o tal narciso fosse pasteleiro, talvez o casamento fosse perfeito, e o tal adro se transformasse numa apelativa esplanada. mas não. e eu, aqui perdido, neste papel branco, molhado pelas lágrimas destas palavras e escurecido pela ausência da luz – por que ninguém consegue abrir uma carta assim também fechada de tamanha intimidade. e nesta solidão, meio traumática e parva, só queria escrever. desabafar. curar estas feridas do tempo e partir. partir como se tivesse nascido aqui, nesta terra de ninguém e de todos. só queria ser o melhor escritor do espaço, religioso ou hoteleiro, e voltar todos os anos para ser homenageado pelo presidente dos regressados. queria ser o profeta, o professor, o mestre e o poeta. escritor dos romances mais lidos e das novelas mais conseguidas. mas parece-me impossível, se só uma simples carta escrevo, e mal, e fechada que ninguém irá ler...
os sonhos são sonhos e as realidades são as verdades que ninguém diz, por isso, talvez por isso, ninguém comente ou diga com a força da própria palavra;
não és o melhor escritor, um profeta ou um qualquer mestre. não és um simples professor ou um solitário poeta. não és nada. e deixa-te ficar, fechado, nessa casa de papel pintada de branco. a vida é mesmo assim, nada.
 
carta fechada (aos que quiserem ler)

faz um poema

 
na tábua desenhada
vejo o poema
que morde os lábios
do dilema
na imperfeita noção
do verso que canta
um mar de salvação

sábios,
são os marinheiros
e o povo que se levanta.
 
faz um poema

hoje não

 
hoje não tenho nada para te dizer
nunca tenho nada para guardar
para que te possa contar
para que possa conviver
sou esse monstro que come amoras
e se suja de sangue entre dentadas
sou dessa rua deserta sem demoras
que nas entranhas adormece sobre cantadas
ando perdido por este canal de loucos
que escrevem poemas como loucos
e pensam que todos os querem ler
não sabem nem sonham que nem quero saber
destes vagabundos da escrita que não tem nada para dar
que se aleijam com as horas
e se perdem com as mentiras montadas
numa caça de socos
de bestas e bêbados que olham para si
só para si e não me lêem
não me escrevem uma única palavra
que lhe posso dizer hoje?
hoje não tenho nada para lhes dizer
nada me guardam
nada me contam
para que possa conviver
na fome do meu amor e das horas
na solidão das palavras
inventadas – quero lá saber
se são plagiadas
se os mando morrer
tudo – para mim – são piadas
inofensivas e por morder.
hoje não tenho nada para te dizer
 
hoje não

que conta o passado que o futuro não mude

 
que conta o passado que o futuro não mude?

a minha vida é um conto. o meu passado está carregado de amores imperfeitos. vivi nas frases dos escritores, e nos poemas dos verdadeiros poetas, amei como ninguém.
tudo por sentir que a palavra era o meu maior alimento. quanto errado estava. a palavra não alimenta ninguém, é ela que se alimenta de nós. fui consumido. vezes sem conta. mas tenho um passado. tenho amores imperfeitos. e continuo a ter, na minha mão, no meu olhar ou na minha memória, as malditas palavras.

não sou poeta. nem escritor. sou um amante que procura amores imperfeitos.

mas que conta o passado que o futuro não mude? talvez um presente insensato ou a morte. a morte é o meu maior futuro.
 
que conta o passado que o futuro não mude