Poemas, frases e mensagens de spencermonteiro

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de spencermonteiro

Djuntadu

 
Nu djunta dos, nu bira um;

Dos alma, um kretxeu

Pamodi dos ka mas ki um;

Si na dos vontadi um amor é txeu


Jardim kudadu tem flor bunitu

Nos amor, mas ki ninhum

Si Deus dexanu ti infinitu

Infinitu...na nos amor e um;

Na nos nobu, djuntu nu kria

Parti tristeza, y tudu aligria

Rais finkadu, ka mom maradu

Nem aza ki dja kortadu

Nu djunta dos, ma nos amor é um

Raiz finkadu é bentu tadjadu

Nos amor, é sima ninhum.

Poema em crioulo cabo-verdiano dedicado á minha esposa.
 
Djuntadu

Amor traiçoeiro

 
Enganos descarados, enganos enganados

Na cobra traiçoeira, envolto sereno

Abraça-me o amor, e o suave veneno

Morro na alma e o corpo usados



Que fado para um desventurado?

Louco o bastardo que em ti se deleitar

E na tolice, ingénuo se entregar!

Louco, lunático... morre mal-amado



Nas escamas e a peçonha

Fantasias de incenso e alabastro

Temo a morte ou a vergonha?

...
 
Amor traiçoeiro

Impasse

 
Ter-te-ei no sussurro do teu silencio



Se ao partir, num adeus me levares



Ter-te-ei na coragem de me deixares



Se amanha o passado te for um suplício

Inspirado por uma poetisa
 
Impasse

O Tempo

 
Tempo que passa, tempo que se esquece

O coração que brama, e no meu peito enlouquece


Tempo que me esquece, e ao coração que ama

Tempo que não passa ... e o coração desfalece

Longe dos meus, pensando no tempo que não passa.
 
O Tempo

Navegante

 
Vela, veleja oh navegante

Não temas o mar nem coisa vil

Embala o vento com estorias mil

Nos mais revoltos, nem hesitante


Vela, veleja oh navegante

Parte na sina da descoberta

Espera-te fortuna ou sorte incerta

Alem do monte, a jusante


Vela, veleja meu amigo

Que no suor e árduo labor

Fermenta o pão com mais sabor

Vela, veleja com valor

Lembra-te dos teus no desabrigo

No coração, leva-os contigo

Soneto ao navegante que já fui
 
Navegante

Cochabamba

 
Cochabamba, terra galante

Longe me tens da minha amada

Só a ti tenho como amante

Nesta dura caminhada



Das minhas lágrimas e a necessidade

Dou-te o mar que a ti tiraram

Dos meus rebentos a saudade

E dos meus que por lá ficaram



No saber, ao me deleitar

Lembro a terra que me viu nascer

Vejo o desaire ao imaginar

Os prazeres que hei de perder


Mais um forasteiro devo ser

Quando a batalha teminar?

Lembro os frutos a colher

E o fulgor a recobrar


Cochabamba terra mirrada

Escrevo este poema louco

Para os olhos da minha amada


Cochabamba, terra vibrante

Tens-me por pouco

E com pouco seguirei adiante
 
Cochabamba

Deus e a sábia loucura

 
A loucura do sábio é buscar-te na razão

A razão do louco é encontrar-te no saber



Cego o sábio que diz, morto está!!

Morto o louco, leve, que não sabe



Afasta de mim a loucura e a sabedoria!!!!


Quero mais ser cego e salvo eternamente

Que eternamente sábio e pútrido.
 
Deus e a sábia loucura

Amar

 
Como pode a alma que ama
Amar sem ver a alma?

Como pode quem o louco ama
Amar sem ser loucura?

Pode, amar ser finito
E o amor infinito?

Penso, reflito e passo
Pois á partida, fracasso.
 
Amar

Temo a vida e não a morte

 
Temo a vida e não a morte

Se na cova o descanso

E na vida eterno pranto

Temo a lida e não a sorte

Musa ou maldita, destes versos

Nem a morte, coisa alguma hei de ver

Se teu querer a sorte me trouxer

Viverei do teu ser e amor eternos

Poema inacabado...
 
Temo a vida e não a morte

Ka tem luz

 
Ka tem luz sukuru fitxadu

Nem pa Palu, nem pa Manuela

Fogon na panela ... n sendi vela

Ka tem luz, forti maltratadu

Ka tem luz, txam ba dinuncia

Baxu praia faltas matam

Raiba pertam, lagua fogam

Si odju pidi studa? Abrununcia!

Ka tem luz...ma si pagadu?

Suluson ka podogo

Nem dinheru ki sta guardadu

Nu kaba faxi ku es dismandu

Suluson e djunta mo

Nhos diskulpam si n ka malkriadu

Versos que escrevi há uns meses em protesto contra os cortes de energia na cidade da Praia.
(Novamente em crioulo)
 
Ka tem luz