Poemas, frases e mensagens de montalvan

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de montalvan

O Dom do Abstrato

 
O Dom do Abstrato
 
O Dom do Abstrato

Ah! sentir o dom do abstrato
Como um caule seco sem vida
Viver sem o nexo nem tacto
Ser no mundo cerca altiva

Ser grudento como o visgo
Dos que vivem nos desvios
Enredando as pedras dos rios
Não almas a procura de vius

A obscuridade incompreensível
Ao vagar por corações doentes
E também uma infecunda semente
Inerte em misterioso frio

E que se arrasta mas cobra
Ao morder seu próprio rabo
Que lucidamente nunca sentiu
Amor lactente desmensurado

Ah!sentir o dom do abstrato
Talvez para continuar vivo
No mundo cada vez mais abusivo
Apenas para viver como um rato

Alexandre Montalvan
 
O Dom do Abstrato

Morrer com você

 
Morrer com você
 
Morrer com você

Eu procuro a rima
nas entranhas do meu ser
nas alegrias de sentir a vida
de te chamar... querida
de poder te amar, tocar, te ver.

Eu procuro a rima nas ambigüidades
no abismo do meu coração
na rouquidão doentia da minha voz
nas palmas das minhas mãos.

Mãos que tocam teu corpo quente
que se torce eloquentemente
e geme tão inocente
na loucura deste amar.

Se mil vidas eu viver
mil vezes quero morrer
te amando por todas as noites
e morrendo com você.

Alexandre Montalvan
 
Morrer com você

Algoz e Amante

 
Algoz e Amante
 
Algoz e Amante

Hoje o sol não nasceu para mim
O inicio da minhA aniquilação completa
Como o ponto esta para uma reta
Uma rosa apodrecendo em um jardim

Escrevo para adiar este meu pensamento
Minhas mãos doem de fora para dentro
Meu corpo se dissolve como pó de vidro
Estou morrendo apesar de estar vivo

As palavras se destilam e flutuam
Em um espantoso sentido de morrer
Como a morte fosse minha e não tua
A pupa morre para a borboleta nascer

Enquanto vivo de tudo eu me privo
Desintegrando-me em oceanos distantes
Das visões que me tornam seletivo
Desta loucura que é minha algoz e amante

alexandre montalvan
 
Algoz e Amante

Sereia

 
Sereia
 
Sereia

Impossível viver no improviso
enquanto a minha alma gela
pouco importa o teu aviso
sempre vem uma bala perdida
assim que eu abro a janela.

Quem sou neste mundo estranho
porque será tão difícil sonhar
para meu coração não há tamanho
quem sou eu neste imenso rebanho
só uma gota de água no mar.

Toda a minha emoção vibra e ecoa
é uma canção de amor em um piano
como tu que és bela és forte e serena
como enormes ondas em um oceano.

Porque tudo em você me encanta
doces são teus sonhos de esperança
meiga, doce e pequena amada
que me seduz com seu canto ameno
se embalando em nuvens de prata
destilando um doce veneno.

Alexandre
 
Sereia

O palco dos Engôdos

 
O palco dos Engôdos
 
O palco dos Engôdos

Aqui é um palco em que a loucura impera
e não importa o lado que você está
para viver aqui somente sendo fera
e é porque aqui o que tiver de ser será.

É um efervescente mar tomado por serpentes
elas se devoram ao seu um bel prazer
não há heróis, culpados ou inocentes
apenas a tênue linha, entre viver e morrer.

E aqui Deus e diabo nos inundam de perfume
guiados somos pela ausência da razão
bem e mal digladiam-se da base até o cume
montanha mística carregada de emoção.

Deixe-me aqui neste meu caminho solitário
talvez o bem e mal que eu vejo seja ilusão
e tudo pode ser parte do meu imaginário
ou tudo é tristeza que invade meu coração.

Alexandre
 
O palco dos Engôdos

O Mar e a Morte

 
 
O Mar e a Morte

O mar envolveu o meu corpo
E eu agora sou parte do mar
Nas ondas fiquei todo torto
Tão morto nas aguas do mar

As areias da terra nasciam
Beijavam o meu corpo frio
Nas aguas do mar eu morria
Tragado em um imenso vazio

Pedaços de mim foram ficando
Nas entranhas da vida do mar
Minha alma foi se recompondo
Tão leve se deixando completar

O meu mar é o berço da vida
E na morte é o seu renascer
Se eu morro eu fico querida
Mais vivo que o mar ao morrer.

Alexandre Montalvan
 
O Mar e a Morte

Soneto: O brilho do sol em tuas pernas

 
Soneto: O brilho do sol em tuas pernas
 
Soneto: O Sol em tuas Pernas

Azul intenso de um céu profundo
perdido no mundo, solto no tempo
eu quero ler teus pensamentos
mas meio a este vendaval me confundo

O silencio nasce nas ruas da cidade
fogo e as cinzas despertam esta dor
e o meu clamor estampado na verdade
são apenas restos de um louco amor

Sentir tua presença nesta sala fria
lembrar teu aroma de rosas inebria
no amor e na dor meu penar se alterna

Em desespero beijo a tua fotografia
Ao viver neste delírio lúdico quem diria
vejo brilhos de luz deslizar por tuas pernas

Alexandre Montalvan
 
Soneto: O brilho do sol em tuas pernas

Chorar por Amor

 
Chorar por Amor
 
Chorar por Amor

Não existe maior dor
Que a de
Chorar sozinho
E não poder achar palavras
Que expressem este pesar
E então apenas chorar baixinho
Sem ninguém para acompanhar

Se esta dor é de um amor
Que seja eterna
Porem de eterna não tem nada
Pois começa na madrugada
E termina
Antes do sol raiar

Deixa-se marcas no coração
Deixa dor... Deixa saudades
Porque a flor da felicidade
Jaz murcha desfolhada
Jogada ao chão

Então é melhor chorar sozinho
Pois sozinho meu chorar
Acompanhado de um bom vinho
Que me entorpece e me aquece
E sendo assim
É bem melhor que com você.

Alexandre montalvan
 
Chorar por Amor

Ilusão

 
Ilusão
 
Ilusão. . .
Eu vejo tudo àquilo que quero ver
Minhas ilusões transcendem o teu crer
A minha maneira eu vejo a luz do amanhecer
E as cores mortas do ocaso, escuridão do anoitecer

Sinto a magia das inocentes poesias
Sinto a dor na minha alma que jaz fria
Quero o amor que eu julguei interminável
Para aplacar minha existência miserável
De viver de ilusões tristes e vazias

Quero morrer com um beijo teu em minha boca
Deixar a morte tomar conta do meu ser
Viver a vida nem que seja um segundo
Sentir a força do amor maior do mundo
Deste amor que eu de repente inventei
Ilusão. . .
 
Ilusão

Anarquia

 
Anarquia
 
Anarquia

Nas águas cristalinas do riacho
eu vi a vida
que me olhava em torvelinhos
de espumas borbulhantes
havia em seu olhar uma tristeza
tão sentida
e toda a dor do mundo carregava
em seu semblante.

Mas canta este riacho uma toada
de ironia
envolto em nuvens densas de orneadas
hipocrisia
explodem versos toscos como em uma
poesia
são falsas divindades naufragando
em agonia.

Admirável mundo de astros e estrelas
todos as veneram de joelhos para vê-las
no céu e no riacho obscuras estas figuras
na terra configura a mais perpetua ditadura .

Riacho de águas cristalinas e mansas
que se oprimem nos espectro do horror
margeados da incompreensão e avareza humana
e nas escritas de maneira insana
nas delicadas mãos do escritor.

Alexandre
 
Anarquia

Soneto: O Orgulho

 
Soneto: O Orgulho
 
O Orgulho

O orgulho forja a alma dos homens
Pois creio, submissão é corrosiva
Viva os loucos, mas não os domem
São verdadeiros e feitos de vida

Na contra mão a arrogância enoja
Respeito ao individuo é supremo
Sitio que faz do ferro aço é a forja
É na forja onde o calor é extremo

Ao tombo de um leão em uma luta
Morto por um grande filho da puta
Leão tombou inerte na relva quente

Mas sua gloria em vida ninguém refuta
Na morte seu orgulho edificou a disputa
E morreu mais glorioso que muita gente

Alexandre Montalvan
 
Soneto: O Orgulho

Que me Prometeu

 
Que me Prometeu
 
Que me Prometeu

Quando o amor eclodir em cada átomo do mundo
Estrelas irão brilhar o nosso exterior
Em nossas mãos haverá flores e frutos
E as vozes do amanhã calarão bem fundo
Haverá transbordância em nosso
coração do mais puro amor

E aves se libertarão de seus ninhos
Levando em seus bicos as folhas mortas do outono
O brilho do sol aquecera cantos esquecidos
E o mar levitara em forma de nuvens de sonhos
Ventos dissiparão os que se sintam sozinhos
E propagarão amor em seus caminhos

É preciso buscar o eterno
e a mão terna de um ser salvador
é sonhar neste mundo moderno
e sorrir não importa aonde for
ter amigos em todos os cantos
viver e distribuir amor

Os sãos e loucos enredarão os seus destinos
Pois todos somos filhos de um único Deus
É deste ponto que eu de ti me aproximo
Certo que todos meus desejos são os teus
Pois teus olhos são luzes do divino
Pois é todo o amor que me prometeu

Alexandre Montalvan
 
Que me Prometeu

Soneto: Que Porre!

 
Fogo queima flores na chuva
Gatos entram no buraco
Ladram cães na estrada suja
E a brilhante noite eu destaco

Papai Noel surge no meu quarto
Voltei à infância?
Não! É um ladrão de criança
E eu quase tive um infarto

Quandos os meninos vestem rosa
Algumas meninas usam bigodes
É quase uma overdose de eubiose

Quando expulsam a sala do bode
Quem não se sacode pode
Acho que vou tomar mais uma dose

Alexandre Montalvan
 
Soneto: Que Porre!

Mãe

 
Mãe
 
Mãe

Rasga-me a alma e
o coração e sentimentos...
transbordam
toda esta saudade que tenho de ti
mas quando fecho meus olhos
e em ti eu penso
sinto a tua presença
e sei que esta aqui, mãe!

Alexandre
 
Mãe

Eu e Você

 
Eu e Você
 
Eu e Você

Eu formo um par com você
Somos almas gêmeas na eternidade
Nossas mãos se juntam é verdade
Para a cada manhã ver o amor renascer

E nas noites ficamos juntinhos
Amamo-nos ao anoitecer
Nas manhãs você sabe ou adivinha
Que acordaremos dormindo em conchinha
E juntos veremos o sol nascer

No silencio contido no ar
Busco o mel sensual do teu corpo
Nos teus seios eu busco a loucura
Nosso amar é a coisa mais pura
E o que me espanta é tua beleza
Que me traz tanto prazer

É beleza delicada em um jardim,
De pétalas macias e ainda,
você é a minha rosa mais linda
Vermelha, cheirosa carmim

Amor de toda a minha vida
Doçura e formosidade
Emoção amor e prazer
Você é a minha cara metade
E em teus braços eu quero morrer.

Alexandre Montalvan
 
Eu e Você

Soneto: Paixão que a Gente Sente

 
Soneto: Paixão que a Gente Sente
 
Paixão que a Gente Sente

A lua no céu no mês de setembro
Um céu noturno refletido no mar
Os beijos de amor ainda me lembro
Da cama afogueada de tanto te amar

Desejo tão grande eu digo a tempo
Há toques suaves em todo lugar
A paixão, o amor um só sentimento
O êxtase na dança de par em par

Corpos suados num tesão imenso
No amor paixão puro e inconsequente
Amando-te louco em um gemido tenso

No gozo supremo quanta lava quente
Paixão ácida e o amor suspenso
Nesta insensatez que a gente sente

Alexandre Montalvan
 
Soneto: Paixão que a Gente Sente

O Grito da Fera

 
O Grito da Fera
 
O Grito da Ferra

No escuro dos olhos a luz de uma vela.
seu brilho irradia uma ira brutal
a boca entre aberta e lábios cor de terra.
Nas sombras, ferinos, solta um grito irracional

E as sombras são a ultima linha do processo
que fluem vertiginosas como ondas em fúria
se existem será um final ou um começo?
pois a alma da ignorancia é a fúria

O tempo é de espera assim como na caça age o leão,
a vida lentamente segue seu curso e apos o inverno impera
a primavera. O brilhante expõe o obscuro e a peculiar
e fria certeza que não há pernas debaixo da mesa
nem paredes que envolvem o muro.

A perplexidade é purulenta ao perceber esta impunidade
trágica, na intolerância androfóbica, nas frases enluvadas
em porcelana. Em um vaso pequeno de vidro de um talho
indivizivel não podendo haver castigo e
enquando não puder, por todos, este grito será ouvido

Alexandre Montalvan
 
O Grito da Fera

Porque te Amo?

 
 
Porque te Amo?

Eu não sei por que te amo
porque você me é tão querida
talvez sei lá, por engano
ou feitiço de alguma sacerdotisa

Eu não sei por que te amo de verdade
mas te amo pelo brilho que teu olhar irradia
eu te amo por uma singularidade
amo-te como uma doce sinfonia

Eu te amo como o lamento das cordas do violino
em catedrais de granitos refulgentes
amo-te como um menino inocente
louco para beijar tua boca e sentir teus dentes
em minha carne ardente

Eu te amo como ao sol nascente
que da luz ao dia a vida
e aquece a terra aonde você pisa
e como a leve brisa
que esvoaçam teus cabelos pelo vento
eu amo teus pensamentos

Eu te amo como a louca ventania
como a fúria das tempestades
como a dor de uma saudades
amo-te como a mais linda
Melodia.

Alexandre Montalvan
storyid=247806 © Luso-Poemas
 
Porque te Amo?

Pedaços de Vida

 
 
Pedaços de Vida

Não sobre o pó
não derrames tuas lagrimas
errante pesadelo que se encerra
e sobre o rosto macilento, terra.

Nem as palavras se desenham
nem o vento prolifera
talvez um pássaro agourento
que espera em vão
alguma comida
migalhas de uma vida
um pedaço da carne
jogado ao chão.

Gota a gota cada sentimento
rasgada a faca patética amargura
no estertor da desventura. . . assim
abre caminhos. . . morte, pensamentos
a dor. . . nem quem é forte
chega ao fim.

Amanha quem sabe, transmita a ela
pouquinho de saudades torturante
um adeus ou um aceno da janela
uma amor que esta morrendo
uma dor
uma rosa murcha na lapela.

Alexandre Montalvan
 
Pedaços de Vida

Amor

 
 
Amor

Como é doce a voz do vento
Que os cabelos despenteiam
Como chicotes violentos
Que na face estalam sedentos

Buscando o sal das lagrimas
Que nos olhos brotariam
Na suave melodia
Sussurrado pelo vento

Neste lúdico momento
Como disse brotariam
Brotariam uma a uma
E assim começaria

Encharcando a lua seca
Inundando toda a terra
Um milhão de lagrimas ao vento
E assim inundaria

Inundaria
Este céu carente de estrelas
E este seco e estéril jardim
Que ao ouvir a voz do vento
Dos teus olhos surgiria
O teu amor por mim

Alexandre Montalvan
 
Amor