Poemas, frases e mensagens de Marcelnarfer

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Marcelnarfer

S.O.J.A

 
Uma semana depois entro em casa novamente.
Vazia, pego algumas coisas e em cada canto
Vejo um pedaço da minha vida,
Em cada canto relembro momentos.

Enquanto espero percebo que estou sem saída:
Percebo que não quero o que espero,
Que não quero o que eu tinha,
Não quero o que eu não sei.

Dois rostos me vêem a mente:
Uma garota chorando por mim,
Um menino chorando por mim,
E eu chorando por todos.

Ninguém percebe minha dor,
Ninguém percebe que sofro.
A cada volta do tempo vem
A canção que não me deixa esquecer:

“Você pensou que jamais precisaria
De um amigo. Até que ficou lá sozinho.”
 
S.O.J.A

Caminho

 
Me oriente, seja minha condução
Me auxilie, me dê a direção
Nessa noite de horrores
Minha alma se esvai
E toda rua tem sua parcela
De culpa nessa condição

Me segure, seja minha salvação
Me procure, me dê a sua mão
Nessa noite sem sonhos
Meu mundo cai
E toda vida tem a singela
Receita pra minha convicção

Quero nossas vidas a dois
Quero agora e não depois
No espaço tempo que eu
Crio enquanto vivo

Quero deixar o mundo
Quero viver o tudo
No meu corpo junto ao teu
Enquanto durmo
 
Caminho

Amo

 
Amo, o silêncio do meu quarto,
O tormento que me lembra
Dos teus lábios, meus segredos.

Amo, as estrelas e o sol,
O céu claro, amo a lua.
Tudo eu te amo e é amor.

Amo, o anjo que me guarda,
Ancho por alguns segundos,
Por seus olhos, por seu corpo.

Amo, o verão e o inverno,
O paraíso, amo o inferno,
O oculto é que é belo!?

Nesta canção eu te amo,
E, para sempre, também será
Meu amor, um senhor de mim.
 
Amo

Sete Solidões

 
Olhemo-nos face a face.
Nossa distância é a mesma,
Nossa vida parece igual.
Mas minha vida é sempre,
É hoje, é do alto da montanha.
Os becos onde te escondes,
Corrupto, sem vontade própria,
Desejando coisas boas e fáceis,
À sombra da bondade divina
De um Deus que não lhe quer,
Que o abandonou à sorte,
Parece até seguro enquanto
Não percebes que não existe.

Vestes o escarro da moda,
Panos nobres e cortados sob medida-
Usas palavras precisas na hora da morte.
- Estas morto pobre homem!
Há tempos e nem notas.
Assistes complasivo programas novos
Sem ver que lhe dilaceram a mente,
Empobrecem-lhe tudo que é teu
E já não serve agora, aqui, na rua.

Tua história é triste e covarde,
Afinal, nunca lutou contra si mesmo,
Nem sentiu vontade de viver à tona,
À cima de tudo que é visto facilmente.
Muda agora tua oração e viva
O resto dos teus dias pobre homem infeliz.

- Viva!!!
 
Sete Solidões

O Elementar do Amor

 
O amor dá-se assim:
Quando menos se espera,
Sob a luz forte da lua,
Em uma rua, no centro
De uma cidade qualquer.

Dá-se, também, depois de olhares,
De gestos de apreço, carinhos
E algumas meias palavras
Ditas na hora certa, no tom.

O local?

O local não existe.
Pode ser na praça,
Em um parque, cinema,
Bar, no trabalho, na escola,
Internet.

O amor nasce
E dá-se assim:
A qualquer hora,
Em qualquer lugar.
 
O Elementar do Amor

Canção

 
Seu doce olhar
Parece o sol
Depois da tempestade
É minha luz
Nos gestos mais banais

É o mundo vindo cobrar
É a procura alucinante
De um barco no mar
É a certeza da vida
É a busca incessante
De um pouco de paz

Como esquecer
Perto do sol
Eu sou a tempestade
O que sobrou
Dos restos mortais

Nada quero de tudo
Nada sei desse mundo
Nem o que quer roubar
É o deserto sem sonhos
É um vaso de flor
Que faltou pendurar
 
Canção

Canção

 
Seu doce olhar
Parece o sol
Depois da tempestade
É minha luz
Nos gestos mais banais

É o mundo vindo cobrar
É a procura alucinante
De um barco no mar
É a certeza da vida
É a busca incessante
De um pouco de paz

Como esquecer
Perto do sol
Eu sou a tempestade
O que sobrou
Dos restos mortais

Nada quero de tudo
Nada sei desse mundo
Nem o que quer roubar
É o deserto sem sonhos
É um vaso de flor
Que faltou perdurar
 
Canção

Um Dia de Chuva

 
Desesperadamente sou egoísmo,
Sou ambição, sou alienado, alienação.
Deseperadamente sou mesquinho,
Sou metido, sou vácuo, evasão.

Desesperadamente sem sonhos,
Sem vida, sem culpa, sem solução.
Desesperadamente sem forças,
Sem lutas, sem Deus, sem paixão.

Sou eu!
Eu, somente eu sei o que sou!

Desesperadamente sou falsidade,
Sou intrigas, sou o mal, maldição.
Desesperadamente sou distancias,
Sou fraco, sou covarde, perdão.

Desesperadamente sou palavras,
Sem sentido, sem nexo, correção.
Desesperadamente sou fala,
Sem conteúdo, sem passado, perfeição.

Sou eu!
Eu, somente eu sei o que sou!
 
Um Dia de Chuva

Última Noite

 
Sim, você sabe meu nome
Me conhece mais que devia
Mas não temos o mesmo destino
Sim, adoro os seus beijos
Misturamos nossas vidas
Mas não temos o mesmo destino

Sim, você ainda tem o tempo
Me esquecerá facilmente
Mas não temos o mesmo destino
Sim, adoro te ver nua
Misturarmos nossos corpos
Mas não temos o mesmo destino

A noite nunca será a mesma
Eu e você, cada um no seu destino
Tentando encontrar o mesmo rosto
A mesma vida, o mesmo gosto

E a noite nunca se repetirá
Eu e você, cada um no seu destino
Tentando encontrar os nossos rostos
A mesma vida, os nossos gostos

Minha ultima noite contigo
Eu, um corpo abandonado
Você um corpo furtivo
Minha ultima noite contigo
Eu, juntando pedaços
Você usando os sentidos
 
Última Noite

Veio Assim

 
Veio assim: como um temporal!
Como raio e trovão rasgando o céu,
O último gole antes da embriaguez total.
Invadiu meu corpo vendo a lua achar
Que a noite é toda dela, e, só, sabe amar.

Veio assim: como um vendaval!
Como o vento forte soprando ao léu,
O último gesto ao fim da lucidez total.
Invadiu minha vida vendo o sol queimar,
Dando ar e saída a quem não sabe amar.
 
Veio Assim

Olhar

 
O meu olhar triste de criança,
Carrego junto a mim até hoje.
O mundo e sua natureza torta
Me liquefaz a cada momento.

Meio pasmo, sempre simples.
Pedindo a Deus um pedaço
Do céu azul que todo mundo vê.

Meio estúpido, sempre cruel.
Traduzindo o que sou
E me escondendo pra ninguém ver.

Carrego sim esse olhar
Porque sou triste em essência.
Sou covarde - não sonho!
E me escondo fechando os olhos

Imaginando o mundo perfeito
Que eu e você sonhamos.
O teu olhar, o meu sangue,
O vento soprando lá fora...
 
Olhar

Suicida

 
Sou suicida no tempo
Desejando um feliz aniversário
Aos dias que passaram
E te fizeram mulher

Sou suicida sem tempo
Esperando o momento
De saltar no vento
A espera de você mulher

Sou suicida sem lugar
Num mundo sem direção
Sem compromisso consigo
Vivendo apenas de egoísmo

No teu dia comemoro
Mas sinto tua falta
E me acalmo lendo
O que você diz pra mim

Como suicida faço parte
Desse contexto todo
E percebo o que ouve
E entendo tua volúpia

Como suicida sempre
Entendi seus desejos
E sabia que seria minha morte
Apegar-me ao que nunca seria meu:

“Vejo nos teus olhos tão profundos
As durezas que esse mundo
Te teu pra carregar

Vejo também, que sentes que tem
Amor para dar

Perdi-me na vida, achei-me no sonho
A vida que levo não é a que quero
Não quero mais nada!”

*Citação Blindagem
 
Suicida

Arfar

 
Respiro e ouço
O ar, o vento.
Qualquer suspiro
Ou um ruído.

Aliso então sua nuca
E com orgulho meu mundo
Em suas mãos é mais forte.
Toda a sua pele me sufoca.
Respiro pouco e solene
E certamente o mundo rígido
Procura sentir a sua volta.

E sou senhor em meu olhar,
Com minha língua falo carícias
Citando em seu peito sons.
Já são onze e estou doente,
Humilde, eu me entrego à guerra.
E falta ar, me escorre do rosto
Gotas de orvalho água-e-sal.

Respiro e ouço...
Respiro e ouço...
 
Arfar

Eu Quero

 
vamos falar o que?
quero falar o que eu quero!
vamos amar o que?
quero amar o que eu quero!

vamos correr nos campos,
quero ter terra também!
vamos morar na cidade,
quero ter casa também!

quero beijar sua boca,
quero seu corpo no meu!
quero seus cabelos longos,
quero seu corpo no meu!

vamos crescer um pouco,
quero viver um pouco também!
vamos plugar nossas vidas
quero sociedade também!
 
Eu Quero

Coisas do Espirito

 
Era eu e você.
Dois corpos no meio da multidão.
Deus, eramos loucos!
A música alta e as luzes
Encobriam nossa excitação.
Mas nossa vontade alucinada
Era mais forte e nos amávamos.

A fumaça verde te deixava em meus braços
E minha boca sorvia o gosto que sobrava.
Enquanto a Banda tocava nossas músicas
Nossa loucura era vista e invejada.

Uma noite quase perfeita,
Mas uma noite eterna.

Sinto falta de dizer "eu te amo!"
Sinto falta dos seus braços!
Do seu corpo, da sua alma!

Queria uma explicação sua
Sobre tudo que aconteceu com a gente.
O que o Espiritismo diz?
Acho que você sempre soube,
Desde a morte de seu avô.

Eu sempre soube,
Você não sabia:

"Eu te amo!"
 
Coisas do Espirito

Ócio

 
Essa noite sonhei em ter você.
Ter, possuir, te usar.
Sonhei muitas carícias,
Tanta malícia para gozar.

Imaginei o suor, nossos corpos,
Sedentos, nosso gosto.
Sonhei com teu cheiro,
Com teu jeito fogoso.

Sonhei que te beijava,
Penetrava, e gemias,
Gritavas, adoravas,
Pedias, imploravas.

Nosso amor era uma febre,
Um espetáculo, capadócio,
Era meio primitivo,
Intuitivo, puro ócio.

Nosso amor era uma Odisséia,
Sem razão, sem medos,
Era assim meio orgia,
Não havia segredos.

Sonhei que te comia,
Que fazia e tu gozavas,
Pedias, querias,
Gostavas, exigias.

Numa dessas noites sem fim
 
Ócio