Poemas, frases e mensagens de Dalmo

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Dalmo

Nascido em Teófilo otoni MG. Sou poeta desde os quatorze anos. Participei da antologia "Poesia das flores" e fui classificado em primeiro lugar. Sou fotógrafo profissional freelancer, também sou professor de fotografia e, publico fotos no jornal local da

Mulher...

 
Na estrada mais rotineira
O homem, por mais que valha,
Quando perde a companheira
A vida se lhe atrapalha.

Conceito sábio e profundo
De inspiração lapidar:
O homem levanta o mundo,
A mulher levanta o lar.

Sócrates, Cesar, Cervantes...
Homens de brilho imortal !
De todos esses gigantes
A mulher é o pedestal.

Enquanto a mulher for mãe,
Por mais que o mundo a degrade,
Isto é sinal de que Deus
Confia na humanidade.
 
Mulher...

Soltas...

 
Poesia,
Tira o sono
Das palavras...

Eu tenho uma chuva escondida
Atrás dos meus olhos...

A poesia é o porto,
Donde parto...

Ergui uma parede de livros
Para amparar o espírito.

A água empurra
O rio.
O rio empurra
A água.

Peguei um poema pelas pernas.
Dei-lhe um tapa na bunda.
E joguei-o longe, nos braços
Da humanidade:
-vai meu filho,
Ser amante da perfeição...

A cidade é um shopping
De almas em trânsito.
Antro de seres em pânico.
 
Soltas...

Fotografia...

 
Fotografia...
 
Fotografia: é a arte de perpetuar o efêmero.
 
Fotografia...

Pensamento cósmico.

 
É, sem dúvida, o mais alto nível a ser conquistado pelo ser humano enquanto na roupagem física, no entanto, outros mais significativos existem fora dos limites do corpo, aguardando no infinito. No rumo da luz, qual o diamante que se liberta do envoltório grosseiro em que se esconde, a fim de poder refletir na sua face límpida, após a lapidação o brilho das estrelas.
 
Pensamento cósmico.

Mancha...

 
Esse seu pranto;
Não foi em vão

Pois, o teu choro
Me deixou soturno;
E sujou para sempre

A veste do meu
Coração.
 
Mancha...

Minha terceira idade

 
Neste momento da vida;

Tenho mais passado que futuro.

Infinidade de caminhos vem...

Casinha, porto seguro e aconchego,

Sempre livros a postos.

Eu preparo o café nos fins de semana.

Netinhos à volta a pedir, pedir...

Sou puro pedaços de vida,

Uma espécie de estafeta,

Igual a muitos que a vida edificou.

Sou um sol que espia a escuridão,

Pela fresta da janela.
 
Minha terceira idade

Oração...

 
Senhor!
Faze que eu evite as pancadas sem rumo que cansam e magoam,
E não atingem o inimigo
Afastam de mim estas cóleras espetaculares que chamam a atenção
Mas deixa inutilmente enfraquecido.
Não permitas que orgulhosamente eu queira sempre preterir os outros
Esmagando, ao passar, os que vão em frente.
Apaga do meu rosto o ar sombrio das borrascas vencedoras...
Ao contrário, faze que calmamente eu preencha meus dias,
Tal como o mar lentamente cobre toda praia.
Faz-me humilde como o mar quando silencioso e ameno avança sem fazer notar.
Dá-me a graça de esperar meus irmãos medir meu passo pelo deles, para com eles subir.
Faze que cada um de recuos seja ocasião de subida.
Dá ao meu rosto claridade das águas límpidas,
A minha alma a brancura da espuma;
Ilumina minha vida, como os raios de sol,
Mas sobre tudo, faze que eu não guarde para mim esta luz.
E que todos os que de mim se aproximam voltem à casa ávidos
De se banharem na tua graça eterna...
Dalmo...
 
Oração...

Ciência ínfima...

 
Ciência ínfima...
 
Ciência ínfima...

Em que imensa direção do poder
Da ciência que abriu nova era
Pesquisando na profundidade da monera,
A revelar-se no esmero sofrer?

A ciência voou à estratosfera
Esmiuçou os fundos dos oceanos,
Fomentando o principio desumano
Da ambição onde a força prolifera.

Ciência de ostentação arma de efeito,
Longe da luz, da paz e do direito.
Num caminho infeliz, sombrio e inverso;

Sob o alarme guerreiro, formidando,
Eis que a terra te acusa, soluçando,
Como a grande mendiga do universo!...
 
Ciência ínfima...

Criança como um animal irracional

 
Criança como um animal irracional
 
Fui ao novo shopping, um shopping daqui de Ribeirão Preto, e conversei com uma senhora que estava com uma criança sendo levada por uma corda presa a uma mochila na fila de um banco, questionei por que a mãe simplesmente não carregava a menina no colo ao invés de utilizar algo que mais parecia uma coleira. A mãe se justificou dizendo que o shopping estava muito cheio e que a filha ficava mais livre para andar sem se perder. “Acho que, no fim, ela entendeu minha posição”.
Eu sempre digo que os pais precisam ficar alerta com o uso deste tipo de mochila, pois podem prejudicar bastante a educação das crianças. “Muitos adultos transferem para o acessório os limites que eles mesmos deveriam dar aos filhos. Desta forma, deixam de ensiná-los a lidar com situações de risco e a se comportarem em público”.
Nestes casos, o melhor mesmo é chamar a criança antes de sair e explicar que ela deve andar de mãos dados com os pais, não pode correr, nem sair andando sozinha. “A conversa ainda é melhor caminho. Impor limites dá trabalho, mas às vezes os pais querem achar métodos indiretos de fazer isso, a lei do menor esforço, e o resultado é muito ruim”.
Assim como no caso daquela senhora, muitas vezes, o uso da mochila com guia é feita mais por conta do receio dos pais de perderem seus filhos em lugares com muita gente do que propriamente pelo mau comportamento deles. É o caso, por exemplo, de grandes parques temáticos, como o Hopi Hari, em São Paulo, os da Walt Disney World, em Orlando, onde é comum encontrar crianças utilizando a “coleirinha”.
Acredito que, existem situações extremas, como uma mãe sozinha com três filhos, nas quais o uso pode ser tolerado. No entanto, eu sempre digo que o melhor mesmo é ensinar as crianças a circular em público e explicar as consequências que a desobediência pode causar. “Se você usa a coleira e não orienta a criança, ela nunca vai aprender a entender os limites. Acho ruim quando este acessório substitui um treino educativo”, assim acredito.
Mas se mesmo com toda a orientação os pais ainda ficarem inseguros em levar os filhos a locais públicos, Eu aconselho fazer saidinhas experimentais, em lugares menos cheios ou em dias que o shopping estiver mais vazio, por exemplo. “Medo que aconteça alguma coisa ruim todo mundo tem, mas temos de tomar cuidado para não colocar os filhos em uma ‘bolha’”, e digo sempre: ao lado de uma criança sempre tem de estar um adulto.
Também aconselho: outra saída é procurar programas nos quais a criança possa ficar mais livre e solta, sem a necessidade de uma intervenção maior. Já se a intenção dos pais é fazer compras no shopping, pode ser que a melhor opção seja deixar a criança com alguém, assim os adultos ficam menos preocupados para resolverem suas pendências.
Em todo esse processo de colocar regras, a atitude firme dos pais é fundamental. No entanto, também oriento que o bom comportamento dos filhos deve ser elogiado sempre. Portanto, se eles agiram bem durante o passeio, diga o quanto aprovou a atitude e ficou contente. “A criança precisa de muito reconhecimento. Ela sente orgulho ao saber que fez algo certo e vai querer repetir a atitude depois. Isso vale mais que uma bronca é muito melhor a estabelecer os limites”, afirmo sempre que esse é o comportamento correto. E não sair por ai com uma criança presa em uma coleira como um animal irracional...
 
Criança como um animal irracional

Soltas no ar...

 
Soltas no ar...
 
Soltas no ar...
Encho um paraquedas de metáforas;
E solto no ar,
E o vento leve, leve...
Em algum lugar do mundo caia, em
Alguma cidade interiorana.
E uma moça linda de olhar brilhante
E coração aberto, o encontre,
E ao ler...
Se entorpeça com o pulsar dos meus versos.
 
Soltas no ar...

Construção...

 
O homem segue agindo
Consciente ou inconsciente,
Fora do corpo vê logo
A carga que carrega na mente.

Produza sempre que possível.
Não largue o arado do bem,
Labuta ajudando os outros,
Isso jamais feriu alguém.

Reflete o bem, pratique o bem!
Não se equivoque amado irmão
Céu, umbral ou purgatório,
Começam no coração.

Toda pessoa carrega
Do mais crente ao mais ateu,
O resultado infalível
De tudo que escolheu.

Estude sempre! Meu irmão.
Cuide do tempo, corpo e função.
Quanto mais parcimônia na vida,
Mais vida e elevação.

Esbarro, por toda parte,
Neste enigma violento:
Quase ninguém traz na face
O que traz no pensamento!...

Por menosprezo do corpo
É obrigação esquecida,
Em todo lugar do mundo,
Muita gente perde a vida!

Cada qual colhe o que planta,
Eis o ponto que alinho,
Cada um colhe no tempo
O que deixou no caminho.

Pense meu caro, e verá,
Sem raciocínios externos:
Doença que não se desgruda
É somatório que fizemos.
 
Construção...

Eu me clico

 
Eu me clico
 
Na foto que me clico
- pose a pose-
Às vezes me clico lago
Às vezes me clico flores.
Às vezes me clico luz
Às vezes me clico dores.
Ou luz que chegou aqui...
A luz que passa...
Desta sina, em que vivo.
-Longe, longe-
E eterno avanço...
No fim, o que restará na raiz?
Um retrato decrépito,
Com vitalidade de petiz!
 
Eu me clico

Família não é brinquedo!

 
Exige seriedade, respeito, aplicação, determinação, vontade, dedicação afetividade, resignação, perdão, superação, participação, comunhão, doação, entrega, realização, sonhos, pacificação, entendimento, lealdade, humildade, perseverança, caridade, sensibilidade, simplicidade, capacidade de luta, muita coragem, esperanças sempre renovadas e, acima de tudo, uma profunda disposição para a construção do amor.
 
 Família não é brinquedo!

O pulsar incessante.

 
Dormem os olhos,
Dormem os ouvidos,
Dormem os olfatos e
Dormem os sentidos.

Dorme o paladar,
Dormem os músculos,
Dormem o cérebro e
Dormem os sensitivos.

Dorme a língua,
Com ela, a palavra e a exclamação,
Dormem os nervos,
Dorme a razão.

Dorme a dor,
Dorme o siso,
Dorme as lagrimas,
Dorme o sorriso.

Dorme a esperança e
Repousa a fé.
Só o coração não dorme
Ele sustenta de pé.

Isócrono a pulsar incessantemente
A casa do sentimento de amar
Para todos, há dia e há noite,
Só o coração não é dado repousar.
 
O pulsar incessante.

Sol...

 
Sol...
 
O’ tu que com o clarão de fogo
Rompes o gelo de minha alma,
Impelido-a agora esse calor escaldante
Das mais ínfimas acariciadas esperanças
Sempre claro e manchado,
Livre na sua devotada necessidade:
Assim minh’alma celebra os teus milagres,
Ò tu, belíssimo entre os meses do ano!
 
Sol...

Morada nova

 
Morada nova
 
Morada nova!

O homem sensato e nobre,
Quando faz a moradia,
Toma alvitre a prudência,
Conselho a sabedoria.

Primeiramente examina
O local a posição,
Edifica a fundação;
Devidos da construção.

Muito antes da parede,
Da janela e do portal
Reflete fazendo as contas
E escolhe o material.

Raciocina por si mesmo,
Não perde ponderações,
E estuda todo o problema
Das suas aquisições.

Não atira a preço baixo,
De matéria condenada;
A sucata não lhe serve,
Nem madeira carunchada.

Acima de toda idéia,
Vibra a idéia do seu lar.
Seleciona a caráter,
Cada coisa em seu lugar.

Impõe nos seus desejos,
Sereno, prudente, ativo;
O senso da qualidade,
Garante o objetivo.

Esse homem previdente.
Das lições a cada qual,
Na construção do edifício
Da vida espiritual.

Escolhe bons pensamentos
No dever que governa.
Idéias, palavras e atos,
Constrói a casa eterna...
 
Morada nova