Poemas, frases e mensagens de hugofilipe13

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de hugofilipe13

Vou navegar

 
Levo lento frio e escuro
Em cada canto, canta a voz
Som de Palavras num fundo sem rumo
Murmúrios com historias
Pedaços de nós.

Mapa deserto, corpo sem veia
Dor a deriva defunto na areia,
Desalento achado num cântico em vão
Portas abertas de Alma e Coração.

Vai já descobri
Um mundo a meus pés
Com tanta histórias sem um fim.
Vai volta para veres
Um mundo com Histórias
A teus pés.

Vou navegar,
Em tempos de outrora perdidos
no fundo do mar.

Lanças perdidas, guerras abertas
Sangue esquecido
Cabelo de poetas,
tempos passados memorias ficaram
nunca morrem são nossa salvação.

Música escrita e cantada por mim.
 
Vou navegar

Amo Celestial

 
Amo Celestial
Rebento de protecção divina,
Possessor da ostentação da luz,
Mestre de todo o império,
Que sofreu por nós,
Que percorreu montanhas e picos indisciplinados,
Que passou por elevadas monstruosidades,
Proclamando sempre o nosso achego.
Ampara e purifica toda a multidão
que reside no teu orbe,
Abençoando todo o mal
Transformando-o em fé e harmonia,
Abrindo o caminho a todos os seres,
Perdoando todos os desalentos cometidos.

PAI energiza os nossos destinos.
FILHOS proclamem a palavra do PAI.
 
Amo Celestial

Embriaguez

 
Bebendo três copadas de fumo,
Fumando duas baforadas de vinho,
Exorcizo a minha alma
Deste corpo ardente e frio.

Acarinho as pontas mortas,
Viro o olhar depeno a alma
Suicido em lume este corpo,
Deixa-me estar ganzado,
Já estou morto.

Já não durmo,
Se fumo um cigarro.
Estou embriagado
Neste pó de desejo
Desalento da água
Derramado em mim
Bebo até o cair da noite
Este copo cheio de ti.
 
Embriaguez

Distância

 
Um raio de sol penetrou o meu coração,
Um clarão de alegria intensificou o meu trilho,
Uma chama de ausência cresceu na solidão
Quando te distanciaste do meu caminho.

Nesse ápice o luar envelheceu,
Onde outrora crescera outro destino.
Áspero, rijo, ameno e compadecido
Se dá rumo a um novo caminho.

Sem complementos e sem leme para velejar
Estrangulo-me no poder do sentimento,
No bafo imundo deste templo,
No cais estorvante e medronho,
Trepo o alvorecer fiel
E o por do sol tristonho.
 
Distância

Palavras

 
As palavras são muito duras,
Muito fortes e difíceis,
São temporais,
Que matam a imensidão de um ser.
São terramotos
Sem deixar marcas físicas,
Deixando marcas psicológicas,
Agravadas no futuro
De tão brutas ser.
Pedes desculpa por o acontecer,
Mas é mais difícil
Do que o próprio ser.

Ter uma palavra
Atravessada na estrada
O vento não a leva,
Barre-a para o canto,
Erguendo-se de horroroso espanto,
O faz desistir
Ficando parado ate velo ir.
Ao longo no tempo
Vê alguém a dormir,
Dizendo mutuamente,
As palavras são mesmo assim.
 
Palavras

Choro ou Rio?

 
Afasto-me de ti, de mim, dos teus, dos meus…
Já não sei,
Já não sei quem sou,
onde estou, nem para onde vou.

Se falo de mim
Sinto um arrepio,
Uma enorme tristeza a devorar-me.
É como se estivesse encurralado num deserto,
Onde tudo… parece incerto.

Como é bela a Natureza.
O cantar dos passarinhos é o sussurrar da tua voz,
E o silêncio,
A calma com que tu dizes as palavras
Certamente para não me magoares.

Estou mergulhado num sonho,
Ao lado de marés, tempestades
Oceanos, terramotos.
Tudo…

Pareço um Actor de cinema,
Onde choro, rio, canto, danço,
Salto montanhas,
Sou o verdadeiro super herói embrulhado na vida.

Falas mais alto do que eu.
Será que choro? Será que riu?

Não adianta pensar.
Vivo nesta solidão.
 
Choro ou Rio?

Sopro Ingénuo

 
O meu coração parou,
O meu preencher fluiu numa gota de água,
E o refrear da minha história,
Em plena paisagem,
Ficou submerso.

Um sopro ingénuo e obscuro
Atenuou a escrita no meu olhar,
E esta solidão deprimente caiu,
Com a suavidade do teu tocar.
 
Sopro Ingénuo

Vem POR FAVOR

 
Tu partiste, lindo sol que me agrada,
O teu raio iluminado
É determinação nesta caminhada.
Em cada lágrima de orvalho
Oiço tua voz penetrada
Não chores meu dia,
Se perco o sonho
Fico sem nada.
Com os pulmões cheios,
E quase dormindo
A noite é contraste do teu corpo
Neste fundo, vazio.
Girando á tua volta
E rodopiando no teu sabor
Sussurro baixinho
Vem por favor.
 
Vem POR FAVOR

Sinceridade

 
Sinceramente, queria voar de novo em ti
Delimitar o meu ser a teu lado,
Dividir o tempo entre presente e o passado
Contornar a ondulação do teu corpo,
Deixando de pensar que isto é tudo um sonho.
 
Sinceridade

Um dia, um Sonho

 
Acordei.
O tempo revivera num sonho
Cheio de bondade, num ato consciente,
De quem se deita,
A pensar que já mais ia nascer,
Ou por Deus voltar a reencontrar a luz.

Tudo voltou ao que era,
O que não tinha, voltei a ter
O que não pertencia, voltou a pertencer
O que não existia, voltou a existir.

Tudo era tão Belo
O prazer que antes não tinha,
Encontrei, e encontrei da forma mais simples,
Um simples olhar a olhar-me
Um simples tocar a tocar-me,
E tudo tão puro, de maneira suave,
Deixei entrar, sem me aperceber.

Antes gostava e tu não gostavas,
Agora eu gosto e tu gostas.
Foi tudo com que sempre sonhei, um dia.

Sempre me disseram que aquilo com que sonhamos,
Será sempre um sonho,
E não um passo para a realidade.
Mas, hoje o dia é diferente,
Voltou tudo aquilo que eu queria,
Alguém a meu lado,
Mais do que uma amizade,
Apenas refiro-me ao Paraíso em pessoa.

Ó não pode ser só o outro feliz,
Eu também mereço,
E este dia é só meu.

Calado, e só a sussurrar,
Pensei em abrir os olhos,
Em abrir a janela,
Não podia acreditar no que via.

Nada do que eu vivi era real,
Apenas estava a sonhar com a vida que queria,
Do que queria e num simples dia não tinha,
Do que esperava e há anos que não vinha.

Nem hoje, outro dia, acredito.
Era apenas um sonho!
 
Um dia, um Sonho

Trova

 
Canto um cântico triste
Empolgando um suspiro sereno.
Nesta manha submersa,
Longas imagens empoleiram-se
Em Fogosas plenitudes de desespero.

Nesta trova Cintilante
Empática com o poder impiedoso,
Vou flutuando na extremidade deste ato,
Beirando a compaixão,
Assomando com a vida
Neste todo Predisposto.
 
Trova

Tempos de Outrora

 
As raízes das minhas mãos
Acarretam longas fontes de saudade,
Fantasiosos sonhos
Enalteciam o inconsciente
Dando vitalidade às meras brincadeiras.

Tempo em que a imensidão dos factos
Encaminhavam a conversas perversas.
Situações de pura felicidade
(provocadas por mim)
Entupiam qualquer má tristeza
Aos meus ente queridos.

Tempo em que as palavras faziam sentido,
Nas frases permaneciam juízos
Para que se aprendesse a viver,
Talvez, longe dos perigos.

No cofre,
Onde hoje extraio estas recordações,
Ficam sobrepostos momentos de glória.
De certeza e quase enlouquecendo
Imploro ao omnipotente
a revinda a tempos de outrora.
 
Tempos de Outrora

Meu Ser

 
A minha boca é um poço de segurança,
O meu corpo é um túmulo de protecção,
O meu ser é um sentir de saudade,
Os meus olhos são a Alma do coração.

Os meus pés são a base da vida,
Os meus joelhos são a força de lutar,
A minha cinta é algo meio perdida,
Os meus olhos são a Alma do meu sonhar.

O meu rosto é a fé com que eu sigo,
Os meus braços é o desejo de vencer,
As minhas mão são as pegadas da vida,
Os meus olhos são o resumo do meu ser.
 
Meu Ser

Mar Dentro

 
As pontas do teu cabelo,
Em meus olhos,
Transbordam dor e prazer.
São ondas que rebentam na minha pele
São caricias que viajam no meu peito.

A tua corpulência tremule
Abraça e encapota perigos.
Na redondeza do teu ser
O naufrágio é o rumo,
Realmente, a aptidão para velejar é incerta,
Ora agitado,
Ora pacifico.
A tua imagem em mim.

Ao entranhar-me no teu corpo,
Encontro lembranças de quem partiu,
Memórias de almas Lusitanas,
Que outrora viram vidas a flutuar
na maré dos descobrimentos.

E Tu,
Diferente de todos os corpos,
Refletes a união entre povos,
A força da conquista
da tristeza á alegria.
És tu, o Mar da vida.
 
Mar Dentro

Falta

 
Sinto a tua falta,
Sinto a mágoa em mim
Sinto a saudade.
Sinto e escuto o tempo,
Como algo talvez impaciente
Afastando tudo aquilo que transcorria em mim.

Cada vez que penso em ti
Sinto uma dor a devorar-me,
Refreando com o tempo
Num despretensioso momento
Tudo desaba no meu interior.

Não é fácil…
Não é fácil pensar que por motivos,
o tempo não vai voltar,
O sol não vai brilhar
O sofrimento não vai resfolgar…

Ó tempo volta atrás,
Traz-me tudo aquilo,
Que agora me desfaz.
O vento que me complementa,
A água que me sustenta
E só tu,
Tempo que de mim arrancaste,
A luz que do meu ser desviaste,
Espero que tragas tudo de novo a mim,
Oh tempo,
És tu, o tempo em mim.
 
Falta

Raio de Amor

 
Vou roubar um raio de sol,
Vou embrulha-lo num manto de Amor,
Juntamente com sabor a Saudade,
E enviar-te através da telepatia,
Aquele que um dia,
Podemos sentir ao nos beijar.

Quero, perfuma-lo e oferecer-te,
Sentir o quanto sou feliz, só por ter-te.
E o meu,
Que será o teu coração num propínquo amanhecer,
Poder dar-te de presente
Este raio de Amor.
 
Raio de Amor

Farto

 
Quantos lados de injustiça
Rebolam no achego do meu peito?
Sabes?

Estou farto,
Farto desta treta toda.
Tudo que é lado
É lado em mim.
Tudo que tem fim não acaba.
Tudo que não acaba ainda não começou.
E eu fico sufocado
Nesta aragem prematura
Igual aquele que ainda não começou,
Mas já terminou, antes do fim.

Estou farto.
Sem pontas por onde lhe pegue,
Mas pego no passado
Para o suicidar,
Mas mesmo assim
Estou farto,
Farto de ti, de mim,
De nós, de vós,
Olha… Estou farto.

Farto, estou de tudo o quanto é lado,
De tudo o quanto é chão,
De tudo o quanto é luz.
Estou farto,
Farto deste despejo de emoções
que não passa de chuva de Inverno
Escorrendo pela calcada
Farta das demissões dos sentimentos.

Farto, farto estou eu
E se não nos virmos mais,
Agradeço.
Vemo-nos por ai.
 
Farto

Estado Melancólico

 
O absurdo em que tu pensas,
Alonga e enlaça angústias no meu peito.
Assim, como o teu íntimo
Ofusca o meu olhar na solidão,
Fulminando traços de melancolia
Na orbe do meu coração.
 
Estado Melancólico

O tempo passa

 
O tempo passa
E não volta atrás.
O vento leva aquilo
Que a saudade não trás.
 
O tempo passa

Lágrima

 
Lágrimas ténues vão se esboçando no meu olhar,
Aclarando uma tristeza elucida no meu rosto,
Tentando soçobrar em mim…

Pedaços de velcro condolentes vão encurralando-se
Em redor do bater forte de um coração dolorido,
Repleto de mágoas cristalizadas de saudade.

A periferia do teu silêncio esmurre-se
O manto de alegria supervivente em mim,
Arrecadando todo o meu íntimo.

Para quê palavras,
Se estas são coabitadas
E circunscritas nesta solidão

Hugo Costa
 
Lágrima

HUGO COSTA