Com todo o respeito. Como podem "escritores conceituados "..
Com todo o respeito.
Como podem "escritores conceituados "
comentarem textos, que para além de fracos
estão repletos de erros,como se de uma obra de arte se tratasse ?
Ou será que já morri ?
Cada dia que nasce espero algo
Algo espera por mim
Não sei o que me espera
Tampouco sei o que espero
Apenas sei que espero
Sei lá,talvez seja simplesmente mais um dia
Ou talvez que me esperes algures
Eu, que ainda nem te inventei
Mas,espero,espero sempre
Um dia hei-de chegar, não sei onde
Nem porquê
Espero,esperarei,a vida é uma longa espera
Não sei,não sei...
Simplesmente,viverei..?
Ou será que já morri ?
Sobrevivência
Nos extremos,o homem torna-se fera
O homem torna-se animal
Nada mais o inaltece
Só a sobrevivência prevalace
Dizer amo-te
Hoje sinto vontade de dizer amo-te
Ser o que não fui ontem
Apressar os olhos a tocarem teu rosto.
Olhos caem aos pés
Coragem, atrofiada pela garganta seca
esconde-se no mundo pesado,terra massacrada pelo destino
Mais uma vez desço o corrimão do tempo
e nada faço,nada.
Pertenço às palavras recusas,ao papel abandonado
ressequido e amarrotado
-Por favor,entra sem pedir licença !
Já nada sente
Quero sentir mais
Muito mais
Ir para além das estrelas
Falar com a lua
Subir acima do teu beijo
Voar com o teu abraço
Enrolar-me no teu cabelo
Afogar-me no suor do teu corpo.
E no veneno dos teus lábios
Contagiar-me de frieza
Para na próxima negação
Sentir-me louco,demente
Essa sensação de quem
Já nada sente
neste desejo quase pétreo de amar.
Esqueci
Esqueci a morte
Vivo como se a morte não existisse
Voo pelo mundo procuro reanimação da esperança
Mergulho no breu vejo o sol
Procuro tempo sem tempo a perder
Sinto o sangue gotejando nas veias
Não é tarde,nem é cedo,cada instante é eterno
O fôlego não cessa.O canto onde me encolhi, levou-o o vento
Nas palavras encontro minha liberdade
Escrever é um voo
Intrínsecas palavras amolecem a pedra
Encontrei a liberdade neste desejo quase pétreo de amar.
PENITÊNCIA
Minha vida virou pó
O pó da saudade encobrindo minha penitência
As palavras ficaram vazias no delíquio dos sentidos
Chamo-te, a voz cai,quebra-se em mil pedaços,cristais afiados,
rasgam a alma ,a esperança escorre em gotas de sangue
Nunca amanheço.Já não me habita a morfogenia
Hei-de partir sem te encontrar,hei-de morrer sem te amar
Hás-de viver sem me veres a luz do dia.
Morrerei agora,amanhã,sempre.
Por ti.sem ti.
A imposição
Entre turras e trevas instalou-se o pânico.
Os olhos que não vêem,as mão tateiam a escuridão.
Nem o diabo que sorri escarnecido,ajuda na cofusão.
Fartei-me da cegueira universal.Fecho os olhos e vejo.
Vejo a cegueira mórbida,nas gentes que pensam mas não o são.
Ainda há o luar,quem o vê não o diz.
Na retórica das vozes,que ainda se ouvem,distingue-se a pretensão.
O chão sujo,vermelho,da cegueira suicida,escorrega o pecado.
Fecho os olhos e vejo,vejo o que quero ver.
Abundância Do Vazio
O tempo não tem vocábulo
Por isso amo tudo o que o tempo me oferece
Como se algo invisível determine meu ser
No vazio do silêncio sinto-me abundante
P'sorrir só precisa pagar meio tostão !
Procuro sorriso entre a escuridão q' a vida me impõe
O riso compra-se,em um programa de tv,na cara do palhaço ,ou em qualquer espaço.
Prefiro o riso das cócegas,involuntário,incondicional,rumino gargalhadas
até urro ao que não quero.
Na verdade,só vejo:
Assombro e desassossego,trevas e devassidão,
nem um sorriso para lembrar que lá estão.
O sorriso ainda não paga imposto, porque não sorris então ?
Mas entre sangue e devassidão ,há-de vir o imposto.Há-de vir.
P'sorriso p'coração e p'amor porque não ?
Porque os bolsos estão vazios ,ou cheios, a ganancia sempre prolifera.
Diz então:
P'sorrir só precisa pagar meio tostão !