Poemas, frases e mensagens de MelissaOwenAlways

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de MelissaOwenAlways

Carta a Fernando Pessoa

 
Carta a Fernando Pessoa
 
É estranho como as coisas acontecem na vida não achas? Vamos aos mesmos sítios mil e uma vezes, a maior parte do tempo passamos pelas pessoas e nem sequer lhes damos um sorriso ou um bom dia. Deixamos de fazer algumas coisas que gostamos, e por vezes, seja devido à nossa idade ou mentalidade, passa-nos muita coisa ao lado que pensamos não ser importante, mas que na verdade, o é. Só damos valor e significado ás coisas, quando descobrimos a sua verdadeira essência.
Pode parecer estranho o motivo desta carta, mas para mim faz todo o sentido. Queria que soubesses como te conheci e com tens transformado os meus dias e o meu mundo.
Tudo começou numa altura bem diferente da tua. Acho que se vivesses no mundo presente, se calhar mudavas de ideias quanto ao teu desprezo pelas novas tecnologias. A tua poesia e os teus textos estão espalhados pelo mundo inteiro!!! Pensavas que isto alguma vez ia acontecer? Creio que não.
Por aquilo que já percebi, dás dores de cabeça a alguns, e a outros, transformas os dias em alegria o que acontece no meu caso. Engraçado não é? Acho que era mesmo isso que querias. Pois bem, conseguiste, e para mim, digo; ainda bem que assim foi.
Sabes, sou uma pessoa que gosta sempre de aprender mais, de conhecer pessoas que me transmitem conhecimentos, novas ideias, novas perspectivas de vida, com outras vivências, que me transmitem paz, que me fazem ver para lá do mundo que conheço, pessoas honestas e verdadeiras e que me dizem quando estou certa ou errada, que me ajudam a melhorar, que me motivam e com quem sinta que posso ser eu própria. Assim como também que eu possa trazer algo de bom para as suas vidas e quem sabe até, passar algum conhecimento que tenha, ou tornar o seu dia um pouco mais feliz. Pessoas que também elas sintam que podem ser elas próprias comigo e que se sintam bem como me sinto ao lado delas.
Nestes últimos meses, apareceram duas pessoas na minha vida que acho que nem sabem bem, o quanto têm transformado os meus dias, a minha vida, a minha mente e o meu pensamento para uma perspectiva bem melhor e bem mais sorridente do que anteriormente. E sabes a coisa mais curiosa e engraçada no meio de tudo isto? Foram estas duas pessoas que me trouxeram até ti. Mundo pequeno e curioso não é? Acho que a forma como as pessoas fazem ou dizem as coisas, é que marca a diferença na nossa vida. E a forma como te apresentaram, foi da forma mais subtil, mais simples, e verdadeira, e bem... com um.... “Ler Pessoa é para Ontem!!!!” Pronto, pronto, já cá estou, já percebi!!!!!
E quando dei por mim, estavas também tu na minha vida. Por alguma razão estranha que ainda não percebi bem qual foi, quase de inicio que senti que vinhas para ficar. E desta vez era eu que não te ia deixar fugir. Perguntas-me porquê? Porque quanto mais te leio, mais rio, sorrio, penso e repenso, vivo e revivo as tuas palavras. Quanto mais te leio, mais a minha mente se acalma e desassossega ao mesmo tempo. Mais me faz pensar que há tanta coisa que tenho para aprender, e que na verdade, apesar de ainda ter a vida inteira pela frente, já cresci e aprendi algumas coisas das quais falas. Já para não falar daquelas que dizes e que são tão eu que chega a assustar.
Fico feliz ao pensar e imaginar que talvez, se te tivesse conhecido, seriamos bons amigos. Apesar de que já percebi que não eras de grandes conversas, eras mais observador. Mas, não sei porquê, esta ideia parece deixar-me feliz. Ultimamente, de certa forma temos conversado enquanto te leio ou melhor enquanto leio o teu amigo Bernardo Soares.
Costumo pensar que tudo acontece por uma razão, que para tudo há um motivo, talvez por isso, só te tenha conhecido agora. Porque era agora que precisava de uma mudança na minha vida. Talvez por isso, quando olho para trás, penso que muito provavelmente terei lido quantas coisas escritas por ti, e nunca lhes tinha dado qualquer valor ou atenção. Quantas vezes passei por ti na Brasileira, sorri a ver toda a gente rodear-te e tirar fotografias contigo, e eu limitava-me a olhar e a achar engraçado, quando agora a minha vontade é correr para lá e tirar mil e uma fotografias ao pé de ti, e fingir que me sento ao teu lado a falar contigo enquanto comento o teu livro do Desassossego que tanto me acalma a mente e o coração. Ir aos sítios por onde passaste,percorrer as ruas das quais tanto falas. E sei que o farei.
Bem, acho que para ser mais honesta ainda, divertido seria realmente falar contigo enquanto passeávamos em Lisboa.
Pergunto-me se imaginarias que ias tocar a vida de tanta gente, se sabias que algum dia, por todo o mundo, alguém agarraria no que escreveste, e ao ler, se ia sentir em casa. Pergunto-me se sabias que através das tuas palavras consegues transformar o mundo de alguém? Pergunto-me se saberias que ias transformar o meu mundo e que ias trazer para a minha vida duas pessoas que me deixam tão feliz!
Obrigada.

Beijinhos Rita.

Para Alma Mater e Jorges (Namastibet)
 
Carta a Fernando Pessoa

Fernado Pessoa - Álvaro de Campos - com as malas feitas e tudo a bordo

 
Fernado Pessoa - Álvaro de Campos - com as malas feitas e tudo a bordo
 
"Com as malas feitas e tudo a bordo
E nada mais a esperar da terra que deixamos,
Já com os trajes moles característicos dos viajantes, debruçados da amurada
Digamos adeus com um levantar da alegria ao que fica,
Adeus às afeições, e aos pensamentos domésticos, e às lareiras, e aos irmãos,
E enquanto se abre o espaço entre o navio lento e o cais
Gozemos uma grande esperança indefinida e arrepiada,
Uma trémula sensação de futuro.
Eis-nos a caminho, e quase a meio do rio
Aumenta a nitidez deixada na terra
Dos alpendres e dos guindastes ou das mercadorias descarregadas
E não é a nós, felizmente, que diz adeus aquela família
Aglomerada no extremo do cais, com um cuidado subjectivo e visível
De não cair dentro de água no meio da emoção.
Olhemos para os companheiros de bordo. Como são diversos!
Uns vão em trânsito. Não é com eles nenhuma destas despedidas.
Outros, com um ar palidamente sorridente de não querer chorar,
Acenam com um gesto deselegante e pouco afoito com os lenços
Para lenços que se acenam de outra gente que ficou no cais
No cais — ah reparem — subitamente tão mais longe do que notámos.
A amargura alegre da ida,
O sabor especial a começo de viagem marítima, a mistura com nossos sentidos
De cheiro das malas, de cheiro a navio, de cheiro a comida de bordo,
E a nossa alma é um composto confuso de cheiros e sabores
E tudo é a viagem indefinida que faremos vista através do paladar e do olfacto,
Tudo é a incerteza sensual da vida sentida pela espinha abaixo...
E nós não deixamos ninguém...
Se deixássemos, ah os lenços que lindos!, o navio que se afasta
Afastar-se-ia de mais do que da terra;
Afastava-se do nosso passado todo, de nós-mesmos, ficados no cais e aqui a caminho,
Do sentimento doméstico com que beijamos a nossa mãe,
Da alegria com que às vezes, brincando, arreliamos as nossas irmãs...
Partir! partir é viver excessivamente. O que é tudo senão partir...
Todos os dias do cais da nossa vida nos separamos, navios (...),
E vamos para o futuro como se fossemos para o Mistério,
Mas que sabemos nós para onde vamos, ó dor, e o que somos,
E que proteico e fluido Deus é tutelar das partidas?
Olha, de longe, já os guindastes ainda mexendo,
Olha as figuras no cais, negras figuras, manchadas de lenços que se acenam,
Olha os casarões de zinco ondulado dos cais e docas, às portas deles,
O sossego destacado e acostumado a isto dos empregados e dos carregadores...
Vai tal angústia, tão inexplicável angústia na minha alma,
Que não sei como têm coragem, vendo que eu grito assim, para estarem parados
No cais, tranquilamente os descarregadores e os guardas fiscais!
Bebedeira da vida... ligeiro nervoso nas nossas sensações...
Perturbação alcoólica dos nossos sentidos íntimos...
A nossa alma sai um pouco para fora do seu lugar
E as rodas da nossa vida quotidiana começam a cambalear como se fossem sair do eixo...
Pelo convés fora a gente que já está acostumada a estar aqui a bordo
Está alheia a isto e interessada contudo
(Ah [enquanto eu atirar meu directo olhar, nunca?] olhar tranquilo,
Fremem em mim os nervos vibrados de todos que vejo que sentem,
Correm-me dos olhos as lágrimas de todos que choram porque se separam,
Tenho nas mãos os gestos circulares de mãos saudosas já que acenam com lenços,
Sou todas as penas que toda esta gente tem de se ir embora...
Sou as esperanças que levam consigo e agora lhes fazem mais trémula a dor da partida,
Estou [...] por dentro deles todos, na roupa que compraram para a viagem,
Nos pequenos objectos que, na véspera («Lá me ia esquecendo» dizem, e era uma coisa inútil)
Compraram de noite numa loja feérica cheia de malas de couro e que ia fechar...
Ah, com todos os nervos de toda a gente, os meus nervos vibram...
E com os estremeções das máquinas do navio, e com o estralejar da bandeira ao vento
E com o túmido tremor das enxárcias e com o ondular dos toldos
E toda a minha alma é uma dolorosa vibração física em ritmos de mim).
Vida cosmopolita atirada aos quatro ventos...
Vida de tanta gente real a bordo de tantos navios...
Embriaguez de lidar com outra gente e saber que eles existem e têm vidas passadas, preparadas, gozadas,
Sofridas, e tão curioso o traje, interessante a moral, de cada pessoa,
E tão cheio de enigmas e de metafísicas o modo como falam, como riem, como arranjam o cabelo, como se entendem uns com os outros...
Sensação metafísica das outras pessoas e das suas realidades, e do seu décor...
Ó doença humanitária dos meus nervos vibrando cheios de outras pessoas,
Volúpia de gozar e sofrer através de hipóteses dos outros...
E eu ser só eu, só eu eternamente, e não ter outras vidas senão a minha!
Como se tocassem o fado de repente à meia-noite numa aldeia na América do Norte,
Um fatalismo metafísico com os nervos de toda a gente vibra em mim a cada momento
Quando reparo cosmopoliticamente nos outros, e ouço várias línguas
E vejo nos gestos e nos trajes — que parecem idênticos mas são tão diferentes — várias pátrias, vários costumes,
E entre vejo lares diversos, vidas comerciais complexas, amores desconhecidos, mas de cidades que desconheço,
Tudo como num animatógrafo num teatro do tamanho do Universo,
Onde se soubesse que acabava o mundo e saindo para fora,
Não há casa para onde se regresse, nem automóvel que nos leve para um lugar qualquer,
Mas a Noite Absoluta, e Deus talvez como uma Lua Enorme significando"
 
Fernado Pessoa - Álvaro de Campos - com as malas feitas e tudo a bordo

Juromenha Parte 2

 
Juromenha Parte 2
 
Olhei para trás para ver quem me tinha abordado; Era um rapaz novo, talvez pela minha idade; Bem mais alto do que eu, esguio e bem constituído. O seu cabelo era muito curto e louro escuro. E por detrás da sua barba mal feita, o seu sorriso era doce, parecia tão verdadeiro que foi a primeira coisa que me saltou à vista no instante que olhei para ele. Mas mais belo ainda, era o sorriso, que passava para o seu olhar meigo e terno.
Os seus olhos eram verdes, mas não era um verde normal, fazia-me lembrar o mar de uma daquelas ilhas paradisíacas. Eram bastante fora do comum.
Envergava uma camisola de algodão simples, branca e de meia manga . Tinha um fio ao pescoço, atado com um cordão preto, e gravado num género de ferro derretido, parecia estar uma árvore. Percebi que não era uma árvore normal, mas não conseguia ver em detalhe o que era, estava demasiado longe. No entanto, tinha a sensação que já tinha visto tanto aquele símbolo,e também, aquele olhar. Esforcei-me ao máximo para que esse facto passasse completamente despercebido.
Vestia umas calças castanho escuras e à volta da cintura, tinha um cinto onde tinha presas algumas ferramentas. Nas suas mãos, que pareciam sujas devido ao seu trabalho, trazia uma espada que brilhava como se tivesse sido acabada de ser feita. Olhava para mim com um desdém divertido e curioso. Sorri, e naquele momento, o sorriso dele, iluminou toda aquele lugar de luz. Havia muito tempo que não o via.
- Sim, talvez, não… Não preciso de nada, obrigada. Estou apenas a... ver. – disse tentando parecer muito interessada nas espadas que estavam à nossa volta.
- Estou um pouco surpreso de a ver aqui. –admitiu.
- Surpreso? Mas… Porquê?
- Não sei. – disse passando a mão pela cabeça. – Não me parece ser o tipo de rapariga que se interesse pelo tipo de coisas que tenho aqui na loja. – disse olhando-me de alto a baixo.
Aquela constatação irritou-me um bocadinho para ser honesta. E oh se ele estava muito enganado sobre a minha pessoa.
Desde sempre que tive um enorme fascínio não só pelos tempos medievais, como também por todo o género de armas e armaduras inerentes àquele tempo. Adorava olhar para as espadas poder aprender como manuseá-las, e quando imaginava que parte de mim de alguma forma pertencia àqueles tempos, sempre me vi como sendo uma das rebeldes que se aventurava em direcção ao desconhecido e que não tinha medo de uma luta. Olhei para ele, e agarrei numa das espadas que estava em cima de uma das mesas:
- Cuidado... – disse.me preocupado quando a tirei do sitio. Talvez estivesse com medo que a deixasse cair no chão. O que não ia acontecer, e eu... bem, eu de alguma forma, sabia isso.
Olhei-o nos olhos, e sorri aproximando-me um pouco mais em tom de desafio.
- Pois bem. – disse a rir como se estivesse a fazer troça de mim. – largou a espada que tinha na mão e foi buscar outra, fazendo-a rodar na sua mão.
Aproximou-se mais também, mas, durante algum tempo, percebi que me estava a testar andávamos à roda da sala a olhar um para o outro à espera do primeiro ataque.
Por algum motivo, estava confiante que ele pensava que eu estava a brincar, ou que ia desistir da ideia. E isso, deu-me tempo de avançar sem pensar duas vezes, surpreendendo-o. Quando voltou para o contra-ataque, percebeu que não o ia deixar ganhar assim tão facilmente, porque logo de seguida ripostei e ele sorriu enquanto eu o tentava desviar o seu ataque para o lado oposto de onde me encontrava :
- Já percebi que me enganei. – afirmou enquanto dava um passo atrás.
- Pois parece que sim. – concordei surpreendida comigo mesma, mas ao mesmo tempo, tentava parecer que estava muito segura de mim mesma.
- Estás de visita ao castelo ou moras cá? Tenho a sensação que já te tinha visto antes.
- Pelo menos não sou a única. – disse entre dentes. – Não, não sou daqui, estou de passagem. – pousei a espada de novo na mesa.
- Não vale a pena, vou ter que trabalhar nela novamente. – disse agarrando-me na mão.
Olhei para ele, e assenti dando-lhe a espada para a mão.
Costuma dizer-se que o olhar é o espelho da alma, ao olhar para os seus olhos via um mundo de emoções, de histórias para contar, um mundo que... sabia que em outro lugar já tinha conhecido. E talvez, esta fosse a prova que não estava tão errada quanto pensava.

Continua
 
Juromenha Parte 2

O Sussurro

 
O Sussurro
 
 
È estranho entrar pela porta desta escola, vaguear por estes corredores e olhar em volta enquanto sou invadida por memorias de um passado que me parece tão distante. Memórias que me fizeram rir, chorar, acreditar ,perder a esperança. Mas todas elas são parte de mim. Vejo o que ficou para trás, mas também tudo aquilo que este lugar me trouxe para usar no meu futuro. Olho para cada recanto, e não existe lugar que não tenha uma história para contar... Se estas paredes falassem... Entrar aqui, é como entrar numa cápsula do tempo, As salas e as mobílias são as mesmas, mas cheira a tinta fresca, foram pintadas de novo. Apenas as pessoas mudaram, e talvez seja isso que torne tudo um pouco diferente. A vida mudou, o tempo não esperou por ninguém, nem as pessoas que faziam parte dele. Apenas algumas permaneceram. E mesmo assim , não consigo deixar de ter um sorriso aberto e espontâneo de verdadeira alegria em estar aqui. Porque por mais que o tempo passe, este lugar é um pouco meu e em todo o lado que toco, existem flashbacks de momentos que nunca esquecerei.
Acho que estou pela primeira vez completamente sozinha numa sala de aula enquanto escrevo. Sem ter que me preocupar que a “contínua da escola” venha reclamar comigo que não posso estar ali. Mas mesmo assim sinto-me como uma miúda a quebrar uma regra indiscutível. E é tão bom sentir-me assim. Sinto pela primeira vez em muitos anos aquilo que já não sentia já desde aquele tempo: motivação, energia, concentração, vontade de pôr á prova as minhas capacidades, e dar o meu melhor para além daquilo que penso ser possível. Ansiedade por mudança e por um futuro escolar bem melhor do que tinha.
E isso leva-me a pensar sobre o passado e o presente. A pensar em todos os contratempos, ao facto de ter demorado a estar aqui novamente, e cheguei á conclusão que não me arrependo do tempo que demorei. Porquê?
Porque simplesmente antes não tinha que ser, porque todos os eventos da nossa vida acabam sempre por nos levar ao lugar onde realmente deveríamos de estar. Mais tarde ou mais cedo damos por nós a pensar no quanto estamos felizes de ter tomado aquela decisão e a termos a certeza e a convicção do que queremos. E isso é estar no lugar certo na altura certa e quando tem que ser. Não quando os outros querem ou nos exigem isso porque de acordo com a sociedade ou de acordo com as crenças de cada um tem que ser, ou até mesmo por vezes quando nós queremos. Mas sim quando a altura é a verdadeiramente certa.
Por isso hoje era suposto eu estar aqui. A tratar do meu futuro, onde fui realmente feliz, e onde tudo parece fazer sentido.
Subo as escadas, olho para aquelas paredes, para aquelas portas, e numa delas vejo uma pequena luz. Aproximo-me da porta devagar, e pouso a minha mão na maçaneta da porta. Quando a abro oiço o sussurro de Damião de Goes.
“Bem vinda de volta!”
 
O Sussurro

“Vale sempre a pena quando a alma não é Pequena. "

 
“Vale sempre a pena quando a alma não é Pequena. "
 
Vale sempre a pena, quando a vida por mais voltas e reviravoltas que dê, acabamos sempre por aos poucos e poucos conseguir descobrir o nosso lugar, descobrir quem somos, o que gostamos, o que queremos para a nossa vida. Vale sempre a pena, atrevermo-nos a sonhar, a imaginar, a criar, a dizer aquilo que nos vai no coração, e a descobrir o mundo que nos rodeia aprendendo um bocadinho cada dia mais e mais. Nunca é tarde para aprender algo novo , para gostar de algo novo, para descobrir novas metas, para perceber que afinal havia algo ali mesmo ao nosso lado que gostamos e não sabíamos (como um livro e um poeta chamado Sr Fernando Pessoa XD ) e que apenas tínhamos que abrir essas páginas para o nosso mundo se transformar.
Aprendemos durante uma vida inteira, e nunca devemos parar de o fazer. Aprender, é a melhor coisa do mundo, abre-nos portas para aquilo que anteriormente não fazia qualquer sentido, mas agora, passou a fazer. Vale sempre a pena, adquirir conhecimentos que nunca antes tínhamos adquirido, aprender ainda mais sobre aquilo que já tínhamos conhecimento, mas que na verdade, não sabíamos tanto assim. Conhecimento nunca é demais.
Vale sempre a pena passar mensagens positivas, sorrir, fazer rir, viver, e descobrir o mundo à nossa volta. Porque por vezes nos sítios e das formas mais engraçadas e improváveis acabamos por encontrar pessoas que marcam a diferença na nossa vida e no nosso dia-a-dia para melhor. E que nos transportam não só para o seu mundo, como também acabam por nos transmitir, algo que muda a nossa perspectiva, e nos deixa com um sorriso.
Vale sempre a pena, quando na verdade, descobrimos que apesar de o mundo não ser propriamente um lugar fácil de viver, ainda existem pessoas que marcam a diferença, e que por vezes, talvez sem se aperceberem tornam o mundo dos outros um lugar bem mais divertido bem mais sorridente e bem mais fácil de se viver.

"Vale sempre a pena, quando a alma não é pequena."

Obrigada professora e amiga AlmaMater e amigo Namastibet (Jorges) Por terem aparecido na minha vida, cada um à sua maneira, e por tornarem os meus dias mais felizes e com um sorriso.

Beijinho.
 
“Vale sempre a pena quando a alma não é Pequena. "

Para AlmaMater

 
Para AlmaMater
 
Saudades que tinha destes bocadinhos assim, em que agarro numa folha e no papel e me perco... Sem pensar muito... Esquecendo-me do tempo, Vivendo as palavras que voam pela folha de papel. Recordando, cada história, cada momento que passei, cada lugar que é parte de mim. Cada coisa que me inspira e faz com que respire cada vez mais a escrita e a vida.

Obrigada pela motivação e Inspiração para continuar. Beijinho Grande.
 
Para AlmaMater

Fugir à Realidade - Harry Potter Tributo.

 
Fugir à Realidade - Harry Potter Tributo.
 
Gosto de livros de Fantasia que me transportam para um mundo bem distante da nossa realidade.
Aqueles livros que, quando começamos a ler, automaticamente conseguimos ver diante dos nossos olhos a ação que se está a desenrolar. Por isso, não me canso de ler Harry Potter.
Gosto de me imaginar a percorrer os corredores da escola de Hogwarts e a transgredir as regras impostas pelo senhor Filch ou, pior ainda, pelo professor Snape que acabava de aparecer no topo da escadaria, a olhar para mim com cara de poucos amigos.
Imaginar que poderia passar horas a fio, sentada na torre de astronomia, a ouvir as histórias que o professor Dumbledore, já na sua idade avançada, me poderia contar...!
Ou, talvez, fazer parte do exército de Dumbledore e lutar lado a lado com Harry, Ron e Hermione, para vencer Voldemort.
Cada vez que leio estes livros, não me chamem, porque, muito provavelmente, não vou ouvir.
Vou estar distante, de mãos cravadas na capa e a ouvir as vozes das personagens a falar aos meus ouvidos. Como diria J.K.Rowling, \"Hogwarts estará sempre aqui para vos dar as boas vindas.\"
 
Fugir à Realidade - Harry Potter Tributo.

Rever-te

 
Rever-te
 
A vida muda,e transforma-se. A nossa perspetiva daquilo que somos e que queremos para nós e para o nosso futuro muda com o passar dos anos e com a experiência que ganhamos. Conhecemos pessoas, algumas que passam e ficam. Outras que são momentâneas. Ou então aquelas que de uma forma estranha, fizeram parte da nossa vida, da nossa história mesmo sem que saibam o que o fizeram.
Existem memórias que ficam por mais que o tempo passe. Memórias essas que nos fazem sentir felizes, que relembram outros tempos e que nos transportam para pensamentos e ideias que apesar de agora se mostrarem completamente diferentes, na altura faziam pleno sentido. Tu és uma mistura de tontice, juventude, e embaraço. És uma mistura de mistério que ficou sempre por desvendar e de uma curiosidade que no fundo, se calhar, não tem mistério algum. Ou talvez tenha, aquele que criamos nas nossas cabeças quando olhamos para alguém e fazemos mil e uma perguntas a nós próprios sobre essa mesma pessoa com quem nunca trocámos uma palavra a não ser um cordial bom dia.
És uma memória de tempos bem passados em que me diverti, que me ri, que me senti como uma miúda a percorrer os corredores em busca de um encontro imediato antes de voltar ao trabalho. E para ser honesta, apesar de ter pensado em ti, nunca pensei que te voltaria a ver. Sorria, brincava sobre isso, mas longe de mim. Engraçado de tudo isto? As dezenas de páginas que escrevi sobre ti porque me inspiravas. E por isso, Rever-te foi como voltar a um passado onde as coisas ainda não faziam tanto sentido como fazem agora. Mas mesmo assim, consigo sorrir e ficar feliz de teres feito parte dessa pequena passagem da minha vida. Digo-te o porquê. Porque despoletou em mim uma das minhas grandes paixões, a escrita, a vontade incessante de escrever, de sentir aquilo que escrevia e de viver o momento mesmo sabendo que estavas perto mas tão longe. Obrigada por seres a pessoa especial que me inspirou naquela altura. Porque ao olhar para o passado e para o presente, e mesmo depois dos gaguejos, das chamadas mal atendidas, de eu ficar vermelha como um tomate, mesmo assim... ao olhar para ti, sinto-me feliz, apesar de mesmo muito embaraçada. Porque foste daqueles que passou pela minha vida sem saber, ou talvez a aperceberes-te que algumas pessoas à tua volta soubessem algo que não sabias e mesmo assim disfarçavas bem, que não era nada contigo. Deixaste uma marca de inspiração, de alegria, de intensa escrita que hoje em dia adoraria ter guardado em vez de deitar fora como fiz. Por isso digo que fiquei feliz de te encontrar de uma forma tão inesperada nos mesmos corredores que partilhávamos há alguns anos atrás. E quer se queria quer não, quando somos inspirados ainda para mais com o desconhecido, ficamos com ainda mais vontade de assim continuar....
Rever-te...
 
Rever-te

Port Washington - O Ar Da Felicidade

 
 
Quando estava em Nova Iorque, morava numa vila que mais parecia ter sido retirada de um dos episódios das donas de casa desesperadas. Era um sitio lindo, cheio de espaços verdes, jardins, casas lindas de pessoas simpáticas e prestáveis e dos meus queridos amigos esquilos que tanto adoro mas que fugiam de mim a sete pés sempre que me tentava aproximar.
Para além disso, a partir do momento em que comecei a conduzir no carro (que todos chamávamos arca de Noé pelo seu tamanho gigantesco), deu também para conhecer um todo novo mundo de supermercados que adorava. Todos os dias depois de ir deixar os miúdos na escola, adorava tomar o pequeno almoço num dos supermercados da rua principal. Todos os dias de manhã eles colocavam pão fresco, queijos, frutas, bolachas, todo o tipo de iguarias para as pessoas experimentarem e comprarem. Assim que entrava, era logo um cheirinho a fruta fresca no ar, misturado com o cheiro de pão quente que por vezes havia tanta variedade que não me conseguia decidir por qual escolher.
Adorava aqueles momentos, em que tinha a possibilidade de passear sem ter que ir para lado nenhum e ver todas as coisas fantásticas que podia comprar e que cá em Portugal nunca tinha visto. Ao contrário do que se possa pensar, aquele até era um supermercado bem saudável e cheio de coisas boas. Mas não era só isso que me levava a ir lá. Eram também as pessoas que lá estavam, a maioria deles eram do México ou de Porto Rico, e até de Espanha, e todos eles eram uma simpatia. Achei engraçado, já me conheciam de me ver ali todos os dias, quando entrava, já estavam a sorrir, cumprimentavam-me com um olá, sorriam, e trocávamos sempre algumas palavras sobre o dia a dia, sobre o tempo, ou sobre as suas vidas como sempre agitadas. E quando me vim embora, não pude deixar de me despedir de todos eles, que tão simpaticamente me desejaram boa viagem e que esperavam que eu voltasse.
Gostava daquele ambiente. Fazia-me sentir calma, em paz. A coisa que mais gostava a seguir de ir a esse supermercado, era de conduzir naquelas ruas. È que, apesar de ser uma vila cheia de vida, era fácil de conduzir, e a paisagem, apesar de sempre a mesma, inspirava-me todos os dias como se fosse o primeiro dia. Deixava-me de sorriso nos lábios.
As ruas são largas, com espaço para toda a gente. (menos para mim que ainda hoje não sei bem se media suficientemente bem as distâncias no que tocava á arca de Noé que.. desculpem ao carro que conduzia hehe. )
Na rua principal, todas as lojas eram do mesmo tamanho e dentro do mesmo estilo, os edifícios com paredes castanhas ou cremes e com um toque de antigo e rústico que conjugava com a antiga igreja, assim como também, com todo um ambiente que parecia tornar aquele lugar tão familiar. Não havia nada que não houvesse naquele lugar, mini-mercados, lojas de roupa, drogarias, farmácias, restaurantes, um café com umas bagels maravilhosas, lojas de antiguidades que me deixavam colada á montra, cafés, gelatarias de deixar qualquer um de barriga cheia apenas por olhar, uma biblioteca linda e claro Dunkin Donuts que não podiam faltar hihi.
Mais a baixo, a marina... ah a marina... cheia de barcos lindos, rodeada de casas com marinas privadas como aquelas que vemos nos filmes. Parece um sonho ver ali o pôr do sol enquanto ouvimos o som dos barcos a atracar ou então a levantar vela. Adoro aquele lugar. Várias vezes me sentei ali a comer um Donut a beber um belo de um chá, e a observar as pessoas a passar. Desde que ali cheguei até ao meu ultimo dia, sempre me senti em casa.
Port Washington, é um lugar cheio de ruas onde se pode caminhar sem qualquer problema. Quase fazem lembrar as de uma pequena grande aldeia onde existem milhares de sinais de transito que não permitem aos condutores andar mais do que a 30 km hora. E ai de quem quebrar essas regras se a policia estiver por perto o que acontece a maior parte das vezes. Achava engraçado vê-los escondidos por detrás dos arbustos como nos filmes.
Gostava de percorrer aquelas ruas a pé. Ainda fiz algumas caminhadas, e ainda me perdi algumas vezes, inclusive de bicicleta. E dessa vez, quando dei por mim, estava literalmente do outro lado da vila. Mas adorava observar aquelas casas tão bonitas, tirar fotografias, observar os vizinhos que tão simpaticamente diziam sempre bom dia, falar com toda a gente, e respirar um ar que para mim me parecia sempre tão puro. O ar da Felicidade.
 
Port Washington - O Ar Da Felicidade

Saudades da Partida.

 
Saudades da Partida.
 
Gosto deste lugar... de me sentar perto das partidas ou chegadas e de em silêncio observar tudo em meu redor.
É o sitio onde tudo acontece, onde todas as emoções se soltam e transparecem em cada uma das pessoas que por ali passam.
É um sitio cheio de emoções, onde toda a gente tem mil e uma histórias para contar,e outros, preparam-se para começar uma nova vida ou uma nova aventura. um recomeço, ou apenas a busca por alguma paz. É visível a ansiedade, a felicidade, a surpresa, a alegria, a tristeza, a incerteza, o misto de todas estas juntas e tantas outras que por vezes evitamos expressar.
Gosto de ver os sorrisos, os abraços apertados e intermináveis, as lágrimas de alegria. Os acenos com convicção, ou até aqueles, que nem olham para trás tão grande é a vontade de partir. Gosto da correria, da busca pelas malas, gosto de ver e rever a preparação de um avião para a sua partida. Mas mais do que tudo isto,
tenho saudades da partida, da noite que antecede a partida, de ansiar pela chegada ao destino... Tenho saudades da espera, de todas as burocracias, que para mim até são bem divertidas. Tenho saudades da viagem, de não conseguir dormir no avião, de falar com o passageiro que está sentado ao meu lado. De entrar naquele lugar mágico que nos transporta tão rapidamente para o lugar dos nossos sonhos. Tenho tantas saudades...
 
Saudades da Partida.

Mundo Frio

 
O mundo está cada vez mais vazio e frio, quase ou tão mais frio quanto a temperatura lá fora. Os sentimentos passaram a ser calculados de acordo com o que o outro tem ou pode ter para oferecer, em vez de ser de acordo com o que se sente e o que a pessoa nos transmite, e o que lhes podemos transmitir. Quanto mais olho á minha volta, mais vejo que a palavra amizade ou amor se tornaram uma coisa tão banal e tão distante daquilo que realmente significa.
Parece mentira, quando olho para trás, nos meus tempos de miúda, e me lembro de pensar que as amizades seriam eternas, que nunca nos separaríamos, que seriamos “amigas/os forever”. Que nunca na minha vida poderia viver sem aquela pessoa, ou sem aqueles momentos em que as lágrimas e os sorrisos eram partilhados com tal intensidade que parecia que a nossa vida ia acabar ali.
Recordo-me de momentos em particular, em que senti exactamente isso… que tinha uma amizade para sempre, em que tudo parece tão puro e tão belo. Pergunto-me hoje em dia onde andam essas pessoas que nunca mais vi, ou se as vi, pergunto-me se elas se esqueceram de avisar que não iam voltar.
Agora vê-se muito os amigos dos copos que só se lembram de ti quando queres sair e tens o carro para os levar, os amigos que quando precisam de um favor é que falam contigo, porque de resto o teu telefone não toca uma única vez, e se ligas é como se nunca o tivesses feito. Os amigos das conversas da treta, os amigos que só porque são de infância sentem-se obrigados a ter conversas de circunstância. Os amigos, que quase… mas mesmo quase assumirias que iriam estar contigo o resto da tua vida, e depois… E depois cais em ti. Cais na real e percebes que muito mas mesmo muito poucas coisas são eternas, puras e verdadeiras sem segundas intenções. Perguntas-te porquê? Dizes que não é bem assim… negas o que vês diante dos teus olhos. Então faço-te a pergunta, onde é que estão quando verdadeiramente precisas de alguém? Onde é que estão essas pessoas quando a vida te trai? Quantas dessas pessoas que passaram, ou que ainda estão na tua vida, estão realmente para ti tanto quanto estás para elas? Para te ouvir, para te dar um verdadeiro ombro amigo? Para se lembrarem de ti, mesmo quando não precisam de te pedir nada … Quantos ouvem os teus gritos, mesmo quando gritas em silencio…Quantos pensam em ti e falam de ti de forma verdadeira sem se preocuparem com o que vestes com o que tens com que carro ou casa tens, ou em como o que pode ser vantajoso para eles ter-te na sua vida? Quantos te viram as costas e defendem-te com garras e dentes porque realmente gostam de quem és?
O mundo está a tornar-se cada vez mais frio e vazio… mas a vida é mesmo assim, feita de descobertas que por vezes não são fáceis. E cada vez mais vejo que mais vale muito poucos e bons, do que muitos, com quem na realidade nos sentimos vazios, sem que nos sintamos preenchidos de alguma forma. A vida é tão curta, deixemos apenas aquilo que realmente é verdadeiro nos nossos corações, deixemos apenas quem nos faz bem, e o que nos faz bem. Não somos obrigados a carregar um fardo que não significa nada para nós, nem para nós nem pelos outros. Não somos obrigados a demonstrar um sorriso quando não sentimos sorrir, não somos obrigados a amar quem não nos ama e quem não nos quer bem. E muito menos somos obrigados a manter essas pessoas, ou coisas na nossa vida. Já dizia o outro, para poderes voar, tens que deitar fora a porcaria que te prende ao chão.
 
Mundo Frio

Escrever

 
 
Desde miúda que me lembro de ter imaginação para dar e vender. Sempre me entusiasmei muito mais do que toda a gente á minha volta no que tocava a séries, filmes e todo o seu mundo envolvente. Gostava e ainda gosto de me sentar em frente á televisão e ao computador, e analisar cada detalhe de cada personagem, das suas reacções com as outras pessoas, imaginar a sua história que naquele momento não é a que estar a ser contada, imaginava mil e uma situações diferentes que poderiam acontecer àquela personagem e como é que esta mesma reagiria. Gostava de ver todo o espaço envolvente, as suas localizações, de ver fotografias e vídeos para ir ao detalhe de ver coisas que mais ninguém reparava. Lembro-me por exemplo que passados todos estes anos, quando cheguei a Nova Iorque, sabia exactamente qual era a marca de água que havia sempre no frigorífico do Joey na série F.R.I.E.N.D.S. “AMIGOS. E se me perguntarem ainda hoje sei.
Sempre fui assim, e espero sempre continuar a ser. Gosto de sonhar, gosto de imaginar, gosto de criar as minhas próprias histórias, gosto de imaginar personagens minhas inseridas nas séries e filmes que tanto gosto (fanfiction), e gosto de escrever sobre o que já vivi, e o que passei, gosto de inventar as minhas próprias histórias, gosto de escrever para o os outros. Lembro-me que quando andava na escola, escrevia textos enormes sobre os meus amigos e depois oferecia-lhes esses mesmos textos que depois ou ficavam com eles, ou então se fosse um casal, davam um ao outro de presente. Mas de todas estas coisas as que mais gosto é mesmo de escrever as minhas próprias histórias e de escrever fanfictions. Dá-me um gozo enorme, faz-me sentir que nem que seja por momentos, á minha própria maneira, consigo fazer parte daquele lugar e daquele mundo. Pequenas coisas que me deixam feliz. Uma distracção do mundo, uma alegria.
Não me lembro do exacto momento em que há três anos atrás deixei que me roubassem este gosto e esta paixão pela escrita e pelo mundo das séries e filmes, e até pela musica. Sei apenas que o fizeram. Sei que deixei que sugassem toda a vontade que tinha de ouvir musica, escrever, de ler, de inventar as minhas histórias de sonhar com o que sempre gostei e até de escrever para descarregar todas as emoções que me assolavam naquela altura.
Deixei de acreditar que o era capaz de o fazer, e aos poucos e poucos, cada vez que olhava para a folha em branco, em vez de sorrisos, eram lágrimas que caiam porque o bloqueio era tanto que não me permitia escrever nem as primeiras palavras de uma frase. Haviam palavras que ecoaram na minha cabeça durante tanto tempo, que em vez de acreditar no que o meu coração me dizia, acreditava sim, nas palavras maliciosas que me eram ditas quase diariamente. Sentia-me triste e frustrada, e cheguei mesmo ao ponto de me querer livrar de tudo o que fazia parte do meu imaginário. Dvd’s de séries, livros, filmes, musica... De um momento para o outro, tinha o meu espaço e o meu quarto completamente vazio. Sentia tanta raiva de tudo aquilo que só de olhar para as coisas ficava chateada. Deixei de gostar de imaginar, de pensar no que quer que tivesse a ver com algo que não fosse real.
Algum tempo depois deste e muitos outros acontecimentos que mudaram e marcaram o rumo da minha vida, lembro-me de estar em casa ainda na Alemanha e de sentar-me em frente ao computador e de pensar que me apetecia ver uma série daquelas do meu passado que tanto gostava. Já há muito que não tinha essa alegria.
Lembro-me que passei o dia inteiro a ver essa mesma série, a rir, a sorrir, a viver aquele momento de uma forma feliz e verdadeiramente entusiasmada sempre como se fosse a primeira vez. E voltei a sentir-me bem mais feliz e com aquela sensação estranha no estômago que me era tão familiar de querer escrever.
Uns dias depois, fiz a minha primeira tentativa de voltar a escrever. Não é que tenha sido propriamente bem sucedida nem á primeira nem á segunda nem mesmo á terceira. No entanto, a diferença é que não desisti de tentar,e com o tempo, escrevi as primeiras páginas do meu segundo livro.
Aos poucos e poucos, percebi uma coisa que considero bastante importante. É que toda esta fase em que estive sem escrever, foi importante para mim. Pois quando voltei, voltei ainda com mais força, motivação e empenho. Voltei ainda com mais ideias, com uma perspectiva diferente da vida e daquilo que me rodeava, e com ainda mais imaginação. Com mais alegria, com mais ideias, e sobretudo com uma vontade enorme de fazer o que sempre gostei escrever. Lembro-me do dia em que já cá em portugal, agarrei nos dvd’s todos do Harry Potter e passei uma tarde inteira com uma amiga minha a vê-los todos! De trás para a frente, de frente para trás e sem me cansar um único segundo. Tenho 27 anos. Sim tenho, mas isso não me tira o meu direito de sonhar, de ser imaginativa, de ser criativa, de me inspirar com o que gosto e de ser feliz assim. Tenho noção do mundo real e do mundo da imaginação, e nada melhor que todos nós termos um pouco de crianças em nós.
Lembro-me do dia em que repus tantas coisas no meu quarto, e quando olhei para todas elas, fiquei feliz. Porque sabia que algures no meu coração elas nunca tinham saído de lá. Apenas precisava de uma pequena ajuda e motivação para voltar. Pode parecer parvo, estúpido ou sei lá. Mas escrever é parte de mim, é parte da minha alma e de quem sou. Amo a escrita como amo respirar.
E a minha mensagem para todos vocês que aqui estão é, nunca mas mesmo nunca deixem que ninguém vos tire aquilo que tanto vos é especial. Continuem sempre a lutar por aquilo que sonham, por aquilo que gostam, por tudo aquilo que vos faz ser únicos e como vocês são. Nunca deixem que vos roubem o sonho, a imaginação, a motivação, o sorriso, a alegria, a vivacidade a musica da vida, do coração e o vosso gosto pela musica em geral. E nunca deixem que vos digam que o que vocês gostam de escrever ou ler é errado. Somos todos diferentes, todos podemos aprender uns com os outros, e transmitir positivismo e alegria uns aos outros mesmo quando não concordamos com uma opinião, ou quando não gostamos de algo. Mas podemos compreender, e nunca deitar a baixo só porque temos uma ideia diferente! : ) Uma coisa é ajudar a melhorar seja de que forma for todos nós aprendemos uma vida inteira. Outra coisa, é fazerem com que vos tirem o que é mais precioso apenas de forma maliciosa. Acreditem sempre em vocês e naquilo que mais gostam. Nada melhor do que ser feliz com as coisas que nos fazem felizes!
Obrigada á minha professora Alma Mater por me trazer para este blog, pois foi aqui, que voltei a escrever pequenos textos sobre o que me vai na alma. Era esse o pedaço que faltava em mim. :)

https://www.youtube.com/watch?v=VxoHq8G2byA
 
Escrever

Adeus 2014 Bem Vindo 2015

 
Adeus 2014 Bem Vindo 2015
 
 
2014 foi sem duvida alguma um ano de muitas mudanças, descobertas e aprendizagens. Costuma-se dizer que quanto mais o tempo passa, mais vamos aprendendo, vendo coisas que antes não víamos, e vamos ganhando outra visão sobre o mundo e aquilo que nos rodeia.
Posso dizer sem sombra de dúvidas, que este foi um desses anos. E a maioria da aprendizagem que tive durante este ano, posso leva-la para uma vida inteira comigo e utiliza-la para situações futuras. Como diz o velho ditado, aprendemos durante uma vida inteira. Nunca ninguém sabe tudo. E as experiências que a vida nos trás, apesar dos maus momentos, são enriqueceras para a vida inteira.
A vida é de facto uma surpresa, Não só nós mesmos nos conseguimos surpreender, como também a nível profissional e pessoal. Especialmente a nível pessoal onde a maior parte das vezes, é o que nos dá mais complicações e dores de cabeça. Fui surpreendida positiva e negativamente com muita coisa. Mas apesar disso, sinto-me bem.
Algo muito importante que aprendi, é o facto de que temos que dar ouvidos àquilo que a nossa cabeça e o nosso coração nos diz quando sentimos que alguma coisa está errada. Muitas das vezes, estamos certos quando sentimos que algo está mal, e por vezes, em vez de alterarmos, continuamos a seguir um caminho que não é aquele que a nossa mente nos diz que é o certo. Se perceberem isso. Parem, parem enquanto é tempo de alterar essa situação. Ou melhor, nem sequer a comecem. Se não o que é que acontece? Bem... Acabamos por sair nós magoados, e muitas vezes com marcas para a vida.
Aprendi também que não vale a pena (de forma nenhuma) forçar alguém a estar na tua vida quando essa pessoa não demonstra o mínimo interesse de lá estar. Como diria o Harry Potter, é Contra-produtivo e não nos leva a lado nenhum. Acabamos por carregar o nosso peso, e o peso de alguém que não faz o mínimo esforço para estar presente na nossa vida. Nunca devemos ficar com ninguém ou darmo-nos com alguém que não nos faz sentir bem apenas porque sim. Não somos obrigados a sentirmos-nos em baixo, e deteriorados, ou até rebaixados, simplesmente porque gostamos de alguém por mais que essa pessoa nos faça mal. Por isso... Se sentes peso a mais...se não te sentes valorizado por alguém na tua vida, para começar bem o ano, liberta-te do peso desnecessário e segue em frente. Porque em frente é que é o caminho.
Para além disso, aprendi também que a vida não pára. Por vezes, precisamos dos nossos momentos para chorar, para desesperar, para nos sentir em baixo, nem sempre a vida é fácil e todos nós temos os nossos maus momentos e as nossas más experiências todas elas diferentes, umas mais graves que outras, mas que cada um de nós tem que lidar com elas, e todos nós lidamos de formas diferentes com as coisas. Ninguém é igual. (graças a Deus) e todos nós temos diferentes formas de lidar com as coisas. No entanto, o que faz a diferença entre cada um de nós, é como lidamos com as coisas, como deixamos que elas nos afectem. Podemos passar o tempo todo a chorar e a desesperar e á espera que passe, ou podemos depois do momento que todos precisamos para chorar, levantar o rabiosque da cadeira, ou do sofá e fazer algo por nós e para que o nosso mundo e a nossa vida melhore.
Todas as experiências trazem aprendizagem. Especialmente as más. Optei por em vez de deixar que essas experiências me afectassem de forma a não deixar seguir para a frente com a minha vida, se tornassem o total oposto. Passando a vê-las sim como uma forma de descobrir mais sobre mim mesma, sobre os outros, sobre a capacidade que tenho para enfrentar as dificuldades que me são colocadas na minha vida. Cada desafio, é para ser visto exactamente dessa forma. Um desafio, uma nova aventura, um novo obstáculo para ultrapassar que me dará ferramentas para que da próxima vez não volte a acontecer.
Podemos tentar fugir, podemos tentar ficar fechados em casa, tentar ao máximo fugir de todas as situações que a vida coloca no nosso caminho. No entanto, isso não vai resolver nada. Vamos mesmo assim, continuar durante a vida inteira, a ter experiências que nos fazem sentir vivos e felizes, ou aquelas que nos magoam, que nos fazem deprimir e sentir tristes e marcados para a vida. Se não as temos... então é porque não estamos a viver. Todos nós vamos ter desilusões de onde menos esperamos. No entanto, a vida continua.
A vida continua e nós continuamos cá também, e já que cá estamos, vamos fazer usufruto dela da forma mais positiva e alegre que consigamos. Durante a minha estadia em Nova Iorque, conheci um senhor que disse algo que me inspirou e ainda me inspira. O senhor devia de ter uns sessenta e poucos anos, e disse: Menina, na minha vida, já fiz tudo aquilo que possas imaginar, sai de casa dos meus pais cedo, e vivi a minha vida ao máximo. Hoje com 60 anos posso dizer que até agora fiz tudo aquilo que queria fazer, e assim vai continuar a ser até morrer.” Inspiraram-me as suas palavras e é a mais pura das verdades. Podemos não conseguir concretizar todos os nossos sonhos, mas se fizermos por isso dentro das nossas possibilidades, podemos ao final da nossa vida dizer... sim... fiz por cumprir com os meus objectivos e sinto-me feliz.
A vida é uma aventura, cheia de selvas, de perigos, de lugares, e pessoas que por vezes nos levam ao nosso limite e ao limite da nossa sanidade mental e física.
Mas é também objectivos, alegrias, sentimentos positivos que nos enchem o coração, experiências inesquecíveis que guardaremos connosco para sempre e que ninguém mas mesmo ninguém nos pode tirar. Momentos de diversão de descoberta, de vivências que cada um de nós vai ter de diferentes formas mas das quais vamos tirar não só proveito como também boas memórias. Tanta, mas tanta aprendizagem que durante toda a nossa vida não só nos vai ajudar a tornarmo-nos mais fortes como também mais convictos de quem somos e do nosso propósito aqui...
Tudo aquilo que não vale a pena, já não faz falta, pode partir com 2014. Feliz 2015 e bem vindo!

Bom Natal e Bom ano Novo para todos...
 
Adeus 2014 Bem Vindo 2015

As Terças-Feiras já Não vão ser as mesmas.

 
As Terças-Feiras já Não vão ser as mesmas.
 
Estranha esta vida que nunca nos prepara para aquilo que vamos encontrar. Seja o bom ou o mau. Fazemos planos, vivemos o dia um dia de cada vez, mas no fundo, temos sempre uma ideia em nós de como tudo vai ser.
O facto, é que conseguimos ser sempre apanhados desprevenidos, e quando menos esperamos,somos surpreendidos de uma forma tão positiva e verdadeira, que quando pensamos bem, sentimos que tudo valeu a pena pelo simples facto de termos vivido aquele momento, termos encontrado aquela pessoa, ou termos aprendido algo de novo. Valeu o esforço, valeu a dedicação, valeu os sorrisos as lágrimas, valeu cada momento que fez com que chegássemos onde estamos hoje. Porque apesar de tanta coisa, descobrimos na verdade que se tivermos ao nosso lado as pessoas certas, crescemos como seres humanos mais brilhantes interiormente e tudo isso, passa para o exterior.
O ano está a chegar ao fim, mudanças avizinham-se. Mas, sei que apesar disso, nada vai mudar na realidade, vai apenas sim fazer com que possa registar memórias e preparar-me para as novas que virão no ano a seguir.
Apesar de que... As terças-feiras agora já não vão ser as mesmas. E, a verdade é que fui apanhada desprevenida, com uma pequena grande sensação de vazio. Porque a Terça-Feira é o meu dia Favorito da semana. Vou leva-las todas comigo, como memorias dentro de uma caixinha que vou guardar sempre no meu coração.
E apesar de agora as Terças-Feiras não serem as mesmas, a verdade é que sei que delas não levo apenas uma Professora, mas também uma verdadeira amiga, uma estrelinha na minha vida. Mas mesmo assim... Já tenho saudades. Obrigada POR TUDO!
 
As Terças-Feiras já Não vão ser as mesmas.

Mudança

 
Por vezes, nos momentos difíceis, precisamos de passar por certas coisas, viver alguns momentos e conhecer as pessoas certas para que a nossa vida tome um rumo, para que possamos tomar as decisões que precisamos para seguir em frente. Obrigada.
 
Mudança

Pássaro

 
Pássaro
 
È estranha a sensação de ter asas e não poder voar. Estranha a sensação de vazio e ao mesmo tempo de desassossego que se torna maior com o passar do tempo... É estranha esta sensação de mãos atadas como se correntes me prendessem e não me deixassem libertar por mais força que faça.
Sei que de alguma forma estou lá perto mas... mesmo assim... há dias assim em que o perto parece tão longe de alcançar, tão incerto do tempo que vai demorar a chegar... A liberdade de poder voar sem restrições.
Quero sentir o vento, ouvir o barulho da rua, quero ouvir as vozes os sorrisos, quero sentir sorrir não só por fora, mas também por dentro. Quero caminhar sem ter que pensar duas vezes ou ter que olhar para trás, quero apreciar cada momento... E viver sem novamente estagnar no espaço, ou no tempo.

"Sinto-me como um pássaro ao qual cortaram as asas e que bate, na escuridão, contra as grades da sua gaiola estreita" - Anne Frank
 
Pássaro

"Lugar Encantado"

 
"Lugar Encantado"
 
 
Acalmas-me quando me sinto mais perdida ou sem direção. Quando nada parece fazer sentido e a vida parece ofuscada pelas nuvens que teimam a passar de tempo a tempo na vida de todos nós.
Quando estou aqui sozinha, a brisa, que ao de leve me toca na cara, o barulho das ondas a rebentar na areia, o cheiro da maresia, o som das pessoas a conversar bem lá ao fundo misturado com o piar das gaivotas que voam tão perto de mim... O cheiro a pão quente.... a gelataria ao fundo da rua...
Tudo isso é o que me acalma e me faz sentir em casa. Aliás longe de casa, e sim num mundo meu. Apenas meu...
A verdade é que aqui nada acontece e por isso, é tão imensa a sensação de Paz.
Posso descer as escadas em caracol sem ter que pensar que tenho que as voltar a subir? Posso sentir os meus pés enterrarem-se na areia molhada e caminhar mar dentro até sentir o frio por todo o meu corpo? Posso? Sentir o calor do sol que aqui parece tão diferente como se fosse um abraço apertado, um aconchego num dia que quase parece noite e tão pouco solarengo.
Posso? Mergulhar nas tuas ondas, e fingir que é ai que pertenço? Que sensação boa seria essa... O pertencer a um lugar, mesmo que por breves instantes, por breves momentos... Gostava de ser peixe, alga, areia. Alguma coisa. Não me interessa... Quero apenas pertencer aqui. Posso?
Posso saltar para as asas de uma gaivota e sobrevoar todo este lugar sem destino específico. Apenas para sentir a liberdade...apenas para poder respirar fundo?
Posso? Pousar numa rocha, lá bem no alto, sem ter medo de olhar para baixo, e ver o pôr do sol e as cores do céu que não conseguimos ver cá de baixo... Posso?
Volto Amanhã...
 
"Lugar Encantado"

O meu Nome é Emma Swan - Tributo série Era Uma Vez

 
O meu Nome é Emma Swan - Tributo série Era Uma Vez
 
Não foi fácil de compreender ou até de aceitar que este é o meu lar, a minha casa para sempre da qual neste momento, sei, que não me conseguiria afastar novamente.
Passei demasiado tempo sozinha. Uma vida inteira para ser mais honesta.
Tentava pensar constantemente que já não me importava com isso. Quer era normal e que não havia nada nem ninguém que pudesse alterar a minha perspectiva de vida e do que me rodeava. Criei as minhas barreiras, a minha forma de me proteger dos outros, e acho que até de mim mesma e do que sentia... Talvez até, de todas as minhas emoções.
A única coisa da qual tinha a a certeza, é que estava viva, independentemente de tudo o que me aconteceu. Independentemente de não ter ligações e de (acreditava eu) não ter família.
Para mim, nunca fizeram sentido as histórias do Era Uma Vez e os contos de fadas em que os príncipes salvavam as princesas e tudo acabava sempre bem. Acho que cresci demasiado depressa, ao saltar de casa em casa, de família em família enquanto o meu coração deixava aos poucos e poucos de sonhar em encontrar o meu lugar e as minhas origens.
No entanto, na minha chegada aqui, a lógica e a razão, fugiram como areia por entre os meus dedos.
Neguei persistentemente o que via diante de mim. Neguei até ao ultimo instante qualquer ligação com estas pessoas, com esta profecia que dizia que seria eu a salvar o destino desta vila que tão pouco parecia ter de real.
Neguei os meus pais que ao recuperarem as suas memórias, tentavam também recuperar o tempo perdido. E eu, negava qualquer aproximação. Neguei-te a ti pirata... que aos poucos e poucos te aproximavas do meu mundo e sem que desse por isso roubavas meu coração.
As peças, aos poucos e poucos juntavam-se diante dos meus olhos, as evidências de que tudo o que estava a acontecer naquele lugar desde que tinha chegado, levavam-me a crer que estava a ficar louca. Não queria, não podia acreditar num mundo onde as personagens de livros de crianças eram na verdade reais, todas elas interligadas de alguma forma. Inclusive eu...
Nunca acreditei muito no destino, muito menos no que tocava à minha vida incerta. No entanto, quanto mais negava, quanto mais resistia, mais as provas apareciam diante de mim puxando-me para elas, aos poucos e poucos.
Agarrei no livro... Fechei os olhos, e percebi que quanto mais negasse, menos me encontraria a mim mesma. E foi nesse momento que me aceitei, que percebi que estava a fugir da felicidade por medo de a perder novamente. No fundo, acreditava em tudo aquilo que tinha visto e que me tinha sido contado. Mas não o queria admitir porque tinha medo que fizesse sentido. Tinha medo de encontrar o meu lugar... Aquilo que tanto procurei...
É estranho com o medo, o receio, as barreiras que criamos nos impedem de ver a beleza daquilo que temos diante dos nossos olhos. Tinha a minha família, o meu filho, tinha-te a ti, todos a puxarem-me para mais perto de vocês, do vosso coração enquanto eu vos afastava.
Estou em casa, finalmente... Com todos vocês, com tudo aquilo que nunca na minha vida sonhei ter. E tão mais do que aquilo que podia desejar. Tão mais do que aquilo que penso merecer. Mas todos os dias, vocês me provam que mereço. E agora sei, Storybroke é a minha casa, vocês a minha família, e o que quer que seja o meu destino, mesmo que por vezes tenha dificuldade em o compreender. Sei que vos tenho a meu lado para me guiar... O meu nome é Emma Swan, e esta é a minha história.
 
O meu Nome é Emma Swan - Tributo série Era Uma Vez

Nova Iorque (Obrigada Namastibet) :)

 
 
Hoje fui um bocadinho de tudo. Fiz o que queria fazer, o que o meu coração queria que fizesse. Libertei-me dos medos, e caminhei com todo o positivismo e força para fazer o que quero. Fazer e ser quem quero ser.
Dancei, cantei, ri tanto quanto podia, conheci estranhos que nunca mais vou voltar a ver na minha vida, mas que naquela altura... Naquela altura fez todo o sentido estar com eles. Era tão certo e verdadeiro o motivo para estarmos todos juntos. A alegria, a magia daquela cidade que nunca dorme. Estas pessoas... trouxeram tanto num curto espaço de tempo.
Conheci tantos recantos desta cidade que nunca tinha passado ou reparado, e, descobri o quanto ainda tenho para ver. Atrevi-me a ir em diferentes direcções em diferentes ruas, sair da rotina á qual estava habituada e acabei por ser tão surpreendida de forma positiva que a minha vontade era não voltar para casa, e caminhar por tempo indefinido até os pés doerem até já não aguentar mais.
Apanhei autocarros, falei com tantas pessoas de tantos sítios diferentes, por instantes, breves instantes em que o meu coração se enchia de alegria enquanto cantávamos juntos New York New York de Frank Sinatra.
O calor, o vento a tocar-me na face, fez-me sorrir, onde quer que vamos, e onde quer que estejamos, se o nosso coração também lá está, o sol é diferente, o ar é diferente, e o que para muitos é comum, para nós é um sonho. Aproveitei cada segundo, daquele lugar. E, sinceramente não queria que este dia acabasse. Cada momento que passo aqui, só faz com que se confirme aquilo que dentro de mim sabia, mesmo sem o saber. Sou parte deste sitio, é aqui que pertenço, e já cá pertencia muito antes de cá ter chegado.
Sinto-me preenchida com tudo aquilo que esta cidade tem, com a sua cultura, com a forma como vivem, como reagem, como tratam as outras pessoas, e como sorriem, como transmitem essa alegria para os outros. Como a própria cidade em si, tem um carga mágica tão grande, tão pura e tão verdadeira, que vai muito para além daquilo que as pessoas possam imaginar. E tudo isso, faz-me sentir confiante de coração em cada passo que dou.
Na cidade onde tudo pode acontecer, hoje fui a rapariga sortuda que teve uma viagem de oferta num autocarro de viagens turísticas. Percorri a cidade, sem ter que pagar, e não me canso de fazer esta viagem vezes e vezes sem conta. Porque cada lugar, respiro um pouco de mim, daquilo em que acredito. E vivo, no verdadeiro sentido da palavra.
Olhei para as pessoas por quem passava, dançavam, representavam, os verdadeiros e puros Nova Iorquinos que fazem parte do mundo, e que tenho a certeza que se parasse para conversar, passaria horas a saber as suas histórias e das histórias que esta cidade encerra.
Descobri que os polícias de Nova Iorque são pessoas simpáticas, prestáveis, divertidos, com muito bom humor e sempre prontos a ajudar.
Hoje parei a olhar para todas as culturas que me rodeiam e a tentar descobrir quem é quem e de onde são. Chega a um ponto, que já se distingue Nova Iorquinos do resto das pessoas, Destacam-se pela pressa, pelo estilo de vestir simples e prático, ou então pelos ténis que calçam enquanto correm engravatados em direcção ao metro. Passam por entre os carros, mesmo quando o sinal está vermelho para peões. Não há caminho que não saibam, e se for preciso, sabem dizer todos os autocarros, e caminhos a pé que se pode apanhar para chegar onde queremos.
Hoje olhei nos olhos de toda a gente e sorri, não houve uma única vez que não tivesse um sorriso de volta. Apesar de ser uma cidade que nunca dorme, o facto é que ao contrario do que se possa pensar, é uma cidade que enche o coração de quem por lá passa de uma forma indescritível. Sei que nunca encontrarei nada como esta cidade. È única por si mesma e pelo que representa para mim. Aqui, sinto que nunca estou sozinha mesmo que o esteja.
Hoje passei a imponente ponte de Brooklyn de autocarro, recostei-me para trás enquanto via as luzes da cidade a começarem a acender por todo o lado, e diante de mim um por do sol maravilhoso. Foi mais que magia, foi um momento intenso. Vi a nova Freedom Tower, e a estátua da liberdade, símbolo tão grande quanto aquele em que acredito a Liberdade.
Hoje fui criança mais uma vez. Estava no centro de Manhattan, e o Duende Verde dos desenhos animados Homem Aranha decidiu atacar Manhattan. Mas como sempre, o Homem Aranha aparece para salvar o dia. Ali estive, sentada numa cadeira de uma das salas da Brodway a ver o meu herói favorito içar-se pelo ar, por cima das nossas cabeças, a lutar contra o mal, enquanto os espectadores olhavam embevecidos para a cena que tínhamos diante de nós.
Hoje senti-me em casa. Senti-me como nunca me tinha sentido em lugar algum. Esta é a casa que escolhi, aquilo que quero para mim, e aquilo em que acredito. Ès tu minha cidade.
Ai estarei novamente em breve... E desta vez... Para ficar.
 
Nova Iorque (Obrigada Namastibet) :)

Inspiração

 
Inspiração
 
 
Momentos inesquecíveis, em que tudo faz sentido. Em que vivemos cada segundo como se fosse a última vez que temos a oportunidade de o fazer... Cantamos como se não houvesse amanhã. Deixamos nos levar pela emoção, pela verdade da musica... Por aquilo que nos transmites e que faz tanto sentido no meio de um mundo que por vezes não parece fazer sentido algum.
Não me vou esquecer desta noite. Da noite em que me sorriste porque sabias que era eu que tinha escrito aquelas palavras para ti. Porque sabias que toda a força com que cantava naquele momento, é por causa da inspiração que diariamente me trazes enquanto viajo pela tua voz.
Porque já sabias que alguém especial te tinha colocado no meu caminho para que conseguisse ouvir musica novamente.
Obrigada... Mais uma vez, um ano depois, por ainda continuares a ser a minha inspiração, o que me faz sorrir mesmo quando estou triste, o que me faz ter força quando estou mais fraca. Obrigada... Porque o som da tua voz, é meio caminho andado para um dia de luz.´

https://www.youtube.com/watch?v=N0YtvvOxpmg
 
Inspiração