Poemas, frases e mensagens de Peta

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Peta

O cais dos sentimentos

 
O cais dos sentimentos
 
Quando
as emoções forem tantas,
o sentir se junta
a exaltação d'alma,
e as lágrimas invadem
o cais dos sentimentos,
e nada mais há a fazer,
senão, fundir abraços
no calor do abraço.
 
O cais dos sentimentos

Tropa mata tropa

 
Tropa mata tropa
 
Tropa mata tropa
E não ganha nada em troca,
Morrem pela bandeira, dizem…
Bandeira que só sabe brincar ao vento,
Nem verte lágrima por cada tropa que cai.
Caem e voltam a cair tropas, e lá do alto,
Nos hastes que furam o olho do céu,
As bandeiras dançam tango com o vento,
Sem quererem saber dos corpos a enterrar
Por sua culpa.

Peta
 
Tropa mata tropa

O dinheiro corrompe a alma

 
O dinheiro corrompe a alma
 
Ter tanto dinheiro
É ter o diabo n'alma,
Por tantos mendigos se passa,
E nenhuma tostão se deixa tinir
Em mãos estendidas ao vento

Peta
 
O dinheiro corrompe a alma

Chuva amiga

 
Chuva amiga
 
Chuva amiga,
Me dê tuas lágrimas,
Lágrimas que dão vida
À terra poeirenta

Lágrimas parteiras
Que da terra molhada
Dão luz à existência
E perpetuam gerações

Da terra molhada
A vida brota, revitaliza
Pinta de verde os pastos
E dá fartança aos homens

Peta
 
Chuva amiga

Verão e gulosos olhares

 
Verão e gulosos olhares
 
Aí, vem o verão,
onde corpos são entregues ao sol
e aos gulosos olhos,
que buscam o desconhecido,
nos corpos pelados dos banhistas.
Vultos desnudos
dos príncipes e princesas do ocaso,
tornam-se no epicentro dos olhares
afogados em imaginações impossíveis.
corpos lambidos pelas línguas do sol,
expõem tudo ou quase tudo,
e fazem batucar corações,
que levantam poeira nas ondas.

Peta
 
Verão e gulosos olhares

O plagiador e o ciumento

 
O plagiador furta bons poemas
Pra se adentrar furtivamente
No mundo dos poetas,
O ciumento difama bons poetas,
Pra inseri-los no seu submundo.

Se a verdade é pra ser dita,
Dos dois, quem é o pior inimigo
Da literatura?
Se é amante da poesia e da verdade,
Não vire a página sem responder

Peta
 
O plagiador e o ciumento

As guerrinhas

 
As guerrinhas
 
não sei encurtar asas
às sombras
nem podar cabelo rebelde
que de mim se levanta
e tece guerrinhas no pó
dos meus olhos

Peta
 
As guerrinhas

A dor do desamor

 
A dor do desamor
 
Na dor do desamor
Coração chora com vigor
E a alma é banhada de lágrimas
No silêncio de quem desama

Peta
 
A dor do desamor

Careço do teu beijo

 
Careço do teu beijo
 
Eu sou pedaço dum céu
Num jardim sem flor,
Namoro beija-flor
À espera do beijo teu

Nas folhas caídas do jardim
Careço de teu beijo
Pra acalentar este desejo
Que me veste de cetim

Peta
 
Careço do teu beijo

O efeito das sombras

 
O efeito das sombras
 
Sombras são sempre sombras
E nada mais,
Quando assombram a alma
A dor nasce e magoa corações,
É impossível livrar-se das sombras
Elas caminham ao nosso lado
E quando possível, saem das sombras
Pra assombrar destinos prescritos

Peta
 
O efeito das sombras

Querido Tejo

 
Querido Tejo
 
Ó queridoTejo !
Tuas águas cristalinas
Correm pelas planícies
levando maná ao povo
E no teu profundo leito
Trazes vida à vida
Que levo à tua margem

Peta
 
Querido Tejo

Se a saudade for pouca

 
Se a saudade for pouca
 
Se a saudade for pouca
A paixão dissipa-se com o tempo,
O coração esquece o passado
E o amor precocemente morre

Choram corações no silêncio
Sem lágrimas nem lástimas,
E se premedita o enterro do amor
No cemitério dos enfados

Peta
 
Se a saudade for pouca

A beleza e o amor

 
A beleza e o amor
 
Se amas por beleza,
Saiba distinguir
A beleza física da beleza d’alma,
Pois, a beleza física as vezes
Esconde a feiura d’alma

Peta
 
A beleza e o amor

Se é poeta, sabe amarrar palavras

 
Se é poeta, sabe amarrar palavras
 
Se poetizar fosse mero jogo de palavras,
Haveria tantos manuscritos poéticos
Soltos em (in)versos no branco do papel.
Ser poeta é saber amarrar palavras.

Peta
 
Se é poeta, sabe amarrar palavras

Fazer-se de rei

 
Fazer-se de rei
 
Fazer-se de rei,
É apegar-se a elegância
No reino da ganância,
Que desmoronará
Com peso da consciência,
E nada mais de ti esperarei,
Senão da verdade que te julgará.

Peta
 
Fazer-se de rei

Toxina aqui, jamais

 
Toxina aqui, jamais
 
Bramem Espanhóis
Na candura dos Portugueses,
Até resíduos tóxicos
Querem semear à nossa porta

Peta
 
Toxina aqui, jamais

Na ausência das palavras

 
Na ausência das palavras
 
Na ausência das palavras,
Olhos falam
E corações entendem
O que nos vai n’alma,
Isto, se não forem os de ferro

Peta
 
Na ausência das palavras

Siga a luz do Criador

 
Siga a luz do Criador
 
Fervor e Criador
Rimam com o amor,
Deixe florir tu’alma
E com fervor, ama
A vida longe da dor

Não pactue com o terror
Que rima com a dor,
Faça do teu amor
O canto de esplendor

Da luz do Criador,
Renasce teu vigor
E sem pudor,
Siga com fervor
A luz do Senhor

Peta
 
Siga a luz do Criador

O Amor

 
O Amor
 
Hoje quem por amor chora
É porque ama tanto
Ou não soube amar
Quando o amor lhe sorria

Peta
 
O Amor

O colapso da memória

 
O colapso da memória
 
Colapsa a memória dos homens,
Convalesce a sociedade
Sob alçada da impiedade,
Impunidade ganha rosto
Nos rostos da gente do povo,
Que fazem das leis sua propriedade,
E o povo é empurrado para o lamaçal da
miséria

Peta
 
O colapso da memória

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