Somos leves
Somos leves.
E mesmo que vás por aí, leve. Sei que não te vou perder, de vista. Perder a tua presença. Pois sempre te sinto aqui. És a razão de felicidade e sorrisos, do meu corpo. A euforia de te saber minha. De me saber teu. Adoro, tudo em que te deixo fazer parte. E deixo-te fazer parte em tudo. Mas hoje, sou sincero. Que é feito de mim, que é feito de ti... Que é feito de nós? Talvez, nunca tenha havido um nós. Pura ilusão em meu peito. Em meus olhos, sinceros e puros de sentimentos. Sigo igual a mim mesmo. Nada mais posso dar a mim. Do que sinceridade e verdade em todos os meus atos e palavras. Hoje sou maior que ontem, mais do que alguma vez fui. Por isso, obrigado. Obrigado, minha pequenina. Nada forço, nada tento. Será que se eu me distanciar tu me procuras? Não sei, e guardo isso em segredo. Não irei para longe, de ânimo leve e nem por me querer afastar. Às vezes distancio-me de algo, na esperança de ser procurado. Enfim, sorrir, brilho nos olhos e certeza em mim. E seguir em frente. Ser leve e seguir por aí.
Memória
A memória guarda momentos.
Não se apaga com borracha.
Guarda os beijos, desejos e promessas.
Memórias molhadas das lágrimas derramadas.
Memórias felizes de tanto que passamos.
Memórias fugazes de momentos que não voltam.
Memórias que não me largam.
Memórias que ficam como tatuagem.
E cá estou a tornar-nos a memória mais bela de que há memória.
E tudo tem o seu fim.
A dor, o amor, a tristeza, a saudade, a alegria, o beijo, o sonho, a memória...
Até a memória mais marcante se perde por entre outras memórias.
Por isso, vamos construir os melhores momentos de que há memória.
Para que não seja necessário memória.
O jeito dela
É ela, e só ela. Quando passo na rua, é o jeito dela, o rosto dela. Tudo dela. E sigo de carro, até ao trabalho. É ela e só ela. A voz dela, o riso dela. Tudo é dela. O meu corpo, o meu cérebro, o meu coração, o meu respirar....
Dela e só dela. Dela, tão dela. E é ela que assim o quer, sem querer. É o jeito dela, o riso dela, o toque dela, toda ela o sabe. E o que é feito dela? Nem sei, nem ela sabe. Apenas sei que estás nos meus dias, nos meus olhos, nas minhas mãos, no meu peito, no meu corpo, na estrada em que viajo todos os dias. Estás naquela rua em que passo todos os dias, estás naquela chávena que beijo ao beber o café quente que me lembra o calor de teu corpo. Estás em tudo. Ela é tudo. Ela está na cama deitada comigo quando adormeço. Ela visita me nos sonhos. É o jeito dela de ser tão minha. É o jeito dela de me ter tão dela.
Jornada
A vida é estranha. Sei disso.
Sei tudo ou nada sei.
Essa é a história da minha vida. Ou o começo dela.
Bom como iniciar tudo isto. Pensei tantas vezes quando começaria a minha vida.
Vejo todos a iniciarem a sua e eu parecia aqui parado, à espera de nem sei o quê, a sentir sabia lá eu o quê. Bom na verdade nem sentia nada. Ambicionava sempre sentir mais. Ambicionava sempre querer mais.
Mas a verdade mais chocante e engraçada de tudo isto que vejo passar em volta de mim mesmo, é que a vida é esta mesmo. Somos seres perfeitamente imperfeitos. Buscamos não se sabe o quê, queremos sentir tudo o que nunca ninguém sentiu e queremos descobrir o desconhecido. Pois eu sempre me achei um desconhecido para mim mesmo, como a maioria sempre sentiu. Uns estranharam ao inicio e entranharam durante as suas vidas. Pois eu estou numa busca insaciável de mim mesmo, e de todo o desconhecido em mim. A minha vida já começou e farei dela o melhor que sei. Apesar de nada saber, mas procuro o máximo de sabedoria que conseguir. Paz, sossego, felicidade e amor. Tudo consequências do bem estar que conseguirmos atingir de nós mesmos. Talvez eu seja minúsculo num mundo e universo que está em volta. Mas em mim eu sou o tudo que preciso. Nada controlo em minha volta. E na realidade nada quero controlar, não mais que mim mesmo.
A vida é estranha. Sei disso.
Nada sei na verdade.
E nos textos que busco escrever, procuro encontrar mais de mim.
Quando na verdade, quando olho a paisagem lá fora, o tal infinito. A tal busca de mim mesmo e de algo mais além. Vejo que sou o tudo que procuro. Sou a paz, o sossego, a felicidade e o amor de mim mesmo. Nada mais "preciso". Tudo o resto são "consequências" de nós mesmos. Das nossas buscas e conquistas. Um trabalho, estudos, criar familia e comprar uma casa. Tudo rotinas do quotidiano a que vou me adaptar. Mas por fora, serei sempre o rapaz escritor. O insaciável na busca de identidade. Aquele que se procura todos os dias. Aquele que se quer descobrir, aquele que já se estranhou um dia, mas nunca se entranhou. Quero um amor, quero um trabalho, quero uma familia. Mas quero a descoberta de mim mesmo. Quero a conquista de mim mesmo. Não me quero só adaptar a tudo e todos. Quero marcar a diferença. Quero ser pessoa por entre a multidão.
Quero ser Eu.
Nesta jornada e viagem a que chamamos de vida.
Quero ser Eu.
Quero viver e sentir.
Quero sorrir sem motivo, quero viver sem morrer, quero sentir sem ter medo...
Quero caminhar sem destino, mas com paragens pelo caminho. Por "locais" onde sempre me irei encontrar. Já comecei a viagem, e sabes o que te digo? Que viagem alucinante eu estou a viver. Que sempre seja assim. Incerto não sou, nem inseguro, nem me falta a coragem. Somente deixo inspirar em mim o ar de inspiração que o mundo me brinda todos os dias.
Por isso sorri, vive e arrisca. O melhor da vida são as coisas simples. Respirar, acordar num novo dia em que podemos recomeçar. E se os momentos forem bons demais? Bom, somos somente seres humanos, ninguem nos obriga a ser super pessoas, com poderes sobrenaturais. Por isso, sê tu, sê simples, sê humano e sempre muito mais que tudo isso. Corre, salta e arrisca. Faz-te à vida, sem receios nem arrependimentos. Só assim encontras a paz, sossego, felicidade e amor. Em tudo o que és e serás.
A vida é estranha.
Sei disso.
Mas eu adoro tudo isto.
Posso te querer?
Posso te ter?
Posso te querer?
Na maior vontade que tenho.
Quero te ter como sei.
Quero te querer como sei.
Não há forma certa de ser, nem forma certa de querer.
Cada mundo com suas estrelas e sua atmosfera.
Cada mundo com sua própria órbita.
Por isso quero te querer à minha maneira.
O abraço onde só tu cabes por inteira.
O beijo naqueles lábios esculpidos por um artista, feitos à nossa medida.
Duas peças de um puzzle, que apenas encaixam em si.
Sem retoques, nem remendos.
Quero te querer em mim.
Como só eu posso ter.
Por isso pergunto, ao mundo.
Posso te querer?
Posso te ter?
Ter te em mim, no meu ser, no meu íntimo querer e no meu mundo.
Como que pedido por encomenda, feita para mim à minha maneira, de forma artesanal, única como só tu és.
Sem igual, sem repetição.
És a mais bela obra prima jamais feita.
E eu aqui tolo, contemplo-te minha musa, minha perfeição.
És caso raro, de estudo.
És imperfeita em tanto de ti.
Mas perfeita aos meus olhos.
E quero te querer da forma mais perfeita possível.
Por isso quero querer o melhor de mim, para um dia te presentear.
Posso te ter.
E quero te querer.