AMO-TE
Para o “Dia dos Namorados”
Amo-te
Amo-te com um amor tão intenso
Um querer profundo
Uma forma de estranha magia
Mesmo trazendo tanta agonia!
Escolhi a ti para meu namorado
E aconteça o que acontecer
Minha escolha nunca vai mudar
Pois, se’inda estou no mundo é só para te amar!
Meu namorado, meu eterno amante
A tua existência foi um presente do céu
Pois, em pleno Outono de uma vida tão sofrida
Tu vieste de mansinho e me tornaste querida!
Sinto tua presença no ar que respiro
Teu coração de bondade é meu aconchego
Tua voz é meu acalanto
Teus olhos, todo meu encanto!
........................
No meu mundo de sonhos
Eu te desenhei, inventei, reinventei
Que importam nossas limitações?
O que vale é o encontro dos nossos corações...
Regina Reis
Caraguatatuba,12 de junho de 2008
Portugal dos meus sonhos
Portugal dos meus sonhos
Ah! Se eu pudesse nesse barco navegar!
Enfrentava toda tormenta,
Lutava com as vagas
Para aportar em Portugal e viver só para te amar...
(Como te amo português!)
Tua voz nos meus ouvidos,
Com esse sotaque que me alucina.
Fico a pensar em tempos idos
Quando só a leitura encantava a menina...
( Como eu amava teus poetas!)
Oh! Portugal! Amei-te desde muito cedo!
O teu povo, teus fados, tua história.
Esse pequeno país de um povo tão sem medo!
Lendo teus grandes feitos encantou-me tua glória!
( Amei-te sempre Portugal...)
Hoje, cá estou a pensar.
Nesta repentina explosão
Que nada consegue explicar.
Será que veio lá do passado, num eruptivo vulcão?
( Tenho ficado a cismar...)
Há muito havia duas vidas entrelaçadas
Almas que por bem foram vividas
E que um dia se findaram abraçadas
Mas hoje renasceram assim tão floridas!
(Quem garante que não?).
Oh! Mar brasileiro não tão salgado!
Que vontade de te enfrentar.
Cruzar todo este oceano malvado
E o salgado mar português encontrar...
(Para num peito luso me aninhar!)
Regina Reis
Meu doce e querido amor
Meu doce e querido amigo.
Foi uma noite terrível!
Ao mesmo tempo em que um calor intenso percorria meu corpo, um frio, que mais parecia o da morte, gelava-me a alma...
Viro na cama pra lá, pra cá, o peito oprimido, possuído por uma dor aguda, profunda que dilacera o coração!
O preço da desilusão é muito alto, e acabei pagando caro por acreditar...
Primeiro foi o nome... Mentira de primeira, especial! Nike?Nome? Qual o Nike? Qual o nome?
Até hoje não sei. E logo comigo que conheci em detalhes particularidades, intimidades que só na virtualidade podem ser reveladas: carências afetivas, decepções com amigos no trabalho, a falta de amar
verdadeiramente alguém, aquelas vontades repentinas de pular do alpendre...enfim sou testemunha viva de seus mais íntimos desejos..
Ainda bem que, no que se refere ao sentimento, não fui enganada. Eu sempre soube que o meu amor era de mão única, e sou lhe grata por isso...
Quanto ao resto foi simplesmente... o resto... Um simples telefonema de parabéns pelo aniversário foi recusado... Por quê?
Qual o problema? Telefonar para dar parabéns é tão comum, faz parte de uma boa educação.
Este mesmo preceito vale também para receber os cumprimentos. Basta apenas dizer: ”Obrigado!” Tão simples.
Há quase um ano conversando, falando de tudo, coisas sérias, complexas algumas vezes, outras tratando de coisas simples, banais... Ora chorando, ora rindo... Nada disso foi importante... E a coroação de tanto descaso foi patética!
Quando olho suas fotos, ou se ouço suas músicas, conhecendo suas sensibilidades como conheço, não acredito que tenha sido simplesmente descartada, sem mais nem menos, não encontro lógica nisso. “Piadista” é um termo que não posso aceitar, porque prá mim tudo foi terno, grandioso, tanto que durou mais de ano.
Como se tudo não tivesse nenhum valor, num estalar de dedos viro uma simples palhaça atuando no picadeiro da vida!
Sei que não mereço isso, assim vou respirar fundo, subir num pedestal, e levar a minha vida real que deve ser a de uma verdadeira rainha!
Regina Reis
06/08/2007-17h35 m
Queda Livre
Queda Livre
Desisti de todos os meus sonhos
Estou em queda livre...
Já nada mais
sinto
estou
i
ner
te...
Regina Reis
Caraguá,23dejunho de 2008
00h10
Apaixonadamente
Apaixonadamente
Meu amor!
Não adianta te esconderes de mim.
Amo-te apaixonadamente!
Não sei se será para sempre.
Mas hoje posso te dizer:
Meu bem!
Este amor nunca terá fim...
Regina Reis
Carta para meu pai
Carta
Destinatário: Papai
Endereço: Céu
Papai
São tantas as coisas que eu sempre quis lhe dizer que nem sei por onde começar...
Bem, vamos começar pelo fim. Aquele dia que eu o levei para o hospital e ficamos esperando o enfermeiro que o levaria para o quarto, pois a burocracia mandava que você devesse entrar sentadinho em uma cadeira de rodas. E como você riu-se daquilo! Até hoje está bem claro na minha mente, você seguindo naquela cadeira guiada pelo enfermeiro, ao longo do imenso corredor com a carinha alegre, vermelhinha, todo virado para trás, olhando-me com um sorriso debochado e dando um thiau todo carinhoso com a mão! Respirei fundo e voltei aos meus afazeres, certa de que havia cumprido o meu dever de filha.
O que não podia imaginar naquele momento, é que dali a quatro horas, eu voltaria ao hospital para vê-lo, não sorridente, com os olhos brilhantes, mas sem vida, estirado em um mármore frio, ainda com as mesmas roupas que havia vestido antes.
E ali, naquele momento, um filme passou pela minha mente das coisas boas que vivemos juntos e dos dissabores também.
Lembrei-me de quando eu era bem pequenina e acordava na madrugada, quando você fechava o bar e vinha pra casa fazer aquela lingüiça deliciosa no álcool. Eu me sentava sobre a mesa, você pegava o violão, enquanto comíamos e você bebericava, a mamãe ficava muito brava, e você tocava e eu cantava...
Foi com você que eu aprendi a cantar, a declamar aquelas trovinhas tão bonitas, sem contar os poeminhas de crianças, alguns inventados por nós dois...
Pai, como você ficou feliz quando comecei a participar de programas infantis na Rádio Mantiqueira de Cruzeiro, lembra? Aos domingos você nos levava, eu e Neuza, e brigava com minha irmã, porque ela não queria cantar...
Mas em mim, suas palavras faziam efeito. Tanto que acabei gostando do rádio e lhe dei uma grande felicidade quando me tornei locutora da Rádio Aparecida e lá, permaneci por mais de 30 anos.
Sei que fui a menina dos seus olhos, por receber de você dotes artísticos que desenvolvi ao longo de minha vida. Mas sei também que fui o seu tormento por não tolerar o seu modo de vida, voltado para a bebida.
Hoje, vejo que você não tinha culpa. Estava no sangue. Era uma doença, que eu, mamãe e minhas irmãs não entendíamos...E com isso fomos severas por demais com você. Só hoje eu compreendo e peço-lhe que me perdoe e que ore por mim, para que eu entenda o seu neto, sua cópia fiel em tudo, principalmente no trato com a bebida.
Papai cuida de mim, do seu neto. Cuida de nós!
Regina
Teu Anjo
Resposta ao poema de José Régio "Cântico Negro" Teu Anjo
Dá-me tuas mãos,
Segura firme porque vamos cavalgar,
Um cavalo alado nos levará ao infinito...
Mostrar-te-ei quantos caminhos podes ter,
Mas a escolha será sempre tua.
Agora vem, repousa por um instante
Tua cabeça em meu ombro,
Cerra os olhos cansados
Coloca os braços na minha cintura e segura forte
Confia em mim,
vou levar-te até o Sol.
Das lágrimas que juntos derramaremos
Teremos o céu por testemunha!
Nunca mais ficarás sozinho
Nem irás esperar por ninguém e por nada.
Jamais serás abandonado
Pois, as estrelas te darão guarida
E tudo o que pretendes saber
A Lua te dará a conhecer.
Tens tudo de que precisas
Para vencer as barreiras.
Não sou eu que te darei a coragem necessária
Para atravessares a noite escura,
Tu serás teu próprio Norte.
Mas, haja o que houver
Não deixes de viver
Pois, vieste ao mundo
Pelo que há de melhor em ti...
Que tu ames sempre o mais difícil ,
Não importa; cuida apenas de amar.
Faze tuas próprias regras, teus tratados
E sente a carícia da paz a te envolver
Para levemente tua boca tocar,
Deixando nos gélidos lábios um suave perfume.
Os anjos entoarão terna melodia
No céu e na terra todos se rejubilarão,
Pois encontrarás o teu caminho,
Uma estrada reta, silenciosa e florida!
R.R.(00:38)-22/01/2007
Vai-te
Vai-te!
Não posso compreender tuas limitações
Tudo para mim é etéreo e muito vago!
O inevitável pode não ser e nem existe,
Se há a coragem para derrubar os grilhões...
Retiro a louca promessa que um dia te fiz
De a qualquer custo te conquistar,
E, vencedora, ter-te só para mim
Mas, declino desta luta que um dia eu quis...
Chega de insistir nessa guerra tão desigual.
Não vou mais tentar romper as barreiras
Tu foste o grande vencedor afinal!
Agora, vai-te! Recolhe tuas vãs fantasias.
Teu destino é este, mesmo que não queiras
Vai-te! De mim, não mais terás tantas poesias!
Regina Reis
Caraguá,06/09/2008 1H30
Falando sozinha
Falando sozinha
Não sei o que me deu hoje.
Só quero falar com você.
E falo, e falo, e falo...
Falo sozinha, comigo mesma...
Você não me ouve,
Não me sente,
Nem sabe se estou viva ou não.
Até meu nome acho que esqueceu...
Mas meu coração pulsa,
Sua imagem cravada no meu pensamento!
.............
Que bom existir este recanto,
Guardadinho, bem escondido,
Aqui deixo todas as minhas emoções.
Quem sabe, um dia, por acaso
Você passe por aqui,
E, talvez, vendo tudo o que senti,
Pense com carinho,
Só um pouquinho, em mim...
Rê
04/12/2008- 20h57
Mãe
Mãe
Mãe,
Por que você se foi?
Sinto tanto sua falta...
Olho para o céu estrelado e fico imaginando...
Onde você está? Em qual estrela foi se aninhar?
Eu queria Mãe, voar até você,
Me ajeitar no seu colinho,
Me cercar do seu carinho
E apenas ser feliz...
Queria tanto lhe falar deste mundo
Tão seu, tão meu, tão cheio de paz!
Dizer que por aqui tudo continua igual.
Mas qual!
Tudo mudou. O mundo mudou. Não o reconheço mais...
Mãe,
Você sempre foi forte, valente
Olhava para o futuro, via as durezas de frente.
Sempre lutou por tudo o que quis!
E mesmo sem o tudo que pretendeu
Com o pouco que conseguiu, bem viveu,
E foi muito, muito feliz!
Hoje, Mãe, tantas mazelas espalhadas
Envolvem a terra como mantos
Não de bênçãos, mas de desgraças derramadas...
Oh, o que estou a dizer?
Você viu também os desacertos,
Os desatinos, quantos?
Não, o mundo não mudou. Continua, tal como você o deixou...
Regina Reis
Caraguatatuba, 6/5/2009