Poemas, frases e mensagens de Dimythryus

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Dimythryus

O sonho Escafidel

 
O sonho de Bayamo1 chega ao fim.
“Não temai uma morte gloriosa”
Canta o hino
Pois a morte representa nova vida.

A glória do país é incansável
Camuflado o combatente ainda resiste
Diante da águia ensangüentada
Havana2 resiste, chagada a óleo diesel.

Hasteai a bandeira reticente
Escutai o som do silêncio
Ele é a luz do novo mundo
Ele é sinal dos novos tempos.

O sonho escafidel
Mas o que é o sonho se não a idéia
A vontade de existir
Um sonho nunca morre.

Escutai o som é silêncio
Cuba livre, podemos gritar
Correi valentes, correi
O Sonho escafidel.

Dimythryus
21/02/2008
13h55m.

1)Antiga Cidade de Bayamo, atual província de Granma.
2)Capital de Cuba
 
O sonho Escafidel

POR UM MUNDO MELHOR

 
O ponto principal que tem de ser ressaltado é o que verdadeiramente queremos para o mundo, ou antes disso ainda, qual a significância de “mundo”para cada um de nós. Será que o mundo em questão é somente esta circunferência suspensa entre barbantes imaginários, com uma leve tonalidade cinza que ofusca a belíssima coloração azul celeste, não, certamente não parece ser sobre esta visão primária de mundo “distante” o qual me refiro. O que queremos para o mundo, retomemos a questão; um mundo sob o qual me identifico, pois encontro nele partes que fazem parte de meu ser, um mundo que não sou apenas mais uma peça simplesmente, e sim, outro braço que trabalha dia após dia na construção conturbada deste mesmo mundo. Definido o mundo, volte-mo-nos as questões fundamentais a cada braço em seu singular valor. A todos os outros braços que passo a passo edificam canto a canto as extensões de cada novo hemisfério.

Na verdade o que queremos para um mundo melhor é o fim da guerra entre irmãos que se utilizam de justificativas injustificáveis, tais como “guerra santa”, “raça pura”, “antiterrorismo” e etc. Queremos o aniquilamento à instituição do feudalismo medieval capitalista do mundo pós- moderno em que todos somos desumanamente escravizados com nossas carteiras assinadas e condenados a perdermos 90% de nossas vidas atrás de mesas e balcões a fim de suster necessidades muitas vezes asseguradas na Constituição Federal.

Queremos ouvir que as pessoas estão buscando na educação, na cultura ou na arte, aquilo que antes só lhes eram possíveis nas drogas fracionadas, nos maços de cigarros tabelados, nas caixas de psicotrópicos receitados. Queremos ver o fim do salário mínimo, a novela anual do Senado Federal, encenando um aumento de 0,02% ao ano, queremos sim, o fim do décimo terceiro, e quem sabe um dia podermos brindar juntos a conquista de um salário mínimo digno a todos, capaz de fazer jus a Constituição maior deste País. Queremos despertar num dia qualquer e seguirmos a nossos serviços em uma condução que não tenha de optar entre a eficiência e o conforto. Não ver nas ruas pichações ou vandalismo gratuito, mas em dissonância disto a arte urbana, sorrisos e flores nas praças públicas despreocupadas em disputar lugares com sacolinhas plásticas e bitucas de cigarros. Queremos a retomada desenfreada do valor humano, o fim dos bancos preferenciais para idosos e pessoas com necessidades especiais; o reflorestamento da Amazônia, o amor ao próximo, a Paz.
Brasil
Queremos ver o fim dos cargos públicos remunerados, do nepotismo, das vistas grossas, do oportunismo à brasileira, somos completamente a favor da volta do voluntariado político, das eleições abertas, da desobrigatoriedade do serviço militar, o direito a sermos em fim respeitados, a implantação da verdadeira democracia. Não queremos mais encontrar nossas crianças nas ruas, nas lagoas, em parques e viadutos, e é claro, tão pouco vê-los arrastados por entre vias ou arremessados pelas janelas. Queremos dentre tantas coisas o fim dos dízimos e do enriquecimento ilícito divino. Em fim a notícia que almejamos para construção deste mundo melhor, é que isto não seja apenas mais uma entre milhares de redações esquecidas e condenadas a uma gaveta escura e fedida a mofo e sim uma imagem corriqueira no dia a dia de nossas vidas.

21/06/2008
21h25m.
 
POR UM MUNDO MELHOR

Meu café da manhã

 
De manhã, quando o sol desperta
Já me encontra a sorrir e a passar o café.

O galo ao cantar
Já não mais estranha
Sabes que é a manteiga a derreter ao pão.

Ao estender a toalha
Ainda alva, estática na mesa
É meu rosto que vejo.

É a ela a quem pergunto:
Pelo o quê mesmo que me apaixonei?

Olho-me ao espelho
Meu cabelo sem brilho
Preso a grampos enferrujados
Apresenta minha alma
Desbotada e esquecida junto à louça.

Mais um pouco, eles levantam apressados...
Meu bem, você viu minha gravata?
Mãeee, não acho meu caderno!

O leite esparrama ao fogo
E acelerados todos se vão
E junto às migalhas encontro meu sorriso.

Dimythryus
14/01/2007
18h.26m.
 
Meu café da manhã

Niemeyer

 
Desde menino sonhava ser Deus
Pintava o céu e suas plumagens
Intrigavam-me as nuvens-castelas
Com seus traços levemente empoeirados.

Pelas ruas prédios, estacas de paus
Sem vida, retos eriçando meu tormento
Ocultando às rosas tão belas
Delineadas de encanto.

Na verdade não pude ser Deus
Na verdade fui mais longe
Recriei o concreto
E roubei as formas da natureza.

Nas terras de Piratininga
Fiz brotar as raízes do Copam
Sob às pedreiras de Niterói
Uma rosa ali brotou.

Não habito o Corcovado
Pois este a outro Deus pertence
Mais os Campos Gerais eu enxergo
Com meu olho flutuante.

Hoje sou eu e Deus
Deus com seus planetas circulares
Eu, com meus concretos deslizantes
Suspensos entre órbitas celestes.



Dimythryus
14/12/2007
13h32m.
 
Niemeyer

SÃO PAULO NO ANOITECER

 
Ontem à noite na Xavier de Toledo
Dois indivíduos corriam atrás de um terceiro
Um guarda-chuva ousado se joga
Os dois homens alcançam o meliante
O guarda-chuva é agarrado com violência
Um soco no olho se segue a um forte aperto no braço
Olhos ferozes se cruzam
Um quarto homem aparece
Diz qualquer palavra, ameaça
Atravessam a rua
Enquanto um tapa seguido de uma rasteira
Afunda o meliante em desespero
Varias pessoas atônitas, sem saber o que se passa
No ponto acumulam se os ônibus
No Jaçanã, olhares desavisados
Alguns sorrisos, outro aproveita a câmera do celular
E garante o comentário amanhã cedo no trabalho
Um dos homens parece ligar para polícia
Enquanto o guarda chuva é arrastado para outras mãos
Cansados de esperar os dois homens agarram o ladrão desafortunado
Em direção ao Municipal em busca dos soldados
Três minutos depois a viatura passa celerada e incógnita
A fina garoa aquece os maus trapilhos indigentes
Que sem se darem conta do ocorrido, adormecem seus ossos
Encolhidos num canto seco da calçada.

Dimythryus
 
SÃO PAULO NO ANOITECER

Reforma Gramatical

 
Hoje amanheceu tranqüilo
Enquanto eu “tranquilo”
Remôo o destino
Que refaz as coordenadas deste vôo.

Desordenado “voo”
Mesmo aterrissado em cacos
Sustenta a visão
Do vôo ainda perfeito.

Hoje hiperangustiado
Não existe mais nada
A separar angústia de euforia
Isso é a vida que não para (ou será pára).

Em meio esta reforma
Deformadas formas se refazem
Edificando um abismo
Entre o ser e a razão.

Dimythryus
9h14m
08/09/2007
 
Reforma Gramatical

Génesis

 
Minha alma são fragmentos
Caleidoscópios de cunho ancestrais
O luso sangue que me cobre
Os sentimentos que me elevam além mar.

Outrora origens maternas
Que rumam silenciosamente
Sertão a dentro
A desaguar nas brancas praias das Alagoas.

Sou os edifícios acinzentados
O asfalto sem vida
Os encharcos das chuvas
A nuvem que cobre o rosto de São Paulo.

Sou aquele que nasce da terra úmida
Nos galhos e ervas destes matos
As folhas secas dispersas
As vozes roucas das tribos Xucurus.

Eu sou fragmentos mouros
Hispânicos afrescos, poesia
Um esquecido colono holandês
O Cristo, o Buda e Iansã.

Minha alma são vitrais
Olhos escurecidos meio ao tempo
Arabescos cintilantes
Palavras e versos renitentes.

DIMYTHRYUS
20/03/2008
10h51m.
 
Génesis

PELOS CAMINHOS DA ESTAÇÃO DO NORTE

 
São Paulo 01 de Setembro de 2006
18h48m.

N'outro lado, um sujeito trocava algumas confusas palavras, sobre um tal Inácio, um a qual não tinha visto, alguma coisa grave que até agora não pude atinar. No balcão uns dois ou três copos no esquecimento.

Pedi meu chocolate gelado e em troca recebi um leiteolate pálido e sem gosto, o dia apenas despontava, enquanto arquitetava tarefas que não iria cumprir.

_São dois Reais e vinte!
_Vê mais uma dose!
_ Sai fora!

Eu sustentava as pálpebras num malabarismo engenhoso, em direção a rua observo uma sombra no chão derrubada pelas fortes doses da vida.

Meu comboio passava as seis e quinze, teria de apertar o passo, todos os dias eram como este, eu corria e o comboio atrasava como a desafiar-me, após uns solavancos ajeitei-me ao um canto onde o ar se ausentava e o sono furtava minhas últimas forças.

O comboio permanecia grande parte de seu tempo a fechar e abrir suas portas, numa coreografia irritante, o relógio corria empavonado, de repente o ar tomou o segredo de um intestino alheio e fervoroso, o vento escasso surgia inoperante de alguma janela que não estivesse atravancada. Minhas pernas tesas revezavam-se na triste sina de me sustentar na luta entre o sono e a queda.

_Com licença senhor, ela esta a passar mal!

Como numa espécie de crepúsculo humano, surge um acento, uma senhora o cede, pois os de uso reservado estavam a ser utilizados por alguns senhores esgotados.

Quase sem me dar conta, ao fundo oiço alguém dizer com a voz entonada:

_Saúdo os irmãos, com a paz do senhor!

Pensei se tratar de um equívoco, afinal a única paz que me rondava era o sono que mo acometia.

Após o desarticulado sermão da montanha, eu, que só sentia sono, passei a sentir também uma forte dor de cabeça.

Ganhará o dia, uma voz quase inaudível agradecia e desejava a todos um bom dia!

Após uma encenação Troiana, só restou o meu corpo quase adormecido disputando um lugar no hall da escada, com o pensamento positivo para que ele completasse o seu pequeno trajeto e não nos deixasse na mão no meio do caminho. E assim eu sigo rumo a estação do norte, no percurso de minha vida.

Dimythryus
 
PELOS CAMINHOS DA ESTAÇÃO DO NORTE

Siete años que el Pastor...

 
Siete años que el pastor Jacob servia
Al padre de Raquel, serrana bella;
Más no servia al padre, sino a ella,
Que a ella sólo por premio pretendía.

Los días, en espera de un gran día,
Pasaba, contentándose con vea,
Más el padre, que viole pretenderla,
En lugar de Raquel le daba Lía.

Viendo el triste pastor que con engaño
Así le era negada su hechicera
Cual si no la tuviese merecida.

Comiénzalo a servir aún siete años
Diciendo: más sirviese si no hubiera
Para tan largo amor tan corta vida.

Luiz de Camões
 
Siete años que el Pastor...

Preservando a Memória

 
QUERIDOS CONFRADES AMIGOS,

Há aqueles que se dedicam a conhecer um pouco mais sobre novas tecnologias e a adquirir novos celulares, carros, tv’s de plasma e toda infinidade de novidades; eu me dedico a nostálgica missão da memória. Tudo começou com uma singela coleção de moedas em 1985 (aos meus 5 anos de idade), depois vieram a coleção de selos em 1989, embalagens de cigarros em 1991; em 1997 surgem os livros, 2004 os documentos antigos, 2006 itens ferroviários, 2012 O Pequeno Príncipe... e hoje sou um multicolecionista, todos os dias surgem coisas novas, ainda que sejam antigas, uma revista rara, uma fotografia, outra etiqueta de bagagem e meus olhos se enchem a cada segundo... até quando, até onde a euforia que me move me levará, não saberei responder, mas o fato é que este mundo embolorado, descartado a cada esquina é mundo que me da vida e me estimula a seguir em frente.
Como já é de conhecimento de alguns, sou um aficionado por papéis e livros antigos e afins, caso os amigos possuam estes itens e forem, por qualquer motivo se desfazer, quero dizer que tenho interesse em recebê-los em doação. Período de interesse até o final do século passado (1999). segue exemplos:

• Notas fiscais, recibos cartões de crédito ou de visitas de antigas de lojas como Mappim, Jumbo Eletro, Mesbla etc...

• Cadernetas escolares, diplomas, medalhas, fotografias de Colégios e Faculdades (antigas).

• Cheques, cartões de débito, extratos , cartões de visita e contratos cadernetas de poupanças, de Bancos extintos ( Banco Auxiliar - Bilbao Viscáia - Real etc...), bemo como antigos cofrinhos (porquinho e cofres de mesa).

• Passes, fichas, cartões de metrô - trem - ônibus) (CMTC - CBTU - FEPASA - Pta. etc...)- além de todo tipo de material relacionado, tabela de horários, relatórios de saídas etc...

• Jornais e Revistas Antigos

• Gibis antigos

• Gravuras, Quadros, Xilogravuras, Cordéis, Provas, desenhos e afins.

• Revistas Ferroviárias e publicações afins – calendários ou cartazes de avisos.

• Fotografias antigas, negativos e positivos, além de envelopes e máquinas antigas.

• panfletos de empresas antigas

• Cartilhas de alfabetização.

• panfletos informativos das empresas de transportes ( CMTC - CBTU - FEPASA - Pta. etc...).

• Certidões de nascimento, casamento, salvo conduto, antecedentes, óbitos, Rg – Títulos de Eleições – CPF, Emancipações, reservistas antigas, e afins...

• Passaportes estrangeiros - de Navio – Avião, bem como passagens e publicações afins – roteiros, mapas, cartazes etc...

• Ações, Cauções, Títulos de Capitalizações, Títulos de Honra, Diplomas e Medalhas antigas - títulos de capitalizações antigos.

• Contas de luz, Cações, recibos e comprovantes de instalações - água - telefone de empresas antigas ( Light - CTB etc...) Fichas telefônicas e cartões.

• Cartões postais, Cartas, Bilhetes Postais, Selos e Envelopes antigos, bem como Telegramas e publicações afins – Formulários e comprovantes Antigos.

• Notas fiscais de TV, Vídeos, radiolas, fonógrafos, rádios - bem como os manuais de instruções e publicações afins.
• Diplomas de datilografia - taquigrafia - dos etc...

• Moedas - notas de dinheiro, promissórias, títulos de empréstimos, moedas particulares e tickets de leite e refeições etc...

• Embalagens de cigarros importados e antigos, bem como publicações afins cartazes e os antigos cinzeiros.

• habilitação de cocheiro - de carro - ônibus – bonde, Brevê e documentação de marinheiro – comandante e etc...

• Livros, Livretos, Marcadores de Livros, Espátulas, Mata borrão, Penas, Canetas, Lápis Apontadores, materiais antigos.

• Qualquer objeto colecionável, chaveiros, chaves, pratos, xícaras, vasos, máscaras, bibelôs, abajur, caixas de fósforos, quadros, azulejos, espelhos, embalagens pó de arroz, sabonetes, relógios, camafeus, porta retratos etc...

Enfim toda a infinidade de coisas que lhes parecem sem utilidade agradeceria se os amigos que tiverem disponibilidade destes itens, entrassem em contato neste mesmo e-mail. Por ora um grande abraço. Dimmy.

Endereço Para envio de Doações:

Darlan Alberto Padilha

Caixa Postal 1573
São Paulo-SP
01031-970
Brasil

D i m y t h r y u s
Embaixador Universal da Paz (Cercle de Les Ambassadeurs Univ.de La Paix-Genebra, Suiça).
 
Preservando a Memória