Poemas, frases e mensagens de DarkRose

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de DarkRose

Da minha janela

 
Aproveito o pobre momento de inspiração
E novamente volto a escrever…
Quedo-me no silêncio
E fico então a olhar pela minha janela
... Perco-me no tempo
Para além da subtileza do cinzento
Da observação pouco ou nada há a dizer:
Simplesmente, mentes despidas,
Imagens vazias,
Palavras contidas,
Inexistência de melodias,
Sorrisos tristonhos…
Quase na presença do luar
Sem nuvens para assombrar
Quero neste instante
Onde o real se confunde com o abstracto
Fintar o labirinto com mestria
Onde o tempo nos suspende
Quando a vida nos transcende
Neste mundo caricato.
 
Da minha janela

Vidro Sem Luz

 
De vidro são os meus olhos

De melancolia cansados,

Ternos, mas embaciados.

De longinquo olhar magoado

Sonho despedaçado,

Revejo-me num vidro sem luz

Á muito estilhaçado

Ouvindo a débil voz que me conduz.

Perco a noção do tempo

Recolho-me á negra moradia

Acorrento os murmúrios do sentimento

Lançando ao vento a fantasia.

Então caminho só e tropegamente,

Nos trilhos de um mundo inexistente

Tentando alcançar um sonho pendente

Agora sei que no passado

Simplesmente divagara

Num destino forçosamente traçado,

É a mestria da fria escuridão que me seduz

Quando me revejo…«neste Vidro Sem Luz»
 
Vidro Sem Luz

Último Mar

 
Último Mar
 
Último Mar…

De pés descalços
Entro noite dentro
Na areia que me leva
Á água fria,
Longe o pensamento
Que me traz alento
E a lua que me guia.
O sol vai se escondendo
E com ele o dia vai morrendo.
Tento afundar-me na memória
De um mar imaginário
Para descrever a história
De um vento que me arrasta
E me afasta da vitória.
Na imensidão tento navegar
Para chegar á profundeza do mar.
O vento enfurece
Na violência viva das ondas
Quando quase tudo adormece
Avisto um barco á deriva
Onde por fim, me deixo embarcar
Para ir até ao fim …
Ao fim do Último Mar
 
Último Mar

Falta-me a Vida

 
Presa em meus pensamentos
Torturada por meus sentimentos,
Uma vida de mil tormentos
Da qual nem os mais fortes estão isentos.
Morta para o mundo
Vivendo em sono profundo,
Na soturnidade da morte
Procurando um motivo para ser forte.
Esta é a minha história
Que eu tranco nas arcas da memória
Quero me libertar
Mas de que adiantaria gritar,
Se ninguem iria escutar?
E na negra melancolia
Encontro outro ser
De igual nostalgia
Que a minha alma eleva
Até á mais bela treva
Que de sonhos me envolve
E a Lua novamente me devolve.
Mas longe fica o sonho vendado
E continuo com o mesmo triste fado.
Resta-me a ilusão ainda
Pelo menos no crepúsculo que agora finda.
E nesta laminada hora
Existe uma abandonada alma que chora…
Vem e encontra-me
Liberta-me do meu sofrer
Ensina-me de novo a viver...
 
Falta-me a Vida

Silencioso Sentido

 
Silencioso Sentido
 
Noite sem Lua,
Parceira eterna do meu sentir,
Companheira sombria da minha vida,
Senhora calada,
Que nao me diz onde nada começa
Ou tudo acaba,
E fica a marca por dentro ...
Como tatuagem na alma.
Vida vazia
Caminhada longa,
Alma sem magia
As palavras são amordaçadas
As acções trancadas.
Existe um fio de encanto no sonho
Uma réstia de esperança
O silencio funda-se na eternidade
O olhar ancorado no horizonte
Tactuando a realidade.
E hoje, escrevo o ocaso sobre as fragas,
Percorro a espera na infinitude
No absurdo da ausência
Escrevo…
Perco-me na imensidão do sonho
Arrasto-me nas escarpas da saudade.
Noite após noite,
A demência de adorar a lua…
Sou apenas uma sombra transparente
Onde a minha existência flutua.
Ficou a mágoa das palavras
O sonho ou delírio,
A profunda ferida da ausência
O tédio…a solidão absoluta entre a multidão.
Almejo um porto de abrigo…
Por enquanto, resta-me
Este Silencioso Sentido…
 
Silencioso Sentido

Na voz do vento

 
Hoje o vento abana o tédio,
Parte aromas de cristal
Como é belo e me deslumbra o mistério,
E põe o sonho no pedestal.
Ouve-se a voz do vento
Que parece versejar,
Faz-me escorregar no silêncio
E me pede para o admirar.
Em redor rareiam flores,
Abstraída no infinito, olhar é distracção,
Dedico-me a catalogar brilhos e cores
Pois poetar é pura pretensão.
Escrevo porque o vento pediu
Passou a ser promessa ou compromisso
Mais que um acordo…persuadiu.
Ficam então as palavras sem sentido,
Num papel em branco (com)ponho-as desajeitadas,
Soltas …perdidas, sem cor, tombadas.
Palavras que ficam ancoradas no tempo
De mão dadas com paisagens de silêncio
Suplicando por letras e silabas organizadas
…Sonhando com pontes sem rios…
E por fim decifro o versejar do vento.
Descreve-nos o cenário,
Fala-nos de estrelas lascadas
Caídas no portão da madrugada
Onde tarda o amanhecer
…Onde tardam marés…
De uma lua magoada.
Queixa-se de ter perdido o aroma do rumor
E as estrelas o esplendor.
Segreda como estilhaçou o medo
Absorveu vontades
Valorizou evidências
Aceitou diferenças…
E seguiu em frente.
 
Na voz do vento

Hoje...

 
Aprisiono as palavras
Limito-me a pensar...sentir...
Sombra de obscuridade
Sonho delirante,
Tentando esquecer uma realidade
Neste mundo embriagante.
Fecho os olhos e não sei onde estou,
Paro, porque não sei para onde vou.
Vislumbro a lua
Com a dor calada bem no fundo
De portas fechadas para o mundo.
Rejeito então a luz do dia
Preferindo a escuridão da noite, longa e fria,
Onde estão os sentimentos que me fazem levitar?
Ficaram talvez no sonho que já deixei de sonhar...
É apenas um lamento
E esse que o leve o vento.
Paro então no amanhecer
para tudo novamente esquecer
E onde a negridão da alma
Trancou sem piedade a calma.
O silêncio, esse, ecoa no espaço
Condenando talvez o que faço.
E agora com o cintilar das estrelas
Consigo ver como são belas
Sem ao menos olhar para elas.
Escorre-me então o tempo pelas mãos
E nada posso fazer para o impedir,
A ausência torna-se presente
E a angústia de não mais voltar a sorrir...
 
Hoje...

Melancolia

 
Escrevo…

Transcrevo…

E volto a escrever…

Para nada dizer

Porque ninguém vai entender.

Silêncio insurcedor,

Pensamento demolidor,

Sentimento sofredor.

E tudo o que existe

É o sofrimento que cresceu,

O sonho que desapareceu.

Nada há no horizonte

Para além da fonte que secou,

Pior que isso

Agora descubro,

Que nunca dela

Água brotou…
 
Melancolia

Derradeiro entardecer

 
Derradeiro entardecer
 
Oiço os ecos do silêncio
Na noite porque desdenho a luz
E na tropelia da tristura
Vestes negras numa triste brandura
Que me seduz e reduz
Existe um bosque sombrio impávido
Pelos como eu adorado.
No meu derradeiro olhar
Sinto a palidez a desbotar
Entrego-me ao crepusculo rendida
Com imagens trémulas
Revejo uma vida perdida
Viagem degradante
Que assim desaparece num instante
Os sonhos murcham desvalidos
Já sem força para medonhos gemidos.
Temerosa luz que me cega
E aos corvos me entrega.
Os olhos desencantados
Cabelos sequiosos e mirrados
Faminta vontade de partir
Para novamente das cinzas ressurgir
O pragal frio fugiu
Na lapide ler-se-á:
Aqui jaz quem outrora nao existiu...
 
Derradeiro entardecer

Céu na Terra

 
Penso-te…
Vislumbro a luz do teu rosto
Abraças-me com teu sorriso
Olhar-te nos olhos…«tudo o que preciso»
Impossível porém,
Não mais estás entre os mortais
Mas sim do outro lado do além
Mas, ainda te sonho, mais do que imaginais.
Queria ter o que nunca tive
O que a vida me tirou
O amor de mãe, que a morte levou.
Resta apenas uma foto de triste olhar
Onde me revejo e me faz naufragar.
Como queria abraçar-te
Sentir poro a poro a tua pele
A passo e passo espero encontrar-te
E não mais me apartar de ti.
Gostava de ouvir a tua voz
A minha ficaria cálida de silêncio.
Tornou-se dolorosa a aprendizagem sem ti
A minha alma pede exílio que perdi.
Queria dizer o que nunca te disse
Maldito relâmpago que de mim te tirou
E os meus sonhos por Terra deitou.

No céu por mim olhas
Na Terra comigo estás…sempre «Mãe»
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Céu na Terra

Arrasta-se a noite...

 
Arrasta-se a noite...
 
Hoje a noite agarra-se às sombras da parede...existe apenas o negro da noite, onde a lua se encontra ausente. O vento adivinha a tempestade vindoura, da mesma forma lenta e rumorosa que se arrasta em mim.
Os dias já não têm rosto...
Apetece-me vaguear pelas ruas sem regressar a casa.A roupa cola-se ao corpo molhada da chuva, e o corpo extenuado não responde. A insónia vence o cansaço. Espera-me mais uma infindável noite, onde predomina a solidão.
Hoje, a noite jorra silêncio... Das anteriores irrompia a mesma solidão...
Queria fechar cicatrizes abertas, pois estes olhos estão esmagados devido á imensidão de lágrimas.
Resta-me fechar os olhos e esperar. Esperar que pare de chover. Mas chove tanto que a linha dos montes desaparece, apaga-se...e nada mais existe...
Os poemas, esses ficam por escrever, porque já nao tenho força para a beleza das palavras...
Cismo com os sonhos desfeitos...e permaneço parada a ver o tempo correr, morrendo lentamente por dentro... sobrevivendo simplesmente com o vento...
Isto sou eu...ninguém...
 
Arrasta-se a noite...

Para quê a guerra?

 
Para quê a guerra?
 
A conquista de poder

E a grande frustração,

Levam pessoas a morrer

E a uma grande destruição.

A estupidez e a ganância

Levam os homens a lutar,

Todos teem uma certa ancia

De uns contra os outros pelejar.

E vive-se a amargura

Os homens tudo levam a ecludir,

Nada se ve de ternura

Todos pensam em destruir.

As pessoas pedem liberdade

Mas os soldados querem mutilar,

Ninguem tem dignidade

E as armas nao param de disparar.

Deixando orfas as crianças

Aqui e ali, se veem choramingar,

Deitando por terra as esperanças

De os seus pais novamente encontrar.

E nada se omitir podera

Vive-se a guerra dura e fria...

Apenas na alma se sentirá

E so alguns, contaram o que se sofria...
 
Para quê a guerra?

Hoje Sou...

 
Hoje sou…

Um céu sem estrelas

Um arco-ires sem cores

Uma rosa sem pétalas

Um jardim sem flores…

Hoje sou…

Um mar sem ondas

Um barco á deriva

Perdido nas sombras….

Hoje sou…

Uma alma desiludida

Uma ferida aberta

Um resto de vida.

Hoje sou…

A vela apagada

A água gelada

A lenha queimada.

Hoje sou…

Nada mais, que uma rocha

Uma pedra escavada

A flor que nunca desabrocha

Abandonada nesta estrada.

Hoje sou …

O vento parado

Um castelo em ruínas

Os destroços de um passado.

E brotam as lágrimas

De um olhar embaciado

Num olhar já cansado.

Estou a perder a razão

A vida foge-me como água

Da palma da minha mao.

Hoje sou…
 
Hoje Sou...

Soltam-se as Palavras

 
Soltam-se as palavras
No poema,
De uma solidão extrema
No meio da multidão,
Aumenta a desilusão.
Restam memórias de um passado
Que talvez nao existiu
De um amor que não surgiu
Da dor que persistiu.
As horas passam
E nada muda,
Os sorrisos escassam
O sonho se afunda.
As palavras ditas no silêncio
Gritam, mas nada dizem...
O vento, ja nada traz de novo
Existem pensamentos que perduram
Na sombra de um olhar,
Existem sentimentos que se afundam,
Esperanças que desaparecem
Desejos que se esquecem.
No ceu, a lua,
Sempre transparente e quase nua,
Me ampara e me diz:
Um dia a felicidade será tua...
 
Soltam-se as Palavras

Partiste

 
Como foste capaz de me abandonar?
Porquê assim fugiste
Sem eu te abraçar,
Sequer te despediste
Para pela ultima vez te olhar.
Nem esperaste,
Que eu aprendesse a soletrar,
Eternanente te escondeste
E teu nome, nao mais pude chamar.
Eu sem ti fiquei
Para nunca mais te ter,
Ao local jamais voltei
E os trovões, me fazem estremecer.
Quem me dera lembrar do teu olhar,
Do toque da tua mao,
Dos teus labios a me beijar
E desapareceria a solidao.
Mas porquê?...
Que fizeste tu de errado?
Desde entao tudo mudou...
O desespero surgiu,
Ele amargurado ficou
E tambem quase partiu...
Sei que jamais posso ter-te,
Sei que isso ja nao consigo,
Mas nunca vou esquecer-te
E de uma forma ou outra...
Sempre estaras comigo...Mãe.
 
Partiste

Incessante Procura

 
Incessante procura
Nao sei bem de quê
Talvez seja insensatez
Desilusão de vida
Sonhos que se esfumam...
Pensar-te aqui, talvez.
Sentir teus dedos
Deslisar em minha pele.
Teu olhar que me lê
Para além da alma
Para além do invisivel
Traduzindo-se em pura calma
Tudo fica perceptível
Nas simples ondas da maré
Por fim tudo esvai
Por terra o sonho cai.
O sol nao brilha mais
Nem aqui, nem em outro cais
Espero pela luz da lua
E do toque de uma mão
Nos meus cabelos
Sonhando que seja a tua...
 
Incessante Procura

Mónica