Parabéns Amor
Nasceu na noite
de reis
seu nome é Sofia
que vem
de sabedoria,
é a minha menina
tem muita graça
uma ladina, cheia de luz
e traquina.
Espontânea e airosa
a flor mais linda
e viçosa
que eu vi nascer
rodeada de amor
querida por todos
menina do pai e da mãe
inseparável dos manos
distribuindo, sorrisos,
carinhos e ternuras.
Hoje senti o sopro
dos seus cinco anos
em que a vi crescer,
neste dia cinco
venham muitos mais,
e que posamos ver...
Com muita alegria
e sempre contagiados, com a tua energia.
Parabéns Sofia…foi muito boa esta noite, de muita alegria!
(Dos pais , manos, primos, tios, avós e amigos que são muito…PARABÉNS SOFIA)
Sem toutiços nem tranças
No tempo que passa, as borboletas crescem
ganham asas, ficam condenadas,
sem toutiços nem tranças
cabelos brancos que caiem soltos,
em êxtases livres
levam sonhos
vão deixando os medos.
São fios contados, que contam segredos
deixam nos martírios, de tumores
lacrados num sombreiro, enlaçado em branco.
Acompanhando e aditando a vida
num sobressalto
crescendo e beijando, num cruzar
de amores
envelhecendo, de gorduras nos seios
sem receios, amputações
só medos.
Enrosco-me descalça, forçando
e afugentando desassossegos.
Eu de toutiços na mão
olho no rosto enrugado, de quem muito amo,
com medo.
Procuro não ver flores.
Acreditando…
só em esperanças e cores
de abraços de mãe e amores...
Aprender na magia do Natal
Nasces no mundo
dormindo num sono profundo
o teu sonho embala o mundo.
Águas puras sem igual
venham do sitio mais turvo
ou do leito mais real.
Vem,
apela e grita, ao amor
num choro que ilumina a dor.
No teu sonho, a magia do Natal
luz que ilumina, sem ver o mal,
presente que vem para ficar
que ofereces no teu amor
em olhos de alumiar.
Aprendes a existir
ensinas a repartir
e tentas o ciúme controlar
neste mundo de egoísmo
vais te tentando safar.
És menino ou menina
branco, preto ou de outra cor
um simples coração de amor
que veio para abraçar.
É noite!
Vem um velhinho
cansado de caminhar,
está triste vive sozinho
faz um esforço
durante o teu soninho
percorrendo tanto caminho,
cansado de trabalhar.
Ao pé do teu sapatinho,
não te esqueças...
vais deixar um cházinho
uma bolacha ou um bolinho
para ele se reconfortar.
Vais deixar um presente
para o barbas brancas levar
num grande trenó de renas
a um menino, que está a chorar
percorrendo muitos caminhos
vai tentando, não se cansar.
Fica triste, se a alguns meninos
não conseguir alcançar.
Assim, nesta magia
deste fato vermelho
já roto de caminhar...
A criança...
És tu!
Vais ensinar
neste mundo,
tens que aprender a dar
no teu sentimento mais puro
no teu sono mais profundo
vais reflectir e pensar.
Em ti está a diferença
para este mundo mudar.
Nota: A minha filha Sofia de 4 anos deu uma ideia, não se esqueçam de comprar umas cenouras, porque as renas também vão precisar de comer.
Erupção alienada
Hoje não sou uma mulher,
sou um vulcão, sinto a explosão
que me sai da mente
sou uma erupção alienada
por ver gente tão premente.
Estou cega, sinto-me
efervescente
não me apareçam à frente
sou uma alma zangada
não sei o porquê, nem porque mente,
vá lá
entender a alma de alguma gente,
que não se importa com nada.
Salta a tampa da panela
fica a panela zangada,
panela onde muita gente
cozinha a comida esturrada
e outros que no fundo
não miram nada,
quando o cozinhado cheira bem
logo se alimentam com ela,
mas o tempo se encarrega
de não deixar ficar lá nada.
Serei doida condenada
por estar um pouco encolerizada,
num mundo onde tanta gente
com tanta coisa feia e bela, certamente
passa pelo tempo a correr
e não tem tempo
para ver nada.
Ao morderem uma carcaça
comam-na lentamente
saboreiem o que está lá dentro,
porque vão ficar sem nada.
Mulher aprendiz
Mulher aprendiz
que veio aqui ,
procurando ser feliz
ficando escrava
no sabor.
Verdadeira
prisioneira no amor
aprisionada a dor.
Este amor não se desfaz
nem se apaga com aguarrás
nem com diluente, sobre cor.
É chama que arde no peito
onde se sente o ardor
fogueira de chama acesa
que ateia, à menor dor
na distancia do seu calor.
Amor sentido
e sonhado
semblante robusto
arrematado
num grande abraço de amor.
Sentimento entrelaçado
nas loucuras do amor.
Estrelas ao luar
Firmas a tua mão
na minha,
trocamos palavras em vão,
aproveitamos o tempo
em terna paixão.
Tuas mãos deslizam
em prol de mim
contando segredos,
retirando as dores
murmurando calores,
foram-se os segredos
acabaram-se os medos.
Enroscados em silencio.
Falamos!
Por beijos trocados...
Olhares possuídos...
guardados.
Em ternos toques deslizam...
dedos marcados
por amores sinceros,
brandos emocionados.
Soaram sorrisos...
Bate o coração,
sentido na mão...
em leves toques
de paixão.
Somos pele
revestida por cristais
estilhaçados no momento,
suavemente no tempo.
Embalados por estrelas
ao luar...
Olhares trocados
Olhar que me envolve
em cor de ouro, seguro,
ouro de quilates,
que brilha no escuro.
Cresce em sentimento
radioso e puro,
luz que relampeja
de noite
e no escuro do dia.
Olhar que me cega
de olhos cruzados.
Reais sentimentos
de olhares trocados.
Árvores
A madrugada sorriu,
em lágrimas de chuva
caídas em fortes rajadas
vindas do nada, por vontades
mal amparadas, entre folhas
caídas amarelas enrugadas.
Árvores juntas separadas
que se entrelaçam, amadas
por ventos trazidos
em trovoadas cinzentas azuladas.
Em ruas secretas, entrada abertas
inundam ópio sagrado
e espalham no céu
alacridade deserta.
Onde o universo acorda
em plena energia e harmonia
estrelas polares, rosas ancestrais
em gelo derretem e o sol tem energia
que à manhã diz bom dia.
Onde o Inverno se entrega ao Verão
em plena harmonia.
No copo da alegria
Num acordar envolto em magia
Com ternura misturada em doçura
Neste solo de alegria
Um sorriso que perdura
Casa quente em harmonia
Olhar doce com bravura
Corrente que amacia
Na fonte da tua loucura
Tu que podas a uva
Eu que encho na fonte,
em cântaro a água pura
Cachos de delírios colhidos
sem martírios
Na colheita que segura
Vinho na mesa com o pão na mão
E assim se segue a razão
Na vindima do passado
Pisa a uva e canta o fado
Sem ter dias de amargura
No beber está a doçura
Água e vinho
Matam a sede
Da vida que tem pouca dura
Em alegria e ternura
No peito onde que está guardado
um coração com textura
a paixão o amor e o fado
bebendo a alegria
refrescando o lavrado
com um brinde de água-pé
alegres cantando o fado.
Tatuagens
Amor ternura achana
bem
juntos soberana.
Em altiva flor fogosa
só a sente, quem ama,
desfolhada em pétalas, airosas,
são rosas com espinhos
suaves,
que não se sentem,
cravados no peito
como tatuagens.
Pintura da lua
numa dança sua.
Viagem de ternura
carinhosa e ardente
que voa na alma.
São pássaros seguido viagens
para local quente,
poisam em pedra fria, aquecida
no sonho da vida percorrida.
São almas
em descobertas flamejantes
gôndolas seguindo
em Veneza
dentro o amor á Francesa
arrematado com um beijo
em Lisboa à noite
bem delicioso à Portuguesa,
junto de um rio com certeza.