Poemas, frases e mensagens de mim

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de mim

Nasceu o amor
de um cordão
no umbigo
um olhar
para amar
um cordão
a união
um olhar
num momento
uma vida ...
Já mais esquecida

A caixa fechou no silêncio

 
A caixa fechou no silêncio
 
 
O palco escureceu
no sereno bailado dos cisnes,
ao enlaçar num rodopiar de corpos
sobre um lago parado,
num reflexo de amor.
Nas sapatinhas os certeiros passos,
enternecem os gelos, num descer de corpos
desdobrado.

Num lago fundo, procurando ressurgir
em céu despido só de duas cores
Azul celeste no branco dos astros e das flores
Bailando ao lacrimejar num tilintar de cristais
de quem não sofre mais.
Assim como quem findou de amores.

Numa caixa de música a bailarina parou
e a caixa fechou no silêncio
nessa noite em que amainou
o quadro do tempo.
Em seu redor esvoaçaram as folhas
no vento…
 
A caixa fechou no silêncio

Morro no teu abraço

 
Morro no teu abraço
 
 
Como me perco, ao teu acordar
Como me liberto, no teu encontrar
Como me animo, sem o teu triste ar
Como me dispo, no teu vestir de amar

Se ainda sonho, vivo no teu pensar
Se ainda choro é, por não te ceder
Se ainda chamo é, para te ver
Se ainda calo, falo sem conversar

Como te amo, na loucura de te crer
Como te quero, segura que te tenho
Como te sinto, sentindo-me no teu sentir
Como te espelho, desenhando-me nos teus traços

Se já não posso, seguro-me nos teus braços
Se já não vejo, encontro-me nos teus olhos
Se já não venho, voei no teu enlaço
Se já não me tenho, morro no teu abraço
 
Morro no teu abraço

Um café pode matar

 
Um café pode matar
 
Um café
musica de fundo
com passarinhos a chilrear.
Um ambiente calmo
Ouviu-se um comboio
a passar…

Olhei para a vitrina,
os teus olhos penetraram
em mim.
Não havia mais ninguém
em meu redor,
que eu me possa recordar.

Mexi...
E no toque dos lábios
saboreei...
No sabor da língua
o mais gostoso paladar
Bebi...
gota a gota devagar...

Sorriste para mim, sem parar...

Dentro da chávena,
fez-se luz.
E no brilho do açúcar
senti a tua mão a tocar.

A tua tensão
na pulsação a aumentar…

Já só existia o fundo da chávena
no pires a tocar...

Um café pode matar!
 
Um café pode matar

Beijo meu

 
Beijo meu
 
 
Colas na minha boca
à desgarrada
salivando esse amor
que sabe bem.
Meus lábios ficam dormentes
são parentes, porque sentem
ter os teus bem arreados.
Bem molhados
lábios lindos e colados
apurados
nesse gosto
que é só teu.
Perdidos e unidos
são aliados,
que se perdem nesse beijo
que é só meu.
 
Beijo meu

Quem era o andrajoso?

 
 
Faróis acessos
encandeando a estrada
noite de nevoeiro cerrada,
uma alma desprezada
na berma, em cima da calçada,
todos passam e ninguém vê nada.
Será um poeta um pintor
alguém que não teve a sorte
de outrem,
alguém que não conseguiu
vender nada ou seria um senhor,
talvez um actor.
Não queria fazer nada?
Ou uma alma de dor,
crucificada.
Agora tem a alma regelada
vive só, abandonado
ou já acompanhado!?
Se alguém o vir
coitado…
Não cabe lá em casa, o safado!
O governo deu peúgas,
abrigou-os numa tenda!
Não aproveitou, porquê?
Estava longe, não tinha dinheiro para o autocarro,
e ninguém lhe perguntou nada.
Quem era o andrajoso?

Era o verdadeiro Anjo, que trazia o amor e tira a dor!!!
 
Quem era o andrajoso?

Sede de ti

 
Sede de ti
 
 
Embriago no teu corpo
em sede de ti,
são sentimentos
translúcidos…
olhando-te por dentro
perdida em mim.

Olhares profundos
em lábios de uno
perdidos sem medos
libertam-se assim...

Ondas que me matam
acalmando o voo
com o sopro do vento
num corpo moldado,
embebido em ti.

Em músculos sedentos
pulsação veloz
que vai embocar
na corrente de um mar
levando-me assim.

Dentro de um corpo
resvalo
por ti
olhando a lua
sem medo do fim.
 
Sede de ti

Corpo de corsel

 
Corpo de corsel
 
 
Passo a mão sobre a areia
com o amor a tecer sem peia
numa noite ao luar.

Guardo o quarto, guardo a meia
abraço a lua cheia
na ânsia de te abarcar,
teu corpo é como um corcel
correndo num cavalgar
que sorve na lua cheia
despido para amar.

És doçura és a tela e o pincel
facho de luz a crepitar
percorrendo na minha pele,
lustro que pega como o mel
num crepúsculo ao acordar.

Não és noite, já és dia
correndo na praia nua
sentindo o sol a raiar.

Almas gémeas
unindo o céu e o mar.
 
Corpo de corsel

Rosa vermelha

 
Rosa vermelha
 
Rosa vermelha,
de pétala molhada,
seu aroma e cor
com um cheiro
devido,
fragrância de amor.

Hoje estás marcada,
és a flor do amor
ilustre na terra,
que lindo botão
floresce
nos olhos
e no coração,
fluido do amor
de eterna paixão.

Rosa na orelha
e no peito
da mulher sem jeito...
que linda ficou!

Pétala de veludo
em vela iluminada,
gota de água derramada,
no banho o bálsamo
de um louco amor.

Rosa seca e bela
sempre volta a terra,
lágrima eternizada
por quem tanto...
amou!
 
Rosa vermelha

Vestido de Maltrapilho

 
Vestido de Maltrapilho
 
 
Na noite no escuro e no frio,
vai procurando no rasto da sorte
seguindo em paralelo com a morte.

Em rios de sequências mudas
nos prefixos dos entes
de quem já segue, sem norte.

Vai seguindo a monte,
em pé descalço e frio,
vestido de maltrapilho,
com o rosto rosado do frio.

Foi quem desta noite fugiu,
procurando outro sitio,
de solidão se vestiu
e ao relento dormiu.

Como um rato
o caixote do lixo, evadiu.
Numa alma sofrida
abriu os braços
ao céu
e a prenda emergiu...

Pois encontrou o resto da gula
de quem muito consumiu,
em ouro que não luziu
nessa alma que procura.
 
Vestido de Maltrapilho

No cimo do monte, o paladar

 
No cimo do monte, o paladar
 
 
Saudades, da canja da minha tia
Aquele cheirinho, quem não queria
Ir ver as galinhas e, a marmelada
Com o ar do campo, que pomada

Desejadas romãs, que abriam
Em lindos bagos que sorriam
Conversas de primas, gargalhadas
Bolachas Maria, enlatadas

Baús com segredos e sagrados
Trazem os limoeiros, guardados
Numa mão fechada, tanta alegria
Saudades, da casa da minha tia

Num carrapito, ficou escrito
Favos de mel, cravados na pele
No calor da panela, um galito

No cimo do monte, o paladar
Gatos que rebolam, ao miar
Saudades que vêm de voltar
 
No cimo do monte, o paladar

Parabéns Amor

 
Parabéns Amor
 
 
Nasceu na noite
de reis
seu nome é Sofia
que vem
de sabedoria,
é a minha menina
tem muita graça
uma ladina, cheia de luz
e traquina.
Espontânea e airosa
a flor mais linda
e viçosa
que eu vi nascer
rodeada de amor
querida por todos
menina do pai e da mãe
inseparável dos manos
distribuindo, sorrisos,
carinhos e ternuras.
Hoje senti o sopro
dos seus cinco anos
em que a vi crescer,
neste dia cinco
venham muitos mais,
e que posamos ver...
Com muita alegria
e sempre contagiados, com a tua energia.
Parabéns Sofia…foi muito boa esta noite, de muita alegria!

(Dos pais , manos, primos, tios, avós e amigos que são muito…PARABÉNS SOFIA)
 
Parabéns Amor

Sem toutiços nem tranças

 
Sem toutiços nem tranças
 
 
No tempo que passa, as borboletas crescem
ganham asas, ficam condenadas,
sem toutiços nem tranças
cabelos brancos que caiem soltos,
em êxtases livres
levam sonhos
vão deixando os medos.
São fios contados, que contam segredos
deixam nos martírios, de tumores
lacrados num sombreiro, enlaçado em branco.

Acompanhando e aditando a vida
num sobressalto
crescendo e beijando, num cruzar
de amores
envelhecendo, de gorduras nos seios
sem receios, amputações
só medos.

Enrosco-me descalça, forçando
e afugentando desassossegos.
Eu de toutiços na mão
olho no rosto enrugado, de quem muito amo,
com medo.

Procuro não ver flores.
Acreditando…
só em esperanças e cores
de abraços de mãe e amores...
 
Sem toutiços nem tranças

Aprender na magia do Natal

 
Aprender na magia do Natal
 
 
Nasces no mundo
dormindo num sono profundo
o teu sonho embala o mundo.
Águas puras sem igual
venham do sitio mais turvo
ou do leito mais real.

Vem,
apela e grita, ao amor
num choro que ilumina a dor.

No teu sonho, a magia do Natal
luz que ilumina, sem ver o mal,
presente que vem para ficar
que ofereces no teu amor
em olhos de alumiar.

Aprendes a existir
ensinas a repartir
e tentas o ciúme controlar
neste mundo de egoísmo
vais te tentando safar.

És menino ou menina
branco, preto ou de outra cor
um simples coração de amor
que veio para abraçar.

É noite!
Vem um velhinho
cansado de caminhar,
está triste vive sozinho
faz um esforço
durante o teu soninho
percorrendo tanto caminho,
cansado de trabalhar.

Ao pé do teu sapatinho,
não te esqueças...
vais deixar um cházinho
uma bolacha ou um bolinho
para ele se reconfortar.

Vais deixar um presente
para o barbas brancas levar
num grande trenó de renas
a um menino, que está a chorar
percorrendo muitos caminhos
vai tentando, não se cansar.

Fica triste, se a alguns meninos
não conseguir alcançar.

Assim, nesta magia
deste fato vermelho
já roto de caminhar...

A criança...
És tu!
Vais ensinar
neste mundo,
tens que aprender a dar
no teu sentimento mais puro
no teu sono mais profundo
vais reflectir e pensar.

Em ti está a diferença
para este mundo mudar.

Nota: A minha filha Sofia de 4 anos deu uma ideia, não se esqueçam de comprar umas cenouras, porque as renas também vão precisar de comer.
 
Aprender na magia do Natal

Erupção alienada

 
Erupção alienada
 
Hoje não sou uma mulher,
sou um vulcão, sinto a explosão
que me sai da mente
sou uma erupção alienada
por ver gente tão premente.

Estou cega, sinto-me
efervescente
não me apareçam à frente
sou uma alma zangada
não sei o porquê, nem porque mente,
vá lá
entender a alma de alguma gente,
que não se importa com nada.

Salta a tampa da panela
fica a panela zangada,
panela onde muita gente
cozinha a comida esturrada
e outros que no fundo
não miram nada,
quando o cozinhado cheira bem
logo se alimentam com ela,
mas o tempo se encarrega
de não deixar ficar lá nada.

Serei doida condenada
por estar um pouco encolerizada,
num mundo onde tanta gente
com tanta coisa feia e bela, certamente
passa pelo tempo a correr
e não tem tempo
para ver nada.

Ao morderem uma carcaça
comam-na lentamente
saboreiem o que está lá dentro,
porque vão ficar sem nada.
 
Erupção alienada

Mulher aprendiz

 
Mulher aprendiz
 
 
Mulher aprendiz
que veio aqui ,
procurando ser feliz
ficando escrava
no sabor.
Verdadeira
prisioneira no amor
aprisionada a dor.

Este amor não se desfaz
nem se apaga com aguarrás
nem com diluente, sobre cor.

É chama que arde no peito
onde se sente o ardor
fogueira de chama acesa
que ateia, à menor dor
na distancia do seu calor.

Amor sentido
e sonhado
semblante robusto
arrematado
num grande abraço de amor.

Sentimento entrelaçado
nas loucuras do amor.
 
Mulher aprendiz

Estrelas ao luar

 
Estrelas ao luar
 
Firmas a tua mão
na minha,
trocamos palavras em vão,
aproveitamos o tempo
em terna paixão.

Tuas mãos deslizam
em prol de mim
contando segredos,
retirando as dores
murmurando calores,
foram-se os segredos
acabaram-se os medos.

Enroscados em silencio.
Falamos!
Por beijos trocados...
Olhares possuídos...
guardados.

Em ternos toques deslizam...
dedos marcados
por amores sinceros,
brandos emocionados.

Soaram sorrisos...
Bate o coração,
sentido na mão...
em leves toques
de paixão.

Somos pele
revestida por cristais
estilhaçados no momento,
suavemente no tempo.
Embalados por estrelas
ao luar...
 
Estrelas ao luar

Olhares trocados

 
Olhares trocados
 
 
Olhar que me envolve
em cor de ouro, seguro,
ouro de quilates,
que brilha no escuro.
Cresce em sentimento
radioso e puro,
luz que relampeja
de noite
e no escuro do dia.
Olhar que me cega
de olhos cruzados.
Reais sentimentos
de olhares trocados.
 
Olhares trocados

Árvores

 
Árvores
 
A madrugada sorriu,
em lágrimas de chuva
caídas em fortes rajadas
vindas do nada, por vontades
mal amparadas, entre folhas
caídas amarelas enrugadas.

Árvores juntas separadas
que se entrelaçam, amadas
por ventos trazidos
em trovoadas cinzentas azuladas.

Em ruas secretas, entrada abertas
inundam ópio sagrado
e espalham no céu
alacridade deserta.

Onde o universo acorda
em plena energia e harmonia
estrelas polares, rosas ancestrais
em gelo derretem e o sol tem energia
que à manhã diz bom dia.
Onde o Inverno se entrega ao Verão
em plena harmonia.
 
Árvores

No copo da alegria

 
No copo da alegria
 
 
Num acordar envolto em magia
Com ternura misturada em doçura
Neste solo de alegria
Um sorriso que perdura
Casa quente em harmonia
Olhar doce com bravura

Corrente que amacia
Na fonte da tua loucura

Tu que podas a uva
Eu que encho na fonte,
em cântaro a água pura

Cachos de delírios colhidos
sem martírios
Na colheita que segura
Vinho na mesa com o pão na mão
E assim se segue a razão

Na vindima do passado
Pisa a uva e canta o fado
Sem ter dias de amargura

No beber está a doçura
Água e vinho
Matam a sede
Da vida que tem pouca dura
Em alegria e ternura

No peito onde que está guardado
um coração com textura
a paixão o amor e o fado
bebendo a alegria
refrescando o lavrado
com um brinde de água-pé
alegres cantando o fado.
 
No copo da alegria

Tatuagens

 
Tatuagens
 
 
Amor ternura achana
bem
juntos soberana.

Em altiva flor fogosa
só a sente, quem ama,
desfolhada em pétalas, airosas,
são rosas com espinhos
suaves,
que não se sentem,
cravados no peito
como tatuagens.
Pintura da lua
numa dança sua.

Viagem de ternura
carinhosa e ardente
que voa na alma.
São pássaros seguido viagens
para local quente,
poisam em pedra fria, aquecida
no sonho da vida percorrida.

São almas
em descobertas flamejantes
gôndolas seguindo
em Veneza
dentro o amor á Francesa
arrematado com um beijo
em Lisboa à noite
bem delicioso à Portuguesa,
junto de um rio com certeza.
 
Tatuagens

Cristina Pinheiro Moita /Mim/