Poemas, frases e mensagens de Massacre

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Massacre

A voz do vento...

 
Vento leva a voz do poeta
Aos surdos e ignorantes
Que não adoptam a ideia certa
E continuam insignificantes

Não ouvem porque não querem ouvir
Porque rejeitam a verdade
São surdos só a fingir
E limitam-se á incapacidade

Por isso ó vento
Quero que sopres mais forte
Que ignores o fingimento
Que mostres o norte
A quem busca sentimento
Não aos que procuram a sorte
E só te trazem desalento
Pois quem não te ouve procura a morte
E tu tudo fazes para impedir esse momento

G-Slim
(Márcio)
 
A voz do vento...

Mesmo de sempre...

 
Chega o silêncio…
E a minha alma vai…

O vazio envolve-me
E mergulho na incapacidade
Sem saber ser, sou
Sem saber ir, vou
E chego a minha verdade

Verdade incorrecta
De quem nunca soube ser
De quem nunca soube ir
Triste sou, triste serei
Pois vivo na tristeza de saber cair…

E quem assim vive chora…
Apenas porque nunca soube sorrir…

M.O.
 
Mesmo de sempre...

Saudade...

 
Saudade...
Palavra triste quando por ti chamei
Saudade...
Palavra com alma que tatuei

E hoje ao dormir em desespero grito:
"Fica e não vás..."
E de repente acordo e questiono:
"Saudade, afinal onde estás?..."

M.O.
 
Saudade...

Sem (ti)tulo...

 
Vais ou ficas?
Não posso viver nesta incerteza
A espera cansa, o coração aborrece-se
E tu és tela de alegria e tristeza

*

Quero ou queria? Já nem sei
Não quero ver o que é previsível
Juro que te quero perceber
Mas tu és imperceptível

*

Vais e vens,
Mas o que é que queres ser?
És invasora de excelência
Que desaparece e volta a aparecer

M.O.
 
Sem (ti)tulo...

AZUL...

 
Mergulho no azul do mar
Quero desaparecer
Ficar submerso e a sua cor respirar
Ali eu quero permanecer
Um azul que tem tanto p’ra me dar
Mas que eu não posso ter nem receber

Tudo isto ó mar,
Porque este azul não é teu
Tu és azul só ao olhar
Na verdade és o espelho do céu
E é ele que faz questão de guardar
O azul ao qual queria chamar meu

Quero o azul que não posso ter
O que pertence ao céu e não ao mar
O azul que eu quero esquecer
Mas que não consigo apagar
E agora limito-me a ver
O azul que não posso alcançar

G-Slim
(Márcio)
 
AZUL...

Momento...

 
Um momento…só um momento
E é aí…

Sim, é aí que vais
E atravessas tudo que vivi
Tu vives-te o mesmo certo?
No tempo esquecido em que eu te conheci

Já não te conheço (penso eu)
Ou já não te quero conhecer
Mantém-te oculta, disfarçada
Pois não quero retroceder

Foi estranha a tua partida
Mais estranho é o vazio que em mim ficou...

Foi só um momento, um breve momento
Bom ou mau, já acabou

M.O.
 
Momento...

Distância...

 
Sinto-te distante
A ponte ruiu
Desapareces-te sem rasto
E o nevoeiro em mim caiu

Fecharam-se as portas…O meu amor partiu

Estás tão longe
Já não te sinto
A ausência é em mim certeza
Tu em mim és labirinto

Desapareça eu…Se quando falo minto

M.O.
 
Distância...

Até um dia...

 
Viajaste…
Deixaste toda a gente escura
Sem querer deixaste um rio
E uma doença sem cura

Porque foste assim
Com tanta subtileza?
Sem avisar os corações
Que se aproximava tristeza?

Acho que não voltas
É o que estou a prever
Porque onde estás não há caminho
Para voltar a viver

Não choro mais por ti
É o que te posso dizer amigo
E tu não chores por mim
Pois mais tarde irei ter contigo

G-Slim
(Márcio)
 
Até um dia...

No mundo do sonho...

 
Sonho...
Mundo imaginário onde me perco
Ali eu posso, quero e tenho
Ali eu traço, pinto e desenho

Mundo de ilusão cheio de certezas
Ali sou eu, outro, alguém
Ali sou tudo, todos, nada e ninguém

Mundo de cor onde me encontro
Mundo doce, salgado e amargo
Ali elimino, limpo e apago

Mundo de memórias e previsões
Ali já pensei, esqueci e lembrei
Ali já fui, sou e serei

G-Slim
(Márcio)
 
No mundo do sonho...

Anjo de Luz...

 
Põe a tua mão na minha
Vou levar-te a passear
Pela vida a que chamo minha
Mas á qual não gosto de chamar

Vê como tudo é cinzento
Escuro é o tom predominante
Vejo nos teus olhos o desalento
Ao veres este cenário decepcionante

Esta minha vida gira
Á volta da incerteza
E daqui já ninguém me tira
Aqui está a minha alma presa

Quando largares a minha mão
Sei o que vai acontecer
Vou cair de novo na solidão
Tudo vai voltar a escurecer

Acompanha-me sempre e ilumina-me!
Quero-te comigo Anjo de Luz!

G-Slim
(Márcio)
 
Anjo de Luz...

O meu ciclo...

 
Na direcção do abismo vou caminhando
Com os olhos vendados
É como se estivesse a ser puxado
Por algo que me obriga a caminhar
Com incerteza e passos retardados

Que adiam mas não anulam a queda
Pois esta está eminente
Só me fazem olhar p’ra ela
Pensar no inevitável
Vou avançando mas lentamente

Começo a desesperar
Já avisto o precipício
E mesmo que a venda me caia
E a queda não se concretize
É uma questão de tempo
Pois tudo volta ao início

G-Slim
(Márcio)
 
O meu ciclo...

O pedido...

 
Quero entrar no mundo onde sonhas, onde construíste o teu refúgio
Para te esconderes e ocultares, do que é a tua entidade
Quero que abras as gavetas mais escuras e profundas
E me mostres o que te contunde e magoa de verdade

Quero perceber o imperceptível, chegar bem perto de tudo
O que martiriza, tortura e escurece o teu sorriso
Quero dar-te a minha mão e ser parte da solução
Não só porque mereces mas sim porque eu preciso

De perceber o que sempre encobriste individualmente
Para não pintares o teu cinzento no arco-íris dos demais
Sei que não queres mostrar o teu caminho solitário
Mas há quem precise de saber e conhecer por onde vais

Porque é desmedida a tua importância
E porque nunca te ausentaste do pensamento deste ser
Que expulsa letras do coração apenas para te dizer
Que aguarda permissão para o teu mundo conhecer

M.O.
 
O pedido...

Sim, tu...

 
És um poema…
És o tudo e o nada dentro de mim
O aperto no peito
O brilho nos olhos
Quando te toco e te olho assim

És palavra…
Frase bela e incomparável
És lágrima
És sorriso
És sentimento instável

És o sol…
És consequência acidental
És o cinzento
O nebuloso
O amor inicial

M.O.
 
Sim, tu...

Escravo...

 
Tu és a única que ocupa os meus pensamentos
E faz de mim um mero escravo do coração
Queria prescindir desta dependência e
Exteriorizar sentimentos que não

Liberto por ti, por mim, não liberto porque hoje sou
Prisioneiro de mim próprio e deste vicio insaciável
Hoje não vivo, não existo, hoje não vou,
Nem quero ir ao encontro do que é inalcançável

M.O.
 
Escravo...

Fase terminal...

 
Puxados pela morte
Mas agarrados á vida
Visível a dor
Mas invisível a ferida

Um sorriso enganador
Que esboçam por bondade
De quem por eles tem amor
E os ama de verdade

Só os olhos falam
(Dicionários de sentimentos)
São espelhos do tempo
Que imortalizam momentos

Que pena dos mais sós
Que pensam que é só mais um dia
Que têm o silêncio para ouvir
E uma máquina por companhia

M.O.
 
Fase terminal...

Bem vinda a mim...

 
Mergulhei
Em sonhos nunca sonhados,
Sentimentos apertados
De quem nunca amou
E voltei
A procurar o mesmo ser,
A mesma razão de viver
Deste que nunca sonhou

Então chorei
Todo o afecto negado
E com o rosto molhado
Regressei ao pesadelo
E agora sei
Que não há vida para mim
Pois o sonho que via em ti
Acabei por perde-lo

E esse sonho
Voa…para longe de mim
Sinto o frio por…
Não estares aqui
E agora não sei mais de ti

Vagueei
Por lágrimas molhadas
Em busca das estradas
Para o teu coração
E notei
Que não deixaste rasto
E o meu mapa está gasto
E sem motivação

E lembrei
Que o ser que não sonhou
Precisamente o que chorou
Só te viu num breve sopro
Mas tatuei
Com lágrimas o caminho
E deixei-te com carinho
Um mapa em pleno corpo

Agora és tu
Quem voa…e eu já só penso em ti
Sinto-me bem por…
Já estares aqui
Bem vinda a casa, bem vinda a mim

M.O.
 
Bem vinda a mim...

Só mais um poema...

 
É só mais um poema p’ra dizer o que tantas vezes te disse
E ao qual não deste atenção e relevância essencial
P’ra perceber que sou mais do que pensas que posso ser
E que posso ser muito mais do que tal

Nunca me ouviste com ouvidos de ouvir
E isso p’ra ti continua a ser
Como um zero à esquerda algo insignificante
Que um dia te fará perceber

Que o tudo e o nada que te ofereci
Eram muito mais do que mero vocabulário
Mas aí podes estar perto da última chamada
E bem longe de voltar a ter tal oferta como cenário

M.O.
 
Só mais um poema...

Quando nos amamos...

 
Sacia o meu desejo
Vem dizer-me ao ouvido
Uma frase de amor
Quero sentir o teu sabor
Quero ouvir o teu gemido

Vem amar-me…Dá-me prazer…

Acaricia a minha pele
Vem colar-te a mim
Sentir o teu corpo no meu
Anda mostrar-me o céu
Deixa-me ser parte de ti

Vem amar-me…Dá-me prazer…

A tua voz a ecoar
Como que a dizer
“Gosto de te amar
Adoro-te tocar
Contigo eu tenho prazer”

Quando nos amamos…

G-Slim
(Márcio)
 
Quando nos amamos...

Sou...

 
Eu sou o negro no branco
O claro no escuro
Sou resultado da mistura
Do sensível com o duro

Sou o silêncio barulhento
A verdade calada
Sou o segredo desvendado
Dentro do tudo que é nada

Sou a alegria da tristeza
De um olhar envergonhado
De um choro sorridente
Que vivia disfarçado

G-Slim
(Márcio)
 
Sou...

Sou eu...

 
Sou eu,
Aquele que viaja
Por mundos sonhados
Aquele que escreve
Que pensa e sonha
Sentimentos desejados

Sou eu,
Aquele que pinta
Um sorriso no rosto
Aquele que se mói
Que entristece e chora
Depois de um desgosto

Sou eu,
Quem por vezes está triste
Mas mesmo assim sorri
Aquele que te olha
Que te contagia de alegria
Para te ver sorrir a ti

G-Slim
(Márcio)
 
Sou eu...

Márcio André Alves Oliveira (M.O.)