Poemas, frases e mensagens de MaurélioMachado

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de MaurélioMachado

AQUELA MULHER

 
AQUELA MULHER
 
Aquela mulher



Surgiu tão de repente

Sentou-se ao meu lado

Num banco da rodoviária

Timidamente sorriu

Contou-me um pouco de sua vida

Perguntou sobre os meus dias

Não perguntei seu nome

Nem ela soube do meu

Instantes de doce calmaria

Ela se foi, eu voltei para casa

Em companhia da solidão.
 
AQUELA MULHER

PALHAÇO

 
PALHAÇO
 
Aplaudido pela multidão,
fiz o menino triste sorrir,
fui herói e vilão,
arranquei risos da donzela,
ao homem preocupado
levei o meu humor
transformei a sua dor
em calorosa emoção.
Na minha trajetória
minha obscura história
ninguém poderia supor
da minha grande tristeza
Palhaço que fui,
palhaço que sou...
sem um grande amor!

Poesia de meu e-book "O poeteiro de rua"
 
PALHAÇO

Quisera ser

 
Quisera ser
 
Quisera ser

Quisera ser um cantador.
Nobre repentista do agreste.
a cantar com muito vigor
as belezas do nordeste.

Cantar em versos bonitos
as grandezas do Brasil
os segredos do infinito
do mar, das matas, céu anil

Cantar a lindeza das flores
do litoral às agruras do sertão
Falar de tantos e tantos amores
em versos vindos do coração.

Cantar com muita alegria
e com um sorriso no rosto
estrofes de muita harmonia
Cantar, cantar que dá gosto...

Cantar tal quais passarinhos
livres, aos bandos a voar
longe dos seus, de seus ninhos
sempre sempre a encantar.

Ah! quisera ser um trovador
cantar as belezas da vida
em cantos de muito amor
cantar só pra ti querida !
 
Quisera ser

UM ANJO VAI NASCER

 
UM ANJO VAI NASCER
 
Um anjo vai nascer

Em sua viagem surreal
Ventre cingido de amor
Ah!...beleza sem igual
Esperamos a linda flor

Sorrindo em abraços
Expectativa do seu nascer
Seguimos todos os passos
Surges para a vida: viver!

E, para nossa alegria
o choro, princípio de vida
Doce encanto, harmonia
Vais nascer anjo querida!
 
UM ANJO VAI NASCER

SOLILÓQUIO

 
SOLILÓQUIO
 
Solilóquio



Grandezas e podridão

Bebidas, perfumes,

desastres e solidão.

Letais ciúmes.

Vidas, vidas...

Felicidades aparentes

Risos, alegrias contidas...

E esta gente,

de amores deslumbrados,

bocas ansiosas de desejos

almas devassadas

na cálida madrugada?

Somos nós, nossos amigos,

os amores, namoradas?

Quem serão ?

Fadas

Profetas

Fanfarrões

Seresteiros

Mal amadas

Estetas

Ladrões

Baderneiros

Poetas ?

Que importa?

Deixem-me dormir!
 
SOLILÓQUIO

LUZ DOS OLHOS

 
LUZ DOS OLHOS
 
Teus olhos me dizem coisas
Que tua boca jamais proferiu...
Será que teu olhar me mentiu?

(Sirlene Rosa)


Meus olhos são para ti amor
Só para admirar esta formosa flor
Que na minha caminhada surgiu!

(Maurélio Machado)
 
LUZ DOS OLHOS

SOLIDÃO (indriso)

 
SOLIDÃO (indriso)
 
Solidão

Havia lhe falado constantemente

Embora não quisesse me ouvir

desta minha paixão, do amor...



E o tempo então se exauriu

Nossa juventude se foi

Fiquei só com o sonho



Você não me ouviu



Hoje sofre sozinha.
 
SOLIDÃO (indriso)

VIAGEM INSÓLITA

 
VIAGEM INSÓLITA
 
Viagem insólita



Suguei o verde das matas

Do céu o vazio azul anilado

Das espumas das cascatas

O frescor alvo açucarado.



Percorri os caminhos da serra

E as praias do agradável litoral

Guardei os encantos da terra

Do alvorecer a aurora boreal.



Lancei-me rumo às estrelas

No infinito do infinito universo

Que encantamento ao vê-las

Brilhando assim tão de perto.



Irradiante expedição surreal

Visão de raras belezas e cores

Jamais, jamais verei nada igual

Conjunto de mágicos primores.
 
VIAGEM INSÓLITA

VIDA?

 
VIDA?
 
Vida ?

O sonho afunda
Numa vala profunda
Monte de esterco.
 
VIDA?

Primavera

 
Primavera
 
Primavera



Ventos agradáveis do litoral

Flores, fragrâncias em floração

Pássaros em cantos magistrais

Natureza em luminosa estação



Heras exuberantes, Ipês amarelos,

Azáleas, orquídeas, flores-do-campo,

Profusão de cores, tempos tão belos

Sorrisos de crianças, amores e encanto.



Águas cristalinas, riachos e cachoeiras

Cantilena de cigarras nos arvoredos

Nos campos surgindo as formigueiras

Nas frondosas árvores o passaredo.



Nas praias alvas espumas do mar

nosso esplendoroso Atlântico Sul

amenidade do sol sempre a brilhar

entrelaçado entre nuvens o céu azul.



Indescritíveis florestas verdejantes

A monopolizar estonteante beleza

Noites serenas, estrelas cintilantes

A vida em festa, bendita natureza!
 
Primavera

Pedaços de mim

 
Pedaços de mim



Fui flor, jasmim

Tive pressa ao caminhar

Fui sempre assim...

Pouco falar



Fui poeta

Carreguei a dor

Como esteta

Lapidei a flor



Fui caminhante

Um sonhador

Pouco falante

Retive esta dor



De não saber de você

Minha doce querida

Por tanto, tanto querer

Me perdi nesta vida.



Os sonhos são incolores

No silêncio da madrugada

Sôfregos, pobres amores

Perdidos, sós, amada...
 
Pedaços de mim

NO LITORAL

 
NO LITORAL
 
No litoral

Mesmo só, isolado
neste esplêndido litoral
Te sinto ao meu lado
N'um amor transcedental

Escrevo minhas poesias
Frutos de meu coração
Pensando em novos dias
Confirmando nossa união.

Na madrugada que se aproxima
Sinto novos aromas no ar
O calor de tua estima
Teu amor e nosso amar!

(Piçarras, 22/07/2008)
 
NO LITORAL

Refúgio

 
Refúgio
 
Refúgio
Maurélio Machado

Ilusória euforia
Sombrio amanhecer
Impassível monotonia
Sórdido viver.

Solitários caminhos
no meio do nada
Pontiagudos espinhos
Àrida caminhada

Na saga dolorida
a tênue luz
branda acolhida

O sino na ermida
que o conduz
à outra vida.

Ver: http://www.avspe.eti.br/sonetos/MaurelioMachado.htm
 
Refúgio

BOAS FESTAS

 
BOAS FESTAS
 
AOS POETAS DO LUSO POEMAS MEUS SINCEROS VOTOS DE UM FELIZ NATAL E DE UM PRÓSPERO 2009.
 
BOAS FESTAS

O MAR DOS OLHOS SEUS (Indriso)

 
O MAR DOS OLHOS SEUS    (Indriso)
 
O mar dos olhos seus


No meio da frenética multidão
Sob o sol causticante da selva de pedra
Me senti dolorosamente só.


Perdido nos labirintos da grande cidade
Na imensidão do caos metropolitano
Voltei ao nosso recôndito encantado

Aos braços do meu porto seguro


O mar dos seus olhos azuis!
 
O MAR DOS OLHOS SEUS    (Indriso)

O CÉU CHOROU DE TRISTEZA

 
O CÉU CHOROU DE TRISTEZA
 
O céu chorou de tristeza



O dia acordou em tons cinzas

Mágoas trazidas da madrugada

Saudades do sol que se foi.



A manhã fria e silenciosa

Com os pássaros acabrunhados

Trouxe a brisa gelada do mar



Amanhecemos com o coração sangrando



E o céu chorou de tristeza.
 
O CÉU CHOROU DE TRISTEZA

QUISERA

 
QUISERA
 
Quisera

Quisera fechar os olhos e não ver...
Ficar cego diante de todos...
Quisera tapar os ouvidos e não escutar...
Não ouvir falar de mais nada.
Quisera não sentir o corpo estremecer...
O tremor da revolta da indignação...
Quisera ao mundo não assistir morrer!
De penúria e inanição...

Homens que destroem a vida por ambição!
Ventos desastrosos desarvoraram
Homens que não enxergam além do poder!
Frágeis ideais se dispersaram,
Homens que seguem sem conhecer a razão...
Apócrifos pregadores da utopia
Homens que fazem da dor o seu real prazer!
Quando a miséria não os atinge no dia a dia!

Sórdidos e hediondos são os crimes que praticam...
Vis celerados, cínicos e mercenários,
Igualmente odiosa é a nossa ignóbil omissão...
Somos fracos, indulgentes, otários.
Lançamos cotidianamente sementes de intolerância...
Mas de revoltas solitárias não surge a revolução
Quer nos apercebamos dessa realidade ou não!...
Somos cúmplices desta sociedade submissa!

Restam estatísticas frias, gélidas, macabras...
Que serão omitidas pelas lendas de estórias,
Que ao inevitável esquecimento amanhã recairão...
Neste prostrado e impune rincão...

As lágrimas sorrateiramente serão enxugadas...
As angústias no recôndito de tênues memórias,
Prosseguiremos à espera de Justiça: quiçá ao outro...
Quiçá à nós mesmos
...estendendo a mão!
por migalhas de pão!

Dueto: Maurélio Machado e Má Herculano
 
QUISERA