Poemas, frases e mensagens de kryssfour

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de kryssfour

Pecado é renunciar

 
A razão evadiu quando meus olhospousaram nos teus, negro abismo.
Renunciar a paixão, como posso?Paixão é o ar que inunda o peito,o sangue que preenche as veias,fôlego da vida e fuga da morte.Não se maldiz o que se ama, por sorteencontrar uma paixão, inda que tardiaé garantir um sopro de sonho todo dia.
Fingis ignorar meu desejo,
acaso não seria também o teu?Podes sentí-lo, mas vivê-lo...Deus!Tantas são as amarras que impedemo desatar sem o receio do ardor,permitir-se, sem censura ou reservas.Libertar os sentidos, se despir da razão,
bússola dos atos, atender ao desejo
insensato, mergulhar no fosso da paixão.A pira do desejo arde, inflama corpos e mente."Pecado é provocar desejo e depois renunciar..."Inaceitável é ter uma paixão e não se entregar.
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Pecado é renunciar

O vazio que sobra

 
Paixão platónica... A falta foi fato.
Falta de teu rosto, do teu cheiro... Do abraço.
O som do silêncio ecoa pelo quarto,
na cama uma lacuna ocupou seu espaço.É só vácuo... Eu sou vácuo.
De ti sobrou só vácuo.
A ausência tem nome, tem forma, tem vida
que vibra pensando no gemer sôfrego
quando a língua buscava sem pudor, no teu dorso,
teus recantos, fonte do teu, meu prazer.
Falta-me aos ouvidos o sussurro obsceno,que jorrava no ar e escorria em meu corpo feito contas, feito gotas, feito em gozo.É só vácuo... Sou só vácuo.
De tudo sobrou o vácuo
Já não te encontro nos meus sonhos,
Não me irrigas de gozo, de ti, do teu sumo...
É só falta de teu corpo a estremecer em meus braços,
em loucuras impensáveis ou pecados inconfessáveis.
Não me sobraram odisseias nem aventuras realizáveis.
Nem tardes de espera ou noites de enlace.É só vácuo... Eu sou vácuo.
De ti, de tudo sobrou o vácuo.

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O vazio que sobra

Cicatrizes

 
Cicatrizes
"Dos remédios e venenos sorver até a última gota.
Que não sobrem mazelas ou benesses.
Das feridas nos bastam as cicatrizes."
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Cicatrizes

Amor Pródigo

 
_Amada minha, por onde andaste?Meus olhos pendem cansados,turvo por verter lágrimas. da dor que tua ausência me traz,Fui detentor de teus abraços,não te preservei em meus braços,agora sorvo o fel da angústia na foz.
_Amado meu, quando de mim te descuidaste,
lançando-me a própria sorte, perdi minha direção.Em busca de uma quimera, de um bálsamo para solidão,vaguei por caminhos sem norte, a procura de uma paixão.
_Volta amada minha, assim como foste, o teu lar ainda te espera.Deixa-me curar tuas feridas, assim como das minhas cuidaste.A tua ausência foi fel, amargou cada dia meu viver.Se não estás ao meu lado, sou ave arredia a perecer.
_Meu amado, quero de novo amar, sem reservas, sem amarras.
Que eu possa me entregar, na certeza de seu cuidado.Reiventemos o amor, num presente sem dor.Recomeço sem passado, nem futuro promissor,apenas eu, você, o hoje ... Seja como for.

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Amor Pródigo

Do pó ao pó

 
Chora pelo que jaz morto,
entrega ao pó o que é pó.
Não adianta o pranto,
nem reza e vela pra tanto.
Morreu, acabou,
deixa enterrar.
Nada pode fazer voltar
o que a vida te arrancou.
Desfaze de tuas memórias,
limpa gavetas, rasga os rascunhos,
vestígios ocultos que mantém guardado,
lembranças frágeis de breve passado,
que não se sabe se houvera.
Despeça sem choro
das sombras que te assombram
daquilo que se fora.
Agarrar-se aos restos é vegetar,
agonizar qual moribundo,
na esperança que algo aconteça.
Talvez uma alvorada, que desponta antecipada.
Quiçá primavera, onde a paineira floresça.
Mas não há alvorada, nem muda-se a estação.
Não há sol no céu, nem da paina há o botão.
Só as lembranças que teimam
em assombrar tua visão,
cobrindo com manto de dor,
tua vida na solidão.
Liberta dessa canga pesada,
que aprisiona teu coração
e atropela a caminhada.
Desfaze do que jaz morto,
exorciza essa paixão,
entrega o corpo ao chão.
Morreu, acabou.
Deixa enterrar.

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Do pó ao pó

Fumaça ao vento

 
Tenho em mim saudade
daquele tempo em que a saudade,embora fosse dorida,tinha gosto de realidade.
Hoje se faz abstrata,desbotada e sem sentido.Saudade de um não sei quê,do que nem se fora vivido.
Saudade assim não perdura,o tempo só faz desgatar.Lembrança, rota e sem cor,vaga imagem a se dissipar.
Fumaça solta no vento,quimera, sem tom de verdade.Queria , num breve momento,vestida de atroz sentimento,vibrar com o ardor da saudade.
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Fumaça ao vento

Caos tatuado

 
Envolto em teu caos, parado no cais,não percebes que o tempo se esvai.Preferes ficar ruminando mazelas,perdendo as delícias que o hoje te traz.
Eu...sou barco no mar, sou vela ao vento.Do que esperei... De ti, só esboço fugaz.Ao vento revolto alegre me rendo,que dança, me toma, me arranca do cais.
A maresia anuncia, proximidade do mar.A vela iça, a alma arde em brasa inflamada. O vento que sopra, o pelo na pele eriçado,seu canto seduz, desperta do sono profundo,tempestade no corpo, desejo de mundo.
E tu...Estático no ancoradouro, escasseias o tempo de amar,desperdiças teu tempo de viver,Sobrevive à sombra do teu caos, te aconchegas no manto da dor.
Reage presto enquanto é dia,solta as amarras do estaleiro.Quando enfim buscares o amoreste pode já haver partido,levado pelo vento a outras paragens.e te restar só caos, no peito incrustada tatuagem.
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Caos tatuado

Paciência que passa

 
A paciência se cansou,
abriu asas, alçou voo.
Desistiu de esperar sozinha
um dia que nunca chega
um tempo que nunca passa,
um dito que jaz fumaça.
Pelo não dito que se fora,
de um momento de outrora
que nunca foi nem será.

A paciência se foi só,
do mesmo jeito que chegara.
Não levou consigo lembrança,
nem sombra, nem cor, nem mácula.
Não quis ser espelho de Jó,
até ela tem seu limite,
seu ponto de exaustão,
limite de tolerância.

A paciência mudou e levou
tudo que lhe pertencia.
Não deixou nada na casa
onde montou estadia.
Foi e não volta mais,
saiu em busca de paz,
cansou de ser paciente,
não quer apostar em futuro,
lhe basta o mal do presente.

A paciência deixou um recado,
a quem lhe fez esperar,
paciência em demasia,
é puro golpe de sorte,
e sorte não é todo dia,
que paira por essas bandas.
Não deixe o amor esperando,
Amor em espera, vai passando.

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Paciência que passa

Loucuras de Mulher

 
Perdoa essa desvairada que te faz espumar de raivae consegue te tirar do eixo.Tratando-se de fêmea é normaltamanha excentricidade,afinal com tantos hormônios,seria ingenuidade esperar normalidade.Hormônios são nossos demônios.Pobre dos machos que buscamnos braços de uma mulherdescanso e tranquilidade.Fêmeas lhes dão o regaço,sexo, filhos e alguma satisfação.Agora, por caridade,não lamentes a insanidadeque a costuma acompanhar. Aproveita a oportunidade,usufrui o que vida te dá:uma mulher a te endoidecer,uma mãe pra teus filhos parir.uma fêmea a te amar.

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Loucuras de Mulher

Veneno certo

 
A distância só aguça a paixão que se quer enganar.Remédio errado ou veneno certo?
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Veneno certo

Eu sou vácuo

 
A paixão foi platônica, a falta foi fato.
A falta de tua fala, do teu cheiro... Do abraço.
O som do silêncio ecoou pelo quarto,
a lacuna na cama ocupou todo espaço.
É só vácuo... Eu sou vácuo.
A ausência tem nome, tem forma, tem vida
que vibra pensando em teu sôfrego gemer
quando a língua vasculha sem pudor no teu corpo
os recantos da fonte onde jorra prazer.
Ouvido geme por teu obsceno sussurro.
Não me irrigaste de gozo, de ti, do teu sumo...
É só vácuo... Sou só vácuo
Já não te encontro nos meus sonhos,
nem desejo teu corpo a estremecer em meus braços,
não mais planejo loucuras, nem pecados inconfessáveis,
já não me inspira odisséias nem aventuras realizáveis.
É só vácuo... Eu sou vácuo.
Tudo parece estar num passado,
numa lembrança de imagem imprecisa,
foto amarelada, nuances sem vida.
É só vácuo... Eu sou vácuo.
De ti sobrou... o vácuo.

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Eu sou vácuo

O homem a dormir

 
Olho o homem que dorme ao meu lado,
como criança indefesa repousa,
ouço seu suave ressonar.
É um homem a dormir
ou um gato a ronronar?
Ah, são mágicos os mistérios do coração.
O mais comum e frugal momento,
no enlevo da paixão,
fica envolto de encantamento e dulçor,
digno das mais belas elegia e dos poemas de amor.

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O homem a dormir

Poema para você

 
Queria escrever um poema triste,um poema onde a dor se lesse.A dor sobeja, a palavra fenece.
Com a dor da falta tecer um soneto,um lamento cheio de nostalgia.O lamento forte sufoca a poesia.
Queria declamar as dores da Saudade,imprimir nos versos sua intensidade.A saudade intensa minha voz emudece.
Pisante de pés tortos. andante solitário,
sigo buscando fuga desse martírio.A saudade, feito vento, sussura seu nome...

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Poema para você

Marcas rubras

 
Mote:
"DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!" (Mário Quintana)

Marcas Rubras

Sob sol causticante ou impetuoso aguaceiro,sigo qual tal peregrina
levando o ônus da vida,um fardo pesado que arde,na carne cravado espinho.
Incrustado na sola do pé,arrancando sangue e suor nas passadas pelo caminho.
Pisando de lado, de leve, sofrendo as dores calada, aceito malfadada sina.
De que me adianta o murmúrio, se é de luto a vida que me destina.
Quanto mais sigo minha vereda, buscando sedenta um porto,
mais sinto o espinho arranhar, rompendo adentro do corpo.
Me perguntam por que não extirpo, não me livro de vez do estorvo,
não entendem eles que o espinho,já fizera ninho em meu corpo.
Por isso sigo a jornada,sangrando e pisando torto.

Alguns pensam que sou louca, que de mim vai longe a razão,
não entende toda essa gente, que pago o preço por amar
aquele que n'outras veredas, rasga o rumo n'outro estradar.
Como plantar consciência na terra insana do coração?
Se ele só se faz campo fértil, às sementes da paixão.
Me resta seguir penando, levando comigo ardor,
de olhar com olhos de cego e deixar passar o amor.
Quem sabe meu corpo alforria, abortando de vez o espinho,
me alivia do fardo dorido e me abre um novo caminho?
Não clamo jugo menor, apenas suspiro que venha um breve alivio da dor.

"Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las..."
mesmo que não se sinta tão digno de recebê-las.
Aceito minha triste sina e embrenho mundo afora,
O meu martírio suportando, levando lembranças vividas.
carregando a minha dor, lambendo minhas feridas.
Quem não me conhece de perto, não percebe a ebulição,
alma atormentada, vivendo sob querências de insano coração.
A cada passo o sangue verte vivo da ferida do espinho,
sigo deixando marcas,rastros de sangue pelo caminho.

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Um agradecimento a Poeta/Amiga Helen De Rose, que nos deu uma aula sobre essa forma de poema, a GLOSA, que eu humildemente tento criar.
Segue abaixo a obra da mestra pra quem quiser conferir.
Gratidão, Helen!
Eu quero um Amor...-Helen De Rose
 
Marcas rubras

Face to face

 
"Face to face"Somos muito diferentes.você ribalta..eu coxia.você aurora...eu ocaso.você persona...eu pessoa.Você o gosto em ouvir...Eu o medo em falar.Você convexo.Eu côncavo,
 
Face to face

Árvore da Vida

 
ÁRVORE DA VIDA

Os
amores
platônicos,
ancorados em
poemas... Sobrevivem.
Pelas mãos do poeta, cujas
tramas mágicas são tecidas,
com todas as palavras colhidas,
A seiva do poeta
ameniza
a dor
Sufoca
o grito
Liberta
o riso
Garante
o viço,
a força,
a forma.
Alimenta a vida.
E lhes traz sentido.

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Árvore da Vida

Terra e Arado

 
Eu sou terra, você arado,terra seca com sua ausência,que se encharca aos teus cuidados.Sem você sou veio d'água,
diminuto e rasteiro, que desce timidamente,nas ocultas fendas sedentas,de água, cuidado e semente.
Sem ti sou só aperreio,seu arar me faz cachoeira,água forte jorra do veio,encharcando os meus montes,descendo entremeios,caudalosa corredeira.
Não fuja de minha vista,não sai de minha terra,singra a fonte no leito.Não condenes à sequidão,o campo viçoso e fértil,que sonha com teu cuidado,
que geme por tua semente,Eu sou terra, você arado.
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Terra  e Arado

Irracional paixão

 
"Nos momentos em que surpreende um lampejo de razão,me coloco a pensar, me dar conta da Paixão.Descubro que este fogo, esta chama a consumir... Consumiu a minha paz, deixando no peito angústia. Fogo que arde sozinho, qual a sua serventiasenão transformar em cinzas minha parca alegria. "
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"aβsynto Vocέ"
 
Irracional paixão

Vulto

 
Tenho endereço mas não tenho casa,falta-me pouso...Vivo na casa na casa mas não a habito,falta-me ninho...Deito na cama mas não durmo,falta-me sono...Como do prato mas não me alimento,falta-me gosto...Bebo da água mas persiste a sede,falta-me a fonte...Escrevo um poema mas não o leio,falta-me ouvinte...Cometo injúrias e não confesso,falta-me cúmplice...Compro a bebida mas não bebo,falta-me parceiro...Faço o sexo mas não me sacio,
falta-me amor...Tenho... mas me sinto só,falta-me... Só me falta.Encontro-me entre tantos
mas sou só desencontro.Penso mas não existo,falta-me ser...Estou onde não sou,
onde sou, não estou.Sou só vulto.
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Vulto

Borboletas na sala

 
Uma borboleta plaina no vazio da sala
vejo seu bater de asa leve e
intenso como o pensamento
que livre te busca. Como o voejar
da borboleta que plaina absoluta
meu pensamento salta a procurar-te.

Pensamento em voo livre, disperso
num aflito rastrear por pouso
perdeu-se onde liberdade não há.
o tempo lhe surrupiou o repouso e
giras em torno de si mesmo,
rodopiando inútil a esmo.

Voo débil, sem bússola que aponte
o norte , legado à própria sorte,
ou sua falta. Buscas um horizonte
num bater e rebater de asas
neste vácuo entre o pensamento que nos ata,
neste abismo do espaço que nos afasta.
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Borboletas na sala

"Se me esqueceres, so uma coisa, esquece-me bem devagarinho."(Mario Quintana)