Poemas, frases e mensagens de GeorgeArribas

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de GeorgeArribas

Breve Poema Triste

 
Eu me escondi num triste poema triste
Que queria ser belo como o do Quitana
Mas era cinza demais - era só drama
Choupana de tristeza, dor e pena

Das incertas esperanças veio o medo
Crescente em breves cartas revirando
Como um barco à correnteza que adernando
Entre inúteis fortalezas de um bêbado...

Eu me escondi num triste poema breve
Guardando corpo e alma no armário
Cerzindo alegria ao vestuário
E horas de vazio a mão que escreve

George Arribas
Recanto do Poeta
 
Breve Poema Triste

Teus Sinais

 
Melhor assim que eu não te veja
Melhor que eu não te veja nunca mais
Que eu não te veja nos caminhos que despejas
Todos meus sonhos sozinhos - nada mais...

Melhor assim e que assim seja
Porque fareja em mim todos os teus ais
Como um sem fim é ruim pra mim que tu estejas
Por perto abrindo caminhos sempre iguais

Melhor que o fim pra mim é que tu sejas
Até o fim e apenas só meus irreais
Melhor pra mim assim que o fim não vejas
Que esqueci em mim os teus sinais
George Arribas
Recanto do Poeta
 
Teus Sinais

Meus Olhos

 
Meus Olhos

Meus olhos aquietam a minha alma
Despindo-me por onde vou
Distantes vão entre as calles
Incautos passeiam entre a dor

Meus olhos e minhas lembranças
Bordados de mundos que eu vi
Porções preciosas de tempo
Que em tantos portos perdi

Segui olhos cegos e insanos
Presas tão fáceis dos meus
Cruéis servis dos enganos
Nas armadilhas do adeus
George Arribas
Recanto do Poeta
 
Meus Olhos

Mosaicos de Mim

 
Mosaicos de Mim
 
Mosaicos de Mim

Nao sabia a minha alma os desviares
De uma lagrima molhada de desejo
De um beijo se despindo nos altares
De um brilho de paixao que tanto ensejo

Confusos quadros na memoria vejo
Entrelacando cada elo do destino
Como se fossem mosaicos de mim mesmo
Em permanentes miragens e desatinos...

Teu rosto invade os desenhos que protejo
Mas no peito acordam todos repentinos
Descortinando imagens que pelejo
Entre paredes e sonhos clandestinos...

E nao podia minha alma mais segredos
Carregar pelas sombras dos olhares
Posto que enfim tatuando o fim dos medos
Dentro em mim estaras por onde andares
George Arribas
 
Mosaicos de Mim

Meso a Meso

 
Uma parte de mim arde em mistério
Como sombra caída na amplidão
Reverbera como eco de um impropério
Pervertendo toda sorte da razão

Uma parte reparte sem critério
Outra parte sem prumo e direção
Um aparte sem arte, deletério
No estandarte faminto da emoção
George Arribas
 
Meso a Meso

Menino do Lixo

 
Embalado pelos braços do abandono
As estrelas que vi eu perguntei
O meu rumo, o meu destino, o meu engano
O meu pecado, a minha vida – onde eu errei?

Fui jogado aos cantos porcos, maus e imundos
E pela luz da indiferença me guiei
No lodaçal todos os meus sonhos mais fecundos
Pelas sarjetas da vida eu me criei

Endurecidos corações, tamanho é o preço
Que permaneço à pagar vivendo assim
Nos açoites do mundo o meu começo
Que mais então deverá chamar-se fim?

George ArribasRecanto do Poeta
 
Menino do Lixo

Moinhos...

 
Moinhos...

Partindo ágil a criativa pena...
Encena a régia sorte fria da quimera
Que deslizando suave vai de encontro a primavera
Ouvindo a lua entardecendo uma canção

O coração reflete a luz que abriga ansiosa espera...
Revelando ao dia o que a noite não revela
Entre os moinhos de vento da razão
George Arribas

Recanto do Poeta
 
Moinhos...

Lia

 
Lia
E Lia ria pela estrada nua
Que se lhe abria como caminhada
E perseguia uma ensandecida lua
Que se movia como se fosse alada

E Lia ria como quem fugia
Da primazia de uma sorte errada
Que lhe valia uma envergonhada rua
Que lhe acolhia como se fosse amada

E Lia ria como lhe aprazia
Como quem sorria do que pranteava
Chorava Lia como lhe cabia
Como bem queria do que lhe tragava

E ria Lia como quem urrava,
Do que suportava, do que lhe doia
Como quem amava Lia nao vivia
Lia so morria como quem vagava
George ArribasRecanto do Poeta
 
Lia

Dona da Aldeia

 
Dona da Aldeia

Vejo sinais além do cais...
Como quintais a mais na areia
Velando velas zenitais
Que atroz voraz o vento ateia

Por entre umbrais escuto os ais
Dos frios punhais que a dor golpeia
Em profundezas abissais
Dona demais da minha aldeia
George Arribas

Recanto do Poeta
 
Dona da Aldeia

Negresia

 
Escreve a minha cor sem cor
- a cor da estupidez
No despudor descreve a dor de tua cor
- na cor sem vez...

Ufana a sensatez do amor
- na flor dessa altivez
Porque é livre e emana amor
- a cor de tua tez
George Arribas
 
Negresia