Poemas, frases e mensagens de Gilberto

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Gilberto

NÃO ME ANALISEM

 
Não me analisem, não tentem descrever-me
À luz de velhos preconceitos e clichés,
Nem me critiquem por recusar conter-me
Nos vossos redutores quês e porquês.

Não sou eu que desrespeito definições.
Não sou eu que vou além do conveniente.
Sois vós, que nessas divagações,
Ignorais o que vos escapa, que é bem diferente!
 
NÃO ME ANALISEM

SE EU FOSSE POETA

 
Se eu fosse poeta
Escrevia-te palavras belas
Como não sou escritor
Só rabisco algumas delas.

Se um dia as escrever
Serão palavras de amor
Que saem do coração
Recheadas de ternura
Que sinto com emoção.

Como não as escrevi
Não sei o que irão dizer
Mas falarão de paixão
De amizade, bem-querer.

Se um dia as escrever
Nessa altura te direi
Com toda a força e ardor
Que sempre te amarei
Que te adoro… meu amor!

Mário Margaride (Gilberto)
 
SE EU FOSSE POETA

MOMENTOS QUE NÃO ESQUEÇO...

 
MOMENTOS QUE NÃO ESQUEÇO…

Lembro-me bem amor, como foi antes
Onde juntos passamos, noites de mel…
Onde os lençóis se confundiam, com a pele
E rolamos nossos corpos, escaldantes…

Minhas mãos deslizaram, carinhosas
E pairaram como aves…levemente
Pelo teu corpo passearam docemente
Pousando no teu ventre, fervorosas!

Momentos que recordo e não esqueço…
Pagaria qualquer resgate, qualquer preço!
Para te ter eternamente, a meu lado

É este amor, esta paixão, que alimento
Que trago dentro de mim, e que sustento…
E faz com que eu viva…apaixonado.

Mário Magaride (Gilberto)
 
 MOMENTOS QUE NÃO ESQUEÇO...

QUERO-TE TANTO!

 
Quero-te tanto, meu amor, quero-te tanto!
Quero amar-te, muito mais, ainda…
E ao ter-te, o meu amor, não finda
Como não finda, meu amor, o teu encanto.

Encanto esse, que continua enquanto
Sobre o teu corpo, meu braços se estendem,
A este amor as emoções se rendem,
À minha liberdade de te amar tanto.

Um grito de alegria me sai da garganta
Neste amor que vivo intensamente,
Que dia após dia, está mais crescente,

Se alimenta, e sustenta, a cada dia que passa…
E nesta paixão, neste amor que me envolve…
Que vivo os meus dias, neste céu…nesta graça.

13-02-08 Mário Margaride (Gilberto)
 
QUERO-TE TANTO!

MALDITA ESCURIDÃO!

 
Solidão...
Agoniante sensação,
Que se sente no peito,
De vazio e desilusão.
Desespero, dor,
Isolamento
Dor que dói!
Que se sente
Estranha sensação,
De sofrimento.
Amargo fel
Aziaga inquietação
Vil tormento.
Que corrói os sentidos
Ofusca a razão
Gela os fluidos
Maldita escuridão!
Que tolhes o andar
Não deixas a luz entrar,
Dentro do meu…coração.
 
MALDITA ESCURIDÃO!

FOSSES TU

 
Fosses tu
A chama que me aquece, e queima,
A voz que me fala e me reclama,
Teria, em ti, o meu abrigo, a minha cama,
O meu alento, a tua seiva.

Mário Margaride (Gilberto)
 
FOSSES TU

NA NOITE ESTRELADA

 
Tenho uma estrela no céu azul,
Qual borboleta de asas de tule,
Que nada aquieta nem esmaece,
Desde o instante em que aparece
Até que nasce a estrela maior,
Com o seu brilho, leva a melhor
Sobre a estrelinha que é minha guia.
Mas pontualmente, ao fim do dia
Ela traça no céu um fio de luz
Que a liga à estrela que a ti conduz.
Então, passeamos de mão dada
Na via estelar, na noite estrelada.
 
NA NOITE ESTRELADA

QUE SAUDADES...

 
Que saudades sinto do teus beijos
Da tua língua vagabunda
Passeando pelo meu corpo.
Das tuas mãos de veludo
Tocando suavemente na minha pele
Das tuas carícias
Que me fazem estremecer
De volúpia, e de prazer.
Do teu sorriso lindo
Do teu olhar meigo e doce
Do teu carinho
Do teu Amor…
Que saudades sinto…de ti.
 
QUE SAUDADES...

UM DIA, HÁ-DE ACABAR

 
Solto a voz, do grito,
Que sufoco
Que acompanha a dor,
Que o sustenta
Tal dor, que me consome,
E como um louco,
Trago presa na garganta,
E me atormenta.
No peito transporto,
E carrego
Tal dor, tal pranto,
Tal tormento
Que um dia, há-de acabar,
Não o nego
Não sei, se será tarde,
Por ser “cego”!
Ou por não saber amar,
O que lamento.
 
UM DIA, HÁ-DE ACABAR

PENSO EM TI (III)

 
Penso em ti
Relembro as palavras,
o sorriso, a ternura
Fios de luz, com que a memória me compensa
E torna mais suave a solidão…
Onde os dias passam devagar
por entre veredas sombrias
E muros graníticos
Neste labirinto existencial
Onde me encerro
Onde as cores de tons cinzentos
Pintam os meus dias
E decoram as minhas noites de insónias
Penso em ti
Em cada minuto
Dos meus dias sombrios
Do ontem…faço hoje, e amanhã
Onde mergulho a solidão, e o desalento…
No Mar da esperança
Onde o teu carinho, a tua ternura
O teu Amor…
Me esperam
Do outro lado Mar.
 
PENSO EM TI (III)

EM BUSCA DA LIBERDADE

 
Tu que ris, pássaro triste
Quando te apetece chorar
Que voas sem rumo ou norte
Viajas sem passaporte
Sem um cais onde aportar.

Tu! Viajante da noite
Que não vês a luz do dia
Caminhas de olhos vendados
Por caminhos empedrados
Sem encontrares alforria.

Tu! Viajante no tempo
Que percorres o mundo inteiro
Em busca de um mundo novo
Por muito que corras, povo!
Nunca chegarás primeiro.

22-02-08
Mário Margaride (Gilberto)
 
EM BUSCA DA LIBERDADE

NO CORAÇÃO DO POETA

 
No coração do poeta
Habita amor verdadeiro
Que dentro dele se agita
Que sofre, que chora, que grita!
E sofre de corpo inteiro.
No coração do poeta...
Existe o homem, animal…
Que ama, tem dúvidas, e afinal...
É o que sofre primeiro.
Esse poeta, mortal
Não pinta só poesia
De ilusões, ou fantasia
Quer viver amor real.
Esse poeta, esse homem…
Já viveu desilusões
Tormentos e frustrações
Também te ama...afinal...
 
NO CORAÇÃO DO POETA

INQUIETAÇÃO

 
Gravo na pedra o meu grito
Que no silêncio suporta a minha dor
Gravo na lápide do desalento, a esperança
Deixo à porta da cela, o rancor

Não há fechadura, chave, nem grilhetas
Carrasco, guarda, ou ladrão
Há no chão, encarcerado, moribundo
O desalento, a dor, a inquietação

Aquele chão negro da tristeza
O verde da esperança pintará
Naquela cela escura, cor da morte
O Sol da alegria chegará

O silêncio mudo ganha voz
E esse corpo inerte se levanta
Dando vida á morte que há em nós
Com o grito preso, na garganta!
 
INQUIETAÇÃO

MAIS UMA PÁGINA

 
Mais uma página volto, neste livro
Que dia-a-dia escrevo, em sofrimento
São páginas pintadas, de cores tristes
Que povoam em permanência, o pensamento.

Pintadas com cores, que não são belas
Que não têm brilho, textura, nem beleza
Escuras, que nos cegam, e nos tolhem
Que doem, nos magoam…dão tristeza.

Neste livro que escrevo, hora-a-hora
Com palavras que são, o meu sentir
De novo outra uma página, escreverei
Onde lá não está gravado, o meu sorrir.

Mais uma página volto, neste livro
Que vou construindo vagamente
São páginas cinzentas, e sofridas…
Onde nelas vou morrendo…lentamente.
 
MAIS UMA PÁGINA

INDIFERENÇA

 
O que separa as pessoas não é a distância
É a indiferença.
Há pessoas que estão juntas
Mesmo separadas geograficamente
Há outras separadas
Vivendo juntas
Debaixo do mesmo tecto.
A indiferença
Mata lentamente
Aniquila qualquer sentimento
Criando distâncias
Fazendo gelar corações
Mesmo estando essas pessoas
Tão próximas de nós.
 
INDIFERENÇA

ACORDEMOS O SILÊNCIO!

 
Soem sirenes inquietas
Acordem o silêncio do mundo
Que dorme no muro da indiferença
Sobre os escombros da incerteza
E da inquietação.
Soem trombetas de alerta
Alertem consciências moribundas
Dos poderes da ganância
Que nos devoram
Nos sugam a razão.
Soem gritos silenciosos
Sufocados nas gargantas
Pelo fumo da mentira
Pela poeira da corrupção.
Que se ergam raios de sol
Neste céu cinzento
De nuvens carregadas
Onde a nossa alma
Se alaga
Pela chuva da desilusão.

Mário Margaride (Gilberto)
 
ACORDEMOS O SILÊNCIO!

ABRE-ME AS TUAS ONDAS

 
Se, um dia, as tuas águas encontrar,
Dá-me a tua mão, mas deixa-me ir
Ao fundo de ti e se emergir
É porque és o meu meio, és o meu mar.

Deixa, então, que aprenda a interpretar
A tua ondulação, o teu refluir,
Sentir cada maré e concluir
Se é em ti que quero naufragar.

Abre-me as tuas ondas, dá-me um leito
Em que o meu corpo se acolha perfeito
No colo da tua aceitação.

E deixa que preencha o teu abismo,
Com vagas de ternura e de lirismo,
E desvaneça a tua solidão.
 
ABRE-ME AS TUAS ONDAS

PALAVRAS AO VENTO

 
Palavras longas…
Que não falam
Palavras que dizem...
Não dizendo

Palavras que caladas...
Gritam no silêncio
Palavras que sufocam...
O grito que não gritam

Palavras doridas…
Que doem sem dor
Palavras que com medo...
Se escondem do amor.
 
PALAVRAS AO VENTO

SONHO-TE...

 
Tento no meu sonho,
Cinzento
Sonhar-te…
Colorindo de lindas cores,
Esse meu sonho
Sempre ofuscado pela neblina,
E escuridão.
Percorro as margens do sonho,
Onde te despes para mim
Não as vestes,
Que te cobrem tão belo corpo
Mas a tua alma,
O teu ser,
As tuas emoções.
Sonho-te…
Despida de preconceitos
De dúvidas,
De medos,
De inquietações.
Sonho-te…
Sorrindo para mim
Com esse teu sorriso luminoso,
E belo…
Sonho-te…
Junto a mim
Inebriando-me com o teu perfume,
Com o teu calor…
Sonho-te…
Como sempre quis sonhar
Junto a mim…
Encostando a cabeça ao meu ombro
E depois…murmurando baixinho,
Dizias…Amo-te…
 
SONHO-TE...

JÁ SEI ONDE ESTOU AGORA

 
Já sei onde estou agora
Estou aqui, estou além-mar
Tudo o que vejo é diferente
Vendo embora a mesma gente
Sinto-me noutro lugar.

Já sei onde estou agora
Estou aqui, estou noutro mundo
Tudo agora é mais fecundo
A luz se acende lá fora.

Já sei onde estou agora
Estou em outra dimensão
Onde lá vive a paixão
E tudo o mais, se evapora.

Já sei onde estou agora
Estou no mundo do amor
Já não sou o vagabundo
Que vagueando em seu mundo
Vivia…imensa dor.
 
JÁ SEI ONDE ESTOU AGORA

TEXTURA

A tua pele, veludo
Teus lábios, sabor a mel
Os teus seios, que candura…
Tuas coxas, seda pura
Teu corpo…alado Corcel
O teu ventre…a textura
Onde adoço com ternura
O amargo, do meu fel.