Poemas, frases e mensagens de CondeGuarani

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de CondeGuarani

Sem compromissos com a rima, estética ou qualquer coisa que padronize a Poesia.

Angústia

 
Tempo encarniçado em minh'alma
momentos assobradados de meu ser
pelugem que cobre o meu viver
presente que me fez adormecer.

Esteio solidão que me acompanha
entremostrando silenciosamente está aqui
os momentos que surgem com a caneta
de um coração picadinhos à enxó.

Estou eu em plenas faces de noruegas
o meu pensar tentaculoso já está
o padecer desse angustioso sofrimento.

Ah! Minha faceira clarineta
meu coração está como a bandeira arranhado
como minha vida silenciosamente acabando.
 
Angústia

Lua

 
Lua cor de neve,
oras prateada em mármore,
outroras em ouro ofuscante.
Lua de mel,
de céu em diamante.

É lua minguante,
crescente ou nascente,
é lua da gente.

No amor presente lua,
casamenteira verdadeira,
é lua de amor,
companheira de dor.

Banha o mar,
quando estrela faz sonhar,
é lua por tras das nuvéns,
por frente elas.

Lua, lua, lua,
de sonhos, de contos,
de fadas, e fábulas,
lua.
 
Lua

Mentirosa

 
Você me diz para te encontrar,
ir em tua busca,
te conquistar.

Busco o teu amor entre jasmins,
espinhosos estão,
e meu coração a sangrar.

Pois quanto em tua busca saiu,
te encontro a outro beijar.
 
Mentirosa

Pobre Doméstica

 
Avassaladora doméstica perdida,
menina carente das delícias,
sonhadora permultantes de lugares outros,
em nada estás acompanhada, sempre sozinha.

Tuas mãos já calejadas de furor,
tuas horas já não te pertencem mais,
teus dias passam que não enchergas,
e o que ganhas é uma micharia sem tamanho.

No passado fostes escrava ou mucama,
no presentes a lei te auxília a se escravizar,
tão pouco ganhar,
para garantir a uns sobrevida e a outros comida.

Até quando te tratarão assim?
Exigem tanto de ti
e o tão pouco que podes dar
é esquecer tua vida e deixar de sonhar.
 
Pobre Doméstica

No fim de tarde solidão

 
Já chegou cá a noite,
as estrelas no céu a brilhar,
as nuvens a desaparecerem uma a uma,
cá estou a contemplar.

Com elas vão meus pensamentos,
se apartam de mim as mentiras,
o gozo daquelas noites desentendidas,
e minha solidão a ficar.

Sinto não apenas a brisa suave de outono,
ou mesmo escuto as ondas do mar,
passaredos já esta hora tarde a cantar,
e minha dor a acompanhar.

Já é tarde tudo aconteceu,
o sol se pôs,
as nuvens se foram,
as estrelas ficaram fracamente a brilhar.
 
No fim de tarde solidão

Falta de ti

 
Voz, calas concientemente,
e afoita sentes as prensas
de um doente, que clama amor.

E onde está? Aquilo que te falta,
é simplesmente encontrar.
 
Falta de ti

Delírio

 
Algozes ouço caminhando,
por essas terras ínfimas cambaleando,
estão os corpos das nações
cujo mal fizeram a natureza.

Apelo concientemente ao teu senso
que não descanses nesse vento
afim de que não te aflinja a dor
deste meu descontentamento.

Ouço passos na estrada,
em minha direção estão
os decapitadores de coração.

Silenciosamente me escondo,
prometendo não repolsar
enquanto esses algozes não convencer
que o bem é o único caminho a ter
de salvar este planeta.

E se ainda assim não me escutar
o chefe de tão poderoso exercito,
juntando-me a outros vou procurar
uma razão de salvar ao menos os mais pequeninos,
que quero do lado estar.

E tudo o que sobrar,
seja feliz e nascente,
seja perene e vibrante,
não seja morte atordoante,
daqueles que o mundo estão a amar.
 
Delírio

Que culpa tenho da Natureza estar assim?

 
Grito como o grito da donzela,
com os dizeres dessa vida nada bela,
é a dor que não é singela,
da natureza que se desbela.

Sou eu culpado por desmatarem as florestas?
Sou eu a causa da seca no nordesta?
Sou eu motivo da dor de Nagasaki ou Iroshima?

Ah que eu não mecale!
Que culpa tenho das desmedidas desventuras em séries?
Que culpa tenho das Indústrias que me cercam?

Sou uma vítima entre tantas outras vindouras,
sou o fim de um começo de dor ou lágrimas?
Certo estou que não,
Mas pagarão as gerações por aquilo que não fizeram,
Por culpa de uns e outros não.

Mas ao menos concientes estão,
de que salvar a Natureza é priori,
à preservação da vida humana.
 
Que culpa tenho da Natureza estar assim?

Morro é Favela

 
Antigamente tinha uma montanha,
e na montanha um castelo,
e no castelo um conto de fadas.

A tradição já garantia,
aos ricos inspiração,
todos queriam na montanha morar.

O pobre subiu a montanha,
de morro levou nome,
a favela veio a calhar.

Pensava o pobre que subir a montanha,
era status de riqueza,
que beleza,
uma redoma veio a criar.

Agora a montanha é o morro,
cheio de pequenos castelos de concreto,
e homem simples veio morar.

É explorado e enchotado,
dessa sociedade discarada,
que em nada se preocupa
em ajudar a recupera o homem da favela.
 
Morro é Favela

Voando nos espaços de teu corpo

 
Vou voar distantemente,
com meu pensamento teu corpo percorrer,
por cada cavidade tua constatar
o meu amor delirante, atordoante.

Não serei uma borboleta,
inseto ou qualquer coisa comum,
serei uma ave distinta, rara e atrevida,
que percorrendo sobre teu corpo descobrirá,
os teus mais tenros segredos.

Em ações diferemente delirantes,
siglas de um amor constante,
nesse voou vou te fazer sentir
o quão grande pode ser um amor,
o quão satisfatório pode ser me amar.

E se nesse voou eu vacilar,
não mentirei jamais em declarar
que meu amor por tí é tão imenso
que sequer em número sei contar.
 
Voando nos espaços de teu corpo

Amargo morrer

 
Toca os meus lábios suavemete o gosto do mal,
o fel permeando entre meus lábios,
calafrios tomando todo o meu corpo se apossando,
nesse mar tão abissal.

Apossando-se no mais turbulento de meu ser,
sendo bombeado para todo o meu viver,
está o veneno feito mel de teu ódio
penetrando sorrateiramente em meu ser, catódio.

O que me há desesperança,
morte certa eu vou ter,
e o vil mel em meu corpo fazendo festança.

Se morte há de me acometer,
não temerei, não temerei,
pois eis que morrerei nos braços de minha amada.
 
Amargo morrer

Conde Guaraní
O Conde da Liberdade e das paixões.
JGB