Poemas, frases e mensagens de sandrine

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de sandrine

Querido irmão

 
Querido irmão,

Procuro-te no meu peito, pois sei que lá te posso encontrar!
Junto cada pedacinho do meu coração desfeito
marcado pela dor da tua ausência,
marcado pela tristeza que me foi imposta,
marcado por uma condição que não aceito!
Enxugo as lágrimas do meu rosto já cansado
e tomo coragem para dar o primeiro passo!
As minhas pernas trémulas e já esquecidas de andar
começam a ganhar força e pouco a pouco vou caminhando.
Vou-me erguendo, embora sofrida, entre os escombros do luto
deixados pelo inverno do teu abandono…
Levo comigo a tua imagem que me guia,
as tuas recordações que me dão alento para continuar.
Pois não quero ser um alguém que não foi digno
da forma incondicional como me amaste.
Por isso me levanto e batalho contra este mar de pranto,
agarrando-me aos pedaços deste meu naufrágio,
vivendo para honrar a memória de um grande amor que não se apagará.
 
Querido irmão

Porque partiste?...

 
Estas lágrimas que percorrem o meu rosto
revelam a dor que carrego comigo
por não te poder ver mais meu amigo…
Meu irmão, minha vida! Já não tenho mais alegria
deste que tive de te dizer adeus, quando eu não queria...
Já não tenho mais primavera no meu jardim…
Até os pássaros deixaram de cantar!
Talvez sintam a tristeza que há em mim,
Talvez sintam que já não estás cá para me amar…
Meu querido irmão, que te amo tanto,
diz-me como suportar este pranto?
Diz-me como reaprender a viver?
Ai…Fazes-me tanta falta...
Preciso tanto de ti…
Porque partiste?...
 
Porque partiste?...

Coração meu

 
Coração meu que vive sem viver,
que deambula pelas ruas da amargura
na esperança de te encontrar…
Coração este que sofre por não te ter,
que chora desoladamente
por uma quimera impossível de alcançar…
Coração sem rumo, sem destino,
sem razão por não ter razão…
 
Coração meu

Fraquejei...

 
Fraquejei ao te amar...
Fraquejei ao te desejar...
Fraquejei ao te querer...
Fraquejei ao te perder...
Fraquejei... fraquejei em tudo!

Fraquejei quando não devia,
quando tentava dizer o que sentia.
Fraquejei ao te entregar o meu coração
que nas tuas mãos
conheceu apenas a dor e a rejeição...
 
Fraquejei...

Vida sem futuro

 
Entre as lágrimas e o desespero
padece uma vida sem futuro...
Uma vida cheia de solidão,
sem esperança, sem qualquer razão
ou motivo para poder sonhar...
Entre as mágoas e a tristeza
os pesadelos insistem em me visitar
e aproveitando a minha fraqueza,
seduzem-me para nas trevas ficar...
Entre o ódio e a rejeição
isolo-me cada vez mais na escuridão
que me dilacera hostilmente o meu coração…
 
Vida sem futuro

Mais um dia só...

 
Mais um dia só… igual a tantos outros…
Mais um dia de solidão entre estas paredes…
Elas que choram, que soluçam
de tristeza dia após dia, noite após noite…
São elas o reflexo da minha alma.
Mais uma noite sem dormir,
mais um pesadelo a me seduzir…
Pesadelos vindouros das profundezas
da minha alma que teima em cair…
 
Mais um dia só...

Desmesurado fado

 
Imponente mar revolto
que com tuas águas salgadas
teimas em ruir as muralhas de quem já nada tem,
de onde o vazio ecoa e ensurdece quem ousa lá entrar.

Insustentável madrugada que te deleitas
num prazeroso degustar
de todas as mutilações deste coração
a que tu desumanamente as impuseste.

Lamentável tristeza de meu ser
que nada mais lhe resta do que a resignação
a este desmesurado fado
que o destino a mim quis que pertencesse…
 
Desmesurado fado

Balada do abandono

 
Não consigo sair desta escuridão,
desta solidão que existe no meu coração…
Olho em meu redor e nada faz sentido!...
Procuro o caminho que me traga de volta,
a luz que apague a noite que há em mim.
Rodopio num vazio vezes e vezes sem fim…
Quero sair! E então grito!
Mas a balada do abandono silencia a minha voz…
 
Balada do abandono

Lua

 
Olho para a lua
tão nua e crua
por não ter o seu amigo,
que por castigo,
Deus o separou de si.

Olho para ela brilhante,
mas vazia.
Vazia por amar
e não poder ficar
junto da sua vida...

Olho para mim
e vejo-me sem ti!
Comparo-me com a lua
porque tal como ela,
eu não posso ser tua...
 
Lua

Tu, minha flor.

 
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Tu, minha flor que te vi nascer
e crescer no meu jardim.
Que desabrochaste num parecer
tão tímido, misterioso e discreto,
como que se quisesses que o mundo
não olhasse e visse o teu encanto.
Mas no entanto, ali estavas tu, bela, viçosa
e ao mesmo tempo tão frágil e tão insegura…
Sim, eu olhei-te! Porque esse teu ar me chamou,
atraiu-me como que se de um íman se tratasse.
Admirei-te vezes sem fim e tu sempre ali,
imóvel e de uma forma tão ausente…
Certamente por serem meus olhos
que te adoravam e não outros olhos…
Sim, eu olhei-te! E tu? Olhaste-me? Viste-me?
 
Tu, minha flor.

Um dia quando menos esperares

 
Um dia quando menos esperares,
encontrarás num simples olhar,
uma flor a desabrochar.
Tão idêntica àquela flor que um dia
alguém a fez murchar.
Sentirás novamente vontade de viver,
não desejarás morrer como antigamente.
Desejarás cultivar a semente
que dessa flor restou e te fez renascer.
Farás tudo para a proteger
da rigidez do frio e do calor!
Dar-lhe-ás tanto amor,
que ela em troca dar-te-á
o que de mais belo tem uma flor!
 
Um dia quando menos esperares

Esta noite

 
Esta noite abraço-te no meu mundo
num sentir profundo.
Aproveito cada segundo
até ao derradeiro final…
Sorvo dos teus lábios
as ultimas gotas de esperança,
o último sustento até ao cair do sonho…
Percorro o teu rosto com as minhas mãos,
sinto cada traço teu…
A saudade invade-me por momentos…
Olho nos teus olhos e o meu olhar denuncia-me!
Desmascara a dor de partires que aperta no meu peito…
Meu coração fica tão pequenino que mal ouço a sua voz…
Tento falar, mas a mágoa e a tristeza impedem-me!
E eis então que te deixo partir…
 
Esta noite

Luz

 
Mergulho neste meu devaneio manchado pelos dissabores
de uma primavera que se transformou em Inverno,
de um doce que deixou de ser doce...
Procuro entender os seus desígnios
de modo a que a minha alma encontre a paz desejada,
paz há muito tempo roubada pela dor da tua ausência …
Esta dor inquietante, este desassossego permanente
que consome cada fibra do meu corpo…
Não aguento mais este estado de agonia!
Não aguento mais viver sem viver…
Não quero mais esta sombra que me rodeia!
Procuro uma luz no túnel que me conduza de novo à vida,
que me devolva os meus sentidos!
E eis que a vejo lá ao fundo!
Vou caminhando na sua direcção, até que a claridade me invade!
Como eu me havia esquecido do seu calor…
 
Luz