Poemas, frases e mensagens de J.Umbelino

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de J.Umbelino

PHILOSOPHARI

 
PHILOSOPHARI

Porque
Pareço
Pirado,
Posso
Provar
Por
Palavras
Plenas,
Porém
Problemáticas
Pragmáticas,
A minha sensatez.
Posso
Parecer
Prosaico – Pouco Pesa.
Pugnaria – sem qualquer
Propina
Para
Palrear
Probidade.

******

sonhos...
 
PHILOSOPHARI

SE EU MORRESSE AMANHÃ

 
SE EU MORRESSE AMANHÃ



Se eu morresse amanhã...
De tristeza
Ou de amores,
Ririas, por certo
Pela minha insensatez.
Mas, se hoje,
De um minuto
Fizesse uma hora?
Viveria para sempre,
Ainda, que, depois,
Morresse...e,
Se eu morresse amanhã....
Insano
Em sanha
Plena
Pasmariam-se pela minha
Esquizofrenia súbita.
Ainda, mas,
Rio-me agora,
Pelo espanto ou pelo
Grito ausente
Que julgo e pressinto,
Se eu morresse amanhã.
Se eu morresse amanhã...
De tristeza
De dores, ou,
Outros amores...

Diriam: “Morreu ausente,
De tristeza, dores e amores.”
Mas,
Se eu morresse amanhã...
De Solidão!
 
SE EU MORRESSE AMANHÃ

só pra você

 
não me deixe
ao relento
dançando com vento
sentindo no peito
a dor da saudade...
 
só pra você

Porém...serena

 
Sou a dor, a ira e a fúria. Nem sei
E nesta angústia de não saber o que sou
sufoco-me de forma insana...
não consigo escrever, não consigo expressar-me,
este pranto que não sai,
este furacao de sensações que passam
pelo meu corpo.
Aliás, creio que nem passa,
se absorve
como um buraco negro, que tudo vai
engolfando, subtraindo e
os olhos marejados não encontram
alento, haja vista o literal
afogamento...
Sou a ira...
dilacerada, amputada
na condição de vampira...de mim mesmo,
traira...
Sou a fúria...
vendaval que passa e arrasta
e devasta.
Sou a fúria, a ira e a dor
Neste delírio, sem razão
que me adentro, e nesta paixão que me incita,
sucumbo na mágoa...eu perdedor.
 
Porém...serena

MEMÓRIAS

 
Eu vi:
Um ser despreocupado
Correndo com seus sonhos,
Sorrindo
Por um amor primário.
Mais adiante
Um ser impossibilitado de
Sorrir
De entrar “na onda”
Um ser abruptamente
Transformado pelas
Circunstâncias.
Este mesmo ser, eu vi
Olhando através uma
Veneziana, embaçada
Pela garoa fina,
Um Homem
Andando descompassadamente
Enxugando lágrimas
Que persistentemente
Teimavam em rolar pela sua face.

Um adolescente-adulto
Absorto, olhos hirtos, vítreos,
Estudando, arrumando, dialogando.
Adolescente-adulto
chorando calado.

Sério.
Em busca da meta: super.
Encarando alienações
Sem dar chances
Para o descaso.
Um forte que queria
Chorar,
Mas não tinha lágrimas.
Em conflitos,

Ser pacificador.
Em prantos,
Ser bufão.

Eu o vi:
Andar...
Andar sem rumo,
Olhando para o céu.

Eu o vi:
Pacientemente, ditando
Normas para uma
“sociedade” que se deteriorava.

Eu o vi:
Absorto
Olhando para o ventre
De um ser sem consórcio.

Mas além
Eu o vi
Rejubilando-se por este
Mesmo ser
Em feliz união.
Eu o vi:
Se pranteando
Com a perda de um bem legado...e só.
 
MEMÓRIAS

INCÓGNITA DO SER

 
INCÓGNITA DO SER

Não sei onde moro
Nem se vivo
Estou absorvido pela vida.
Não sei mais se te amo
Ou se apenas te quero
A aminézia tomou conta
Do meu consciente.
Já não sei também
Se sei.
Estou inconsciente.
Sinto-me violento
E possesso nesta inconsciência.
Selvagem na Paixão
Abstêmico no Amor
Já inconstante,
Se a constância era uma
Virtude.
Não sei se conto ou
Se se canto.
São tantos números e tantas
Contas.
Serei um Pitágoras
Por conveniência.
Mas se sento um instante
Não sei se penso
Ou se devaneio.
Se olho alguma coisa
Ou fecho os olhos
Para nada ver.
Não sei se estou realmente
Só,
Ou se a solidão
Fez-se-me companheira
Constante.
Não sei se Comte,
Deixou-me com x exponencial
Por resolver
Da equação matemática,
Ou se caio geograficamente
Como as cataratas do Iguaçu.

autor: Juarez Umbelino da Silva

SENSAÇÃO I

Ambíguo na
Amplidão do
Ato de não ser
Apático, mas enfático
Atônito, pelo fato
De parecer lunático
E o diagnóstico
Demonstrar normal.

AGONIA
Por não te encontrar
Não te ver
Nem sentir
Nem te amar
De longe agonizo
Por perto não estar
Se me afogo
Em lágrimas
Em soluços...
E se o grito é o silêncio
Na solidão me arrebento.
Ah! Esta fúria!
Esta fúria que alucina.
Absorve...se absorve.
Implosão!...de sentimentos
Desvairados
Que se imiscuem nas entranhas
Putrefatas deste
Ser
em
Agonia.
Autor: Juarez Umbelino da Silva
 
INCÓGNITA DO SER

EMPRESA DE GRANDE PORTE QUE OCUPA NA SUA TOTALIDADE 100% DA SUPERFICIE TERRESTRE, PROCURA

 
EMPRESA DE GRANDE PORTE QUE OCUPA NA SUA TOTALIDADE 100% DA SUPERFICIE TERRESTRE, PROCURA

HOMENS E MULHERES:
Que acreditem no trabalho;
Que saibam respeitar-se uns aos outros;
Que saibam distinguir o certo do errado;
Que saibam desculpar;
Que desconheçam o orgulho
Que confiem em si próprio;
Que saibam amar;
Que saibam respeitar a individualidade de cada um;
Que saibam o caminho da liberdade;
Que não tenham pensamentos libidinosos;
Que saibam usar o sexo, tanto como um fator de expansão, como também,
Uma forma pura de prazer;
Que tenham no despertar de um novo dia, um sorriso
Nas faces, sempre;
Que sejam “egoístas”,sempre espalhando a felicidade e a
Alegria por onde passarem:
Que conheçam todas as ciências, sem esnobismo;
Que saibam ver em todas as formas de vida, animada e inanimada,
A presença da uma Grande Mão Criadora;
Que saibam usar, para o bem, toda esta Grande Força Interiormente,
Que nos foi Dada;
Que sejam humildes;
Que saibam chorar...de alegria;
Que saibam evitar violências, sem violência;
Que acreditem na Justiça;
Que acreditem na Razão;
Que acreditem na Bondade, e,
Que acreditem em Deus.
 
EMPRESA DE GRANDE PORTE QUE OCUPA NA SUA TOTALIDADE 100% DA SUPERFICIE TERRESTRE, PROCURA

MULHER CASADA

 
Quando te olho
Linda mulher
O mundo gira e acaba
Aos meus pés
Enregela-me os ossos, quando me olhas
Deste modo terno
E sensual
Não percebes
Linda mulher
Que me cativas
Engrada-me
Empacota-me
Embriaga-me
Em cada sorriso
Ah! Linda Mulher Adúltera!
Ah! Adúltera Mulher.
 
MULHER CASADA

SENSAÇÃO II

 
O germe da impaciência
Aglutina-se em
Meu cérebro
Desfaleço em cada ato
Rebelde.
Profiro palavras
Incoerentes.
Crio fatos,
Casos.
Deito-me...E a dor
Da sana
Insanidade
Faz-me crer na
Pureza da sandice.
Levanto-me...E
Adentro-me no íntimo
Da escuridão da noite
Procurando desvendar
Este sentir...
Esta sensação.
 
SENSAÇÃO II

SEM VALOR LITERÁRIO

 
Peito arfante
Boca sem palavras
Peito vazio
Coração cheio
Mãos vazias
Cabeça cheia
Estômago vazio
Estômago cheio
Palavras inexpressivas
Pessoas várias
Pessoa só...

Nada diz
Tudo pensa
Nada vê
Tudo sente
Nada clama
Nem proclama
Nem reclama
Tudo chama
Tudo ama.

...tudo passa.
 
SEM VALOR LITERÁRIO

DESENCONTRO

 
Eu venho de
Poucos amores
Cidade labirinto
De muitas tristezas
De poucos estímulos
Muita ironia
E por demais, a rebeldia.
Queria ser do campo
Mas sou da cidade
Muita técnica
Pouco amor
Muita pressa
Pouco tempo.
Eu queria voltar
Mas, sou tão grande
Mas, também sou tão pequeno
Que tenho medo de ficar.

Que desencontro!!!.
 
DESENCONTRO

DIVAGAÇÃO

 
É NOITE. ANOITEÇO
PERMANEÇO
EIS O SONO. DURMO
AMANHEÇO.
É AURORA. ORO
CHORO
EIS O DIA. DESPERTO
APERTO O
PASSO E
PENETRO NO CICLO
É O LABOR.

FAINA CONSTANTE.
 
DIVAGAÇÃO

PEREGRINO

 
PEREGRINO

Se estou na campo
A relva molhada
Teu corpo pingando
Cabelo encharcado
Eu, Peregrino
Me encontro
Na silhueta
Que percebo através
Das minhas retinas
Aguçadas.

És bela! És Sonho!
Com embriagues
Vejo-te nublada
Em enorme realce
Sob o cristal diáfano
Desta exultante catarata.
 
PEREGRINO

AGORA

 
Estou aqui tateando
E buscando palavras
Procurando uma chave
Um sinal de onde quer
Que venha
Que me liberte de mim mesmo
Da minha tristeza.
Da minha impotência.
De ser Um
Na verdade queria um texto leve
Alegre, e tudo que meus dedos procuram
Levam-me a isto e isto
No momento, sou eu, ao que me resumi
Não durmo e a noite me encobre
Eu choro e as lágrimas não saem
Estou caindo, mas o esforço para o
Equilíbrio é tenaz.
Meu coração se aperta
Me aperta a dor...
Nem quero pensar no que gosto
Nem falar que gosto do campo, de fotos
De quadros
Que venero a paz
Que de mim foge
E tudo que peço neste momento a
Onisciência
É Sanidade e Tolerância e Sabedoria para que
Eu próprio me suporte.
 
AGORA

BEM METAFÓRICO

 
Bem...
Tórpido é o corpo
O coração
Chora,
Mas, prossegue
Incita o sentimento
Que chama
Que ama,
Reclama.
Bem...
Dor é o sopro
Que cresce
Que mexe
Remexe.
Bem...
É a imagem
Que fica
Fuça e puxa
Se alastra
E me arrasta.
 
BEM METAFÓRICO

ACEITAÇÃO

 
ACEITAÇÃO

Se pequei, Senhor
Por ter um coração em
Fúria e
Sempre aberto
E sem reservas.

Se blasfemo sou, Senhor
Por ser filosófico
E querer ser transcendente.
E se nesta ânsia
Ultrapassei limites, e, adentrei-me
Além do normal...
Se meus gestos
São felínicos
(passam desapercebidos)
Se meus olhos
São aquilínicos
(vejo além)

Se pequei, Senhor
Por nascer.
Devo pecar
Por Morrer?
Mas, se pequei, peco
E tenho pecado...aceito.

Mas, se peco
Voluntário
Sendo involuntário.
Não entendo, Senhor!!!!!
****

Serei louco!
No tempo perdido...
 
ACEITAÇÃO

IMPROPRIEDADE

 
IMPROPRIEDADE

Incongruente em gestos
Insanos e
Inconvenientes, até.
Injecto de ardor
Insalubre, ou
Infecto nesta podridão
Necrófaga e
Indigesta
Indecorosa, por “ser”
Incógnita por querer provar
Que lá está.
 
IMPROPRIEDADE

CRÔNICA

 
CRÔNICA

Uma tarde em que a temperatura amena desta paulicéia caótica e não desvairada, tende com o aproximar-se do ocaso, a esfriar. E eu,aqui sentado, tentando preencher os espaços vazios desta lauda celulósica.
Os pensamentos, como que se tumultuam. O telefone toca. Tomam rumos diversos e eu me perco em caminhos e descaminhos. Mais um dia que se finda. Os ossos, já flagelados, se violentam, se violentam para manter esta miríade de moléculas em alta rotatividade.
Emergem. Vem à tona, resquícios, fragmentos de coisas, fatos, atos e ações vividos outrora. Por momentos, alimento-os. E hoje, presentemente, fiz-me extra, não sei porque e não sei porque também me agito,
me enrolo,
me contorço,
caio e levanto,
me masturbo,
e como um animal no cio, me entrego ao prazer desvairado.
(...) Pausa para o café.
Mesmo este pó aromatizado, já não tem sabor. Adentra-se faringe, laringe abaixo.
E permanece o prazer animalesco que alucina. Entorpece os sentidos.
Nem mesmo o som suave da música que toca ( o rádio está ligado) consegue desviar estes pensamentos estonteantes.
Ah!...lembrei-me. E, Ela. Ela que passa com sorriso sensual, sugerindo-me mil atos lúbricos. (Ela passou pelo meu pensamento e se desfez como fumaça que se esgarça pelo ar).
Me recomponho.
O seu flanco mole...me amolece.
Me amoleço. Paro. Penso.
Vibro!
...
Ah! O vento que passa pela veneziana entreaberta me desperta.
Eu me desperto.
 
CRÔNICA

PALAVRAS...

 
Se em cada canto, morresse
De tristeza, se eu chorasse
De alegria em cada ponto
E por não amar-me
A vícios me entregasse
Se assim fosse
Já em mim não estaria
Nem me conheceria
Nem nada me restaria
Nem o pranto teria
Só a mim, matéria
Carne,
Ossos.
Sem razão, sobretudo
SÓ...
 
PALAVRAS...

SEDUÇÃO

 
Olha o tempo que passa.
O tempo que passa não volta.
Não se desespere, espere.
Nem cria casos.
Os minutos estão passando.
O tempo já passou...
Se você foi, já chegou.
Você vale quanto pesa?
Você foi louco, ou é louco?
Você está passando ou está pensando?
Você é mais? Ou? Mais? Ou menos?
Mais ou menos?
De quantos tempos você é?
Você pára e olha e anda?
Ou, você anda e olha e pára?
Você é confuso?
O desespero é tua companhia na espera.
Nunca te vi.
Você não existe!
Você mora, reside ou habita?
Eu quero habitar seu coração.
Eu quero morar na sua mente.
Eu minto?
Não sabe chorar.
Soledade.
Está só na soledade.
O que você vai fazer nas próximas horas?
Você pode ser feliz outra vez.
Você quer?
Eu tenho Um Quarto de século.
É tão grande.
Mas não tem cama
Não tem ninguém.
Deitei na tua cama e você me seduziu
Como estão tuas monumentais pernas de marfim?
Devorei teus seios? – De forma alguma.

Você! Você me devorou com seus seios, pernas e tudo
Loucura!
Conúbio sexual! ( loucas palavras).
Dança orgíaca.
Compasso frenético:
Vai e vem
Sobe e desce.
Ficastes ruborizada.
Ah! És a libertina
Camuflada de rubor.
Você está com sede.
Sede sexual.
Garanto como você se masturba.
Mentira!!?
Você não é de gelo.
Pudor!!!
Posso rir ou queres
Uma gargalhada altissonante?
Você tem o sexo em brasa
Ponto fraco
Você toca
E se delicia em espasmos
E sussurros
Ininteligíveis.
 
SEDUÇÃO