Poemas, frases e mensagens de Paulo Afonso Ramos

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Paulo Afonso Ramos

Diz-me...

 
Diz-me. Em que rua estavas, quando passei, sem que reparasse em ti!
Diz-me. Em segredo, todas as coisas que mutilam o teu desejo e que, assim, encobrem a alegria do teu rosto. Podes contar-me tudo o que quiseres, desde que o teu olhar sorria e a tua boca se encha de palavras quentes, para que as deites cá para fora, onde estarei, pronto, para as receber e partilhar, assim, as minhas emoções para que se unam com as tuas.
Diz-me. Diz-me que deixas o teu coração falar. Diz-me que não impedes o teu sentimento de se mostrar.
Diz-me que procuras a felicidade, e que, quando a encontrares, saberás reconhece-la, agracia-la e guarda-la. Diz-me que não tens medo de ser feliz!
Diz-me que nunca esquecerás as letras que usas para construir o mundo, nem que seja, apenas, o teu mundo…
Diz-me tudo! Diz-me… que eu serei um ouvinte activo, liberto de preconceitos, para que entre as tuas palavras, possa sonhar as minhas e assim, construir o meu mundo também.
Mas, diz-me! E mesmo que queiras o silêncio, diz-me, por gestos, ou por imagens, para que encontre uma ponte neste caminho minado. Será como que um fortalecer, entre murmúrios, que outras almas porfiam em fazer acontecer.
Diz-me.
Diz-me que deixas o teu sorriso fluir.
Diz-me que te libertas de mim, de ti, e que, assim, consegues ser a essência.
Não tenhas medo de nada. Diz-me…
 
Diz-me...

Amizade

 
Nem os vendavais
afrontam os canaviais
nem as pragas
derrubam as vontades
nem todas contrariedades
(deste insano mundo)
destroem o nosso caminho.

E assim juntos conseguimos
ver a alegria das luas
sentir a força do sol
como salutares inocentes…

E na simplicidade do estar
em que nada queremos pedir
basta-nos dar,
um gesto sincero
num sorriso oportuno
sem pensar
na malícia de um outro olhar…

Como crianças
desfrutámos esta harmonia
da nossa vida exposta
sem rodeios
ou artifícios…

Sabes porquê?
porque sabemos o verdadeiro sentido
extraído, da palavra, com que brincamos
porque sentimos quem somos
e sem qualquer mácula
brindamos em alegoria
ao nosso estado fortificado…
Sabes?
Afinal tudo é tão simples
basta-nos, apenas, sermos amigos…
 
Amizade

Escrevo-vos!

 
Escrevo-vos!

Um dia, algures na Net, alguém encontrou o meu blogue e deixou um comentário para que visitasse o Luso-poemas.
Foi o que fiz e foi amor à primeira vista. Senti-me em casa e entre pessoas com um prazer comum, a escrita.
Tudo aconteceu muito depressa, sem conhecer alguém, fui convidado para Moderador do Fórum e pouco tempo depois para Administrador.
Entretanto conhecia algumas pessoas, com quem tive o prazer de conquistar a amizade. Umas, mais que outras, ritual da vida, mas em que a escrita se envolvia e nos alimentava o desejo de conquistar objectivos, partilharmos e divulgar o que nos unia.
Dei o melhor de mim, nas funções que me confiaram mas podia ter feito mais e melhor.
Dei o melhor de mim, no que escrevi e partilhei, mas foi pouco porque não tinha mais para dar. Dei o que devia dar, em cada comentário que fiz, porque era o que naquele momento sentia. De nada me arrependo. Tudo o que aconteceu foi maravilhoso e até nas coisas menos boas que me aconteceram, eu aprendi e cresci. Tenho o privilégio e consciência de que devo sempre agradecer a este site por essa aprendizagem e crescimento.
Agradeço assim, também e de forma indirecta, a todos os Luso-poetas que aqui passaram e já saíram e aos que por cá continuam, porque percebo que todos foram importantes para o site e por consequência, para mim.
Em cada texto que li encontrei um pedaço de bom saber e agarrei-o. Hoje, existo com um pouco de todos vós. Já nem sei passar sem uma visita á nossa casa ou sem uma interacção com os membros desta grandiosa família. Uns mais, que outros, é assim que dita a lei da vida. Insisto eu outra vez. Sempre com a escrita na mente.
É a escrita que nos UNE. Seja em poesia ou em prosa ou noutra variante qualquer.
Não é a polémica ou a necessidade de confronto. Lamento que essa realidade não prevaleça sempre e que possa existir alguém disposto a criticar, duvidar ou a denegrir.
Não compreendem a dor, que provocam e não sentem. Não percebem o esforço, oculto, mas que lhes dá o espaço onde se expõem. Não foi para isso que vim. Não foi para isso que troquei outros prazeres da vida em prol de um site que amo e dos utilizadores que respeito. Foi pela escrita! A mesma que nos faz vir cá cada dia, um atrás do outro e por um tempo indefinido. Quero devolver, quero que devolvam, ao espaço o que ele merece. A escrita! E tem que ser num esforço conjunto, sem maiores ou menores, sem grandes ou pequenos, mas apenas como entusiastas e amantes da escrita.
Aos amigos, uma palavra de gratidão e a minha amizade intacta. Aos Lusos, o meu obrigado por tanto que me têm dado. A todos o meu desejo de que tudo de bem aconteça e que, se amam a escrita, que lutem por ela em prol do seu próprio umbigo. Não quero polémicas. Escrevo-vos para que salvem a escrita e o espaço que ainda existe. Afinal, é a escrita que nos unia. E é a escrita que continuará a fazer crescer esta UNIÃO!
Obrigado a todos.
 
Escrevo-vos!

Amor

 
Terna é a flor
que serena floresce
sorri e a dor
desconhece.
É Amor
e não parece
é uma chama
no meu jardim
é a imagem de quem ama
a crescer sem fim.

Terna é a flor do Amor… silenciada
vive sem ser anunciada!
 
Amor

Deixas em mim tanto de ti

 
Deixas em mim
aureolas de ti… e é tanto
deixas assim
um manto
que me cobre o espanto.

O aroma do teu corpo sedento
o traço do teu sentimento
um olhar lírico
desse teu querer idílico.

Deixas em mim tanto de ti
que nas tuas ausências me afaga
acalenta cada momento que não te vi
aquece o amor que tempo não apaga
no calor que a distância agarra.
 
Deixas em mim tanto de ti

Amor Impossível

 
São lágrimas que solto por saber deste meu amor impossível. Lágrimas de alegria por saber que o amor é meu e que, apesar de impossível, estará sempre ao alcance do sonho e do desejo por cumprir…
E o mar com o seu sorriso de prata é meu aliado, meu amigo, para harmonizar os meus momentos de fim de tarde em que me encontro na areia da praia deserta e desejo nadar até ti. É através das ondas sorridentes que o mar me acalma, e me deixa inerte ao pensamento fugaz da loucura do acto por realizar… Volto sempre!
Sei que outro dia virá feito de ilusões e de argumentos, para que o mundo nos afaste, sei que o meu caminho é feito das peripécias loucas e dos trechos perdidos do meu recanto chamado realidade, e ainda assim penso em ti.
Tão longe que estás, e tão perto que te sinto, nessa magia do amor que construo como castelos de areia à beira-mar, num desafio, para que mandes uma onda maior e os destruas, chamando-me assim à minha dura realidade…
E a teimosia provoca-me, faz-me voltar em cada final de tarde para construir de novo os castelinhos de areia húmida. Essa mesma teimosia que vai de mão dada com a esperança, que assim aproveita para imaginar a tua chegada por entre as alegres ondas e, num pensamento secreto, chega a imaginar que vens naquela onda maior.
E se os castelos são de areia, os desejos são de vento, e o meu amor é bordado pelo sol que, ao longe, se despede e vai dormir. O mesmo sol que aquece esta relação inexequível.
Anos passaram e a fonte das minhas lágrimas nunca secou… A minha pele queimada do sal e do vento anunciou o meu desespero de uma vida solitária. Os cabelos brancos escondidos debaixo do boné de marujo são como sementes da minha preocupação por não saber de ti…
Nem por uma única vez apareceste!
E tanto que sonhei com esse momento. Estudei as palavras, e fiz frases para te oferecer…
Fiz planos… uma casa nessa praia deserta ou na ilha solitária do mediterrâneo.
E tu, sereia do meu imaginário, nunca vieste…
 
Amor Impossível

Poema Imperfeito

 
Num fogo rendilhado
entre as brumas e ventos
deixei perdidos os meus momentos
ficaram caídos, esquecidos nos meus dias.
Perdi-me nas aguarelas
entre pincéis e telas
dos poeirentos quadros
entre apertos e alegrias
em que me deixei seduzir
entre estéreis estrias.

Ainda assim, refeito, volto
renovado e sem amarras
para recomeçar o meu caminho.
Nem que lute sozinho
com as minhas garras
sem que tu, imperfeição, que me agarras
possas travar-me, impedir.
Trago-vos um recado
que é este poema sem pecado, inacabado
é dentro dele que vou sempre existir.

Nota:

Hoje é um dia especial para mim, um dia marcante. Faz um ano que entrei para esta família e comecei a habitar esta nossa casa que é o http://www.luso-poemas.net/. Em boa hora entrei nesta nossa casa. Um ano correu e tanta coisa aconteceu!
E sabem que mais? Valeu! Valeu a pena por tudo o que aconteceu na minha vida literária, e principalmente na minha vida pessoal. Ampliei a palavra AMIZADE.
É bom ter uma casa do tamanho do Mundo. É bom ter amigos! É bom estar entre Poetas!
Obrigado por existirem!
Beijos e Abraços
 
Poema Imperfeito

Amor Sóbrio

 
Tenho lágrimas! Posso ser um iletrado e não saber expor as palavras no seu esplendor, mas, ainda assim, tenho sentimentos que não controlo e que despertam as sensações emergentes de pura adrenalina e paixão. Sim, por vezes acabam em lágrimas, cobertas com um silêncio aterrador, mas o meu sentimento é real e não conseguir exportá-lo para o poder das palavras é iníquo. Sou um perdedor, porque não sei fugir das sensações ou porque não sei iludir as razões. Sou assim, um conjunto de lágrimas à procura das palavras para te dizer o que sinto e do que sou capaz, e, enquanto não encontro cada palavra para cada sentido, perco-me nas manifestações ousadas de mim num sofrimento mútuo. Ousado seria não sentir e não escrever!
Quero transportar a vontade de viver e, nesse laço de energia, quero contagiar-te para que vivas cada momento de forma única, sentida, sem palavras e sem lágrimas. Afinal, para que brote o que temos cá dentro, não precisaremos delas… basta-me um olhar acompanhado de um sorriso e serei o menino traquina mais feliz do Universo dos sentidos. Basta-me! Tenho lágrimas. Espero que o tempo me possa ajudar e me dê algum alento. Não sei como escrever porque sei apenas sentir. Não sei como dizer-te porque é um todo que está dentro de mim. Ainda assim, nestas lágrimas lavo o rosto e revigoro-me, fazendo nascer um sorriso, só meu, que escondo timidamente mas que também pode ser teu… assim o queiras!
 
Amor Sóbrio

Silencio-te

 
Silencio-te. Noite triste
só a lua me sorri
plantada na escuridão
que aglomera a minha condição.

Silencio-te. Sentimento impune
que respira e sobrevive.
Silencio-te. A razão que nos une
e assim afasto a voz.

Silencio-te. Num silêncio cúmplice
silencio-te e assim me deixo morrer!
 
Silencio-te

No Teu Olhar

 
Vejo-te! Sinto as vibrações que percorrem o teu corpo. No teu olhar, desagua um rio chamado mundo… o teu mundo solitário, incompreendido, abandonado.
Sabes? Um dia… um dia vi, nesse mesmo olhar, um caminho secreto que nos levava ao casarão de madeira perto de um lago, onde sonhavas construir o teu lar feliz, lugar onde as crianças podiam brincar com a felicidade e a inocência entre o sol e a lua…
Sabes?... Sabes que sei que deixaste desfalecer esse sonho? Sim! Sei que sabes.
No teu olhar encontrei tantas mágoas, tantas incertezas, misturadas com fraquezas que se envolviam num frenesim apócrifo…
Talvez saibas, sim! Embora apenas mostres esse mundo real, foi no teu olhar que descobri uma pérola construída de esperança e força. Uma alavanca que te eleva nos momentos submissos contrariando os desejos alheios… Tu que nunca foste egoísta.
No teu olhar, vi a selva das decadências em paralelo com as fronteiras da lucidez!
Vi o sentimento profundo. Senti-te crescer…
Hoje é no teu olhar que desagua as impurezas do teu passado. É assim que libertas as tuas vozes caladas, num exercício de grandeza. Vives entre esse preâmbulo…
O teu crescimento aconteceu, mas consegues manter esse olhar infantil que questiona os porquês todos em teu redor…
No teu olhar vejo a chama que reacende para aquecer a magia de sonhar, vejo a alegria exposta na lucidez de seres mais que apenas um corpo!
E quando me olhas nos olhos, nesse momento único, nosso, revejo-me no passado… na criança feliz que existiu. Troco-te por uma mensagem de esperança e sigo… Sigo-te! Na ânsia de voltar a encontrar o que desejas no teu olhar…
 
No Teu Olhar

Já te disse hoje que gosto de ti?

 
Um café! Acordou-me devagar, ainda não refeito de uma noite dormida à pressa. Dei os primeiros passos cruzando-me com pessoas conhecidas, que, alegremente, me davam um inusitado “Bom – Dia”. Respondi a todas com um gémeo cumprimento. Ficou-me a energia, revigorante, das pessoas com que me cruzei!
Meditei… antes nunca tinha pensado nesses pormenores, levava a vida a correr, num contra relógio contra o tempo, o meu tempo, em suma, contra mim.
Deixava passar os minutos, sem reparar neles, apenas reparava em algumas horas porque a sociedade me habituara aos horários preestabelecidos…
Não era eu! Não o verdadeiro eu…
Mas naquele dia, tudo seria diferente, mesmo que o meu exterior não o revelasse, mesmo que o meu rosto não o expressasse, era um dia diferente.
O dia da consciência! O dia que quebrava a barreira das oposições e conseguia entrar na essência do meu Ser, concedido pelos meus semelhantes que comigo conviviam diariamente.
Um café, mais um, para competir com tamanha alegria que sentia. Tinha-me revelado. Finalmente tinha entendido o sinal…o simples sinal de que podes ser tu mesmo se assim quiseres!
De alegria incontida, procurei-te, sim a ti que lês as minhas singelas palavras, a ti e a ele, e a ela, pela mensagem que não cheguei a mandar e pelo telefonema que pensei fazer, pelo e-mail que ficou por escrever, pelas várias possibilidades… mas acredita que te procurei, sei que sentiste essa energia e não ligaste, um arrepio, um vento suave ou um calor passageiro, era eu a tentar abrir a linha da nossa comunicação para te questionar, livre e abertamente, sem malícias ou secretos desejos, sem que fosse preciso uma resposta pronta e composta… e no tempo livre que gastei a viajar pelas pessoas, uma a uma, adornando as suas qualidades, deixei-me ficar aqui, sentado neste banco de jardim, etéreo, de lápis na mão a escrever no meu caderno dos desejos… vezes sem conta a frase repetida na minha mente…
Já?
Já te?
Já te disse?
Já te disse hoje?
Já te disse hoje que?
Já te disse hoje que gosto?
Já te disse hoje que gosto de?
Já te disse hoje que gosto de ti?
Já te disse hoje que gosto de ti? Já te disse hoje que gosto de ti? Já te disse hoje que gosto de ti?
E o meu pensamento, afectuoso, sussurrou ao teu ouvido…
 
Já te disse hoje que gosto de ti?

Aurora

 
É o teu nome de apresentação
trazes esperanças de cetim
alegrias e ilusão
aos molhos para mim…

Cedo passeias o teu sorriso
de flor de jasmim
olhas-me de igual esplendor
e de indiferença
contundindo-me a dor…

Julguei-te minha
musa molhada de lágrimas
julguei-te…
história do meu imaginário
minha…
e (afinal) de toda a gente!

Outrora…
Já foste um olhar degredo
uma voz de solidão
um mar bem presente
e uma colina que ama no chão…

Aurora
Meu segredo…
minha rotina de ilusão
és simplesmente…minha
e da multidão!

Bom dia…
 
Aurora

Na foto de Zarco

 
Na foto de Zarco
 
(foto tirada da Internet)

Qual navegador fidalgo
De Zarco como nome estreito
Padecendo de algo
Enclausurado no peito.

No silêncio do olhar
Secreto. Elege a faceta
Concreto. Não se deixa resignar
Nesta posse de atleta.

Há uma cara camuflada
Pela barba das tempestades
Onde o pensamento passeia.

Há desígnio de camarada
Na ternura das idades
Mas é a voz que se alteia.
 
Na foto de Zarco

Quero-te...

 
Estejas onde estiveres, nesse mundo fantasia, quero-te nas profundezas do amor e nas intimidades do acto consumado, para que saibas que a paixão é um mero caminho para a consolidação dos corpos extasiados pela magna noção da épica condição do Ser.
Quero-te… despida de preconceitos na magia do luar que abrilhanta a nossa condição de dois amantes da vertente lunática do mundo que gira em movimentos iguais, e nós, em gestos ritmados fugimos a esse mundo em viagens lunares como dois… elementos da terra prometida. Procuramos, em segredo, construir o nosso próprio…paraíso.
Quero-te… sedenta de palavras, as que embalo para oferecer-te como uma flor ou como um castelo para que possas viver nesse mundo principesco das maratonas da fantasia.
Ainda que o tempo, esse marasmo que se apodera das nossas horas perdidas nos afaste dos nossos desejos, nos invada com barreiras reais que a vida nos faz nascer, ainda que os atropelos possam protelar a nossa conquista feita de persistência, ainda assim, quero-te… enquanto souber que poderás existir escondida num corpo qualquer, enquanto sentir que também me queres, Musa vestida de amor, despida pela carícia cor do sol, serás o meu luar das minhas noites de solidão, enquanto o nosso caminho não se cruzar na utopia do segredo em sequencias mágicas que adornam o nosso querer.
Quero-te … Musa vestida de poetisa nesse corpo de mulher!
 
Quero-te...

Um poema diluído

 
Tenho os sons de uma boa música. Tenho o ardor de a sentir como minha mesmo sabendo que não é… Envolvo-me nessa onda de frescura e aprecio a sua loucura que me encanta e me eleva aos píncaros dos desejos.
Tenho um poema que dança no meu coração. Sinto-o e sei que não é só meu.
Tenho as palavras que percorrem o meu corpo e se alongam no imaginário do meu mundo por acontecer.
Eis o meu poema diluído!
Poema que amo em segredo e onde me perco nas profundezas do anseio dos sentidos. Destemidos. Ébrios pela fragrância de um amor quase prometido.
Poema grito de liberdade ou voz húmida de lágrimas roucas, quase surdas que o silêncio prende em rituais escondidos.
Tenho as amarras dentro de mim, assim bem juntas aos versos, que flutuam neste poema de corpo e alma do que me resta…
Poema tatuado. Germinado. Jamais apagado.
Tenho os sons do grito dado no calor da emoção da loucura de estar num corpo diluído!
Tenho um texto perdido, na prosa que era para ser um poema, guardado, escondido, neste gesto assumido.
Resta-me pouco…
Resta-me este meu poema diluído. Decrépito. Culpado.
Eis o meu poema diluído!
 
Um poema diluído

26 de Abril de 2008

 
O Prefácio de um dia...

Agora que estou distante, uma lágrima tonta, foge do meu segredo e deixa-se diluir nas profundezas do espaço abstracto…
Tu que me lês… perguntas a ti mesmo, pela tristeza que embala este texto, numa aflição desconhecida e simultaneamente curiosa, e eu, adivinhando essa carência, aproximo-me do teu ouvido, sem que o teu olhar me toque e baixinho digo-te: - Não é tristeza! É alegria…
E assim, contemplo o dia que passou, que encheu a minha vida de gestos maravilhados e no abraço das palavras, todos, sem excepção embarcamos na viagem de união, que em silêncio selamos o nosso propósito, quando trocamos os olhares de cada universo…

António Paiva
Carolina
Cleo
Flávio Silver
Fly
Freudnãomorreu
João Vasco
José Torres
Laura Gil
Luís F.
Margarete
Pedra Filosofal
Rosa Maria
Tália
Trabis
ValdevinoXis

Resta-me o silêncio que as palavras não contemplam e em que as imagens não sentem, para que na meditação do meu momento, possa sentir-vos novamente, entre sorrisos…

Para os presentes uma pequena frase de emoção:

- O homem da palavra
- Trouxe no coração as crianças
- Um sorriso tímido mas constante
- Uma viola no saco e música no ar
- Aquele abraço prometido
- A voz surpresa
- Uma viola em acção
- O dom da comunicação
- A timidez da coragem
- A amizade na presença
- O olhar redentor
- O riso libertino
- A presença que faz a Dama
- Generosidade na grandeza de Ser
- O Pai silencioso
- O amigo de sempre

Que no próximo encontro, as presenças cresçam vertiginosamente, para que atinjam um número nunca imaginado.

Beijos e Abraços
 
26 de Abril de 2008

Beijo Ausente

 
Levito na ânsia do teu beijo!
Percorri as ausências dos espaços
ultrapassei as barreiras da inépcia
e formulei o meu desejo
bordado na acácia
dos meus pensamentos escassos.
Imaginei o momento
que tanto almejo
construído de muito sofrimento
e algum lampejo.
Sonho que se repete constantemente
que domina a minha mente
e acalentado me vejo.
Oh! Híbrido estar…
Oh! Imagem que se confunde
e me dá asas e me faz voar.
Levito na ânsia do teu beijo!
Espreito o caminho
que percorro sozinho.
 
Beijo Ausente

Descobre-te...

 
Cruzo as palavras… em sequências apetecidas para que o efeito seja mais perceptível, amontoo-as em forma de pirâmide como se fossem uma arma com a qual defendo o meu castelo de ilusões, concebo o projecto da ideias para que possa vestir cada palavra e para que cada frase possa ser adornada por múltiplos efeitos com o desejo comum de faze-las felizes, para que brinquem umas com as outras, estejam onde tiverem… letra após letra, como velhas amigas de sempre!
Mas existem vezes em que a vontade é de esconder as palavras ou expô-las mascaradas para que confundam os olhos que as espreitem…como se de um jogo se tratasse!
A vida é mesmo assim, uma mensagem que sai de um jogo… e a vantagem é ganha por quem consegue perceber o jogo e os predestinados são aqueles que depressa entendem a mensagem de cada jogo… de cada vida.
Devemos aproveitar os momentos, com a mesma energia e o mesmo rigor, saborear cada instante com uma vontade indubitável, quem sabe se os poderemos repetir?
Devemos escrever sempre que o desejo pedir, quem sabe se poderemos enviar cada mensagem?
Com a magia das palavras e a simplicidade de cada partilha podemos jogar, brincar com cada letra, na construção de cada momento que não se repete, com a consciência do que somos… (11918818121322189128 – 2312 – 722141112). Descobre-te nos números! Descobre-nos… com as palavras faz o jogo contigo através dos números… para que possas dizer cada letra, construindo cada palavra para que consigas a frase!
Como na vida… é uma questão de oportunidade e de rapidez de resposta…

Depois pinta as letras, cada letra de uma cor mais luzidia… acrescenta flores em cada palavra circundando-a como de jardins se tratassem e na frase feita deixa suspensa no trapézio do circo da vida, á espera que os aplausos recomecem… dia após dia!
 
Descobre-te...

Errar é Humano...

 
Hoje mascarrei-me no embuste do disfarce de uma personagem emprestada. Passei um carvão perdido pela face inocente e deixei-a abandonada á sua sorte. Abandonada e triste, com a alma destruída de jeitos repentinos e impróprios…

Esta cara, sujeita de personalidade própria não pediu nada e não lhe foi questionado o seu querer. Ninguém gosta destas coisas imprevisíveis e instáveis…

Se ao menos, tivesse avisado a minha cara para a guerra, sempre sairia um sorriso espontâneo de recusa e de alerta para o engano que se poderia evitar…

Hoje errei, ao pensar que mandava no meu corpo. Ao agir sem perguntar a sua opinião!

São tantas as vezes que erro e tão poucas as que percebo…

(Valeu-me hoje ter reconhecido o erro, assim aumentei a esperança de amanhã poder errar menos, ser melhor…)
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Errar é Humano...

Gente Nova

 
Há tanta gente nova por aqui que pensei que este sítio já não é o mesmo do meu tempo...
 
Gente Nova

Escrevo…para libertar as personagens que não consigo Ser!
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http://catalogoluademarfim.blogspot.pt/

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