Poemas, frases e mensagens de Junior A.

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Junior A.

"A beleza não está nem na luz da manhã nem na sombra da noite, está no crepúsculo, nesse meio tom, nessa incerteza." Lygia Fagundes

Dão-se os dias

 
Dão-se os dias,
E nada em mim há,
Além de mágoa arraigada,
Que dói, ora por lembrar
Ora por esquecer,
Inda que com os olhos
Atados por teu olhar,
Dói mesmo sem ver...

Dão-se os dias,
Tão iguais sem ser
Que fico a marejar
Tristeza eloquente
Á dizer, que amo,
Inda que não haja
Amor, somente engano.

Dão-se os dias,
E quem ama sente,
Sofre o amor
Daquele que amou
Sem ser amado,
Amor sem causa,
Inventado, vil,
Na ilusão que o
"Para sempre" haja...
 
Dão-se os dias

Matinal

 
Você há-de ver o meu nome,
Por sobre as notícias na tv, no rádio, nos jornais...
Que hão de quedar os teus olhos ao amanhecer,
E há-de se inquietar pela cozinha,
Até voltar ao quarto, E lá, há-de se deitar,
Por sobre a cama, a volver fotos, compulsar cartas,
E hás-de me encontrar na fresta de tuas lembranças
Que hão-de trazer o meu rosto, o meu beijo, o meu toque,
Os dias em que descansaste em meu peito.
Mas eu, eu não serei mais que uma lembrança amuada,
Mórbida, que como vento matinal sopra,
somente para que venha o sol...
E assim, em sua inércia há-de viver,
E tudo será como antes,
Fotos, cartas, poemas...
Serão as únicas testemunhas do amor que nasceu,
Pouco antes de tornar ao nada.
 
Matinal

Eis o fim.

 
“Esse é o fim de todo e qualquer servo do amar cegamente; morrer pelas mãos daquilo que tanto ama.”
 
Eis o fim.

Nossa canção, "nossa saudade"

 
Venha minha menina...
Já está pronta a nossa cama do “tempo”
Eu ainda não posso me deitar,mas ficarei aqui contigo
Lá fora tudo é encoberto pela neblina “vida”
Mas não se preocupe,estarei aqui até adormecer
Ei de esperar,até que a aurora de amor venha
Enquanto isso eu canto para ti...
Nossa cançao,“nossa saudade” minha menina

Me deixe cobri-la com nossa colcha de “momentos”,
Lá fora está o frio da “ausencia”
Ainda há o chuvisco do meu lagrimejar
Mas não se preocupe,ele para quando sente você
Tudo ficara bem meu amor,apenas durma
Ei de esperar,até que a aurora de amor venha
Enquanto isso eu canto para ti...
Nossa canção,“nossa saudade” minha menina

Teus olhos demonstram cansaço,que longo dia tivemos
Mas agora esqueça,amanhã há de vir o raiar
Se lembre que te amo minha menina,
E tudo vai ficar bem...
Ei de esperar,até que a aurora de amor venha
Enquanto isso eu canto para ti...
Nossa canção,“nossa saudade” minha menina
 
Nossa canção, "nossa saudade"

Voluptuosidade

 
Deito-te lentamente por sobre a cama,

Sobre o leito febril que nos aguarda,

Donde dia a dia se debruçam os meus versos

Enquanto cá não chegam, dispersos...

Em desejos que me cortam a razão

Vou amando incansavelmente a Ti,

Insana...

Cubro-te, infesto-te com o que mais possuo

E que lhe oferto, apaixonadamente.

Cometo contigo o mais doce adultério,

Pois me traem os dedos ao sorver teus lábios,

Denunciam-me os abalos que me percorrem o corpo

Amolgando em força por entre o teu flanco,

Abrasado de ti descubro todos os meios, segredos,

Enquanto perco-me, alucinado...

Na poesia extrema da tua carne,

Degusto de ti, tudo que os versos me negam.

Beijo-te, doidivanas a sugar teu gosto...

Até que molhada, te enfades, não possas mais,

Assim posso fazer-te unicamente minha,

Quando encontras enfim o gozo...

Por Junior A. e Edi
 
Voluptuosidade

Sou poema...

 
Queria eu, ser o poema que lhe apetece
Aos olhos fartos e impregnados ao verso.
Ser-te a lembrança que jamais se esquece,
Algo entre o eterno e o pranto confesso.

Mas cá, sou somente rabisco amuado,
Empalidecido pela caneta que o cessou.
Sou rascunho cheio de pontos machucados,
Amante em ser poema que por ti não sou.

Queria eu ser o verso que te encanta
Até mesmo a canção que te embala.
És tu minha Florbela, e me Espanca...

Espanca este ser amor que em ti cala,
Por tanto amor impregnado á garganta,
Sofre a mágoa, em não ter de ti a fala.
 
Sou poema...

Porto

 
Traz-me o tempo,
As lembranças de outrora,
Onde eu era porto,
E tu fugida das tormentas
Cá descansava em meu peito.
Atracavas em mim, amarrada,
Despojava de ti os naúfragios,
E teus beijos, tesouros,
A mim se davam...
Logo o teu corpo cansado,
Dado as ondas, que lhe afrontava,
Carecia de cuidado.
Dedilhava meus dedos por cada canto,
E como por encanto,
tudo parecia se curar...

Traz-me o tempo, a lembrança,
Que agora sou porto avelhentado,
Cheio da poeira desgosto, abandonado...
Repleto do mal cheiro do passado,
Sonhando que se torne vida, momento...
O sol da solidão, intenso,
Estraga, resseca...
Caminha as ondas até os cantos,
E peço eu que tragam as novas,
Dizendo que ao longe vens,
Mas tornam ao mar, aos prantos
E cá, tu não tornas...
 
Porto

Longitudinal

 
Maldita me é esta dor que padeço,
Outrora amor que jaz, me entristeço
Longas me são as noites, desregradas
Donde há amor? Só faltas machucadas.

Que se perdem por entre açoites,
Dolorosos golpes que nos dá a vida
Que se perpetua, á sofrer em noites
Densas, intermináveis, incontidas.

Malditas me são essas palavras,
As quais escrevo, escrevendo feneço
Dado a ti Desamor! Condoído lavras.

Longa me é a noite, que entristeço
Pela dor sentida, chorada, ausente
A presença, amada, que não esqueço.
 
Longitudinal

Se te amo?

 
Se te amo?
Não sei,se amar é querer-te bem por toda vida
Há de explicar então este singelo desejo
Outrora dado ao mundo,declarava-me a lua
Em galenteios cantava as estrelas
E por noites beijei o aroma das flores
Se te amo?
Não sei,se amor é estado de graça
Há de explicar então este erradiar que me encanta
Outrora dado a nostalgia,dancava com as dores
Agarrava-me as tristezas,delinquia-me com as lágrimas
Se te amo?
Não sei,se amar é sentir saudade a todo instante
Há de explicar então esta falta que não cessa
Outrora dado a vida,buscava de todo o sentido
Sorri ao vento e sonetos fiz a solidão
Se te amo?
Não sei,se amar é ser verdadeiro e transparente
Há de explicar esta minh’alma que despida se entrega
Esta mesma que outro erradiava o gosto do sonho
A verdade do desejo,e hj achará o amor
Se te amo?
Não sei,sei que a cada instante este ser te chama
Estes olhos que te contemplam,este amor que te consagro
Outrora apenas devaneios,e hoje ao vê-la
Eternamente se tornará razão do abraço,
Há de explicar então este sentir,este dar,este sonho
Se te amo?
Não sei,sei que apenas vc me é
Há de explicar?
Este ser só vive por te amar
 
Se te amo?

Em poemas

 
Vivo a ler poemas, a vagar...
Neles faço rir, n’outros entristece
Em minh’alma erma que fenece
No sonho tardio de um dia amar...

Mas nada digo para agradar-vos
Dado a inquietude que me acomete
Dou-me a minha cruz, nestes vagos cravos
Dado ao ser mágoas, que me empardece

Há de Ter minh’alma razoamento
Num dia em que se tornar encanto
Há de Ter em mim um canto

Serei de um todo contentamento
No amor, que enxugara meu pranto
No dia, que findar palor, esquecimento
 
Em poemas

Esta Noite

 
Dar-se a noite e o gosto em meu lábios
Clamo a morte como quem chama a vida
E o inferno me seria o único descanso
Pois fiz de minha amada feliz, sofrida.

Ah meu amor, tu sempre me amaste,
Tu que sempre me entendeste,
Em dores por mim pranteaste
E magoei-te sem que assim quisesse.

Nesta noite que me tenha a morte,
Pois tal é minha noite de agonia,
Maldita me seja assim a poesia,
Pois de mim foi-se o amor, foi-se a sorte.

A morte é tudo que me cabe,
Pois não há maior que vê-la sofrer
Vendo-te triste quero somente morrer,
Que me leve a vida e o mundo se acabe.
 
Esta Noite

Todo Poeta

 
Todo poeta tende a ser um sofredor,
Pois n’algum momento não foi amado
E por mais que se diga entendedor,
Ainda que rico em palavras,
Puro encantamento, é pobre, é coitado.

Todo poeta tem um amor para escrever,
Mas tendo, nunca o tem para amar,
Como se andasse por sobre um precipício,
Por isso desconta nas folhas, na caneta, no vício.

Todo poeta não passa de um fingidor,
Bem disse o fingidor que fora chamado poeta,
Pois convence ao pobre que lê e sonha com o amor,
Coitado, mal sabe donde tal escrita se enceta.

Todo poeta é um só e sem rumo,
Escrevendo tenta se achar, quem sabe um prumo,
Mas mal sabe donde lhe cabe o dedo.
Por isso vive nas linhas derramando segredos,
De tudo que o ser passou, amou, sofreu, chorou,
E agora ao esmo em algum canto tem medo.

Todo poeta não passa de um viciado,
Que se embriaga de falas empalidecidas,
Que traga todas as incertezas de um ter malogrado.
Mas não sabe onde lhe cabe o gosto,
Escrevendo ao desgosto, o chama de vida.

Todo poeta é um ser safado,
Que degusta das dores a magoá-lo
Mesmo assim se diz dela necessitado
E flagelado, as busca, as invoca...
E as abraça em pranto, querendo-as sempre do lado.

Todo poeta o é, e assim será eternamente:
O poeta que no amor esconde sua incompreensão.
E que por tanto a vida mente, constantemente...
Chamando de belo, a falta, a desilusão.
 
Todo Poeta

O que é a morte?

 
Senão o fim, no inicio que não se deu
Dado ao coração que de si esqueceu
Facto da vida, desamor, má sorte
Ao ser ecoa estagnada, dita morte...

Senão o pavor, desnorteio das cores
Que desde então, se dão, cinzentas
Empardecidas em si vão, em dores...
Morte, termo ao fim, quem vem, esquentas

Morte é tudo em que não depende o querer
Se morre o sonho, a vida, o amor, o medo
Até a palavra morre, se ela não escrever

Eis aí então a minha dita morte:
Calar-me mediante meu amor segredo
Desfaleço perante o inimigo, que é forte...
 
O que é a morte?

Tenho

 
Não tenho escrito tanto, nem uns poucos,
Enquanto a doença, que se instala á muito
Seria escrita, caso estivessem soltos,
Mas não leriam, do meu ser o intuito.

Tenho pensando pouco, talvez num tanto,
Que não calha o tempo para entendê-la,
Se embalam as unhas, o diabo, o santo,
Se fadigam aos tantos, mas sem esquecê-la.

Tenho espreitado o nada, dormido pouco,
Talvez dormido muito, ao que o ser sobeja,
Que me toma o prumo, se me é pouco,
Onde ficara o muito, que minh'alma enseja?
 
Tenho

Mando-te

 
Mando-te flores, viçosas flores...
Perdoa-me se ao atavio
Engasto as muitas dores,
Precisava também te dar
O então vazio...
Que tenho em flores,
Quando a alma sem ti está.

Mando-te também bombons, recheados
Perdoa-me pelo bojo
Os laços estão manchados
Mas os coloquei...
São as lágrimas...
Das quais fiz estojo
E te enviei
Em cores carregadas.

Mando-te em breve, uns versos
De miúdas linhas, borriscadas
A quem lê, talvez incertos
Mas denotam e Tu o sabes...
O Amor em linhas marcadas,
Um eu desventuroso...
De ti, de amor, de saudades...
 
Mando-te

A dualidade do sentir

 
‘Não coloque amor entre aspas’
Pois de pouco valeria tuas rédeas
Nas águas indomáveis do amor
Que transbordam nas margens férteis
da existência.

‘Não atiçe paixão com vara curta’
Pois no fogo da paixão há apenas vítimas
Nado-mortos...
E assim serias apenas mais um em meio
a causa de explicar o fogo que arde sem chamas.
‘Sinta que o amor está em suas mãos’
‘Que o amor é enorme, a paixão diminuta.’

"Diga-me então porque insiste amigo,"
"No desejo de não ter fim a luta"
Pois, és grande apenas em batalha?
Há grandeza maior que amar?

Então veja aquilo que teu ser ofusca
Assi como a verdade que a paixão te nega
"Estenda os braços pra que a vida te vença"
Se convença de vez que a dor só furta.

06/02/2006

"TrabisdeMentia" e Junior A.
 
A dualidade do sentir

Ama-me

 
Ama-me segundo teu desejo displicente
E viva esta tua jura convincente
Mediante os teus atos que irão falar
Ama-me após tuas desventuras pois sei que tu sofres
Pois sei que as vezes ao sentir não dormes
Mas entenda que a vida é amar

Ama-me,entroniza-me além do que sente
Ama-me como em fanatismo, ontem, hoje, sempre
Ama-me ao pernoitar em devaneios ainda que não me ache
Nesta instiga que não cessa, nesta volúpia que não presta
Na solidão do que se oculta, ama-me como se não me escutasse
Ama-me na ausência...

No choro que não se vê, na lágrima que não se chora
Ama-me, enclausura-me no teu amor
Apenas porque amas, ainda que em mim veja demora
Após tanto riso, choro, saudade, desejo,
Loucura, exaustão, volupia, razão e má sorte
Levanta-te meu amor, desperta-me
E ama-me até a morte...
 
Ama-me

Curtinho

 
Vai-se aurindo,
O ser pequeno
Tão (inho)
Que cabe ao dedo
A alma ver,
Quão grande
O medo.
Que se dá, sem ti
Abarrota ao pobre,
Traz tristeza
Longa, ao nobre,
Sem amor, há nada
Em si.
 
Curtinho

Apenas um soneto

 
Sinto eu que careço escrever
Alguns versos que há tempos me espreitam
Daquela detrás que a tempos esqueceram
Algo que mais parece a sombra do meu ser

Careço deste afago que tenho a escrever
Destas lembranças que povoam a mente
Quão verdade que me faz descrente
Desta desventura vida quíça esquecer

Como careço de um ser amado
Daqueles que se oferece sonetos
Que eternamente fique ao lado

Como careço, de carinho careço
Daqueles que se esquece os medos
Com aquela que não me seja um fado
 
Apenas um soneto

Demonio Amor

 
É...

Leia, Por vezes tem sido assim, esta é a minha vida
Isso, Tenho dançado com um demonio, suas unhas cortam
Graças, Ao seu hálito que instiga, seus olhos que falam..
Instinto, Ele se presenteia a mim, parece não haver partida
Ah!

Ahahahaha

Vê? Não se assuste amor, é apenas algo que não contei
Idas, Ele me visita todas a noites, me chama....
Dantes, Quando durmo, apenas o pulsar me clama
Ah, Então desperto, sufocado, daquilo que não sonhei

É...

Amor, Dizem que demonios são vidas que partiram
Mas, que estas almas vivem em um vazio
Olha, Teu amor a mim é tal demonio em seu desejo, frio!
Rogo, Que do meu ser jamais se fadigam...
 
Demonio Amor

"Morremos gestantes da ansiedade que nada espera."