Poemas, frases e mensagens de RITA REIKKE

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de RITA REIKKE

OLHAR DO POETA

 
Verdadeira é a sua verdade!
Do interior
que ninguém sabe o que tem...
Dizem de você injustiças,
Que sua poesia é irreal
no entanto
é ela que vai mais além.

Todo poeta é subjugado,
quantas vezes
dizem que ele é louco
mas o poeta
não pode ser o único culpado
das mazelas do mundo
da aspereza destes meus versos
e que sempre será pouco
para te defender!

O olhar do poeta se manifesta
além do que vemos
do que detemos,
o seu olhar,
meigo e suave
traspassa o todo
da matéria
se lança no infinito
na tentativa de revelar o amor
em palavras...

O seu olhar poeta,
que neste momento
une estas letras
que utilizo
pós fabricadas nesta usina
em que sou mero aprendiz,
percorre pelas engrenagens
que não descrevo
já se deu conta
do movimento que fazem
muito antes
do meu eu aqui funcionar.

E da funcionalidade da vida,
dos porquês da nossa existência
atribuo a você, poeta
a quase total competência
do seu olhar de amor...

E digo,
mesmo que digam
que a sua poesia
só esta descrita nas linhas,
por ironia,
quem te julgou
já não possuía
o que tentou ver em você
e não conseguiu encontrar.
É porque,
o poeta é gente
e nas relações
também é um espelho,
e é por isto
que os maldosos
vão se horrorizar.
 
OLHAR DO POETA

INCERTEZA DAS CERTEZAS...

 
Andei por um caminho,
distante do que sempre caminhei.
E então me perguntava,
porque andar por aqui?
Se todos me dizem
a porta certa...

A porta certa
pra mim era entreaberta
já não mais era apelo...
a porta certa
estava encoberta
por falta de zelo...

Andei por um caminho,
"errante" não o que sempre "preguei".
E então me embriagava...
porque não andar por aqui?
Se todos não me dizem
da descoberta...

A porta certa
também de incerteza, é repleta...
a busca não é desmazelo.
a porta certa
não é a certeza concreta
é a onde acontece o degelo...

"E nós podemos passar"...
 
INCERTEZA DAS CERTEZAS...

METAMORFOSEANDO MINHAS METÁFORAS...

 
Tento jogar FORA o que fui
faço-me METÁFORA no que sou
atribuindo a mim possibilidades
de nova META,
para o que sonho ser...

Metamorfoseio em função
do que quero alcançar
a META AMOR é onde quero chegar...
como FOSSE
pássaro em busca de abrigo...

E como aprendiz de águia
permito que o externo se transforme
mesmo que a ti,
eu nem me assemelhe aos afins...
voou perto do confim
do universo que preciso alcançar...

Rodeio em meio ao meu verso
e na caminhada da frase
vou lixando minhas unhas...
e mesmo
em ato brusco ou reverso
eu não permito, não impeço
que o amor se faça amar!...

Pois que no fundo
todo poeta
exercita ser
filho, mãe, irmão, ou pai...
todo poeta é aprendiz de águia
já que de dentro dele sai,
palavras oblíquas, suas metáforas...
à fim de metamorfosear
a vida!...
E a águia do poeta,
se faz livre poetar!
 
METAMORFOSEANDO MINHAS METÁFORAS...

TERGIVERSAMOS?!...

 
Como pude
passar por mim mesma,
por entre, por cima, através?...
Como pude ficar indefesa,
estagnada,
como se aguardando o revés?...
Foi o in"verso" da alegria,
que me fez fugir do meu "eu"...
viajei por dentro do meu castelo...
deparei com a heresia,
também, não havia poesia...
era de areia!
Caiu!...
Você não viu?...
Ou se esqueceu?...

Tergiversei
para não mais sofrer...
fugindo agora
do que me aniquila
e impedia de viver!...
Quem sabe um dia vou ver
o que penso encontrar...
as pessoas mais felizes
e fortes
melhorando o viver,
aprendendo a amar!
Incluindo você,
que ainda
tergiversa para si mesmo...
 
TERGIVERSAMOS?!...

SOLITÁRIO CORAÇÃO QUE HOJE CHORA...

 
Quantas vezes fizeste chorar
este coração que tentou sorrir
que se arrastou
e tateando foi buscar
vivênciar o que acreditava
se agarrou ao primeiro recurso
que o mar bravio oferecia,
se lançou e como num impulso
não sabia nem porque agia
girava a esmo
em torno de si mesmo
tentou se agarrar à esperança
de poder novamente respirar!
Mas eis que lhe retorna a lembrança
de que peixe fora d'água
vive a definhar...
Então porque se afogava?
Porque se debatia?
Será que se viu tão sozinho
perdido na imensidão do mar?
Ou é mesmo bicho desprezado
que se viu mutilado
e não pode nadar?...
 
SOLITÁRIO CORAÇÃO QUE HOJE CHORA...

COM O PASSAR DO TEMPO...

 
Sem perceber,
o universo se modifica
o verso não ratifica
a verdade do interior...

Sem me deter
tento caminhar
arrastando as mazelas,
do que fui, do que sou,
do que quero ser...
Tento buscar!

Acredito no que faço
mas eu erro,
me embaraço,
aprendi a não julgar,
e recomeço!

E se um dia eu puder,
viver o amor verdadeiro,
doação, olhar e atitude...
Vou mergulhar de cabeça
vou tentar viver por inteiro
concedendo ao Amor amplitude!
 
COM O PASSAR DO TEMPO...

HAVERÁ UM DIA...

 
Há de haver um dia
em que a poesia
não seja mais escrita,
digitada,
não será, visível...
Um dia
em que a sinfonia
não fique restrita,
confinada,
à ouvido sensível...

E toda a harmonia
da melodia do amor
se propagará,
no todo, na dimensão
do universo...
Parecerá fantasia
livrar-mos da dor
que se extinguirá
da vida, na sucessão
do nosso verso...

E, no verso
do pensamento,
iremos falar
direto ao coração,
em total comunhão!
Este amor,
será o sacramento
nosso prosperar
em resposta ao perdão,
evoluirá a nação!

O regresso
aqui na terra,
do prometido
será notório
ao nosso sentimento...
Ficará impresso
longe da guerra
não será contido,
em todo território,
um novo firmamento!
 
HAVERÁ UM DIA...

ÀS VEZES CHORO...

 
ÀS VEZES CHORO...

Quero me fazer entender
minha forma de ser,
de viver,
de ser assim
como sou...

Quero me entender e fazer
nova forma de ver,
de dizer,
de ser sem fim,
como vou?...

Não consigo ser entendida,
correspondida,
sou clarim solitário
de uma só nota
água que não lava e nem brota.

Por não entender,
já não faço
não imprimo, me desfaço
antes mesmo de alcançar
e me canso.

Por tudo que vivo
agradeço
embora pareça
infortúnio é assim
que amadureço.

E por agradecer,
vivo o tudo!
Às vezes choro,
mas sempre passa!
A noite se faz dia
e novamente me abraça.

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Prosseguindo com Deus!
 
ÀS VEZES CHORO...

QUISERAM ARRANCAR DE MIM A POESIA...

 
Sei que nunca fui poeta
nem desejo agora ser,
mas queria a alma liberta
por isso tentava escrever...

Pensei que escrevia o amor
sempre quis o ver propagar
mas eis que um sábio doutor
veio meu erro apontar...

Erro continuamente
tentando me melhorar
sei que não sou demente
só quero o amor fomentar!

Melhor viver sonhando
como se soubesse escrever
que sonhos de outrem amputando,
ou nos erros eu me deter...

Eu que pensei não conseguir
novamente tentar poetar
mas meu eu me diz: prosseguir
não parar, nem desencantar!

Poeta? Nem mesmo sou aprendiz
meus erros me comprometem
mas eu me sinto feliz
junto letras que me remetem...

Quem sabe viro poeta?
Sou nova e posso aprender
quero minh'alma desperta
e registrar o amor transcender!
 
QUISERAM ARRANCAR DE MIM A POESIA...

CERTEZA DA INCERTEZA...

 
A única certeza
a incerteza e a relatividade
o que não faz de mim inconstante!
Quando caminho,
parece que sigo adiante
ou pode ser mera ambigüidade...

A única certeza
a incerteza e a relatividade
o que não faz ninguém predominante!
Quando em desalinho,
parece que fico inoperante
ou pode ser vera desigualdade...

A única certeza
a incerteza e a relatividade
Então já nem tenho certeza
se um dia eu acerto
minha forma incerta
de tentar acertar...
 
CERTEZA DA INCERTEZA...

COCEIRA DE BICHO NO PÉ!

 
Tentamos ser poetas
aguçando a forma de expressar...
estimulamos o pensamento,
deixando-o voar...

Poeta fala da lua, da terra,
do sol, do mar...
diz que sente dor profunda,
quando o beija flor
fica sem água...
e com a face moribunda,
quando leva do amor
a mágoa...

O poeta sofre, chora,
ninguém vê...
ele as vezes até implora
pro amor não se deter!...

Por ser quem ele é,
sabe sua dor
ser mínima!
É assim feito partícula...
na existência de
mãe sem filho,
filho sem colo,
irmão,
sem ter com quem cantar!...
Força contrária
à sua resistência...
certamente o poeta
não saberia se aprumar...
desfragmentaria seu pensamento,
fazendo a palavra desarticular...

Dores,
pelas quais nem sonhou...
essa sim dói mais profunda!
Dor que derruba e prostra!...

Eu como aprendiz,
falo de passageiras tristezas,
de momentos de solidão,
de sonhos e realeza,
de castelos de areia no chão...

E passando a vida a viver
o aprendiz de poeta releva sua fé!
Pois sabe bem que "sua dor",
é coceira de bicho no pé...
 
COCEIRA DE BICHO NO PÉ!

NÃO TE DEIXES ENTRISTECER...

 
Tudo tem razão no universo
mesmo que o verso
sem troféu ou brasão
se componha...
Tudo que nos parece reverso
é o inverso
que sem saber presumimos
enquanto a vida se abre
num eterno, disponha...

Cedências no dia a dia
influem na nossa alegria
tanto sol, tanto ar, tanta luz
sem cobrar
disponíveis nos conduz...

Ao revermos de nós mesmos,
os nós, as amarras,
a não comunhão,
projetamo-nos
à beira de um precipício
por querer ver em tudo
a razão...

Eu te peço
no momento do agora,
que reveja
a hora da dor,
Jesus já pediu
e hoje "implora"
que você se entregue
ao amor!

Não te deixes entristecer,
o passado, passou...
O momento é o agora,
no futuro
você vai colher
as sementes que plantou
ou jogou fora!

Não te deixes entristecer
anda levanta dai!
Vai lá fora...

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NÃO TE DEIXES ENTRISTECER...

SE FOI POR AMOR?

 
Se foi por amor
que você não me viu?
Se foi por amor
que meu ser desistiu?
Se foi por amor
que o perdão não se fez?
Se foi por amor
que a injuria cresceu?
Se foi por amor
que passaste por mim?
Se foi por amor
que meu ser esta assim?
Se foi por amor
que negaste tuas mãos?
Se foi por amor
a porta da rua?
Se foi por amor
a busca do ter?
Se foi por amor
que esqueci do meu ser?
Então por favor
não me ame!

Se foi tanto foi,
tanto faz!

Ainda bem que passou,
se me amou
ou me ama
só depende de mim
reacender a chama
e plantar flores
no jardim!

E agora
que nada fazes
por amor
que o medo de expressar
foi embora
sinto que a força do amor
no nosso ser aflora
uma nova comunhão!
 
SE FOI POR AMOR?

SEM POESIA...

 
Sem poesia,
Nosso ser enfraquecia
o horizonte não refletia
não tinha forças pra galgar...

Sem poesia,
a flor fica sem cor
o perfume sem odor
um universo sem luar...

Quero viver a poesia
todo instante,
mesmo que não queiras!
Você me diz
de tudo desistir!
E com ela sigo avante...
Sigo sem fronteiras.
 
SEM POESIA...