Poemas, frases e mensagens de Ana Maria Gazzaneo

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Ana Maria Gazzaneo

Eu poeta...

 
Nasci assim...
Com doçura no olhar...
Capaz de ver,
Nas coisas mais banais,
Belezas sem estereótipos...
Com facilidade de escrita...
Abençoada pelas graças das sereias...
Agraciada pelas riquezas dos deuses...
Vou assim,
Aqui e acolá,
A semear destas sementes...
Visões sem igual,
De um mundo invisível,
Por sensibilidades anêmicas...
Meus temas,
São e serão sempre,
O que advém
Da alma...
E suas danças no tempo,
Ao sabor do vento
De todo sentimento...
Virtudes e defeitos,
Mostrarão suas faces insólitas...
Desnudadas por certo,
Mas maquiadas pelas palavras...
Ah! Essas palavras!
Pobres palavras...
Máscaras indeléveis...
Que tudo mostram,
E não dizem nada!
Revelariam, por acaso,
Um eu poeta?
 
Eu poeta...

Coisas do amor...

 
Mas amor,
Vamos agora,
Aos nossos sonhos, queridos...
Adentremos deslumbrados,
Os portais da poesia...

Amor por ti eu daria,
Mil vidas se as tivesse!
Mas te dedico uma prece...
Simples cantiga de amor...

Pequenina, mesmo, flor...
De perfume embriagador...
Um sopro do amor que sinto...
Dose de um raro vinho...
Rosa amarela, entre o verde...

Um pouco do meu carinho,
Do muito que sei mereces!
E do tudo que sei te darei,
Ao longo de nossos dias...

Pois que a minha alegria,
É te amar sem ter limites!
 
Coisas do amor...

Apaixonada por você

 
Hoje, não vou fazer nada...
Quero permanecer assim,
Deitada em seu colo
Vendo a vida a sorrir...

Quero te amar sem ter pressa...
Que o tempo, depressa
A voar sem ter fim,
Só te rouba de mim...

Quero aproveitar cada minuto...
A sorver deste amor,
Que a nutrir por você
Alimento de ardor

Sonhos que te dou...
Meu amor infindo...
 
Apaixonada por você

TE AMAR

 
Fogo que me queima...
Paixão que me ensandece...
Às vezes prece serenada,
Mas sempre,
Ritual que me enlouquece...

Falar-te amor?
Sempre!
Com ou sem palavras...

Na face escancarada,
Já a benção ou maldição,
Bem estampada...

E manifestada,
Sem pejo alucinado,
O desejo que de mim se apossa...

Ter você...
Envolver-te...
Perder-me nesse feitiço...

Doce feitiço,
De te amar,
Sem pensar
Em mais nada...
 
TE AMAR

Já não falo de amor...

 
Já não falo de amor...
Meu canto agora é triste...
Eterno lamento de minha alma que chora,
Faz-se por fim toda a poesia...
Nenhum alento existe
Triste agonia...
Trilhas sombrias absorvem sol do céu...
Vago perdida nestas vagas de esperança...
Amor...
Um canto alegre que em mim morreu...
Sofro só!
E sinto na garganta amargo nó...
Não sei mais cantar...
Desfaço a dor que em mim desata este tormento,
A gemer mil ais...
 
Já não falo de amor...

Descortinada à poesia

 
Ah! Que vontade de mandar às favas
Queimar a lavra
Tudo destruir...

Tudo o que enfim
Só me denuncia!

Eu queria ilha,
Recorrí à escrita...
Mas triste desdita,
Me tornou poeta!

Que escreve com a alma,
E nua, aparece,
Aos olhos de todos...

Como eu fosse enfim,
Atriz descomposta,
No palco da vida,
A fazer streep-tease!

Ana Maria Gazzaneo
 
Descortinada à poesia

Meu grande amor...

 
Feliz eu sei que sou, nestes momentos...
Passados ao teu lado, doce amado.
Enfim vejo luzir, no firmamento,
A estrela, que ilumina os nossos passos...

Se a sorte que te trouxe, te deixasse,
Do lado de quem sempre te amou...
Seria viver só felicidade,
Ao fim deste meu tempo, que restou.

Mas vivo a beleza deste amor...
Minutos sei que valem, eternidade.
E sei que se faltar um amanhã,
Certeza, restará doce saudade!
 
Meu grande amor...

Vazia...

 
Dias sem o sol...
Noite sem luar...
Horas que se vão,
Sem perspectivas...
Sonhos incolores,
Versos sem poesia...
Alma tão vazia...
Flores sem perfume...
Fogo sem o lume,
Na brasa se esfria...
Real agonia!
Sombra rastejando,
Sem ter alegria...
Vivendo à mercê,
De mera fantasia...
 
Vazia...

Todo o nosso amor

 
Eu te encontrei...

Eu que andava destemida...

Olhando de frente para a vida...

Vida que já era boa...

Mas que em nova luz se fez

Mais bela, ainda, ficou!

E te amei...

No seu sorriso meigo,

Mergulhei...

Doçura de mel,

No teu olhar,

Eu encontrei...

Beleza do amor,

Que sequer,

Eu sonhei...

Pudesse existir...

Te conhecí...

Encantada, fiquei!

Nascendo o amor,

Novo rumo,

Tomei!

Vivo agora, assim...

Sorrindo, feliz!

Se a vida era boa...

Melhor, se tornou...

Por causa deste amor...

Tudo isso eu te digo...

E no teu abraço eu me lanço...

Meu amor-amigo!

Nosso amor tão amigo e companheiro

Que encara toda a dor com alegria,

Cantando sem temer o mundo inteiro

Fazendo deste verso, a sinfonia

Que louva todo amor sem ter limites;

Em todas as facetas deste sonho...

Te peço, minha amada que acredites

Em tudo o que te canto e que proponho.

Nascemos por amor, vamos por ele,

Nos versos irmanados por um Deus

Que é feito neste amor que se revele

Sem permitir a dor nos olhos teus.

Estamos nos refúgios da esperança

Esse amor-amizade é nossa dança!

Ana Maria Gazzaneo

Marcos Loures
 
Todo o nosso amor

A verdadeira força do homem

 
A força do homem, não está nos pés que os leva por todos os caminhos...

Nem na cabeça, ninho aconchegante, para chocar, milhares de idéias...

Nem na força de seus punhos...

Nem mesmo, na imaginação...

A força de um homem, está no seu coração!

" O amor, faz do homem, um gigante...
O ódio, lhe provoca a morte, súbita!"

ANA MARIA GAZZANEO
 
A verdadeira força do homem

SÓ POESIA...

 
Tentei descrever o sonho...
Enfeitar uma ilusão...
Mas é a realidade o que queres?
Esta é a sua opinião?
Ok! Não tenho medo de me expor...
Pegarei a adaga que me abrirá o peito...
Espere só um momento...
Já, já, voltarei!
Estais pronto!
Queres ver as vísceras?
Os vermes que me corroem?
Os demônios que me martirizam?
Lá vai!
Só não diga que não te avisei!
Não me culpe por não poupá-lo da minha verdade...
Pronto!
Tudo aberto!
Estou certa que vais vomitar!
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
Aí está!
Vermelho negro de meu sangue em convulsão!
Queres mais?
Vai!
Veja então!
Arranco tudo do meu peito em dor lancinante e espalho aqui neste chão...
Ah! Queres ver o coração?
Vou morrer de tanto sangrar...
E satisfeito ainda, não ficarás!
Por favor, vá embora!
Pare de me torturar!
Já me basta a dor da vida!
Tão cinzenta...
Deixa que eu tente dar, mesmo quê,
O colorido,
De uma simples poesia!
Deixa a minha realidade para lá!
 
SÓ POESIA...

Alma gaivota

 
Gaivota, minha alma em alegria
Buscando o teu amor, seu voo, alça...
Despida de temor, suspira ansiosa...
Chegar ao ninho aonde tu repousas...
Só traz amor e vem assim descalça...
Em teu abraço, sabe, amor alcança
 
Alma gaivota

Aos poetas

 
Aos poetas...
Maestro das almas...
A provocar sinfonias...
E bailado feliz...

Ou a descrever u´a dor...
Trovador, cantante e triste em noites de luar...

Poeta!

Por teu olhar somente...
A dor se faz mais e mais distante...
E a felicidade, coisa real e prática...

Visão encantada do mundo te sustenta...
Alentos teces, às almas mais ocres...
Sensibilidade é tua virtude mais profética...

Falais a linguagem do amor, num mundo cético!

Poetas!
Á vocês minha admiração constante!
Meus aplausos!
Gratidão pela doçura, que acrescentais à vida!
 
Aos poetas

Nos teus braços...

 
Nos teus braços deslumbrada
Sei não desejar mais nada
Que assim, permanecer...

E a saborear teus beijos
Satisfazer meu desejo
De em teu corpo, me perder...

Descobrir do amor a trilha
Realizar a fantasia
Que me mate de prazer...
 
Nos teus braços...

NOSSO AMOR...

 
Amor não cabe em mim...
Já ocupou espaços
Que sei, já sem limites...
É ar que enfim respiro...
Se fez um sol intenso...
E nem meu pensamento
Amor controla, mais...
E busca no teu cais
O refratário certo...
Já matizou desertos...
Mil campos já floriu,
Com flores de abril.
E cunha a poesia
Imagem da alegria
Do amor que em mim nasceu...
Meus versos são só teus...
Te amo, meu Romeu!

Matizas o meu canto
Em luzes maviosas
Mostrando que este encanto
Recende a raras rosas
Por isso em amar tanto
As horas são gostosas

Desertos que passei
Oásis procurando
Por tanto que pensei
Não saberia quando
Amor fizesse lei
E fosse iluminando

Caminho que enternece
Amor feito uma prece...

ANA MARIA GAZZANEO
MARCOS VALÉRIO MANNARINO LOURES
 
NOSSO AMOR...

Por tanto amor

 
Soubesses o tanto, tanto, que te amo
E o quanto, tal querer, me alegra
Por certo que virias, ao encontro
De alguém, que por amor, já vive cega...

Viver em tal magia, o encanto
Dos sonhos mais bonitos, que nasceram
Da viva emoção, deslumbramento,
Que em versos de amor, resplandeceram...

Nem falo da alegria, que em abraços
Te acolheriam sempre, com ternura...
Tu trazes, meu amor, com os teus olhos
A luzes do milagre, que me cura!
 
Por tanto amor

AH! COMO EU TE AMO...

 
Atraco neste abraço, rumo e passo...
Ouvido recostado no teu peito,
Só sinto o coração, em descompasso...
Meu corpo delirando, amor, em ilha...
E naúfraga, me entrego ao teu socorro...
Se ausentas-me do amor, que é meu porto
Por certo, em mar aberto, eu morreria...

Eu tenho no teu passo, um aliado,
Que ajuda a desvendar qualquer mistério.
Amor tão soberano, nosso Fado,
Moldando com seu brilho um rico império.

Aonde desfilamos os desejos
E os olhos embotados de paixão.
Promessas de delícias e festejos,
Descompassando assim o coração...

O porto descoberto em pleno mar.
Uma ilha de esperança sobre a Terra.
É bom por isso e sempre tanto amar...

Não quero me ausentar do paraíso
Que a boca que me beija assim encerra
Com toque de carinho, o mais preciso...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
 
AH! COMO EU TE AMO...

Ah! O amor...

 
Ah! O amor...

Tomada assim,
de amor,
saboreei as delícias
desta vida...

Embriagada,
caminho agora
por estradas,
nunca antes,
por mim sabidas...
Mas sem mistério algum,
agora...

Teu rosto,
guardava o segredo de tudo...
Além de um caminho,
antes
tão turvo!

E que o sol do amor,
Iluminou...

Agora te amo!
Feliz eu proclamo:

Ah! O amor...
Novo ser,
mais feliz,
me tornou!
Numa estrada colorida
ao teu lado eu prossigo...
 
Ah! O amor...

AMOR VERDADEIRO

 
Como o amor que eu busquei
um dia...
Verdadeiro,
imantado de doce magia
duradouro,
a bordar a alegria
nas texturas serenas
dos dias...
Assim,
eu te amo...
Sei e não me engano,
ao dizer,
não ser só fantasia...
Pela revolução causada
em minha vida...
Pela primavera florida
em contratempo,
às estações vencidas...
Queiras ou não
partilhar dos sonhos
que risonhos
emolduram minha face
extasiada
Hei de cultiva-lo como fosse,
a última rosa a florescer,
em rigoroso inverno...
Último aceno do sol
à véspera da noite infinda...
Hei de levar de tudo
como a sensação
mais querida
por mim, já sentida...
Amor por você...
Razão de mia vida...

Envolto em sentimento mais profundo
Que traz em nossas vidas, sedução.
Vagando meu amor solto no mundo
Cenário deste sonho: uma paixão.

Não deixo de pensar um só segundo
Segundo já comanda o coração,
E cada vez que penso me aprofundo
Até chegar ao fundo da emoção.

Monções e tempestades sequer mudam
A rota preferida pelo amor.
Em tudo se mostrando sedutor,

As dores em remédios se transmudam
Assento meu carinho no teu canto
E embrenho meu desejo em tal encanto...

ANA MARIA GAZZANEO
MARCOS LOURES
 
AMOR VERDADEIRO

A flor do meu amor...

 
Jardim em flores...
Jardineira,
Colho a mais bonita,
Para te ofertar...

Sinal do amor,
Agrego num beijo,
gostoso e te entrego,
ao te encontrar...

Nada te direi,
do amor que sinto,
que expresso estará,
neste puro gesto,
de te entregar,
a flor mais bonita,
deste meu lugar!

Em mãos da jardineira,
Flor do amor, verás!
 
A flor do meu amor...

ANA MARIA GAZZANEO