Lua Nua

Data 14/04/2011 03:14:01 | Tópico: Sonetos


Dilatam-se pupilas e cabelos
Eriçam-se quando a contemplo nua.
Por sobre leito astral formosa lua
Verte o cálice de luares singelos.

E queda-se, em lúridos novelos,
Véu diáfano da cabeleira sua
Que, alvinitente, me encanta e alua,
Em delirantes convulsões e anelos.

Por entre a ramagem dos ciprestes
Espreito-a, nos infinitos celestes,
Sedutora entre veludos e linhos.

A noite, testemunha deste amor,
Desvanece na chegada do alvor,
Segue-a a lua, em oníricos caminhos.



(Luís R Santos 14/4/11)



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=183071