Que seja um laço feito à mão, Que seja a dor chorada em versos, Que seja um quadro todo velho, Seja o que for, eu só quero mostrar!
Que seja um abraço apertado, Que seja um beijo demorado, Que seja o silêncio em mim calado, Seja o que for, eu só quero sentir!
Que seja um sonho impossível, Que sejam bons momentos com amigos, Que seja um amor de carnaval, Seja o que for, eu só quero viver!
Que seja uma música do Dead Can Dance, Que seja o apito da leiteira que ferve o leite, Que seja o barulho do motorzinho no dente, Seja o que for, eu só quero escutar!
Que seja o sol às 17hrs, Que seja a flor que desabrocha, Que sejam senhores jogando bocha, Seja o que for, eu só quero ver!
Que seja suco de limão ou de amora, Que seja açaí com leite ou Coca Cola, Que seja cerveja num boteco lá fora, Seja o que for, eu só quero tomar!
Que seja pega-pega ou pique-esconde, Que seja pipa ou pião, Que seja stop, rabiscado no papel de pão, Seja o que for, eu só quero brincar!
Que seja Albert Camus ou Paulo Coelho, Que seja Ziraldo ou Maurício de Sousa, Que seja Veja ou Estadão, Seja o que for, eu só quero ler!
Que seja agora ou depois, Que seja daqui um mês ou um ano, Que seja com chuva ou com sol, Seja o que for, eu só quero Que seja o que Deus quiser!
Publicado no Recanto das Letras em 05/01/2010
Pergentino Júnior
Publicado no Recanto das Letras em 10/03/2011 Código do texto: T2839749
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