Dentro da bomba, está o mostrengo, mentecapto religioso, ateu capitalista, usurpador dos poderes que sente divinos, urra na certeza do grunho e do pavor que provoca. De antolhos vestido e vestes sibilinas aproximam-no à divindade adorada, sem pátria nem fronteiras habita o raio de alcance que o seu nome aterroriza
Fora da bomba estão os outros, todos os outros que se vestem de medo, todos os outros que do medo fazem trampolins que os iça para lá da coragem, todos os que à força de pensar confinam o mostrengo às fronteiras que habita, ainda que aprisionados por ele, que a liberdade não é efémera, é o toque a rebate, o vento que nos perpassa, o tempo de ir, que os sinos repicam.
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