Sem palavras ou gestos, e gemidos de dor

Data 04/11/2013 11:52:18 | Tópico: Poemas -> Amor

A noite resvala na densidade do tempo
de obscuro é o odor, acobreado ao vento
na taça repleta de sons incompreendidos
embebeda-se os silêncios em cúpulas de ti

os lírios sufocados na intenção conseguida
amarfanhados na subtileza de mãos evasivas
desmaia na luz dispersa das carumas vividas

e as vestes soltam-se do corpo fingido
na terra pisam-se a simplicidade da cor
mágoa que destrói o ventre sofrido
sem palavras ou gestos, e gemidos de dor

Escrito a 18/10/13




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