ODISSEIA
Data 09/01/2014 14:08:25 | Tópico: Poemas
| ... . . . nem todas as águas perfuram pedras, inda que rítmicas, cristalinas, e puras, como as peremptórias verdades saídas desta tua boca que me beijou... não é pedra, inda que; ‘pedra pomes’, ‘púmice’, vulcânica é tenra, advinda do mar, dos vales da lua... tudo desaguou em mim, pleno, em ritual contínuo qual catadupa silenciosa, encantadora e amena; é o que deixaste indelevelmente em mim... inda que ‘flor’ suada a precipitar-se noutra foz; estás tatuada em mim, tua voz, colorida poesia, canção alada que te fiz, de nós, para que sob as sombras das asas da paz, tudo prevaleça... tomara não seja vista assim a poesia saída de mim; não como meros grafados rupestres indicando o domínio cruel nas folhas da cartilha; jogo de teses inválidas vivida nessa contemporaneidade, ‘a espera de serem rasgadas e atiradas ao fogo’. eu. o uno a dar certeza da sua exata destruição, já que desprezadas, há muito são, quais grilhões... que seja eu o proclamador da liberdade plena, perpetuada num voo, voos rasantes de (a)mar, [amar incondicionalmente, voar sem intervenções...] isto se mais uma vez o tempo em conluio com com aqueles que se incomodam com o brilho que ora emite forte os olhos, não interferirem; quiçá, tão almejado fim duma odisseia, de vida.
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