DOR DE UMA NETA

Data 25/05/2008 23:59:42 | Tópico: Poemas -> Tristeza

Já estás indo embora meu avô!
Eu quero tê-lo mais um pouco!
Um pouco do muito que me deste
Da poesia em vida real que me mostraste!
Eu queria mais um pouco do teu colo!
Do teu sorriso sempre escancarado...
Eu queria ser Deus e ter uma varinha mágica
E tocar com ela nas tuas pernas, face e coração!
Como dói a despedida!
Aqui dentro, estou explodindo...
Por isso escrevo agora!
O choro vem em letras e letras e lembranças...
Como a tua mão a me levar pelo caminho da vida.
Como a tua coragem pra enfrentar tantos obstáculos.
Com tua hombridade analfabeta de pai e mãe!
Orgulho-me meu avô do senhor mal saber escrever seu nome...
Porque jamais se contaminou com as idéias prontas...
Tu eras teu próprio espelho, teu próprio mestre.
Um sábio que muitas vezes conhecia o tempo e seus meandros.
A ponto de advinhar o sexo dos meus filhos, antes dos exames dos homens!
Ah! meu avô, como me dói perdê-lo!
Como me dói não poder tirar alguns anos da minha vida e te ofertar!
Se Deus me ouvisse agora, me encurtaria a vida e cedia um pouco dela a ti.
Eu sou tão ínfima diante da morte...que a minha vida hoje está mais pobre...mais triste e mais só.
Até breve meu avô!
Espera a sua neta com um belo sorriso!
Te amo, meu avô ARTHUR MARIANO.


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