LUIZ GONZAGA - O REI DO BAIÃO (Cordel)
Data 03/08/2008 14:41:09 | Tópico: Homenagens
| LUIZ GONZAGA - O REI DO BAIÃO © Magroalmeida
Hoje acordei saudoso Do nobre Rei do Baião Que tanto alegrou o povo Da cidade e do Sertão Luiz Gonzaga é o seu nome E o apelido é Gonzagão
Gonzagão nobre poeta Da cultura popular No Brasil de Norte a Sul Fez sua estrela brilhar Cantando Xote e Baião Fez a sanfona falar
Na fazenda Caiçara Nasceu o Rei do Baião Cresceu tocando zabumba Mais tarde acordeão E pelo país inteiro Mostrou a dor do Sertão
Numa sala de reboco Dançou com o seu benzinho Viu Asa Branca voar Partindo triste do ninho Mostrou o flagelo da seca E dançou Xote de mansinho
Por um amor proibido Luiz Gonzaga apanhou Revoltado com os pais O pé na estrada botou E sem saber o que fazer No exército se alistou
O "cabra da peste" Gonzaga Nordestino arretado Viajou pelo Brasil Ainda como soldado Mas no Rio de Janeiro O "cabra" ficou encantado
Pediu dispensa da farda E na zona foi tocar Solando acordeão Foi tentando se firmar Tocando samba e choro Não saia do lugar
Mas como um soldado bravo Luiz Gonzaga insistiu E num programa de calouros Despontou para o Brasil Quando a platéia de pé Empolgada lhe aplaudiu
Aos poucos Luiz Gonzaga Foi mostrando a Nação Com talento e humildade Como se canta Baião Conquistou ricos e pobres Na cidade e no sertão
Cantou com desenvoltura Toada, xaxado e xote Aboio, chamego e baião No sudeste, sul e norte O fole da sua sanfona Somente calou-se com a morte
No ano oitenta e nove O Brasil entristeceu Quando o fole da sanfona De Gonzaga emudeceu Naquele dois de agosto O Rei do Baião morreu
Gonzagão deixou saudades No coração do Brasil Naquela manhã de agosto Quando daqui partiu Mas seu canto ainda ecoa Pelo céu azul anil
© Magno R Almeida ---------------------------------------------------- Obra registrada na Biblioteca Nacional e protegida pela Lei 9610 de 19/02/1998 -----------------------------------------------------
|
|