Sarau "O Grito da Poesia" |
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Colaborador
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6/12/2015 13:43 Mensagens:
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Bom dia, caros poetas do Luso. É com muita satisfação que hoje , dia 27 de julho de 2017, será iniciado o Sarau " O Grito da Poesia". O referido sarau tem como objetivo aproximar os escritores desse maravilhoso espaço, bem como valorizar os diversos talentos, que todos os dias se apresentam no Luso-poemas. O sarau não tem pretensão de classificar ou desclassificar nenhum membro do Luso. Como já foi falado, seu objetivo é que os escritores interajam uns com os outros, apreciando melhor os diferentes estilos da poesia.
Início De 27 de julho a 10 de agosto de 2017 Regras Cada poeta pode participar com até três poesias de sua autoria. Pede-se que cada participante poste apenas uma poesia por semana, dando espaço para que outros se apresentem também. Desta forma, todos os trabalhos serão apreciados e comentados. Espera-se que tenha uma boa participação, tanto nas publicações de poemas, como nos comentários. Este é um momento de apreciação de trabalhos diversos, bem como de incentivo a leitura e escrita de poemas. Então, para darmos inicio ao Sarau, apreciemos uma maravilhosa poesia de nossa querida Cecília Meireles, que tanto nos encanta com a sua sensibilidade. Boas produções, caros poetas! "Motivo" Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa . Não sou alegre nem triste : sou poeta . Irmão das coisas fugidias , não sinto gozo nem tormento . Atravesso noites e dias no vento . Se desmorono ou se edifico , se permaneço ou me desfaço , __ não sei , não sei . Não sei se fico ou passo . Sei que canto . E a canção é tudo . Tem sangue eterno a asa ritmada . E um dia sei que estarei mudo : __ mais nada . MEIRELES, Cecília
Criado em: 27/7/2017 16:04
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A poesia corre em meu sangue Como a água corre no rio Sem ela sou metade de mim Meu nome é fruto de poesia. |
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Re: Sarau "O Grito da Poesia" |
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Colaborador
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6/12/2015 13:43 Mensagens:
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Favela
Olhar atento na janela Lágrimas saem de um fuzil. Uma flor branca ou amarela Despetalou-se e ninguém viu. Sonhos se perdem na realidade Da vida que só deseja sorte. Descaso passeia com a maldade E a tempestade se faz mais forte. Um livro esquecido na sacola, Chora com a ausência do leitor, Que tem medo de ir à escola, Mas tem o sonho de ser doutor. A favela grita na avenida: _Não aguento tanta destruição! Chega de tanta criança ferida, De miséria, medo e opressão. Na favela grita a poesia: _Chega de guerra e preconceito! O povo quer saúde, moradia, Educação e muito respeito. Lucineide Sampaio Barbalha- Ceará 27/07/217
Criado em: 27/7/2017 16:31
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Re: Sarau "O Grito da Poesia" |
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Colaborador
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29/8/2009 14:28 De Ribeirão Preto SP Brasil
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Poetisa e amiga querida, a poesia é uma substância imaterial que emociona e toca a sensibilidade, ainda mais, quando se trata de um poema social, como esse que terminei de ler, ressaltando a primeira estrofe:
"Olhar atento na janela Lágrimas saem de um fuzil. Uma flor branca ou amarela Despetalou-se e ninguém viu". percebe-se que ela, a poesia, paira flamejante sobre os versos! Parabéns pela abertura da "sala" para o Sarau, parabéns pelo talento. Logo trarei minha contribuição. Bjos
Criado em: 27/7/2017 17:20
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Re: Sarau "O Grito da Poesia" |
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Membro de honra
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8/8/2009 0:29 De Brasil
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Aí vai a minha contribuição para o Sarau. Espero que seja digno para tal.
O Cavalo Verde Em um quadro na parede Da minha memória eu vejo Um belo cavalo verde Galopando o meu desejo. Sem ter pascigo, sem sede, Ser selvagem, sem manejo Sem rédeas, preso na rede Do pensar do meu ensejo... Pelas plagas dos universos Vai saltando, crina ao vento Senhor de si, ser do mundo. É o meu sonho profundo Asas do meu pensamento Pégaso liberto em versos.
Criado em: 27/7/2017 17:38
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Gyl Ferrys |
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Re: Sarau "O Grito da Poesia" |
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Colaborador
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6/12/2015 13:43 Mensagens:
1291
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Boa tarde, Lúcia. Agradeço imensamente sua participação e seu comentário maravilhoso. Sua presença enriquece o espaço, querida. Traga suas poesias maravilhosas. Vamos convidar mais poetas, Lúcia. Cada um tem sua particularidade, seu estilo.
Beijos! 😘
Criado em: 27/7/2017 17:46
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A poesia corre em meu sangue Como a água corre no rio Sem ela sou metade de mim Meu nome é fruto de poesia. |
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Re: Sarau "O Grito da Poesia" |
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Colaborador
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13/3/2010 20:07 De Paulínia-SP
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Poema Iluminado
escreva-me no corpo um poema iluminado. um afago. um verso melódico a la Verlaine e Rimbaud. iluminam-se as mãos que desenham lagos e árvores. bebo na tua fonte navego nuvens e ouço o vento ninar teu sono. não para o tempo e o vento na hora quando venho florir.
Criado em: 27/7/2017 17:52
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Poemas em ondas deslizam nas águas. |
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Re: Sarau "O Grito da Poesia" |
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Colaborador
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24/12/2006 19:19 De Montemor-o-Novo
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Já que fui convidado deixo aqui o meu agradecimento e o respectivo contributo
Exercício Poético (Do Jumento) Despido de si, letras e palavras Nu e mudo no olhar das gentes Debaixo do frio e lento vento Debaixo de ti que vida lavras À dor dos homens inteligentes Um momento após um momento O ser esquece e a vida aquece Nos passos largos do destino As vielas ocultas da memória A sua angústia permanece Num ensejo de recorte fino Que tece as teias da glória As labaredas inflamam o julgamento Desses réus que negam a ignorância De marionetas pobres e maltrapilhas Na culpa que é sempre do jumento Inocente quadrúpede sem infância Que passou a vida a carregar bilhas
Criado em: 27/7/2017 18:23
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A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma |
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Re: Sarau "O Grito da Poesia" |
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Colaborador
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6/12/2015 13:43 Mensagens:
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Obrigada pela participação, Raipoeta. Quanto mais leio poesia mas me encanto pela arte. Há uma grande sensibilidade em seu poema. Parabéns pelo belíssimo texto.
Criado em: 27/7/2017 18:23
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Re: Sarau "O Grito da Poesia" Para Gyl |
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Colaborador
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29/8/2009 14:28 De Ribeirão Preto SP Brasil
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O tempo, pois, não apaga as lembranças, e aquele Cavalo Verde vem aos galopes trazendo palavras, tão libertas quanto ele mesmo!
Gyl, encantei-me por demais, com essa poesia que primeiro cavalgou em ti, pra depois saltar para o mundo! Bravos !!
Criado em: 27/7/2017 18:25
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Re: Sarau "O Grito da Poesia" |
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Super Participativo
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1/5/2012 3:18 De Belo Horizonte
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Da verdade
Não sei o que sou Vestida de mim Não sei onde vou Não me querem assim No olho que me enxerga Busco para ele ser Aquilo que não me nega Isto me permite viver Nua, pura, crua De pronto me rejeitam Não posso ser sua Só sou bem aceita Quando me prescreves Viro sua receita
Criado em: 27/7/2017 18:31
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